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Para Minha Doce Desmorta
Para Minha Doce Desmorta
Para Minha Doce Desmorta
E-book216 páginas29 minutos

Para Minha Doce Desmorta

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Sobre este e-book

Romeu é jovem desiludido com o amor, seus casos não duram e ele acaba sempre sozinho. Com a ajuda de seu amigo, um professor meio maluco, e de um misterioso jovem Romeu enfim encontrará a garota de seus sonhos, mas o problema é quando esse sonho torna-se um pesadelo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de out. de 2019
Para Minha Doce Desmorta

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    Pré-visualização do livro

    Para Minha Doce Desmorta - Emerson Monteiro Da Silva

    Emerson Monteiro 

    Para  

    minha doce 

    desmorta 

    Uma história de terror apaixonante 

    2020 

    Este singelo enredo eu dedico a todos aqueles que já 

    sofreram por amor. 

    Introdução 

     Caro  leitor  ou  leitora,  você  que  se  emociona 

    vendo filmes ou novelas, talvez não consiga conter o pranto 

    ao  conhecer  esta  linda  história  que  narra  o  amor  platônico 

    de  uma  moça  por  um  rapaz  ou  de  um  rapaz  por  uma 

    garota... 

    Eu  poderia  muito  bem  começar  a  narrativa 

    utilizando  a  fórmula  descrita  acima,  mas  não!  Eu  não 

    saberia manter um linguajar tão meloso! É uma história de 

    amor sim, porém, os elementos são típicos dos enredos que 

    sei  contar  melhor,  em  outras  palavras:  suspense  e  talvez 

    uma pitada de terror. 

    Mais  uma  coisa.  Aqui  acho  melhor  descrever  o 

    romance  não  como  fruto  de  um  amor  platônico,  e  sim  por 

    um amor shelleyano (nem sei se existe esse termo!), pois a 

    nobre escritora britânica é mais apropriada como referência. 

    Vamos  acompanhar  a  história  tragicômica  e 

    romântica  de  Romeu,  talvez  seus  pais  tivessem  um  dom 

    premonitório  sarcástico  e  resolveram  batizar  a  pobre 

    criança  com  o  mesmo  nome  de  um  famoso  personagem 

    conhecido pelo romantismo. 

    No escurinho do cinema 

    ma  linda  moça  de  cabelos  loiros, 

    U vestida com uma saia justa e uma 

    blusa  de  manga  comprida  e  botões. 

    Ela  corre  desesperadamente,  lembra  que  marcou  com  o 

    namorado  para  verem  um  filme,  mas  coisas  estranhas 

    vinham  acontecendo  em  sua  casa  e  ela  precisou  deixar  o 

    irmão menor com a vizinha, além disso, ela tinha certeza de 

    que estava sendo seguida. 

    Enquanto  isso,  Romeu  estava  tenso,  ele  estende  a 

    mão  e  segura  a  outra  mão  que  estava  ali  tão  perto,  ele  a 

    segura  firmemente,  mas  com  delicadeza.  Depois  de  um 

    tempo ele ouve a seguinte frase: 

    — Eu vou precisar desta mão pra comer pipoca! 

    — Aaaaah! 

    Romeu,  junto  com  todo  o  público  do  cinema,  grita 

    de  horror  ao  ver  uma  cena  horrível.  Deixe-me  explicar.  O 

    grito do pessoal no cinema foi por causa da moça no filme, 

    aquela  que  sabia  estar  sendo  perseguida,  ela  cortou  o 

    caminho  por  um  beco  e  deparou-se  com  uma  criatura 

    tenebrosa,  meio  névoa,  meio  demônio,  mas  a  criatura  que 

    Romeu  viu  foi  outra,  também  assustadora:  um  ser  peludo, 

    de olhos avermelhados, unhas grandes que pareciam garras 

    e um sorriso psicótico.  

    — Desculpa Olavão! Viajei no filme, foi mal! Não 

    queria pegar em sua mão! 

    —  Você  tem  uma  mão  macia  mano,  seu  eu  fosse 

    gay...  Calma!  Estou  te  zoando!  Vamos  terminar  de  ver  o 

    filme. 

    Ao  saírem  do  cinema  a  dupla  de  amigos  de  longa 

    data vira-se para olhar o cartaz da película que acabaram de 

    assistir, cujo título pomposo era: A Evocação da maldição 9 

    – o retorno do demônio. Caso Romeu não estivesse com a 

    mente  tão  confusa  e  atormentada,  com  certeza  ia  sentir-se 

    terrivelmente  lesado,  pois  a  obra  assistida  nada  mais  era 

    que  um  amontoado  de  enredo  cheio  de  furos,  cenas 

    absurdas  e  ilógicas,  com  muitos  momentos  de  sustos 

    gratuitos. Medo, pavor, angústia... nada disso! Mas é o que 

    vende ingresso hoje em dia e o Romeu não prestou atenção 

    mesmo, então... 

    Notando  o  desanimo  do  amigo  Olavão  pede  para 

    Romeu  guardar  dois  lugares  numa  mesa  enquanto  ele  vai 

    providenciar  uns  chopes  que  vira  na  promoção.  Quando 

    voltou à mesa o amigo diz:  

    —  Cara!  Acho  que  eu  estou  ficando  maluco!  Nem 

    consigo me concentrar num filme. 

    —  Eu  sei  o  que  é  isso.  Até  quando  você  vai  ficar 

    sem se envolver com ninguém? Esquece aquela mina! 

    —  O  problema  não  é  especificamente  "aquela 

    mina",  mas  o  fato  de  novamente  não  dar  certo!  Estou 

    cansado disso! 

    —  Afinal  de  contas,  que  diacho  aconteceu  entre 

    você e a Berenice? Ela parecia tão legal, comunicativa e... 

    — Pois é! Comunicativa demais! Conheceu um cara 

    que conversava tanto quanto ela e simplesmente me trocou 

    por ele! 

    —  Ah...  E  aquela  magrinha?  Ela  parecia  gostar  de 

    você.  

    —  E  gostava.  Pelo  menos  até  uma  amiga  dela 

    invejosa começar a envenenar a mente dela com suposições 

    a meu respeito. No fim das contas ela acreditou mais nessa 

    amiga e disse que eu era um explorador machista! 

    — Machista! Você! Ah, ah, essa foi boa! Está bem, 

    mas depois  dessa você  conheceu  aquela morena  linda com 

    corpo escultural, ela deveria ser um furacão na cama! O que 

    aconteceu? 

    E Romeu falou num sussurro: 

    — E era... 

    — O que houve homem? 

    — Um gringo! Um maldito gringo surgiu sabe lá de 

    onde  e  a  levou!  Olha  amigo,  sei  que  sua  intenção  é  boa, 

    mas não está ajudando. 

    —  Foi  mal  cara!  Pelo  menos  você  já  se  envolveu 

    com muita gata. 

    — Sei... 

    —  Tudo  bem  que  você  tem  um  azar  desgraçado 

    depois que está com alguém, mas isso não pode deixar você 

    pra baixo. Sabe o que você precisa? Ir a uma festa. 

    — Festa? Tenho lá ânimo algum pra festa Olavão!  

    —  Eu  já  tenho  até  a  festa  ideal  pra  você  ir  e  não 

    aceito não como resposta! 

    — Eu na... 

    —  Pssiu!  O  que  acabei  de  dizer?  Você  vai  à  festa 

    sim.  Vai  ser  na  minha  casa  no  próximo  final  de  semana 

    com  o  pessoal  da  faculdade.  Você  vai  ver  um  monte  de 

    universitárias  lindas,  inclusive,  algumas  delas  curtem  um 

    cara mais velho. 

    — Você elaborou esta festa para pegar suas alunas? 

    — Não seja bobo! Quem quis fazer a festa foram os 

    alunos, mas sim, a idéia é essa: pegar alguma aluninha que 

    esteja meio alterada de bebida. 

    — Isso sim é machismo! 

    — Não vou nem te responder. Para de pegar no meu 

    pé, você precisa ir nessa festa, nem que seja pra conhecer o 

    pessoal. 

    —  Vou  pensar  no  seu  caso!  Nem  vou  tomar  outro 

    chope, esqueceu que estou dirigindo? 

    —  Certamente  senhor.  Então  vamos,  ainda  tenho 

    umas provas para corrigir. 

    E os  dois  vão para o  estacionamento,  sem  perceber 

    um  grupo de adolescentes  que saía reclamando do filme, a 

    diferença  entre  eles  e  os  demais  que  saíram  da  sessão  era 

    que  esses  jovens  usavam  roupas  pretas  e  mais  pareciam 

    uma tribo pós-moderna. Os rapazes usavam calças rasgadas 

    e  camisas  com  estampas  de  monstros  e  outras  coisas  do 

    gênero,  as  meninas  usavam  uma  maquiagem  pesada  e 

    escura,  quase  não  dava  pra  saber  se  eram  ou  não  bonitas 

    debaixo  de  todo  aquele  disfarce.  Por  que  estou  falando 

    desse grupo em especial? Porque um desses rapazes avistou 

    o  seu  professor  à  distância  e  largou  o  grupo  para  ir  falar 

    com ele. 

    — Professor, professor! 

    — Olavão! Acho que é contigo! 

    E  um  jovem  com  idade  entre  dezoito  e  vinte  anos, 

    baixo,  com  um  piercing  no  supercílio  e  uma  camisa  do 

    Freddy Krugger, se aproxima todo entusiasmado. 

    — Ah... oi Cleniston! 

    O recém chegado fez uma careta. 

    —  Ah  desculpe!  Esqueci  que  não  gosta  do  próprio 

    nome, infelizmente, pra mim é mais fácil lembrar, mais do 

    que... 

    — Goblin! 

    — Sim, mas? O que o traz aqui? 

    — Soube que o senhor vai dar uma festa pro pessoal 

    da faculdade e... 

    — Era isso? Claro que pode ir, mas leve uma caixa 

    de cerveja ok? 

    — Estarei lá senhor! Boa noite! 

    O  jovem  sai  radiante,  e  era  aquele  tipo  de  alegria 

    que Olavão queria ver em seu amigo. 

    — Viu! Até meu aluno está empolgado, e olha que 

    ele é um sujeito bem tímido! 

    Os dois entram no veículo e Romeu começa a contar 

    mentalmente: 

    Um... Dois... Três... 

    — E a Darla? Aquela loirinha super gata? 

    —  Lá  vem  você  de  novo!  A  Darla  resolveu 

    simplesmente que, num belo dia ia me largar e desapareceu. 

    — Assim do nada? 

    — Do nada, sumiu, desapareceu, escafedeu-se! 

    — Hum! 

    — O que foi? 

    — Já pensou em ir numa rezadeira? 

    — Não fala besteira! Nunca me envolverei com esse 

    tipo de coisa! 

    — É que você é meu coligado... Olha...  

    Olavão percebe a irritação do amigo e resolve calar-

    se  pelo  resto  do  trajeto  até  a  sua  casa,  voltando  a  falar 

    apenas quando saía do automóvel: 

    —  Sábado  às  dez  da  noite,  mas  se  quiser  chegar 

    antes, tudo bem, traz umas bebidas. 

    — Está bem. Boa noite Olavão! 

    O  amigo,  enquanto  abria  o  portão  de  casa,  ainda 

    teve tempo para fazer mais uma gracinha: 

    —  E  até  lá  não  vá  torrar  seu  dinheiro  em  alguma 

    casa de coelhinhas hein! 

    E Romeu dá um sorriso forçado e sem graça, ele faz 

    o retorno e pega o caminho para a sua casa. No caminho ia 

    lembrando  de  vários  casos  amorosos,  de  mulheres  que 

    tratou  muito  bem  e  no  fim,  pelos  mais  diversos  motivos 

    acabaram abandonando-o. A última, essa deixou um rombo 

    enorme  no  coração  de  Romeu,  rolou  até  mesmo  promessa 

    de  casamento.  Uma  garota  gentil,  educada,  carinhosa,  mas 

    que  se  mostrava  muito  moralista  e  antiquada  em  relação  a 

    algumas  coisas,  quanto  ao  sexo,  por  exemplo,  não  admitia 

    certos  comportamentos,  dizia-se  comportada,  mas  Romeu 

    descobriu  um  vídeo  dela  na  internet  onde  ela  contradizia 

    veementemente  todo  o  seu  repertório  de  moral  e  bons 

    costumes, tudo isso junto com dois sujeitos. Uma cena que 

    atormentava sua mente. Para muitos seria mais um vídeo de 

    sexo, mas para ele aquilo era o mais puro filme de terror! 

    Já em casa ele tomou um banho e depois foi ver um 

    pouco  de  TV.  Em  um  dos  canais  passava  o  noticiário,  na 

    tela  mais  um  caso  de  desaparecimento  de  adolescentes. 

    Nesse  momento  percebeu  que  estava  realmente  cansado, 

    seus  olhos  ardiam,  ele  foi  cambaleante  para  o  quarto  e 

    desabou na cama.  

    Lá  pelas  tantas  um  barulho  horrível  o  desperta, 

    parecia um grito misturado com um uivo seguido de algo se 

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