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Poemas Vagabundos Numa Cidade Estranha
Poemas Vagabundos Numa Cidade Estranha
Poemas Vagabundos Numa Cidade Estranha
E-book133 páginas1 hora

Poemas Vagabundos Numa Cidade Estranha

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Sobre este e-book

Este é um livro de tristezas, uma obra dedicada ao único miserável que consegue ser bom e ruim a si mesmo: o tempo. aqui estão muitos poemas vagabundos escritos nos piores dias da vida de um certo alguém até agora. REDIGIDOS não por um herói, nem por um deus, mas por um triste jovem que encontrou prazer na escrita para vomitar suas angústias, por isso esse troço é um vômito literário. Quantidade de páginas: 131 ISBN: 9786500050028 Capa Fosca c/orelha Papel ofset 75
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de set. de 2019
Poemas Vagabundos Numa Cidade Estranha

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    Poemas Vagabundos Numa Cidade Estranha - Breno Ferreira Da Silva

    POEMAS

    VAGABUNDOS  

    NUMA CIDADE ESTRANHA

     o

    1 edição (2019)

    Tapiramutá – BA

    Breno Ferreira Da Silva

    Poemas Vagabundos Numa Cidade Estranha

    1

    Todos os direitos reservados ao autor da obra .  

    -------------------------------------------------------------------

    Diagramação, revisão e capa: Breno Ferreira Da Silva.

    Data da primeira publicação: 27 de Setembro de 2019.

    -------------------------------------------------------------------

    Número de páginas: 131

    Edição: 1(2019)  

    ISBN: 978-65-00-05002-8

    Formato: A5 (148x210)  

    Coloração: Preto e branco  

    Acabamento: Brochura c/ orelha  

    Tipo de papel: Offset 75g

      ----------------------------------------------------------------

    I. Literatura Brasileira. II. Poesia.

    Email para contato:  brenko51@yahoo.com

    Instagram e facebook:  

    @breno2001br

    1

    Lei Federal 9.610, Art. 7; 19 de fev. de 1998.

    2                                        

    image198.jpeg

    Breno Ferreira Da Silva

    Dedico esta obra ao Tempo, esse miserável que

    2  consegue ser bom e ruim a si mesmo .

    2

    Ou: ao mesmo tempo.

                                                                          3

    Poemas Vagabundos Numa Cidade Estranha

    4                                        

    Breno Ferreira Da Silva

    E agora José?

    (E agora José? Carlos Drummond de Andrade)

    Ia mastigando o meu desespero, com uma espécie de  gula mórbida; evocava os dias, as horas, os instantes de  delírio, e ora me comprazia em crer que eles eram  eternos, que tudo aquilo era um pesadelo, ora,  enganando-me a mim mesmo, tentava rejeitá-los de  mim, como um fardo inútil. (Memórias Póstumas de

    Brás Cubas, Machado de Assis, pág. 38)

                                                                          5

    Poemas Vagabundos Numa Cidade Estranha

    6                                        

    Breno Ferreira Da Silva

    Um Prefácio Qualquer  

      Havia um homem numa cidade, não me pergunte o  nome dele e nem o da cidade porque eu não sei; quer  dizer eu sei, mas não quero dizer – e se contente com  isso. Este homem era estranho, via as coisas de outro  modo e sentia tudo como se ele mesmo fosse um  universo. Fora da banalidade, do senso comum e  medíocre que o cercava todos os dias, escrevia poesias,  alguns textos e tinha um grande amor no peito. Ah,  amava com tanta intensidade que as palavras se faziam  insuficientes para explicar os seus sentidos da alma!

      Mas ele estava doente há alguns dias, refugiando-se  nessa cidade nos piores momentos da sua vida,  enquanto caminhava sozinho nas ruas, perambulando  feito um vagabundo, a criar poemas loucos o suficiente  para explicar sua tristeza.  

      Ele não os achava bons, escrevera-os diante da jaula  de sua infelicidade... e o que um homem triste acha  bom? Nada é suficiente para a sua pessoa, não há  nenhum remendo para tapar o buraco de seu coração  senão a resolução de sua questão e a sua proximidade  com o amor – algo que, durante esse período, fora  complicado para o nosso vagabundo.  

                                                                          7

    Poemas Vagabundos Numa Cidade Estranha

      Tinha certo gosto por escrever; no seu pensamento  cada poesia era uma sepultura que guardava um morto:  um dado momento vivido que se encontrava no passado.

    Lembranças eram momentos mortos para ele, sabia  disto, mas gostava de ter as recordações desses mortos  consigo.  

     Foi então que, por falta de empenho em outra atividade  qualquer, se atreveu – como atrevido que era – a  escrever todas as suas miseráveis emoções. Era dotado  de certo pessimismo, que o deixara desengonçado  perante um sonho que este queria viver.  

      Nos seus momentos de tristeza, de silêncio e  inquietação, bebia um café e saía pelas ruas a tomar a  friagem da noite na cara – como se a frieza das coisas  não fossem bastante para o seu trágico viver –, pensava  demais e tinha surtos poéticos quase sempre.  

     Nesses delírios, nessas insônias repletas de poesias, ele  resolvera escrever algo semelhante não a si – por  reconhecer ser complexo demais –, mas à sua situação  de calamidade sentimental.  

     Fazia os poemas com rapidez; seria uma metralhadora  se não fosse uma máquina de escrever. Máquina  quebrada que escrevia sozinha os pensamentos que  sempre lhe vinham à cabeça.  

       Já a cidade na qual se refugiara era estranha, era  doida demais; uma selva urbana repleta de predatórias  vontades. Ora estava escandalosa, com pessoas  enlouquecidas gritando e xingando – enquanto ele  observava com os olhos o horrendo espetáculo – e ora

    8                                        

    Breno Ferreira Da Silva  se mostrava silenciosa ao seu coração; porque o  verdadeiro barulho

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