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A Origem: Divisão de Habilidades Especiais, #1
A Origem: Divisão de Habilidades Especiais, #1
A Origem: Divisão de Habilidades Especiais, #1
E-book255 páginas3 horas

A Origem: Divisão de Habilidades Especiais, #1

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Sobre este e-book

Valerie Sanders é assassinada enquanto Jack Lambert dorme placidamente bêbado ao seu lado.
Zaccaria Romano fica devastado com a nóticia de que, a sua quase prometida, foi assassinada enquanto o traia com outro homem.
Mark O'Donell e Madison Sullivan são os detetives responsáveis pela investigaçao para encontrar o assassino, enquanto Zoe exerce seu conhecimento juridico para defender o homem que ama, em silêncio, de ir para a prisão para sempre.

Eles têm um reencontro com a vida que sempre lhes pertenceu e que se recusaram a aceitar.

Um destino que os marca e os leva a unir suas forças para ajudar a justiça.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de set. de 2022
ISBN9798215468579
A Origem: Divisão de Habilidades Especiais, #1

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    A Origem - Stefania Gil

    Divisão de Habilidades Especiais I

    A Origem

    STEFANIA GIL

    A origem

    Divisão de Habilidades Especiais I

    Copyright © 2022 Stefania Gil

    www.stefaniagil.com

    Tradução de Ju Pinheiro

    Primera edição: 2017

    Segunda edição: 2022

    Título original: El origen

    División de habilidades especiales I

    Escrito por Stefania Gil

    Copyright © 2016 Stefania Gil

    Os personagens, lugares e eventos descritos neste romance são fictícios. Qualquer semelhança com lugares, situações e/ou pessoas reais, vivas ou mortas, é coincidência.Todos os direitos reservados.

    Fotografia/Ilustração Capa: Depositphoto.com

    Design da Capa: ASC Studio Design

    Diagramação: Stefania Gil

    Todos os direitos reservados. Esta publicação não pode ser reproduzida, no todo ou em parte, nem registrada ou transmitida por um sistema de recuperação de informação, sob qualquer forma e por qualquer meio, mecânico, fotoquímico, eletrônico, magnético, electro-óptico, fotocopia ou qualquer outro meio sem a permissão prévia por escrito da autora.

    Capítulo 1

    Capítulo 2

    Capítulo 3

    Capítulo 4

    Capítulo 5

    Capítulo 6

    Capítulo 7

    Capítulo 8

    Capítulo 9

    Capítulo 10

    Capítulo 11

    Capítulo 12

    Capítulo 13

    Querido leitor:

    Outros títulos da autora:

    Stefania Gil

    "Toda história tem um grande final.

    Mas na vida, um final é o começo de algo novo."

    Anônimo.

    Capítulo 1

    Jack Lambert acordou com a cabeça a ponto de explodir.

    Ouvia seu celular tocar. Parecia que estava grudado na sua orelha embora o aparelho estivesse na sala de estar.

    Soube identificar quem ligava pela melodia que escolheu expressamente para a sua advogada ‘inoportuna’.

    Sympathy for the Devil dos Rolling Stones.

    É claro, ele não atendeu.

    Ethan e Cristine Lambert decidiram adotar Jack quando ele era apenas um bebê. A primeira vez que Cristine viu Jack no centro de adoção e reparou nos seus olhos, sentiu uma ligação imediata com o menino. O pequeno bebê tinha um olho de cor verde e outro de cor âmbar. Cristine pressentia que o menino seria especial e sentiu uma necessidade imensa de cuidar dele. Ela não se enganou. À medida que Jack foi crescendo, seus pais adotivos começaram a notar que ele ‘via’ as coisas de uma maneira... diferente.

    Ele se antecipava aos fatos.

    Para Jack foi divertido durante a sua infância saber que coisas iriam acontecer antes que os outros. Por causa da sua inocência, compartilhava seu dom com as outras crianças e estas crianças o rejeitavam porque consideravam que ele era um fenômeno, não só pelo seu dom, mas também pelos seus olhos de cores diferentes.

    Seus pais conseguiram ajuda psicológica para que ele aprendesse a canalizar o seu dom sem se sentir como um fenômeno e a sua boa intenção funcionou até o dia em que Jack conseguiu ver como sua mãe iria morrer.

    Tinha apenas 10 anos quando teve esta visão e dois anos depois, quando Cristine foi diagnosticada com câncer, soube que devia se despedir dela.

    Foi muito difícil e muito rápido.

    A doença consumiu Cristine em questão de meses. E durante aqueles meses, Jack não deixou de ver a imagem que sua mãe iria morrer. Não se atreveu a confessá-lo para ninguém em casa. Nem mesmo a sua adorada babá Rose.

    Rose ajudava Cristine com a criação de Jack e depois da sua morte ela se tornou uma segunda mãe para ele.

    Jack nunca sentiu que Ethan e Cristine não fossem seus pais biológicos, ele os amava tanto que se sentia parte deles. E o sentimento era recíproco.

    Como esperado, depois da morte da sua mãe, Jack se tornou um adolescente rebelde. Seu pai não o castigava pelas suas más ações, dizia que o coitado estava ‘drenando’ a tristeza por ter perdido sua mãe daquela maneira. Que logo isto passaria e ele criaria juízo.

    Não poderia estar mais equivocado e arrependido por não ter colocado um freio na atitude de Jack.

    Quando ele decidiu ir viver em Nova York e estudar Artes Plásticas já era tarde demais. O Sr. Lambert decidiu que Rose iria com Jack, ele se sentiria um pouco mais tranquilo sabendo que alguém o vigiava de perto, mas Jack não aceitou a oferta do seu pai e Ethan não sabia dizer ‘NÃO’ aos pedidos do seu filho.

    Foi assim que Jack foi viver em Nova York, em um loft moderno e luxuoso que seu pai comprou para ele.

    Durante seus anos de estudo não fez outra coisa além de dar muita dor de cabeça ao seu pai e apenas uma única satisfação: ter se formado.

    Quando Jack alcançou a maioridade para bebidas alcoólicas, ele se interessou por elas e descobriu que quando tinha álcool etílico na sua corrente sanguínea não tinha visões. Então decidiu substituir a água pelo álcool e isto o levou a se meter em tantas confusões que começou a colecionar multas de trânsito e seu pai decidiu contratar um advogado que vivesse em Nova York e se responsabilizasse exclusivamente de Jack antes que sua atitude o prejudicasse ainda mais.

    Então naquela manhã, sua advogada ou ‘babá diabólica’ como ele a chamava estava ligando para lembrá-lo que ele tinha sua reunião semanal no AA e que não poderia faltar.

    Ela conseguiu que um juiz lhe desse a sentença de reabilitação e suspensão da carteira de motorista em vez de prendê-lo por alterar a ordem pública em um bar e dirigir embriagado causando um desastre na estrada.

    Felizmente, o desastre não causou derramamento de sangue, porque se não ninguém teria sido poupado de ir para trás das grades.

    Jack era um mestre na hora de agir. Ele não iria deixar que as visões voltassem, o que queria dizer que não pensava em parar de consumir certas doses de álcool.

    Portanto, bebia quando tinha vontade, evitava armar um alvoroço neste estado e todas as quintas-feiras ia as suas reuniões do AA fingindo que estava ‘limpo’ há dois meses. O pior de tudo era que fazia isto tão bem que até a sua babá diabólica acreditava nele.

    Na noite anterior teve uma pequena festa privada no seu apartamento.

    A única convidada tinha sido uma loira bonita que ele conheceu nas suas reuniões do AA e que, felizmente, conseguiu obter o número de contato na segunda participação da loira porque depois disto ela não apareceu mais.

    Eles ficaram no apartamento de Jack, bebendo e transando até altas horas da madrugada.

    Beberam vinho e sabe-se quanto porque Jack sabia que dois copinhos não lhe faziam mal, mas sua dor de cabeça indicava que foi muito mais.

    Evitava beber nas quartas-feiras para estar perfeito nas suas reuniões de quinta-feira, mas a carne era fraca e a sua vontade também.

    Ele se levantou e foi até o banheiro.

    Tomou banho com a água quase fria.

    Colocou suas lentes de contato verdes, ele as usava o tempo todo desde os 10 anos. Assim evitava dar explicações na rua ou pior ainda, ouvir comentários das pessoas as suas costas dizendo que ele era um ‘fenômeno’.  Depois colocou uma camisa de flanela branca de algodão, bermuda e tênis.

    Tomou dois comprimidos para dor de cabeça com três copos de água fria. Ligou seu iPod e saiu para correr.

    A atividade física iria acordá-lo por completo e permitiria que ele chegasse em perfeito estado a sua reunião do AA.

    ***

    Era quase meio-dia quando Zoe tirou do armário um bonito suéter de manga comprida, de cor verde. Teria preferido colocar uma calça jeans, mas almoçaria com sua avó e depois iria à celebração na catedral de San Patrício.

    Sabia muito bem que sua avó não iria perdoá-la por ir a uma catedral de calça jeans.

    Portanto, resignada, pegou uma calça preta e a jaqueta combinando.

    Ela se vestiu e saiu do seu apartamento.

    Estava há três anos morando sozinha e gostava disto, mas em determinadas ocasiões colocava algumas roupas em uma mala pequena e ia passar alguns dias na casa dos seus avós. Eram reconfortantes o calor e a segurança que tinha na sua antiga casa.

    Ajudar sua avó a preparar uma deliciosa torta de maçã enquanto conversava sobre os escândalos da alta sociedade era algo que ela adorava. Não pela fofoca, mas pelo fato de compartilhar com sua avó a quem amava como uma mãe.

    E depois, nos jantares em família, conversar com seu avô sobre os assuntos políticos e econômicos mundiais era outro dos seus passatempos favoritos.

    Os pais de Zoe morreram em um acidente de trânsito quando ela tinha apenas cinco anos e a custodia foi concedida aos seus avós maternos. Eles pertenciam a classe alta da cidade e moravam em uma cobertura bonita e luxuosa a leste de Manhattan.

    Zoe cresceu cercada de obras de arte valiosíssimas, música clássica, uma educação excelente e o amor que seus avós sempre lhe deram.

    Ela se formou com as melhores honras na escola de Direito da Universidade de Harvard e depois conseguiu um emprego excelente em um dos melhores escritórios de advocacia de Nova York.

    Venceu um caso controverso que a tirou por completo do anonimato nacionalmente e quando Ethan Lambert a entrevistou, soube que tinha encontrado a pessoa que seria responsável por cuidar de Jack naquela cidade. Ethan ofereceu-lhe um contrato anual que ela não podia recusar.

    Em nenhum outro lugar poderiam lhe oferecer tanto dinheiro para cuidar de um ‘artista’, ela pensou no momento em que comemorava com seus avós seu novo emprego.

    Mas depois de dois anos de absoluto estresse por causa do comportamento de Jack, estava considerando seriamente pedir um aumento de salário.

    Ou uma substituta ou talvez um guarda-costas que, de vez em quando, desse dois bons socos em Jack para ver se com isto ele começava a se comportar.

    Zoe era equilibrada, tranquila e paciente, mas Jack, sempre, sempre conseguia fazer com que ela perdesse as suas características positivas.

    Não compreendia como um homem poderia se comportar como um perfeito cretino tendo tanto talento e tantas oportunidades de crescer na vida sem a ajuda de ‘papai’.

    Esclarecendo a questão, ela não compreendia como Ethan mantinha Jack. Considerava que se estivesse no lugar do Sr. Lambert, como ela chamava o pai de Jack, ela lhe daria uma lição deixando-o na rua sem um centavo.

    Ah! Com certeza o cretino começaria a pintar e ganhar dinheiro por conta própria.

    Ele conseguiu uma excelente oportunidade para exibir suas pinturas em uma galeria de prestígio no coração de Manhattan. Zoe conhecia arte e sabia reconhecer quando um artista tinha talento para criar um grande nome e vender suas obras para os mais ricos da cidade. Mas Jack, enviou apenas dois quadros para a galeria.

    Reconhecia que eram os melhores que ele tinha feito, no entanto, naquele momento não houve poder algum que ela pudesse exercer sobre ele para que levasse mais obras.

    Jack apenas insistia que ele estava bem como estava e que não queria se tornar famoso.

    É claro, naquela época Jack vivia ingerindo álcool dia e noite e foi a época em que teve de chegar a um acordo com o juiz para que a cidade não abrisse um processo contra ele por dirigir embriagado e destruir alguns parquímetros de uma avenida.

    O juiz foi muito atencioso ao colocar apenas uma fiança, suspender sua carteira e depois obrigá-lo a uma participação semanal, durante um ano, nas reuniões do AA.

    Aparentemente isto deu uma leve lição em Jack. Já estava em tratamento há dois meses e não faltava a nenhuma das reuniões semanais. Ele se mantinha bem-humorado e além disso aceitava de bom grado as sugestões que Zoe fazia.

    Continuava sendo sustentado, mas ela se encarregaria que isto mudasse. Combinou uma reunião na galeria para aquela tarde porque eles estavam muito interessados em fazer uma exposição em grande estilo com as obras de Jack.

    O problema era que não sabia como dizer isto para ele para que ele aceitasse.

    Se conseguiu convencer a um juiz para não processar Jack por danos à cidade, poderia convencer Jack a pintar e montar uma exposição.

    Ah! Claro que poderia!

    Se havia algo que Zoe tinha era que sempre conseguia o que queria. E seu senso de responsabilidade a obrigava a fazer o seu trabalho de maneira quase perfeita.

    Jack era como um menino que tinha que manobrar e aplicar um pouco de psicologia reversa para que concordasse em fazer as coisas.

    Ela ligou para lembrá-lo que era quinta-feira e que devia participar da sua reunião no AA, ele não atendeu.

    Ela não estranhou. Jack nunca se levantava da cama antes das 10 da manhã e todas as noites dava uns amassos com alguma mulher até altas horas da noite.

    Todas as vezes que pensava nisto seu sangue fervia.

    Ela se sentia muito atraída por Jack, mas sabia que eles eram como a água e o azeite e que jamais poderiam ficar juntos. Sua pobre avó infartaria ao saber que ela tem um relacionamento com Jack Lambert que tanto dava o que falar para a imprensa.

    Ligou para sua avó do celular para indicar que estava perto. Estacionou na entrada do edifício e enquanto esperava que sua avó descesse ligou para Jack de novo.

    — Olá.

    — Boa tarde, Jack, como está tudo?

    — Muito bem. Ontem à noite tive um encontro maravilhoso, queimei muitas calorias em uma atividade física intensa durante a noite e esta manhã fui correr no Central Park.

    — Jack, você sabe que as suas atividades físicas noturnas não me interessam...

    — Isso porque você ainda não experimentou, garanto que depois que fizer isto você se sentirá de tal maneira que vai pedir novas sessões.

    — Bem, não estou ligando por isto — ela sempre ficava nervosa quando Jack dizia este tipo de coisas e mudava de assunto.

    — É uma pena! Iríamos nos divertir juntos e poderíamos falar sobre outras coisas que não fossem as minhas reuniões no AA ou sobre as travessuras que faço de vez em quando.

    — Bem, para sua surpresa vamos falar sobre outra coisa. Esta manhã Valerie Sanders da galeria de arte ligou, ela quer lhe fazer uma oferta.

    — Sinto muito, você já sabe qual é a minha opinião.

    Zoe suspirou e fez um sinal para que sua avó ficasse em silêncio quando entrou no carro.

    — Foi exatamente o que eu disse a ela. Sua opinião contra exibições. Mas ela é uma mulher insistente e disse que queria falar com você.

    — Você a conhece? — o tom na voz de Jack indicou-lhe que estava perto de conseguir que ele concordasse. Embora tivesse que usar uma maneira que ela pouco gostava para convencê-lo.

    — Sim — fez uma pausa e suspirou —, é muito bonita.

    — ‘Bonita’ é uma palavra que usaria com você. Você é bonita e eu não gosto de mulheres bonitas.

    — Está bem, você sabe a que me refiro — Zoe começava a se irritar.

    — Se vai me vender uma mulher fenomenal não pode dizer que é ‘bonita’, pelo contrário deveria dizer ... mmm, não sei, ‘selvagem’ soaria mais parecido comigo.

    Zoe suspirou.

    Valerie não parecia uma mulher selvagem.

    Ela sabia que no dicionário esta palavra tinha outro significado, mas no vocabulário pequeno e mal-usado de Jack ‘selvagem’ era um bom sinônimo para Valerie.

    — De qualquer maneira, conhecendo seus modos magníficos — Jack acrescentou —, jamais poderia descrever uma mulher desta maneira. Também conheço suas intenções e podemos chegar a um acordo.

    — Muito bem, negociemos — ela respondeu séria.

    — A proposta é a seguinte: se a tal Valerie se encaixa no meu perfil de ‘boas amigas’ e consigo seu número pessoal de telefone antes que a reunião termine, então aceito com prazer fazer mais alguns quadros para que montem um show.

    — Exibição, Jack. Não é um show o que querem montar.

    — Sempre é um show à custa do artista. E mais uma coisa, não vou estar presente na exibição, entendido? Você se encarrega de deixar isto muito claro na reunião.

    — Você me deixa em uma situação um pouco difícil.

    — É problema seu. Você é minha advogada, minha babá e meu pai paga muito bem pelo seu trabalho, portanto faça isto.

    Zoe deu o endereço para Jack e combinou encontrar-se com ele na galeria de arte.

    Encerrou a ligação e desligou-se do incômodo que sentiu depois que o idiota do Jack a chamou de ‘bonita’ de uma maneira bastante depreciativa.

    Era a hora de ter um almoço agradável com sua avó e não iria permitir que nada ofuscasse este momento.

    Mas sabia muito bem que o incômodo cresceria quando visse Jack flertando com Valerie.

    ***

    Mark saiu do seu apartamento bem cedo como de costume.

    Era quinta-feira, o

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