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14 Lições de Filosofia Yoga e Ocultismo Oriental
14 Lições de Filosofia Yoga e Ocultismo Oriental
14 Lições de Filosofia Yoga e Ocultismo Oriental
E-book275 páginas3 horas

14 Lições de Filosofia Yoga e Ocultismo Oriental

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Sobre este e-book

Olá. Meu nome é Fred, e sou responsável pela tradução e produção desta publicação. 

Como vocês devem saber, este livro "14 Lições de Filosofia Yoga e Ocultismo Oriental" é uma tradução da obra original em inglês intitulada "Fourteen Lessons in Yogi Philosophy and Oriental Occultism", escrita originalmente por Yogi Ramacharaka (um dos muitos pseudônimos de William Walker Atkinson).

William Walker Atkinson foi advogado, dono de editoras, autor, bem como ocultista e um pioneiro do movimento conhecido como "Novo Pensamento". Como dito acima, ele escreveu sob "as sombras" de muitos pseudônimos, tais como: Theron Q. Dumont and Yogi Ramacharaka. Ele escreveu mais 100 livros nos últimos 30 anos de sua vida.

Agora, imagine por um momento o quão misteriosa é sua vida e as coisas que acontecem com você e à sua volta. Muitas coisas você pode sentir (coisas boas e ruins) mas não pode explicar. 

Você já sentiu ódio, inveja, raiva, ciúmes, amor? 

Nas suas relações pessoais e profissionais com as pessoas você já as manipulou, assim como também já foi manipulado? 

Você já percebeu que algumas pessoas parecem possuir uma espécie de magnetismo que faz com que todos a sua volta sigam seus comandos? 

Você alguma vez se encontrou pensando em algo completamente alheio às suas tendências e caráter, e se perguntou de onde veio esse pensamento? 

Você ja entrou na casa de um amigo ou pessoa aleatória, visitou locais como prisões, hospitais, cemitérios, outras cidades ou paises e percebeu uma atmosfera diferente--em alguns casos hospitaleira e amigável, em outros extremamente hostil e agressiva?

Pois bem, esse é o mundo oculto que podemos instintivamente sentir, mas não ver. Esse é o mundo que está escondido dos nossos olhos carnais, mas não do espírito. 

O autor deste livro, com esta obra magnífica e considerada por muitos um livro base para o iniciante em ocultismo, se compromete a explicar de forma simples e didática os princípios do Corpo Astral, do Espírito, da Aura Humana, das Formas-Pensamento, da Clarividência, Clariaudiência, Psicometria, Telepatia, do Magnetismo Humano e muito mais!

IdiomaPortuguês
Data de lançamento31 de out. de 2022
ISBN9798215992845
14 Lições de Filosofia Yoga e Ocultismo Oriental

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    14 Lições de Filosofia Yoga e Ocultismo Oriental - Fred Sittar

    14 LIÇÕES DE FILOSOFIA YOGA

    E OCULTISMO ORIENTAL

    POR

    YOGI RAMACHARAKA

    (WILLIAM WALKER ATKINSON)

    SAIBA, Ó DISCÍPULO QUE AQUELES QUE PASSARAM PELO SILÊNCIO, E SENTIRAM SUA PAZ E MANTIVERAM SUA FORÇA, DESEJAM QUE VOCÊ PASSE POR ISSO TAMBÉM. PORTANTO, NO TEMPLO DO APRENDIZADO, QUANDO FOR CAPAZ DE LÁ ENTRAR, O DISCÍPULO SEMPRE ENCONTRARÁ O SEU MESTRE.

    —LUZ NO CAMINHO.

    Tradução e edição por Fred Sittar

    2021

    CONTEÚDO

    Lição 1

    Os Primeiros Três Princípios

    No Limiar - A Constituição do Homem - Os Sete Princípios do Homem - O Corpo Físico - O Corpo Astral - Prana ou Força Vital

    Lição 2

    Os Princípios Mentais

    O Quarto e o Quinto Princípio - A Mente Instintiva - O Intelecto

    Lição 3

    Os Princípios Espirituais

    O Sexto e o Sétimo Princípio - A Mente Espiritual - Espírito - Iluminação ou Consciência Espiritual

    Lição 4

    A Aura Humana

    A Aura Humana - Aura Física - Aura Prânica - Aura dos Três Princípios Mentais - Aura do Espírito - Fenômenos das Cores Áuricas, etc.

    Lição 5

    A Dinâmica do Pensamento

    Dinâmica do Pensamento - A Natureza, Qualidade e o Poder do Pensamento - Formas-Pensamento - Influências do Pensamento - Os Ensinamentos Ocultos sobre este grande assunto.

    Lição 6

    Telepatia e Clarividência

    Clarividência, Clariaudiência, Psicometria, Telepatia, etc. Como desenvolver poderes psíquicos

    Lição 7

    Magnetismo Humano

    Magnetismo Humano - Energia Prânica: Seus Usos e Propriedades - Orientações para o desenvolvimento e uso.

    Lição 8

    Terapêutica Oculta

    Terapêutica Oculta - Cura Espiritual - Cura Mental - Cura Prânica - Teoria e Prática.

    Lição 9

    Influência Psíquica

    Influência Psíquica - Magnetismo Pessoal - Mesmerismo Explicado Com Instruções Sobre Autoproteção e Advertências Contra o Mau Uso do Poder - Uma Lição Oportuna Sobre Um Assunto Importante.

    Lição 10

    O Mundo Astral

    O mundo astral; Seus fenômenos - O Corpo Astral - Ajudantes Astrais, etc.

    Lição 11

    Além da Fronteira

    Além da Fronteira - A Sobrevivência do Ego Após Deixar o Corpo Físico - Para Onde Ele Vai e o Que Fará Após a Mudança Chamada Morte.

    Lição 12

    Evolução Espiritual

    Evolução Espiritual - O Crescimento da Alma - Seu Propósito - Seu Objetivo

    Lição 13

    Causa e Efeito Espirituais

    Causa e Efeito Espirituais - Os Ensinamentos Yogues Relativos Às Intrigantes Questões da Vida Humana, Conduta - A Semeadura e a Colheita Explicadas.

    Lição 14

    O Caminho Yogue / Mantras e Meditações

    O Caminho de Realização do Yogue - O Caminho Tríplice - Métodos - Orientações - Planos, etc. - Conselhos e Palavras de Encorajamento para o Neófito.

    LIÇÃO I

    OS PRIMEIROS TRÊS PRINCÍPIOS

    ––––––––

    É com sentimentos de reverência que nos dirigimos aos nossos queridos alunos. Sabemos que para muitos deles esta série de aulas será como uma semente plantada em solo fértil, que no devido tempo, produzirão brotos que abrirão, caminho, gradualmente, para a luz da consciência, quando produzirão folhas, flores e frutos. Muitos dos fragmentos de verdade apresentados neste livro não serão reconhecidos, mas nos próximos anos vocês reconhecerão a veracidade das impressões transmitidas nessas lições, e então, e apenas então, farão delas suas verdades.

    Falaremos com vocês como se estivessem reunidos diante de nós em pessoa, e como se estivéssemos na sua presença, em carne. Temos certeza de que o vínculo de simpatia entre nós logo se tornará tão forte e real que, ao ler nossas palavras, vocês sentirão nossa presença quase tão forte como se estivéssemos pessoalmente presentes. Estaremos convosco em espírito e, de acordo com a nossa filosofia, o aluno que está em harmonia com os seus professores estabelece realmente com eles uma ligação psíquica e, por conseguinte, é capaz de captar o espírito do ensino, e de receber o benefício do pensamento do professor em um grau impossível para quem apenas meramente lê as palavras.

    Temos certeza de que os membros da turma de 1904 se harmonizarão entre si e connosco desde o início, e que obteremos resultados que nos surpreenderão, e que a turma marcará um maravilhoso crescimento espiritual e desenvolvimento para muitos da classe. Esse resultado seria impossível caso a classe fosse composta pelo público em geral, em que as vibrações adversas do pensamento de muitos neutralizariam, ou pelo menos retardariam, a força impulsora gerada nas mentes daqueles que simpatizam com a obra. Mas não teremos esse obstáculo a superar, pois a turma foi recrutada apenas dentre aqueles que se interessam por ocultismo. Os anúncios por nós enviados foram redigidos de forma a atrair a atenção apenas daqueles a quem se destinam. Os meros caçadores de sensações e os modistas não foram atraídos por nosso chamado, enquanto aqueles para quem o chamado foi destinado ouviram, e se apressaram em se comunicar conosco. Como o poeta cantou: Por onde passo, meus filhos me conhecem. Os membros da classe tendo sido atraídos por nós, e nós por eles, formarão um corpo harmonioso, trabalhando conosco com o objetivo comum do auto-aperfeiçoamento, crescimento e desenvolvimento. O espírito da harmonia e unidade de propósito farão muito por nós, e o pensamento unido da classe, juntamente com o nosso, será uma torre de força, e cada aluno receberá o benefício disso, e será assim fortalecido e sustentado.

    Seguiremos o sistema de instrução do Oriente, e não o do Ocidente. No Oriente, o professor não para para provar cada afirmação ou teoria à medida que avança; nem tampouco faz demonstrações de verdades espirituais no quadro-negro; nem discute com sua classe ou convida à discussão. Pelo contrário, seu ensino é autoritário, transmitindo sua mensagem a seus alunos como foi entregue a ele, sem se importar se todos concordam com ele, ou não. Ele não se importa se suas declarações são aceitas como verdade por todos, pois sabe que aqueles que estão prontos para a verdade a reconhecerão intuitivamente, e quanto aos outros, se não estiverem preparados, nenhum argumento ajudará nessa questão. Quando uma alma está pronta para uma verdade espiritual, e essa verdade, ou parte dela, é pronunciada em sua presença, ou apresentada à sua atenção por meio de livros, ela intuitivamente a reconhecerá, e se apropriará dela. O professor oriental sabe que muito do seu ensino é apenas o plantio de sementes, e que para cada ideia que o aluno apreendeu no início haverá uma centena que entrará no campo consciente apenas com o passar do tempo.

    Não queremos dizer que os professores orientais insistem que o aluno aceite cegamente toda verdade que lhe é apresentada. Pelo contrário, eles instruem o aluno a aceitar como verdade apenas o que ele pode provar por si mesmo, visto que nenhuma verdade é verdade para alguém até que ele possa prová-la por seus próprios experimentos. Mas o aluno aprende que antes que muitas verdades possam ser assim provadas, ele deve se desenvolver. O professor pede apenas que o aluno tenha confiança nele como um indicador do caminho, dizendo, em efeito, ao aluno: Este é o caminho; entre nele, e no caminho você encontrará as coisas sobre as quais lhe ensinei; experimente e saiba por si mesmo. Quando enfim você chegar a qualquer ponto do caminho, saberá sobre o mesmo tanto quanto eu, ou qualquer outra alma nesse estágio; porém, até chegar a um determinado ponto, você deve aceitar as declarações daqueles que vieram antes, ou rejeitar completamente o assunto. Não aceite nada como final até que você tenha provado; mas, se for sábio, você lucrará com o conselho e a experiência daqueles que vieram antes. Todo homem deve aprender pela experiência, mas os homens podem servir aos outros como indicadores do caminho. Em cada estágio da jornada você descobrirá que aqueles que progrediram um pouco mais adiante deixaram sinais, marcas e guias para aqueles que vierem depois. O sábio aproveitará esses sinais. Não peço fé cega, mas apenas confiança, até que possam demonstrar por si mesmos as verdades que estou lhes transmitindo, como foram transmitidas a mim, por aqueles que me precederam.

    Pedimos ao aluno que tenha paciência. Muitas coisas que parecerão obscuras para ele inicialmente ficarão claras à medida que progredirmos.

    A CONSTITUIÇÃO DO HOMEM

    O homem é um ser muito mais complexo do que geralmente se imagina. Ele não apenas possui um corpo e uma alma, mas é um espírito que possui uma alma, cuja alma possui vários veículos de expressão, sendo esses vários veículos de diferentes graus de densidade, sendo o corpo a forma mais inferior de expressão. Esses diferentes veículos se manifestam em diferentes planos, como o plano físico, o plano astral, etc., todos os quais serão explicados à medida que prosseguirmos.

    O verdadeiro Eu é puro espírito, uma centelha do fogo divino. Este espírito está envolto em numerosos invólucros que impedem sua plena expressão. À medida que o homem avança em seu desenvolvimento sua consciência passa dos planos inferiores para os superiores, e ele se torna assim cada vez mais consciente da sua natureza superior.

    O espírito contém dentro de si todas as potencialidades e, à medida que o homem progride, desenvolve novos poderes e qualidades espirituais.

    A filosofia Yoga ensina que o homem é composto por sete princípios —é uma criatura sete vezes maior. A melhor maneira de pensar no homem é compreender que o espírito é o verdadeiro Eu, e que os princípios inferiores são apenas invólucros confinantes. O homem é capaz de se manifestar em sete planos, isto é, o homem altamente desenvolvido, pois a maioria dos homens desta era é capaz de se manifestar apenas nos planos mais inferiores —os planos superiores, na maioria dos casos, ainda não foram alcançados, embora cada homem, não importa o quão sub-desenvolvido, possui os sete princípios potencialmente. Os primeiros cinco planos foram alcançados por muitos, o sexto por poucos, o sétimo por praticamente ninguém da humanidade até o momento.

    OS SETE PRINCÍPIOS DO HOMEM.

    Os sete princípios do homem, conforme ensinados pela filosofia Yoga, são aqui declarados; os termos em Sânscrito foram substituídos por termos em português, na medida do possível:

    7. Espírito.

    6. Mente Espiritual.

    5. Intelecto.

    4. Mente Instintiva.

    3. Prana, ou força vital.

    2. Corpo Astral.

    1. Corpo físico.

    Faremos um breve exame da natureza geral de cada um desses sete princípios, para que o aluno possa compreender futuras referências a eles; no entanto, deixaremos o tratamento detalhado de cada princípio para mais tarde no decorrer das lições.

    1. O Corpo Físico

    De todos os sete princípios, o corpo físico é certamente o mais aparente. É o mais inferior na escala, sendo a manifestação mais material do homem. Mas isso não significa que o corpo deve ser desprezado ou negligenciado. Pelo contrário, é um princípio extremamente necessário para o crescimento do homem em seu estágio atual de desenvolvimento —o templo do Espírito vivo— e deve ser cuidado para que se torne um instrumento perfeito. Precisamos apenas olhar ao nosso redor para ver como os corpos físicos de diferentes homens e mulheres demonstram diferentes graus de desenvolvimento sob controle mental. É dever de cada pessoa desenvolvida treinar seu corpo ao mais alto grau de perfeição, a fim de que o mesmo possa ser usado com vantagem. O corpo deve ser mantido em boas condições de saúde, e ser treinado para obedecer às ordens da mente, em vez de governar a mente —como muitas vezes acontece.

    O cuidado com o corpo, sob o controle inteligente da mente, é um ramo importante da Filosofia Yoga, conhecido como Hatha Yoga. A filosofia Yoga ensina que o corpo físico é constituído de células, cada célula contendo dentro de si vidas que controlam sua ação. Essas vidas são realmente fragmentos de mente inteligente com um certo grau de crescimento que permitem às células realizar o seu trabalho adequadamente. Esses fragmentos de inteligência são, é claro, subordinados ao controle da mente central do homem, e obedecerá prontamente às ordens do cérebro, dadas tanto inconscientemente como conscientemente. Essas inteligências celulares manifestam uma adaptação perfeita para o seu trabalho em particular. A ação seletiva das células, extraindo do sangue a nutrição necessária e rejeitando o que não é necessário, é um exemplo dessa inteligência. O processo de digestão, assimilação, etc., demonstra a inteligência das células, seja individualmente ou coletivamente em grupos. A cura de feridas, a pressa das células que se deslocam até os pontos onde são mais necessárias, e centenas de outros exemplos conhecidos pelo estudante de fisiologia, significam para o estudante Yogue exemplos da vida dentro de cada átomo. Cada átomo é para o Yogue uma coisa viva, vivendo sua própria vida independentemente. Esses átomos se combinam em grupos para algum fim; grupo cujo qual manifesta uma inteligência de grupo, enquanto permanecer um grupo; esses grupos se combinam novamente e formam corpos de natureza mais complexa, que servem como veículos para formas superiores de consciência.

    Quando a morte chega ao corpo físico as células se separam e se espalham, e aquilo que denominamos decomposição se inicia. Com a dissolução do corpo a força que mantinha as células unidas é removida, sendo livres, a partir de então, para seguir o seu próprio caminho, e formar novas combinações. Algumas vão para o corpo das plantas nas proximidades e, eventualmente, se encontram novamente no corpo de um animal; outras permanecem no organismo de plantas; outras permanecem no solo por algum tempo, mas a vida do átomo significa mudança incessante e constante. Como disse um importante escritor:

    A morte é apenas um aspecto da vida, e a destruição de uma forma material é apenas o prelúdio para a construção de uma outra.

    Não dedicaremos mais espaço à consideração do corpo físico, já que esse é um assunto isolado, e porque nossos alunos estão sem dúvida ansiosos para serem conduzidos a assuntos com os quais não estão ainda familiarizados. Portanto, deixaremos este primeiro princípio, e passaremos ao segundo, desejando, no entanto, novamente lembrar ao aluno que o primeiro passo no desenvolvimento Yogue consiste no domínio do corpo físico e o seu cuidado e atenção. Teremos mais a dizer sobre este assunto antes de concluirmos este curso.

    2. O Corpo Astral.

    Este segundo princípio do homem não é tão conhecido como o corpo físico, embora seja uma réplica exata em aparência e esteja intimamente ligado a ele. O corpo astral é conhecido por pessoas de todas as idades e tem originado muitas superstições e mistérios devido ao desconhecimento da sua natureza. Além disso, o corpo astral tem sido chamado de o corpo etérico; o corpo fluídico; o duplo etérico; espectro; Doppelganger, etc. 

    O corpo astral é composto por matéria mais sutil do que aquela que compõem nossos corpos, mas não deixa de ser matéria. Para lhe dar uma ideia mais clara do que queremos dizer, chamaremos sua atenção para a água, que se manifesta de diversas formas. A água, a uma determinada temperatura, é conhecida como gelo, uma substância dura e sólida; a uma temperatura um pouco mais elevada assume sua forma mais conhecida, a qual chamamos de água; a uma temperatura ainda mais elevada, escapa na forma de um gás, o qual chamamos de vapor, —embora o verdadeiro vapor seja invisível ao olho humano, e apenas se torna aparente quando se mistura com o ar, e tem sua temperatura um pouco diminuída, quando então se transforma num gás visível a olho nu, cujo qual denominamos vapor.

    O corpo astral é a réplica do corpo físico e pode ser separado dele em certas circunstâncias. Normalmente, a separação consciente é uma questão de considerável dificuldade, mas em pessoas com certo grau de desenvolvimento psíquico o corpo astral pode ser separado, e frequentemente assim viaja longas viagens. Para a visão clarividente o corpo astral é visto exatamente como uma réplica do corpo físico, e unido a ele por um fino cordão prateado.

    O corpo astral existe algum tempo após a morte da pessoa a qual pertence e, em certas circunstâncias, é visível para pessoas vivas, sendo então chamado de fantasma. Existem outros meios pelos quais os espíritos daqueles que faleceram podem se manifestar, e aquilo que chamamos de conchas astrais, que às vezes são vistas depois de terem sido deixadas pela alma que ascendeu à planos superiores, em tais casos, nada mais é do que um cadáver de matéria mais sutil do que seria o corpo físico. As conchas astrais não possuem vida ou inteligência, e nada mais são do que uma nuvem vista no céu  semelhante à forma humana. É um cadáver, e nada mais. O corpo astral de uma pessoa moribunda às vezes é projetado por um desejo fervoroso, e nessas ocasiões é visto por amigos e parentes por quem ela tem simpatia. Há muitos casos desse tipo registrados; o aluno provavelmente está ciente de ocorrências desse tipo.

    Teremos mais a dizer sobre o corpo astral e as conchas astrais em outras lições deste curso. Teremos oportunidade de entrar em maiores detalhes quando chegarmos ao assunto do plano astral e, de fato, o corpo astral fará parte de várias aulas.

    O corpo astral é invisível ao olho físico, mas é facilmente percebido por aqueles que possuem um certo grau de clarividência. Sob certas circunstâncias o corpo astral de uma pessoa viva pode ser visto por amigos e outras pessoas —a condição mental do observador tendo muito a ver com o fenômeno. Certamente, o ocultista treinado e desenvolvido é capaz de projetar seu corpo astral conscientemente, tornando-o visível à vontade; porém, tais poderes são raros, sendo apenas adquiridos quando um certo estágio de desenvolvimento for alcançado.

    O adepto vê o corpo astral saindo do corpo físico à medida que a hora da morte se aproxima. No leito de morte o corpo astral é visto pairando sobre o corpo físico, ao qual está ligado por um fino fio. Quando o fio se rompe, a pessoa morre, e a alma passa a carregar consigo o corpo astral, que por sua vez é descartado como foi antes o corpo físico. Devemos lembrar que o corpo astral é apenas um grau mais refinado de matéria, sendo apenas um veículo para a alma —assim como o corpo físico— e que ambos são descartados no momento adequado. O corpo astral, bem como o físico, se desintegra após a morte; algumas pessoas de natureza psíquica às vezes enxergam os fragmentos se dissolvendo em torno de cemitérios envoltos por luz violeta.

    Estamos simplesmente chamando a atenção para os diferentes veículos da alma do homem, seus sete princípios, e devemos nos apressar para o próximo princípio. Gostaríamos de falar sobre o interessante fenômeno do ego deixando o corpo físico no corpo astral enquanto a pessoa está adormecida. Gostaríamos de lhe contar o que ocorre durante o sono, e como alguém pode dar ordens ao seu Eu astral e obter certas informações ou resolver certos problemas enquanto imerso no sono, mas isso pertence a outra fase do nosso assunto; contudo, devemos seguir após apenas aguçar seu apetite. Desejamos que você tenha esses sete princípios bem fixados em sua mente, para que possa entender os termos quando os empregarmos futuramente.

    3. Prana, ou Força Vital.

    Dissemos algo sobre Prana em nosso pequeno livro, A Ciência da Respiração, que muitos de vocês leram. Como dissemos naquele livro, Prana é energia universal, mas ao considerá-la neste livro nos limitaremos à manifestação de Prana denominada força vital. Essa força vital é encontrada em todas as formas de vida —da ameba ao homem— da forma mais elementar de vida vegetal à forma mais elevada de vida animal. Prana permeia tudo; é encontrado em todas as coisas que possui vida; e como a filosofia oculta ensina que a vida está em todas as coisas —em cada átomo— a aparente falta de vida em algumas coisas sendo apenas um grau menor de manifestação, podemos dizer que Prana está em toda parte, em tudo. Prana não é o Ego, mas apenas uma forma de energia usada pelo Ego em sua manifestação material. Quando o Ego

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