Julgamento do conto de fada Chapeuzinho Vermelho
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Sobre este e-book
Considerando-se que do contrário mecanismos perniciosos, destrutivos provocaram impactos/confrontos com os mais próximos de sangue, atingindo os entes mais queridos e a si próprio. Direcionar-se a visar apenas o lucro, ou até mesmo as necessidades plausíveis sem democratizar ou compartilhar as buscas e soluções, possivelmente poderá causar uma implosão no seio do círculo por excluir a participação e, por conseguinte, o agregar dividindo o uno.
A bandeira que uma mãe que planta na vida terrena é eterna. Seus frutos e sementes iram proliferar, cada qual consistente do sangue que o gerou, do amor que lhe dedicou, da educação que lhe transmitiu e do "estar junto" que compartilhou. Assim deve ser, para todos e por todos.
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Julgamento do conto de fada Chapeuzinho Vermelho - Enio Victorio
Prefácio
Uma obra literária tem que corresponder aos anseios do leitor que, possivelmente, os mantém em seu inconsciente e, por mais que tudo, transmitir a ideia com começo, meio e fim.
Cada obra literária percorre um caminho com o escritor. Considero uma das coisas mais fáceis do mundo pensar que o parecer politicamente correto é plausível estando incutido preceitos e valores de vosso entendimento.
A Chapeuzinho Vermelho, transportando-a para o século vinte um, seria simplesmente uma pré-adolescente que sairia do seu apartamento ou condomínio para levar algumas guloseimas para sua avó no prédio ao lado. Depois iria para o shopping passear ou comprar algo, talvez até um gorro vermelho (considerando que seja inverno).
O Lobo no século XXI já está rotulado e popularizado, então seria simplesmente um homem com uma aparência sociável, tentando induzir alguém ao erro e o fulminando com seu jeitinho ardiloso.
O Caçador, a própria simplicidade do cidadão caçador. Abraça a modéstia e percorre seu caminho, conquistando espaço e destruindo as pessoas, levando vantagens por e com seus malfeitos, quem sabe até tornando-se um ídolo da música popular ou do futebol: um herói caçador ou um caçador herói.
Dedico essa obra aos rebanhos e seus pastores que drenam a terra e seus caminhos para que os frutos não pereçam em nome das suas sementes.
Um lema: devemos nos arar e adubar periodicamente. Revitalizar reciclando.
Motivação do autor para
elaboração da obra
Entendo necessário enfatizar a LUZ das perspectivas futuras que, de fato, são nossos direitos, tendo como enfoque a história singela do Conto de Fadas da Chapeuzinho Vermelho.
O Lobo se acha no direito de devorar suas vítimas. O Caçador entende-se no direito de caçar, matando seus opositores nem sempre irracionais.
Os demais personagens que circundam essa história são vítimas ou rebanho, arrastados de um lado para outro, independentemente do lado que escolhem. As perspectivas são de vítimas ou até oponentes segundo os interesses.
Qualquer seja o caminho tomado, ludibria saindo do enfoque da história, que os conduz para elevação e arado da vida dos envolvidos.
Diz um filosofo: a unanimidade é burra...
.
Capítulo I
Pássaros, Esquilos e Borboletas procuram Cius
Os passarinhos convocaram uma reunião de extrema urgência com os esquilos e as borboletas, objetivando encerrar essa história entre o Caçador e o Lobo diante do fato de que a Chapeuzinho Vermelho e sua vovó não chegaram a falecer após o lobo tê-las devorado.
O esquilo propôs que procurassem por Cius, posto que ocorreram boas soluções para os casos da Bela Adormecida e da Cinderela.
As borboletas sugeriram que todos os envolvidos utilizassem os meios necessários para localizar Cius; aqueles que pudessem voar, cruzariam os céus e os que pudessem andar pela terra e pelas árvores, circundariam todas as entranhas da floresta. A proposta foi aprovada e com o sinal verde iniciaram a procura.
Passadas algumas horas, os passarinhos viram uma estrela brilhando no céu. Comentaram que seria impossível, pois ainda era dia e não poderia ser o sol, já que ele estava do outro lado e também era muito pequeno para ser a lua.
Ficaram aguardando, pois a estrela chegava cada vez mais perto deles, não ficaram nem um pouco assustados e temerosos.
Era Cius que se aproximava, fazendo-se presente ao chamado dos animais. Sentaram-se em uma grande nuvem, até os que estavam percorrendo as matas.
Cius conversou com os pássaros esquilos e borboletas.
Eles disseram que o Lobo e o Caçador precisavam se reconciliar, pois já estavam a mais de quatrocentos anos em desavença.
— Será que o Lobo e o Caçador aceitariam um acordo? — indagou Cius
— Dependendo dos termos, achamos que sim — responderam os passarinhos.
A Chapeuzinho Vermelho e sua mãe entendem que o Lobo deveria ir a julgamento, pois causou muito desassossego na floresta.
Cius diz que procurou o Juiz Ralez para ponderar com ele a possibilidade de instalação de uma mesa de negociação.
— Levarei também ao Juiz Ralez a sugestão de estarem presentes na mesa de negociação o Ministério Publico através da Dra. GINA e do advogado de defesa Dr. RIOS de forma que possa haver equilíbrio durante as tratativas e ser realmente uma mediação e não um posicionamento para qualquer um dos lados envolvidos de forma tendenciosa.
"Caso não surta os efeitos frutíferos pretendidos, já antecipadamente darei a sugestão de antemão, que se instale dos trabalhos da Corte com o julgamento dos envolvidos sem quaisquer tipos de indícios de culta ou dolo tornar-se-ão testemunhas dos fatos.
Assim sendo, por ato continuo da mesa de negociação, ou seja, de mediação o TRIBUNAL DOS SONHOS DE FADA com sua competência procedera ao julgamento. De forma que eles não precisariam retornar pelo portar do universo paralelo."
Cius e Ralez principiam as tratativas em uma longa conversa; Ralez aproveita