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Surpresas da Paixão
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E-book119 páginas1 hora

Surpresas da Paixão

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Sobre este e-book

Carlos não era mais um adolescente que se julgava apaixonado a cada meia hora. Para se realizar, precisava de um casamento sólido e tradicional, lar, filhos, correr para a praia nos dias de sol, acampar nas montanhas, coisas que uma família comum faria. Estava se preparando para isso, mas vivia a maior contradição de sua vida e ela tinha um nome: Míriam Simões! Ele não sabia de onde vinha aquele fascínio que o envolvia e o emocionava tanto. Talvez fossem aqueles olhos grandes e expressivos, ligeiramente amendoados. Possivelmente aquela voz macia e aveludada que parecia acariciar seus ouvidos quando ela falava. Míriam tinha tudo que uma mulher poderia ter de melhor para oferecer a um homem, mas daquelas ideias liberais confundiam Carlos. Ela encarnava seu tipo ideal de mulher, mas era tão moderna, tão independente e tão inteligente que o confundia. Tinha ideias próprias e punha em xeque tudo o que Carlos tinha em mente a respeito da função da mulher no casamento. Ele queria uma esposa, uma companheira, alguém que o esperasse à noitinha com uma bebida e a comida pronta, que aquecesse sua cama à noite e que cuidasse dos filhos que ele queria. Era por isso que se inclinava, cada vez mais, na direção de Regina Carvalho, uma mulher com um padrão de educação e comportamento que espelhava tudo aquilo que Carlos desejava. Qual delas ele escolheria? A decisão era difícil, mas tudo se complicou, quando um rival surgiu para disputar o amor de uma delas!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de jan. de 2023
ISBN9781526071996
Surpresas da Paixão

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    Surpresas da Paixão - L P Baçan

    INTRODUÇÃO

      Carlos não era mais um adolescente que se julgava apaixonado a cada meia hora. Para se realizar, precisava de um casamento sólido e tradicional, lar, filhos, correr para a praia nos dias de sol, acampar nas montanhas, coisas que uma família comum faria. Estava se preparando para isso, mas vivia a maior contradição de sua vida e ela tinha um nome: Míriam Simões!

      Ele não sabia de onde vinha aquele fascínio que o envolvia e o emocionava tanto. Talvez fossem aqueles olhos grandes e expressivos, ligeiramente amendoados. Possivelmente aquela voz macia e aveludada que parecia acariciar seus ouvidos quando ela falava. Míriam tinha tudo que uma mulher poderia ter de melhor para oferecer a um homem, mas daquelas ideias liberais confundiam Carlos.

      Ela encarnava seu tipo ideal de mulher, mas era tão moderna, tão independente e tão inteligente que o confundia. Tinha ideias próprias e punha em xeque tudo o que Carlos tinha em mente a respeito da função da mulher no casamento. Ele queria uma esposa, uma companheira, alguém que o esperasse à noitinha com uma bebida e a comida pronta, que aquecesse sua cama à noite e que cuidasse dos filhos que ele queria. Era por isso que se inclinava, cada vez mais, na direção de Regina Carvalho, uma mulher com um padrão de educação e comportamento que espelhava tudo aquilo que Carlos desejava. Qual delas ele escolheria? A decisão era difícil, mas tudo se complicou, quando um rival surgiu para disputar o amor de uma delas!

    SURPRESAS DA PAIXÃO

    CAPÍTULO 1

      Carlos Moreira tivera um padrão de educação à moda antiga e isso agora se refletia em seu comportamento, um tanto antiquado para um homem de sua idade. Esquecera, possivelmente, de amadurecer, de acompanhar a evolução dos tempos.

      Não se casara e já contava trinta e cinco anos. Podia se vangloriar de possuir alguma experiência de vida, gozar de uma situação estável e ter de um emprego sólido que lhe permitia viver bem.

      Era um homem vivido, mas tivera que lutar muito. Primeiro, cerca de cinco anos para firmar-se no mercado. Depois, nos últimos anos, quando sua firma passara pela crise nacional provocada pela pandemia e ele praticamente lutara sozinho para mantê-la em pé. O combate ao vírus impusera às empresas em geral um desafio sem precedentes. A modernização e a competência passaram a ser fundamentais para a sobrevivência nos negócios.

      O ano 2022 chegara com novas e boas perspectivas. As agruras haviam passado e Carlos se sentia, agora, como um homem que tivesse permanecido anos numa prisão, ou, simplesmente, deixado de viver seu tempo por alguns anos, envolvido com seu trabalho.

      Fora um período difícil. O horário de trabalho não era marcado pelo relógio, mas pelas necessidades da empresa. Atendê-la se tornara a coisa mais importante para Carlos que, em benefício dela, sacrificara sua vida. Conseguira manter os empregados e, mês a mês, aumentar os resultados, chegando ao fim de 2022 numa posição superior à do período pré-pandemia. Novas ameaças surgiam no horizonte com a mudança de governo, mas julgava-se agora capaz de lidar com qualquer situação e já havia feito, inclusive, um planejamento de como se comportar nos negócios, adaptando-se a eventuais alterações no mercado e na economia.

      Agora, solidamente instalado no apartamento de cobertura, decorado segundo os últimos ditames da moda, Carlos se descobria um homem sozinho e, o que era pior, perdido no tempo.

      Não que desejasse recuperar o que perdera. Carlos era um homem metódico, prático, realista e esse seu temperamento se acentuara mais ainda naqueles anos de luta.

      O que havia passado deixara lições. Havia agora um presente diante dele e Carlos precisava encará-lo e explorar seus próprios sentimentos e carências afetivas. Reconhecia que não seria fácil. Muitas coisas mudaram no comportamento feminino. As mulheres já não eram as mesmas daquelas que conhecera antes de se dedicar quase que exclusivamente a sua empresa.

    Não era mais um garoto, um adolescente que se julgava apaixonado a cada meia hora. Via-se numa posição em que, para se realizar, precisava de um casamento sólido e tradicional, lar, filhos, correr para a praia nos dias de sol, acampar nas montanhas, coisas que uma família comum faria. Estava se preparando para aquilo, mas vivia a maior contradição de sua vida: Míriam Simões!

    Ele não sabia de onde vinha aquele fascínio que o envolvia e o emocionava tanto. Talvez fossem aqueles olhos grandes e expressivos, ligeiramente amendoados. Possivelmente aquela voz macia, aveludada, que parecia acariciar seus ouvidos, quando ela falava. Míriam tinha tudo que uma garota poderia ter de melhor a oferecer a um homem, apesar daquelas ideias liberais que confundiam Carlos ao extremo.

      Ela encarnava seu tipo ideal de mulher, mas era tão moderna, tão independente e tão inteligente que o confundia. Tinha ideias próprias e punha em xeque tudo o que Carlos tinha em mente a respeito da função da mulher no casamento. Ele queria uma esposa, uma companheira, alguém que o esperasse à noitinha com uma bebida, que aquecesse sua cama à noite e que cuidasse dos filhos que ele queria.

      Míriam, porém, tinha outras coisas em mente. Queria continuar seu trabalho, estudar mais ainda, falar livremente sobre todo e qualquer assunto, principalmente os mais polêmicos, participar de campanhas feministas, envolver-se em política e em tudo que valia a pena em seu modo de entender.

    Ela queria agitação, muito movimento, coisas acontecendo ao seu redor e um companheiro que fosse tudo, de amante a amigo, de censor a fiador numa operação bancária.

      Toda essa inquietação de Míriam assustava Carlos. Ele queria solidez, tranquilidade, sossego, após tudo o que já vivera. Míriam ainda queria viver, não podia estacionar. Para ela, a vida era um constante movimento e as pessoas deveriam se mover com ela. Rotina, cotidiano, uma casa, papai, mamãe, nada disso parecia fazer parte daquelas ideias que passavam pela cabeça da garota.

      Por isso ele se assustava. Por isso, praticamente temia Míriam e se inclinava, cada vez mais, para Regina Carvalho, uma garota com um padrão de educação e comportamento que espelhava tudo aquilo que Carlos desejava.

      Regina vinha de uma família tradicional e tivera sua educação em colégio de freiras. Seu pai era herdeiro de uma cadeia de lojas que cobria todo o país, em vias de fechar uma parceria com um importante conglomerado americano.

      Regina se vestia com elegância, portava-se como uma rainha, sendo exatamente o oposto de Míriam em tudo, até na feminilidade. Regina inspirava sossego e docilidade; Míriam era completamente o oposto, como se Carlos tivesse de ser um perfeito atleta para acompanhá-la em seus movimentos.

      Mas havia dúvidas que nasciam dessas diferenças. Com Míriam, Carlos se sentia renovado, um homem cuja idade não contava. Míriam era capaz das coisas mais malucas. Diante de Regina, porém, Carlos se sentia formal, educado, policiado por si mesmo. Assim, tudo o que via diante de si era um dilema completo.

      Com a idade que tinha, precisava começar a se cuidar. Já não era mais um garoto. Percebia isso. Como acompanhar as evoluções alucinantes do corpo de Míriam entre as luzes de uma discoteca? Só que isso o emocionava muito mais que estar numa sala de concertos com Regina. Como mulher, Carlos via nas duas uma companheira definitiva, mas para isso ele tinha de se dividir.

      Míriam era a sensualidade, a provocação, a malícia, a explosão, o desejo sem limite, a excitação sem fronteiras. Regina era bonita, insinuante, mas inspirava paisagens bucólicas, lagos parados e brilhantes, um pôr do sol tranquilo.

      O homem de trinta e cinco anos que havia em Carlos aceitava a ideia de ter Regina; o homem que desejava recuperar alguns anos de sua vida encontrava em Míriam tudo o que podia desejar. Era difícil uma decisão, mas ele sabia que cedo ou tarde teria de tomá-la.

      Olhou no relógio. Míriam deveria estar chegando. Apenas ela poderia ser capaz daquilo: procurá-lo às dez da noite sem um motivo aparente. Regina nunca faria isso. Raramente ela telefonava após as oito. Caminhou pela ampla sala. Olhou sua mesa de som totalmente eletrônica. Sabia quais eram as preferências de Míriam, por isso selecionou um arquivo de axé.

      Depois, sentiu que ainda faltava alguma coisa para se preparar decentemente para a visita de Míriam. Pensou por instantes, rumando em seguida para a cozinha.

      Olhou sua geladeira. Tinha pão, queijo e um bom patê. Conferiu se as latas da cerveja preferida da jovem estavam geladas. Apanhou mais algumas latas da despensa e meteu-as no congelador. Não sabia o que Míriam desejava, mas aprendera a estar preparado para ela. Quando agitada, Míriam devorava sanduíches de patê como uma garotinha faminta e bebia algumas latas de cerveja. Fechando a geladeira,

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