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Mâe secreta
Mâe secreta
Mâe secreta
E-book169 páginas2 horas

Mâe secreta

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Sobre este e-book

Foi a uma entrevista para trabalhar como ama de Caitlin. Correu tudo bem, pois Matthew não a reconheceu. Pelo menos foi isso que Caroline pensou...
No entanto, existia uma forte atracção entre eles. Talvez todos os seus sonhos se tivessem tornado realidade. Contudo, Matthew tinha outros planos...
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de nov. de 2018
ISBN9788413071558
Mâe secreta
Autor

Lee Wilkinson

Lee Wilkinson writing career began with short stories and serials for magazines and newspapers before going on to novels. She now has more than twenty Mills & Boon romance novels published. Amongst her hobbies are reading, gardening, walking, and cooking but travelling (and writing of course) remains her major love. Lee lives with her husband in a 300-year-old stone cottage in a picturesque Derbyshire village, which, unfortunately, gets cut off by snow most winters!

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    Pré-visualização do livro

    Mâe secreta - Lee Wilkinson

    Editado por Harlequin Ibérica.

    Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Núñez de Balboa, 56

    28001 Madrid

    © 1997 Lee Wilkinson

    © 2018 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Mâe secreta, n.º 411 - novembro 2018

    Título original: The Secret Mother

    Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

    Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

    ® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

    ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

    I.S.B.N.: 978-84-1307-155-8

    Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

    Sumário

    Créditos

    Capítulo 1

    Capítulo 2

    Capítulo 3

    Capítulo 4

    Capítulo 5

    Capítulo 6

    Capítulo 7

    Capítulo 8

    Capítulo 9

    Capítulo 10

    Se gostou deste livro…

    Capítulo 1

    Da janela da pequena sala de espera, perto do berço, Caroline observava a neve que caía em Morningside Heights. Os flocos macios empilhavam-se contra os vidros e envolviam as árvores num manto branco.

    De repente, ela estremeceu.

    A neve trazia-lhe de volta um passado cruel. Teriam as cicatrizes e as dores emocionais desaparecido, depois de tantos anos? As sequelas físicas, essas, tinham quase desaparecido.

    Caroline tinha ainda as faces encovadas, parecia mais velha do que era na realidade, mas, por ironia, agora e depois de terem sido remodeladas, sentia-se mais bonita.

    Uma batida na porta despertou-a dos devaneios.

    – Espero não estar a incomodar-te – interrompeu Lois Amesbury, a sua patroa, que sempre demonstrara ser educada, agradável e amiga. – Achei que deverias saber que estamos quase de partida. O meu marido tem de ocupar o seu novo cargo no Burbeck Hospital antes do Ano Novo.

    A sua decisão de voltarem para a costa oeste já tinha sido mencionada e discutida, porém, Caroline tentara não pensar nisso.

    Há mais de dois anos que os Amesbury se tinham arriscado, depois de ouvir em um pouco da sua história, a empregar uma mulher sossegada, de olhos tristes, para ser a ama das suas filhas gémeas, agora com três anos de idade.

    Caroline estava estabelecida aqui, segura e, se não era feliz, pelo menos estava contente. A mudança significava um transtorno que temia.

    – Vou ter muitas saudades de Nova Iorque – prosseguiu Lois, sentando-se na cadeira. – Quero exercer advocacia em Oakland, e assim estaremos mais perto dos meus pais. A minha mãe está impaciente para poder tomar conta das crianças… Apesar de saber que ela vai estragá-las com mimos – disse, pensativa. De repente, reparou no ar desolado que Caroline procurava esconder, no entanto não se manifestou.

    Após um momento, prosseguiu:

    – Esta tarde Sally Danvers telefonou-me para o escritório a perguntar se estarias interessada em continuar a tua função de ama noutra família. Ela conhece um rico empresário que precisa de uma ama de confiança e que está disposto a pagar um óptimo salário. Terias de cuidar de uma menina de mais ou menos a mesma idade das minhas duas. O pai é viúvo ou divorciado, não sei muito bem. Mas isso não é importante. A avó da menina tomava conta dela, mas, há alguns meses atrás, a senhora morreu.

    Lois suspirou, aborrecida com o silêncio de Caroline.

    – Pelo que sei, a pessoa que cuidava da criança não conseguiu conquistar a confiança da menina. A pobre criancinha não gostava dela e preferia ficar com a governanta. Quando o pai descobriu, despediu a mulher. É por isso que precisa de alguém que possa começar já. Ele estará na sua residência amanhã de manhã, caso estejas interessada.

    – Oh, mas eu não posso começar já!

    Lois fez um gesto com a mão.

    – Estarei em casa até nos mudarmos. Por isso, se decidires aceitar o emprego, posso desenrascar-me sozinha. Foste enviada por Deus, e estou muito grata por tudo o que fizeste por nós. Por isso, gostaria de te ver bem instalada antes de nos irmos embora. O nome do homem é Matthew Carran. Ele mora no Edifício Baltimore, na Quinta Avenida. Escrevi a morada e o número do telefone neste pedaço de papel.

    Entregou-lhe uma folha dobrada.

    – Bem, é melhor apressar-me. Temos bilhetes para um concerto no Octagon Hall. Isso, se o tempo melhorar.

    Embora Caroline tivesse aceite o pedaço de papel, não ouvira mais nada desde que o nome Matthew Carran fora mencionado.

    Ficara ligeiramente indisposta. Inclinou-se para a frente e pôs a cabeça entre os joelhos.

    Passado algum tempo, a tontura passou. Que brincadeira do destino! Era quase inacreditável que o homem que precisava de uma ama com tanta urgência tivesse de ser o único para o qual ela não podia trabalhar.

    Seria mesmo ele? O endereço era diferente…

    Sim, só podia ser. Matthew era um nome bastante comum, mas Carran não, e de certo modo o resto ajustava-se. A última vez que ouvira falar dele, era a madrasta de Matthew que cuidava da filha, e ele estava prestes a casar. Mas agora parecia estar livre, e, depois da morte da madrasta, a criança tinha ficado sob os cuidados de uma ama.

    De repente, Caroline lembrou-se do que Lois Amesbury tinha dito: «… a ama não conseguiu ganhar a confiança da menina. A pobrezinha não gostava dela».

    Fechou os olhos com força e tentou lutar contra a vontade de chorar. Se as circunstâncias fossem diferentes… Dentro de algumas semanas estaria sem casa, sem emprego e nada havia a fazer.

    Ou havia? Matthew não a conhecia pelo seu novo nome: Caroline Smith. Quando ela o conhecera, chamava-se Kate Hunter, tinha mais nove quilos, cabelos curtos, ruivos e ondulados. Agora, estavam longos e lisos e com o seu verdadeiro tom loiro.

    Naquela época, era jovem, fresca e curvilínea. Hoje, estava mais velha e sobretudo mais experiente. O seu corpo era magro, quase esquelético, e o seu brilho tinha desaparecido.

    Não, Matthew não a reconheceria. Depois das várias cirurgias plásticas a que fora submetida, até a própria mãe teria dificuldades em reconhecê-la.

    Mas era um risco que não podia correr. Caroline não tinha esquecido o modo como Matthew a olhara com desprezo e reprovação.

    Ainda assim o desejo de tornar a vê-lo, a necessidade de ver a filha dele, era como uma dor física.

    Não! Não podia fazê-lo. Seria uma loucura, abriria todas as velhas feridas e destruiria a pouca paz de espírito que tinha conseguido alcançar.

    Mas, se conseguisse o emprego, seria a resposta a todas as suas preces… Então, decidiu-se e marcou uma entrevista.

    A saudável governanta de meia-idade abriu-lhe a porta e pendurou o seu casaco no cabide correctamente posicionado no corredor.

    – O senhor Carran está à sua espera no estúdio – disse, com um sorriso de aprovação para o agradável penteado, o vestido simples de lã e as botas de salto alto da recém-chegada. – É aquela porta à esquerda.

    Atravessou o amplo hall de entrada alcatifado, parou em frente à porta do escritório, bateu e esperou.

    – Entre.

    Caroline engoliu em seco. A palma da sua mão, húmida, escorregou na maçaneta, atrapalhando-a por uns instantes, antes que conseguisse girá-la e entrar no estúdio.

    Matthew Carran estava sentado atrás de uma mesa castanha, com uma esguia caneta de ouro na mão e um maço de papéis à sua frente. Tirara o casaco, desabotoara o colarinho e desapertara a gravata. As mangas da camisa estavam enroladas, expondo os braços musculosos e salpicados de pêlos escuros.

    Quando Caroline entrou, Matthew levantou-se e ficou parado sem falar, enquanto os seus olhos a percorriam devagar.

    De cabeça baixa, Caroline mordeu o lábio, concentrando a sua atenção na dor que sentia.

    – Está a sentir-se bem?

    – Sim, senhor. Estou, muito obrigada.

    – Talvez queira sentar-se…

    Quando Caroline se sentou, agradecida, na cadeira à sua frente, Matthew sentou-se também e observou-a com um ar preocupado:

    – Está muito pálida. Esteve doente?

    – Não.

    – Ficava muitos dias em casa quando trabalhava para a senhora Amesbury?

    – Tinha um dia de folga por semana e um fim-de-semana por mês.

    Mas quase nunca aproveitara as concessões.

    – O que quero saber é se já esteve de baixa por doença ou coisa parecida.

    – Nunca. Sou uma pessoa saudável.

    Matthew estudou demoradamente o seu delicado rosto oval, encolheu os ombros e disse:

    – Se quer trabalhar para mim, temos de nos conhecer melhor. Fale-me um pouco de si.

    Antes que Caroline pudesse satisfazê-lo, acrescentou:

    – Tem uma voz agradável. De onde lhe vem esse sotaque inglês?

    Caroline ficou tensa. Não tinha pensado nisso.

    – É inglesa?

    – Nasci em Londres, mas tenho dupla nacionalidade.

    – Fale-me dos seus pais.

    Caroline encarou-o, surpresa.

    – O meu pai era um jornalista americano. Trabalhava em Londres quando conheceu a minha mãe, que era fotógrafa, e foi viver com ela. Casaram-se, e eu nasci um ano depois. Vivemos em Londres durante quinze anos até nos mudarmos para Nova Iorque.

    – É filha única?

    – Sim. Não ter irmãos nem irmãs é um dos meus desgostos.

    – Teve uma infância feliz?

    – Sim. Um pouco boémia, suponho. Mas sempre me senti bem amada e cuidada.

    – Os seus pais ainda vivem em Nova Iorque?

    Caroline abanou a cabeça.

    – Estavam a fazer uma reportagem sobre um incêndio e foram vítimas de uma explosão.

    – Há quanto tempo?

    – Quando estava no meu último ano da faculdade.

    – Posso perguntar-lhe a sua idade?

    – Quase vinte e seis.

    Caroline notou, pela sua expressão, que a tinha considerado muito mais velha.

    – E há quanto tempo é ama?

    – Desde que saí da faculdade.

    Sentiu-se culpada por estar a mentir, mas só assim podia evitar que ele continuasse o interrogatório.

    Matthew Carran estudou-lhe o rosto. Os seus olhos sempre tiveram o poder de aquecer ou de congelar os sentimentos das pessoas.

    Matthew mudou de assunto e perguntou:

    – O seu actual empregador exige-lhe que use uniforme?

    – Não.

    – Teria alguma objecção em usar um?

    Caroline não gostou muito da ideia, mas sabia que confessá-lo não seria muito inteligente.

    – Não.

    – O que a trouxe para esta profissão?

    – Gosto de crianças – respondeu, com sinceridade.

    Com voz suave ele sugeriu:

    – Talvez para si este seja um trabalho fácil?

    – Ser ama não é uma maneira fácil de ganhar a vida.

    – Quais são

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