Em busca da felicidade

De Vilma Otto

Suzan sempre foi uma jovem sonhadora e ao receber a proposta para trabalhar na França vê a oportunidade de melhorar a condição de vida de sua família. O que ela não imagina é que sua vida irá se transformar por completo. Nesta jornada ela ganha uma nova família, descobre o amor, vive emoções jamais sentidas. Ela enfrenta desafios, alegrias e amadurece pessoalmente e profissionalmente, passando por muitos dilemas e medo do desconhecido. Mas, depois de muito tempo na França, acreditando que tudo que ela mais queria não era possível acaba retornando ao Brasil. No Brasil ela luta para se reestabelecer, conhece um novo amor acredita que tenha encontrado sua felicidade, mas ao mesmo tempo tem sua maior decepção. Mais uma vez ela se vê perdida, desemparada, em sofrimento, decide voltar para a França. Nesta incessante busca pela felicidade ela percebe que o que ela tanto precisava para ser feliz estava mais perto do que ela imaginava.

• Idioma: Português
• Editora: Viseu
• Data de lançamento: 27 de fev. de 2023
• ISBN: 9786525441931

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Conteúdo © Vilma Otto

Edição © Viseu

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Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico, mecânico, inclusive por meio de processos xerográficos, incluindo ainda o uso da internet, sem a permissão expressa da Editora Viseu, na pessoa de seu editor (Lei nº 9.610, de 19.2.98).

Editor: Thiago Domingues Regina

Projeto gráfico: BookPro

Coordenação Editorial: Giselle Rocha

Consultoria Editorial: Rafael Silva

Copidesque: Giulia Garcia

Revisão: Marcus Vinícius Lima Arimatéa Prado Santos

Capa: Daniela Penedo

Diagramação: Fabio Martins

e-ISBN 978-65-254-4193-1

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Editora Viseu Ltda.

www.editoraviseu.com

Dedico esta obra ao meu amado e finado pai: Sergio Frederico Otto.

Agradecimento

Agradeço à minha filha, familiares e amigos que sempre acreditam no meu sonho e no meu potencial.

Prefácio

A minha possibilidade de viver em outro país aos 15 anos foi a iniciativa para o começo deste romance. Com uma mente criativa e fértil, Suzan dá vida ao que eu não pude viver. Não viajei, mas sonhei e criei minha própria história. Com a mudança para outro país, tudo vai transformando por completo a vida de Suzan. Um misto de amor, medo, descobertas, alegrias e sofrimento fazem a personagem viver o novo. Neste romance, autora e personagem se misturam em uma só realidade. Sonhadoras, românticas, apreensivas, inseguras, vamos descobrindo o que é importante, a maturidade, o mundo. Entre sorrisos e lágrimas descobrimos o amor e acreditamos encontrar a felicidade. A minha personagem vive o auge da felicidade e desmorona na dor e decepção. Alguns anos se passam até completar a obra, Suzan vive a minha realidade, sua criadora. Ambas crescemos juntas, aprendendo o que é o amor e a dor, e encontramos a felicidade onde menos esperamos.

Venha fazer parte desta jornada apaixonante, onde não sabemos qual é a linha entre a ficção e a realidade.

Capítulo I

Naquela noite, Suzan quase não conseguiu dormir, isso porque sabia que a partir do dia seguinte tudo mudaria na sua vida. Engraçado como sua vida ia se transformando da noite para o dia. Na manhã seguinte, Suzan acordou bem cedo, se arrumou, pegou suas coisas e foi para o carro que seu pai emprestou de um amigo para levá-la ao aeroporto.

Chegando ao aeroporto, observou quantos amigos tinha a sua espera para se despedir. Logicamente, ficou muito feliz em ver todas aquelas pessoas que tanto a amavam. Despediu-se de todos, levando a lembrança de cada um e deixando a saudade. Suzan foi com lágrimas para o avião, estava deixando toda uma vida para trás.

Suzan residia em um bairro de Londrina no estado do Paraná, do belo Brasil; agora irá morar em Paris, na França, trabalhando para uma família que lhe dará também um lar. A viajem até São Paulo passa muito rápido e Suzan nem percebe, pois está concentrada nas lembranças de sua vida. De todos os momentos, felizes, tristes, de paz, brincadeiras, de brigas, as festas, os amigos... De repente Suzan acordou daquele sonho quando se lembrou de Ricardo, que fizera parte de sua infância e que ela tanto amou, seu primeiro amor. Ela nunca dissera nada a ele, nunca se declarara, pois tinha medo de falar, sempre foi muito tímida, e ele nunca nem olhara para ela. Para ele só eram amigos, um dia Suzan se cansou da amizade e se afastou.

Porém, só agora, lembrara que não se despediu dele. Ah, por que eu não fui lá, por que não fui falar com ele? – Suzan se perguntava, mas agora era tarde. A aeromoça anunciava que o avião iria pousar, já estavam chegando ao aeroporto de São Paulo e logo embarcaria para seu novo destino. Em meia hora o avião com destino à França sairia, não tinha mais volta. Suzan para de pensar no passado e procura olhar para o futuro, tudo irá se transformar.

O embarque não atrasou, Suzan se concentra e procura relaxar, a viajem agora é mais longa, pretende chegar descansada em Paris. Suzan adormece perdida em seus sonhos; já estavam descendo em Paris quando ela acordou. Lá tudo era muito diferente, e já havia um carro à sua espera, era o motorista dos Shelf, seus novos patrões.

Paris era realmente linda, Suzan se encanta com as ruas, os jardins no centro da cidade, as construções, a Torre Eiffel ao longe, tudo muito lindo, ela fica admirada com tudo. Chegando à mansão dos Shelf, fica mais encanta ainda. Paris é linda, e esta mansão, o que é isto, jamais pensei em entrar num lugar assim, o que mais me espera? – Suzan pensava em voz alta.

A senhora Laura Shelf já estava a sua espera, cumprimentou Suzan e logo foi mostrar toda a casa e onde seria seu quarto. O engraçado é que a senhora Shelf falava português – pensava Suzan. A casa era imensa e linda, tudo muito bem organizado e luxuoso, a Sr.ª Shelf tinha muito bom gosto para a decoração.

— Bom, seu serviço é simplesmente cuidar de Brian e Inês, quando estão em casa; levá-los à escola; buscá-los, e quando meu marido e eu sairmos à noite, nós pagamos hora extra. Os sábados e domingos são livres – diz a Sr.ª Shelf.

Suzan nem sabia o que dizer. Paradas em frente ao seu novo quarto, agradecia, pois era uma maravilha, esforço nenhum, só precisava ver como eram as crianças e respondeu:

— Garanto que tudo irá correr bem, vou satisfazer com o trabalho, tudo é muito bom. Agora vou arrumar minhas coisas, o quarto é muito lindo e confortável.

— Claro, Suzan! Você deve descansar para amanhã começar a trabalhar, quando as crianças chegarem eu peço para lhe chamar – disse a Sr.ª Shelf com carinho.

Suzan se fecha no quarto, ansiosa por conhecer as crianças, e fica pensando. Como será que elas são? Será que são bonzinhos ou daqueles de doer a cabeça? O jeito é esperar até as crianças chegarem. Suzan começa a desfazer as malas, guardando no roupeiro as roupas e as poucas coisas que trouxe de maquiagem e perfume, os itens de higiene pessoal ela colocou no banheiro, aliás, seu quarto é uma suíte, a mansão era realmente muito grande.

Capítulo II

Já eram seis horas da tarde, Suzan já havia ajeitado tudo no quarto, de repente alguém bate à porta lhe chamando. Era uma voz estranha, não era a Sr.ª Shelf. Suzan abre e se depara com uma empregada.

— Sim, pois não?

— Olá, sou Marli, prazer em conhecê-la, a Sr.ª Shelf pede sua presença na sala, as crianças já chegaram.

Suzan pede para avisar que já vai descer, dá uma ajeitada no cabelo e desce. Na sala estão sentados um homem alto e esbelto, um