Certa Vez... Eu Conto
De Lucy Batista
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Certa Vez... Eu Conto - Lucy Batista
Certa Vez...
EU CONTO
Lucy Batista
Certa Vez. . EU CONTO
Certa Vez...
EU CONTO
1
Certa Vez. . EU CONTO
Sumário
Apresentação
3
PARTE I
4
Um Momento de Devaneio
5
Em Tempo Real
8
Meu Namorado
11
E o Final Feliz?
13
Depois do Final Feliz
18
O Para Sempre
21
A Descoberta
24
A Última Conversa
28
PARTE II
33
Aquele Momento Sozinha
34
Zumbi
37
Adeus Olho, ops! Ano Velho!
44
Lentamente...Fim.
50
A Loura da Boate
53
Carona da Morte
56
A Máquina de Escrever
60
A Chuva, a Casa e o Tabuleiro
67
Ponto de Vista
72
Um Mundo de Criaturas Estranhas
84
PARTE III
91
Relato de um Aventureiro
92
O Guardião do Vale
98
Onde Você For, A Mágica te Seguirá
110
O Segredo
144
Sobre a Autora
153
2
Certa Vez. . EU CONTO
Apresentação
Esse é um livro de contos inspirados no dia a dia e na fantasia.
Aqui você vai encontrar contos românticos, bizarros e fantasiosos. Contos curtos e contos longos. Espero que você apaixone-se, encantem–se e assombre-se, porque aqui tem contos para todos os gostos, e para acompanhar o seu humor do dia.
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Certa Vez. . EU CONTO
4
Certa Vez. . EU CONTO
Um Momento de Devaneio
A casa era quadricular com 4 cômodos pequenos e um banheiro. Na cozinha havia móveis amadeirados, tinha uma mesa quadrada com 4 cadeiras e sobre ela um vaso com azaleias. A pia estava limpa com a louça no escorredor, e no fogão uma panela de arroz tampada. A geladeira branca era bem silenciosa. Sobre um pequeno armário tinha um micro-ondas. Espalhados como decoração tinha cestos de frutas e talheres.
O quarto era pequeno, suficiente para uma cama de casal de madeira com dois criados-mudos em cada lado. Em um havia um despertador e no outro um abajur com dois livros. Um guarda roupa com seis portas com espelho no centro. Uma penteadeira de madeira com perfumes masculinos e femininos, cremes de corpo, relógios, pulseiras, correntes, colares e anéis.
No outro cômodo, que futuramente seria um quarto cheio de vida e alegria, por enquanto só tinha uma estante de livros, uma escrivaninha com um computador preto, uma poltrona amarela em um canto perto à estante e um teclado ajeitado em outro canto.
No banheiro havia um box de vidro que separava o chuveiro elétrico. Um vaso sanitário branco e um lavatório com gabinete branco com um espelho com a moldura branca. Na janela havia uma cortina da cor creme.
Na sala, um sofá de três lugares de frente à um rack com um aparelho de som com grandes caixas, uma TV de plasma 50
com porta-retratos espalhados. As fotos era sempre um casal sorrindo em diferentes lugares, como parques, praias, montanhas e cidades. Um sofá de dois lugares na lateral e um tapete grande no centro, e sobre ele uma mesinha com um vaso de orquídea.
5
Certa Vez. . EU CONTO
Do lado de fora, na varanda, ela está sentada em uma cadeira de balanço acariciando sua barriga sorrindo. Ela ouve o barulho do portão e olha rapidamente, então o vê, ela levanta e vai ao encontro dele correndo e ele abre os braços sorrindo, então ela o abraça em um pulo, passando seus braços envolta do pescoço e as pernas em volta da cintura. Eles se olham sorrindo e então se beijam calorosamente. Ele a coloca no chão e passa a mão na barriga dela e ela o olha e abraça bem forte e ele acaricia seus cabelos. Ainda estão parados no quintal, alguém a chama bem distante, mas ela ignora.
Ele traz uma sacola e os dois caminham para a cozinha de mãos dadas. Lá ela retira o que estava dentro e leva ao micro-ondas enquanto ele pega no armário dois pratos e dois talheres.
Depois de alguns minutos ela retira do micro-ondas e divide em dois pratos o conteúdo. Era lasanha. Ela ouve chamá-la mais alto, mas ainda não se incomoda.
Ela levanta e retira os pratos sujos da mesa e leva para a pia, e então os lava, enquanto ele vai para sala e deita no sofá ligando a TV.
Ela vai para o quarto, abre o guarda roupa e escuta alguém chamá-la novamente, ela estranha mas não para o que está fazendo. Pega uma lingerie preta e vermelha e veste, vai até a sala para ao lado da TV. Ele desvia toda sua atenção para ela e sorri maliciosamente, vai até ela e a abraça, beijando seu pescoço e passando a mão pelo seu corpo. Ela tira a camiseta dele e ele a pega no colo beijando na boca e caminham para o quarto, ele a solta na cama e deita sobre ela, beijando seu pescoço e ia descendo. Então ela escuta chamar seu nome sequencialmente mais rápido e aumentando cada vez mais, enquanto ela se excitava proporcionalmente, até que...
-J A C I N T A!
Ela estava sentada em frente à uma mesa com um computador e uma pilha de folhas ao lado. Uma mulher jovial e 6
Certa Vez. . EU CONTO
elegante a encara interrogativa e mais umas cinco pessoas sentadas em suas mesas a olhavam de solaico com sorriso debochado. Ela estava no trabalho e tudo aquilo já não existia.
7
Certa Vez. . EU CONTO
Em Tempo Real
Abro os olhos, está muito escuro, sento na cama e tateio a parede, então acho o interruptor e acendo a luz. Ai meus olhos!
A claridade machuca minha retina.
Levanto com os olhos semicerrados tentando acostumar com a claridade da luz e vou para o banheiro. Abro o armarinho pego a escova de dente e os escovo. Como eu ainda queria estar na cama...
Na cozinha, procuro no armário algo para comer. Acho o pão sovado e sorrio, amo pão sovado.
Agora estou sentada olhando para a parede com a mente em outro lugar...
Estou na areia, areia úmida de frente para um mar azul que cintila a luz do sol parecendo purpurina. O sol está me aquecendo e o som do mar agradável. Não há ninguém, parece que estou sozinha, mas sinto uma mão sobre meu ombro, eu olho para ver quem é.
-Está gostoso ficar aqui?
É um rapaz, alto, magro, com a pele bronzeada, tem o cabelo cortado baixo, com a barba crescendo, ele senta ao meu lado, eu o conheço muito bem.
-Sim, que bom que estamos aqui, só nós dois, é muito paradisíaco - Eu apoio a cabeça no ombro dele e ele beija a minha fronte e passa o braço nas minhas costas.
Eu olho para ele nos olhos e ele sorri para mim, então eu os fecho e ele me beija. Um beijo doce e lento e começa a acelerar e então mudamos a posição, eu sento no colo dele de frente para ele, passo os meus braços pelo pescoço e continuamos o beijo.
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Certa Vez. . EU CONTO
De repente eu ouço um barulho na mata que está atrás de nós e paro de beijá-lo, então olho fixamente para ver o que fez o barulho, o meu parceiro também olha.
-O que foi?
-Você não ouviu um barulho?
-Sim, mas o que tem? – Ele está olhando para mim.
-Não estamos sozinhos, e se for um animal feroz?
-Tipo uma onça?
E nesse momento aparece de supetão e rugindo uma criatura grande e peluda, parece o homem das cavernas. Eu paraliso.
Meu parceiro levanta rapidamente e segura no meu braço e corre me fazendo correr junto. A criatura está atrás de nós.
Estamos na mata.
-Foi daqui que ele veio, como voltamos para cá?
-Você prefere o mar? – Ele fala correndo e não me olha.
-Não sei nadar...
Estou bem cansada, mas a criatura continua atrás de nós e ruge. Estamos correndo com toda velocidade. Eu tropeço em um galho e caio, o rapaz volta rapidamente antes que eu consiga entender o que aconteceu e me ajuda a levantar.
Voltamos a correr.
Avistamos uma casinha. Não é uma boa ideia. Mas entre a criatura e a casa... Entramos e fechamos a porta apoiando tudo o que vemos por lá, ele arrasta um pequeno armário para porta e eu arrasto uma mesa. Estamos olhando para a porta atentos enquanto recuperamos o fôlego.
-Acho que ele não virá atrás de nós.
-Ele deve ter desistido.
Sentamos em um sofá empoeirado e ficamos atentos.
Nenhum barulho, nenhum sinal da criatura. Suspiro aliviada e deito no ombro dele.
-Não baixe a guarda agora, ele pode voltar a qualquer momento.
9
Certa Vez. . EU CONTO
-Mas estou cansada...
-Tudo bem, acho que ele não tem raciocínio para ver que estamos aqui – ele beija a minha testa.
Percebi que estamos com traje de banho, olho para ele desconfortável e ele me entende, vai até um armário e pega um vestido amarelo e joga para mim, e ele veste uma calça de moletom.
Ele deita no sofá e eu deito ao lado dele, ele passa o braço sobre mim e eu o abraço. Começou a chover, e troveja.
Fechamos os olhos, ali no sofá mesmo, escuto o barulho da tempestade e ao mesmo tempo a respiração dele, que me acalma, adormeço.
Quando acordo, não acredito no que estou vendo... Estou com a boca babada sobre a mesa da cozinha de casa. De novo.
10
Certa Vez. . EU CONTO
Meu Namorado
Ele estava tocando guitarra quando o celular tocou, estava no momento mais cool da música e foi interrompido.
Resmungou e viu o nome de sua amiga escrito.
-Oi Chris!
-Oiê! Estou atrapalhando?
-Não... - ele olha para a guitarra - o que manda?
-Eu tive um devaneio, foi muito loco, preciso compartilhar com
alguém,
foi
com
meu
namorado...
-Compartilha com ele, ué!
Ela ri do outro lado da linha:
-Tem que ser você, você é meu best... Eu estava no meu quarto ouvindo Paramore, já de pijama, era mais ou menos 5 horas da tarde, quando o telefone tocou e era meu namorado, ele perguntou se eu estava livre e apesar da preguiça enorme, eu disse que sim, já sabia que ele ia me chamar para sair. Ele falou:
se arruma, vamos dar uma volta
, e desligou. Eu fui para a ducha e lavei o cabelo, escolhi um vestido curto e preto, sequei meu cabelo e deixei soltos, coloque um sapato vermelho e passei um batom da mesma cor para combinar... - silencio na linha - Está me escutando?
-Claro que sim! - ele estava deitado de olhos fechados, mas estava a escutando imaginando o que ela contava.
-Então, ele não demorou para chegar, parecia que sabia o time exato. Ele estava com uma calça preta justa ao corpo, uma camisa cinza sem estampa e com gola V, eu nem gosto de camisa gola V, mas ele estava ótimo nela - ela suspira - Então saímos caminhando, eu perguntei aonde íamos, ele disse que já estávamos perto. Chegamos em um prédio que não tinha segurança e subimos até o terraço. Nem sei se vou conseguir descrever, mas ele tinha preparado um cenário incrível: tinha 11
Certa Vez. . EU CONTO
uma mesa improvisada com uma toalha vermelha e dois caixotes que serviam de banco com uma almofada em cima para ficar confortável, na mesa tinha uma vela e dois pratos com macarronada, você sabe que eu adoro macarronada né?
Mesmo sendo um prato simples - ele resmunga um sim do outro lado da linha - Um pouco mais distante, tinha um colchão com um lençol branco e dois travesseiros. A noite estava linda, conseguíamos ver bastante estrelas, coisa rara aqui na cidade por causa