Vivemos em uma sociedade medieval?
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Vivemos em uma sociedade medieval? - Paulo Mattei Junior
Introdução
Levando em consideração o contexto atual, alguns questionamentos tornam-se relevantes. Seria possível ainda vivermos em uma sociedade medieval? Afinal, evoluímos tanto na Idade Moderna, alcançando o que muitos historiadores chamam de Idade Contemporânea. Quais características nos definem como uma sociedade medieval? Esses e outros questionamentos permeiam meus pensamentos quando reflito sobre como a sociedade mundial se comporta e vive no dia a dia.
Este livro é uma crítica social e tem como principal finalidade nos levar a uma reflexão de como estamos nos saindo como seres humanos e se realmente evoluímos durante o tempo e nos tornamos contemporâneos e modernos.
Será mesmo que a tecnologia atual nos eleva a um nível de sociedade futurística? Ou os eventos da globalização, somados ao extremo capitalismo, nos levam para caminhos materialistas, onde adquirir bens materiais torna-se parâmetro de conquista e status social? Será que naquele tempo todas essas coisas não existiam?
Atualmente, muitas pessoas reconhecem como bem-sucedida aquela pessoa que possui muitos seguidores nas redes sociais, patrocínios, lugares de destaque na mídia, bens materiais e afins. Contudo será que antigamente não era assim também?
Você consegue lembrar das aulas exaustivas de história, onde o professor explicava como a população vivia? Quais costumes eles tinham e quais artifícios eles utilizavam para mensurar o poder e status social de alguém? Como a sociedade era dividida? Religião, política e desavenças familiares, será que mudou muita coisa? Ou ainda estamos presos no tempo, dentro de uma era medieval que não terminará nunca? Será que a tendência é piorar? Até quando continuaremos vivendo desta maneira e o que poderíamos fazer para melhorarmos juntos, em prol de uma sociedade melhor, mais humanizada e igualitária?
Embarque na carruagem junto comigo e vamos em busca de respostas!
Capítulo 1
Tempos modernos, práticas antigas
Atualmente, o que mais vemos são pessoas querendo subir na vida, seja com uma carreira dentro de cargos públicos, política, mundo dos negócios ou nas redes sociais. Inclusive, essa última forma vem crescendo fortemente. Em plataformas como o YouTube, por exemplo, existem muitos jovens que fazem de tudo para ficar famoso e para alcançar um nível considerável de monetização e, assim, precisam ser mais criativos e ousados a cada dia. Desse modo, acabam ultrapassando certos limites para conseguirem arrancar likes e inscritos nos seus canais.
Conforme os meses vão se passando e as coisas vão evoluindo tão depressa e, na maioria das vezes, de forma precoce, as redes sociais podem ser vistas como um empecilho em nosso desenvolvimento como sociedade, de maneira geral. No início dos anos 2000, as pessoas se encontravam em shoppings, praças, parques e outros lugares físicos com o intuito de se divertirem e socializarem. Hoje em dia, essa prática se perdeu.
Muitas pessoas costumam lembrar, com bastante nostalgia, dos tempos de Lan House. Nós passamos horas incontáveis jogando com amigos e se divertindo, algo que se vê pouco atualmente. Os grandes encontros em praças foram diminuindo, os jovens foram mudando o seu comportamento ao longo do século XXI e parece que a grande maioria prefere o isolamento da vida virtual às relações reais do cotidiano.
Questionei alguns adolescentes sobre qual profissão eles almejam seguir quando crescessem e fiquei atônito com tudo que ouvi. A maioria fala em ser youtuber, gamer, blogueiro ou produtor de conteúdo para redes sociais. Existiram algumas exceções que desejam seguir carreiras como policial, bombeiro, jogador de futebol…
Do jeito que analiso nosso comportamento, creio que em vez de evoluirmos juntos com a tecnologia, estamos regredindo como pessoas. Interagindo menos com o próximo e procurando, a cada dia, bens materiais e status social. Onde quem possui mais likes e seguidores é a pessoa de mais sucesso.
Contudo não pense que ficamos assim só agora. Desde os tempos antigos, as pessoas fazem de tudo por glória, fama e riqueza. Nos tempos medievais, por exemplo, enquanto os plebeus e camponeses pobres passavam fome nos feudos, a classe nobre comia do bom e do melhor nos palácios e competiam para ver quem tinha mais servos, mais terras, mais ouro e mais soldados.
Assim como os jovens de hoje, os nobres realizavam coisas diferentes para alcançar fama e reconhecimento dentro da sua classe. Ademais, percebe-se que, desde aquela época, quem não tinha bens era deixado de lado e isolado da nobreza, além disso, os duques e príncipes frequentavam regularmente os bailes e festas dos reis e imperadores.
Quanto mais rico era o rei, maior era o baile, mais comida se servia e mais variado e luxuoso eram os vinhos e o cardápio, que, muitas vezes, era composto por comidas exóticas do oriente. Será que isso não soa familiar? Atualmente, acompanhamos notícias de celebridades da mídia que ostentam festas caríssimas que têm como convidados somente as pessoas mais badaladas do momento, bebidas e comidas assustadoramente caras, abundância e com o melhor da culinária mundial.
Desde o início da Idade Média, sempre existiu diferença social. Os Nobres e membros do Clero só mantinham vínculo entre si e não se misturavam com a plebe. Muitos camponeses tinham receio de olhar nos olhos de um nobre e perder a cabeça.