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Confusões de uma mente
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Confusões de uma mente
E-book203 páginas2 horas

Confusões de uma mente

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Sobre este e-book

Tenho o prazer de mais uma vez me dirigir a você amigo leitor, esta obra foi desenvolvida pensando em seu prazer de uma leitura suave e gostosa, com algumas misturas de idéia para conduzi-lo até o final.
Quero também lhe transmitir que este é um trabalho como os anteriores que foi totalmente doado a uma instituição de caridade, e sua participação é fundamental para obter o êxito necessário.
Mais uma vez, o meu muito obrigado e um caloroso abraço.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de abr. de 2019
ISBN9788540027640
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    Confusões de uma mente - Isaías Filho

    respostas

    1– Antes de Cristo

    O conteúdo desta história tem início cem anos antes de Cristo. Uma família de extremo poder, proprietária de uma grande quantidade de escravos a qual dividia, à época, grandes decisões pelos territórios da Pérsia, Egito e Judéia. Um homem de pulso forte e personalidade dominadora, dono de  um grande harém.

    Seu nome era Fharmedd, pai de seis filhos com seis mulheres diferentes, algo muito comum, tanto na região como para a época.

    Não dividia, tão pouco aceitava, pensamentos de seu filho caçula, Mahmed, que divulgava, nas suas constantes falas a vinda de um homem que se tornaria um novo e poderoso rei da Judéia.

    Sua mãe, Harmesia, muito se preocupava pelas indisposições que normalmente ocorriam nas constantes discussões dentro do âmbito familiar, que às vezes, chegava a verdadeiras agressões físicas, uma vez que Fharmedd jamais conceberia  a possibilidade, em que tempo fosse, de existir um homem com tamanho poder já que sempre se julgou poderoso a ponto de jamais ser superado.

    Com o  passar dos anos, e, a velhice vindo à tona, algumas doenças tomando conta de seu corpo, e, obrigado a conviver com a dor física, foi obrigado, mesmo contra sua vontade, a aceitar a vinda do tal Messias, vez que o assunto passou a ser ventilado por toda parte do mundo que eles conheciam.

    A existência da resistência do  povo romano para conceber essa ideia dava força àquele homem que via  todo seu império ser exterminado pela ação do tempo que não demonstrava passar. Calmo e cauteloso, sempre seguia em frente, deixando marcas de poder para não  acontecer retrocesso.

    A morte de Fharmedd apenas dividiu o grande patrimônio. Isso ocorreu 39 anos antes de Cristo.

    Tendo ele vivido, aproximadamente, sessenta e um anos, e, deixado para os herdeiros uma fortuna incapaz de ser calculada, sua morte, em momento algum, uniu os irmãos, que, tampouco se conheceram. O fato apenas gerou algumas discórdias, que, com algumas dificuldades, foram ajustadas.

    Mahmed foi o maior herdeiro, até mesmo devido sua conveniência ser mais próxima, e, não ter participado diretamente das brigas, entre os irmãos, pela partilha da grande monta e procurou, de forma inteligente, manter-se ao máximo no anonimato e sair das pelejas com relação aos bens que ficaram fora da Judéia.

    Logo estava sendo anunciada, com mais frequência, a vinda do filho de Deus. Um homem que revolucionaria toda a humanidade e reformularia os erros do passado, apoiando-se na fé humana, para toda a eternidade, tornaria o novo rei, não só do povo judeu, mas de todas as crenças e raças que estivessem por vir. Essa ideia estava sendo difundida com uma frequência muito grande e, trazia, para os reis soberanos e poderosos o sentimento da perda. Roma se difundia na grande preocupação já que era inviável admitir a probabilidade de uma criança que ainda não havia nascido ter algum tipo de poder.

    E não demorou muito para que fosse anunciado que o Menino Jesus já havia nascido. Que caminhava e brincava pelas terras de Jerusalém como uma criança comum. Essa preocupação foi facilmente notada pelas determinações de Herodes. Através de um ato impensado, desumano e cruel, determinou a eliminação sumária de todas as crianças de aproximadamente três anos de idade, acreditando que, dessa maneira, eliminaria a possibilidade de uma disputa por soberania e poder em um futuro próximo. Nesta época, Tambra, mãe de Ironildes, por sua vez, neto de Pharamed, um antepassado o qual, por seu egoísmo e falta de compreensão, permitiu que toda fortuna se dissipasse dentro do tempo. O grande império que existia na Pérsia, foi dividido entre os seis filhos existentes que o transformaram em absolutamente nada. Porém, restou parte do patrimônio, construído dentro do Egito e da Judéia. Mas muito pouco sobrou para Tambra deixar a seu filho único Ironildes.

    O tempo encarregou-se de correr com naturalidade. Os acontecimentos se davam calmamente na vida daquele povo. O Menino Jesus destacava e seu nome crescia de forma geométrica. As preocupações entre os poderosos, muitas vezes, dissipavam diante da crença que aquilo poderia ser apenas comentários os quais acabariam com o tempo. Alguns milagres eram comentados abertamente nas ruas. A geração da família de Tambra sofria a baixa do final de sua existência, e, ela, num gesto humanitário, deixou a transferência do seu patrimônio ao filho, condicionando a libertação de seus escravos que não eram muitos. Sempre foi claro que, durante toda vida, eles encontrariam a liberdade, se não em vida, quando então ela partisse. Restou ao filho cumprir a vontade da mãe mesmo não sendo adepto à ideia e, a partir daí, ele teria que arcar com custos superiores aos estimados para controlar o seu patrimônio. Pouco tempo depois Ironildes anunciava o seu relacionamento com Sara. O casamento não demorou muito a chegar e ela o convenceu da necessidade de fazer uma visita a algumas de suas terras mais distantes que possuíam um número elevado de cabras. E assim caminharam dias escaldantes de sol o que colocou o casal em passos firmes rumo ao seu destino. Parte da carga estava sendo transportada a lombo de mulas. 

    – Ironildes, a água está esgotando, isso devido à grande quantidade de consumo pelos animais e a infelicidade que tivemos de um dos barris ter vazado o que infelizmente, tanto eu quanto você, não o percebemos. 

    – Bem Sara, isso faz com que tenhamos de efetuar um racionamento, tanto para nós, quanto os animais. Ainda contamos com mais sete dias de viagem para alcançar o nosso destino e eu não tenho convicção de quando iremos conseguir reabastecer os estoques. Então, o melhor que temos a fazer é averiguar o quantitativo existente e estipularmos, de forma adequada e racional, o uso da água. Também devemos nos certificar de que não haverá desperdício durante o consumo.

    Assim, o casal, os animais e mais três pessoas que acompanhavam aquela expedição puseram-se a caminhar. A água parecia que, por castigo, acabava de modo acelerado. A preocupação era notória para aquelas pessoas que sabiam, tão logo se esgotasse, a sobrevivência tornaria algo muito difícil. E mesmo com todos os cuidados seus estoques não duraram já que, no quarto dia, os cantis se mostraram secos, logo na parte da manhã. 

    Naquele dia a caminhada foi dura e o sol encarregou de tornar o calor mais evidente e forte. Sara caminhava a passos lentos, e, em voz alta, rezava todo tempo.  Sua fé e esperança pediam por água já que, só assim, eles poderiam dar continuidade àquela missão. O cair da tarde veio com o alívio do sol que se punha no horizonte acompanhado de muitas estrelas e a lua que, além de embelezar o momento, iluminava o local. Os animais se mostravam cansados e impacientes devido à sede.  Os homens, com suas bocas secas já teciam algumas reclamações, mas a mulher mostrava-se confiante e confortava o esposo, Ironildes, com a certeza de que eles iriam encontrar água e chegariam a seu destino. Fariam o que tinham que fazer e voltariam à Judéia, com a certeza do patrimônio que herdaram de Ironildes. No dia seguinte, estava toda comitiva a caminhar, novamente, pelo deserto, e, o sol veio de forma estafante.  E, por volta do meio-dia, o cansaço, somado à sede, já fazia com que alguns animais não conseguissem mais andar. 

    – Veja Sara, ali adiante estão alguns homens que peregrinam como nós. Seguramente eles possuem água, e, se não tiverem, poderão nos informar onde conseguir. 

    – Venha Ironildes, siga comigo, vamos apenas nós dois porque, assim, podemos caminhar mais rápido e chegar àquele lugar. Certamente aqueles homens me seguiram através da fé para encontrarmos a solução da pequena dificuldade já que, diante de Deus, não existe qualquer tipo de problema que a crença não resolva. 

    Assim, o casal cuidou de acelerar os passos em direção àqueles homens que por ali também caminhavam. E, tão logo os encontrou, puderam perceber que diante deles estavam pessoas do bem e que não hesitaram em lhes proporcionar ajuda necessária. Não trocaram muitas palavras, as poucas que foram ditas resolveram o suficiente para determinar qual direção deveriam seguir e que a tão necessária quantidade de água estaria à disposição. O casal seguiu seu destino, cumpriu a missão e não teve dificuldade alguma em obter o tão sonhado e exigido êxito. Os anos passaram calmamente, entre um e outro conflito, mas seguindo a metodologia do segundo transformando em minutos, e, os minutos nas horas, as horas, em dias, os dias, nas semanas, as semanas, em meses, e, os meses em anos. O novo rei dos judeus, como era conhecido, pregava a fé com esperança e a vida.  Os seus seguidores multiplicavam-se e em seus lares a grande maioria dizia que havia conhecido um homem e que ele era diferente, pois, revolucionária o mundo. Não demorou muito para que, em praça pública, houvesse um grande julgamento.

    Aquele que veio para ser o rei dos reis foi submetido à escolha de seus súditos para que apenas um fosse salvo. Barrabás fora escolhido para sobreviver e Jesus destinado a morrer junto com três ladrões. Foi açoitado e condenado a carregar a própria cruz.  O povo acompanhava esse acontecimento, e, entre eles, havia aqueles que aprovavam, já outros não.  Uns choravam, e, em meio à multidão estavam Sara e Ironildes. Em um determinado momento Jesus tombou devido o peso da cruz que carregava.  Ironildes, imediatamente, pôs-se a dar água e ajudar aquele homem no peso que levava.  Ao direcionar os olhos diretamente para os de Jesus, Ironildes disse de forma espantada:

    – Conheço você, um dia, quando eu não acreditava mais em nada, e, seguia sendo movida, apenas pela fé de Sara, tu me destes água. Saciou minha sede e de minha mulher, os companheiros e permitiu que meus animais seguissem viagem apontando o caminho da mina. Nesse exato momento Jesus foi novamente chicoteado e o soldado, em seu cavalo, se impôs de forma agressiva entre Jesus e Ironildes fazendo com que ele caísse, e, ao mesmo tempo, determinou que outra pessoa oferecesse a Jesus o alívio de carregar a sua própria cruz rumo ao calvário.

    Pouco tempo depois uma escuridão se formou e o raio riscou o céu, e, uma enorme tempestade se formou. Neste exato momento Ironildes, espantado, disse a Sara:

    – Ele acabou de morrer. Eu só não compreendo por que um homem tão bom teve que ser morto, e, dessa forma. 

    – Eu falei a você, diversas vezes, sobre esse homem. Ouvi as suas palavras em diferentes momentos. Ele só falava de amor, fé e sempre disse que, na casa de seu Pai existem várias moradas. Que feliz será o homem que bater à sua porta, pois ela estará sempre aberta. 

    Ironildes abraçou a esposa. Ali ajoelharam, e, juntos fizeram orações e juraram para si mesmos que, daquele dia em diante, seguiriam os mandamentos daquele homem. Ele ouviu de sua mulher que Cristo viveria no coração dos homens por toda eternidade. Que ele havia vindo ao mundo por uma determinação de Deus e tinha carregado em seus ombros a grande missão de morrer pela humanidade. Em seu ensinamento havia feito com que ela aprendesse que somente uma ideia pode ser eternizada, porque passa do seio de uma mãe ao filho a educação, transferida pelos familiares, que consegue a perpetuação somente quando gera o bem. Ele me ensinou que, nem sempre, os fracos são menores que os fortes, e mais, que o bem sempre vencerá o mal. Que a vida nos foi dada para compartilhá-la e amar ao próximo como a nós mesmos. Que a verdade supera a mentira e o poder é uma mera satisfação daquele que o detém, e, um dia, todos os homens irão se transformar em pó e buscarão o caminho da eternidade o qual só irão encontrar aqueles que seguirem os mandamentos de Deus. 

    Nessa época, Roma era governada por Tibério, que se manteve no poder por mais quatro anos após a morte de Jesus Cristo. 

    2– Em busca de respostas

    – Sou Marcos Vinicius, tenho 23 anos, e, desde os 13, busco algumas respostas que jamais encontrei. Às vezes sinto uma pressão muito grande no peito. Uma dor que não dói, mas também não me deixa em paz.

    – Às vezes, me pego indagando, a mim mesmo, qual motivo me leva a cuidar mais de você do que minha família, incluindo eu mesmo.

    – Não saberia lhe dar a resposta, até mesmo não consigo compreender o motivo que o leva a cuidar tanto assim de mim.

    – Desde que minha mãe e pai faleceram você tem sido a sombra dos meus passos, o ar que respiro e a solução de minha vida financeira. 

    – Olhe Marcos, eu sei que fui a pessoa de extrema confiança, tanto de seu pai quanto sua mãe. Vivemos e trabalhamos juntos por muitos anos. Você tinha apenas treze anos de idade quando ocorreu aquele acidente. Sempre signifiquei a esperança para ele em dar continuidade nos negócios e à empresa. Desde então, vivo e respiro essa empresa como se fosse minha. Não posso negar que amo muito tudo isso, e, de certa maneira, sou imensamente grato pela confiança que você também deposita em mim.

    – Pedro, às vezes, sinto-me incapaz. Na verdade, na maioria do tempo. Sei que não me dediquei aos negócios que meu pai desenvolveu. A rede de hotéis cresceu em suas mãos e sempre notei sua dedicação que tanto fez crescer a empresa em seu todo. A forma como cuidou de mim, o carinho que você e Marta me dedicaram tratando de mim como a um filho e ocupando o verdadeiro lugar da família. Fui compreendido e nada me foi cobrado. Sei que, muitas das vezes, você esperou que me interessasse pelos negócios, mas te decepcionei na maioria delas.

    – Negativo meu amigo, na verdade, sempre quis que tudo fosse da maneira como se deu. Nada do que ocorreu me desagradou. Administrar os hotéis foi a minha vida, seu pai também esperou isso de mim.

    – Vou te confessar algo que nunca disse a ninguém: vivo perdido dentro de meus próprios pensamentos, não consigo me encontrar, parece que existe uma força que puxa para um lugar que não consigo saber onde é. Na maioria das vezes luto, comigo mesmo, tentando compreender o que essa energia quer de mim. E quanto mais busco respostas menos entendo da vida.

    – Creio que sendo dessa maneira você necessite de ajuda. Talvez um bom psicólogo ou alguma outra forma de conhecer a si mesmo. Algo precisa ser feito já que não seria prudente viver com estas dúvidas ou buscando algo que nem sabe o que é.

    – Te peço que isso fique apenas entre nós. Não quero que espalhe, sei que toda essa situação é problema meu e terei de buscar a solução sem importar onde ela se encontre.

    – Tudo bem, isso, por enquanto, ficará entre nós. Mas existe outro assunto que

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