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Eva
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E-book694 páginas8 horas

Eva

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Sobre este e-book

A pequena Aisha foi “desposada” por um homem de 54 anos - “o profeta” do islamismo - quando ainda era uma criança - 9 aninhos -, sendo este o destino de muitas meninas em várias partes do mundo... Mas com que objetivo??? O que “allah” pretende com isso??? E saltamos 1.500 anos na História para viver o drama de outra Aisha, outra vítima da mesma ‘cultura’: o Islamismo – à moda ‘taliban’... O cobiçado prêmio do fotojornalismo, o ‘World Press Photo’, foi dado à sul-africana Jodi Bieber, quando suas ‘lentes sensíveis’ captaram a imagem tristemente chocante de uma jovem ‘mutilada’... e que seria a capa da revista Time em 1 de agosto de 2010... A imagem registra o contraste macabro entre a beleza de uma mulher e o sinal evidente da violência sofrida, quando esta tentava escapar da fúria de seu algoz [um marido covarde e abusivo]... A presente obra pretende demovê-lo da fantasia que todos alimentam sobre a bíblia, sobre ‘deuses’, sobre ‘o Jesus que se tornou cristo’ – e que doravante também será resumido a um substantivo comum -, e sobre ser religioso; enquanto investiga, revela e desvela a degradante condição da MULHER em tais livros ditos ‘sagrados’... “E porei contra ti o meu zelo, e usarão de indignação contigo. Tirar-te-ão o nariz e as orelhas, e o que restar cairá à espada. Eles tomarão teus filhos e tuas filhas, e o que ficar por último em ti será consumido pelo fogo. ” - DEUS, em Ezequiel [23:25-26] Mas por que deveríamos nos preocupar com as atrocidades bíblicas, com o corão, com a Aisha de nove aninhos, e com Maomé - seu ‘esposo’?!? Devemos nos preocupar com tais barbaridades, por que tudo isso está bem vivo em nossos dias... Porque ainda existe uma aisha que sofre por conta de tais preceitos ditos divinos [sic] no terceiro milênio – hoje, aqui e agora... E um homem que se diz esposo e religioso é capaz de atacar, espancar, torturar, abusar, mutilar e deformar UMA MULHER INDEFESA - e que acredita de deve suportar tais crimes por merecê-los, conforme reza a sua crença... E POR QUE ‘DEUS’ PARECE NÃO SE IMPORTAR!!! Mas nós nos importamos, não é verdade ?!?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de dez. de 2013
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    Pré-visualização do livro

    Eva - Carlos Sherman

    EVA

    CARLOS SHERMAN

    EVA

    AS ORIGENS DA MISOGINIA

    Copyright

    2013 by Carlos Leger Sherman Palmer JR

    Todos os direitos reservados

    Capa: o Autor

    Divulgação e Secretariado: o Autor

    Editoração e Preparação, Referências Bibliográficas, Revisão: o Autor

    [2ª Edição (Revisão 01) – 2015]

    ‘EVA – As Origens da Misoginia [Miolo] Ed 2 Rv 01.PDF’

    ‘EVA - As Origens da Misoginia [Miolo] Ed 2 Rv 01.DOCX’

    _______________________________________________

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    _______________________________________________

    Sherman, Carlos

    EVA – AS ORIGENS DA MISOGINIA / Carlos Sherman; organização

    Carlos Sherman, São Paulo : Editora ProÉtica, 2013.

    ISBN [NN-NNN-NNNN-X]

    1. Ensaios Brasileiros 2. Crônicas Científicas 3. Divulgação Científica 4.

    Ciência e Religião 5. Filosofia 6. Retórica 7. Ética 8. Valores Morais 9. Justiça

    10. Psicologia Social 11. Psicologia Evolucionária 12. Evolução Humana 13.

    Genética do Comportamento 14. Genética de Populações 15. Neurociência

    Cognitiva 16. Teoria do Conhecimento 17. Psicologia 18. Sociobiologia 19.

    Antropologia 20. Mitologia 21. Epistemologia 22. Crenças 23. Superstições

    24. Metafísica 25. História 26. História da Ciência 27. Neurofisiologia 28.

    Paleantropologia 29. Etologia 30. Paleontogenética I. Título

    NN-NNNN CDD-NNN.N

    _______________________________________________

    Índice para catálogo sistemático:

    1. Ciência: Neurociência : Ética e Filosofia NNN.N

    [2013]

    Todos os direitos desta edição reservados ao autor [Editora neuroLOGIC]

    Telefone: +55 3412-9663/64/ 98238-2100/2200

    ProÉtica - www.ethosproject.blogspot.com

    Para a MULHER...

    Para a minha mulher...

    Para Indi...

    "E porei contra ti o meu zelo, e usarão

    de indignação contigo. Tirar-te-ão o

    nariz e as orelhas, e o que restar cairá à

    espada. Eles tomarão teus filhos e tuas

    filhas, e o que ficar por último em ti

    será consumido pelo fogo. Também te

    despirão as tuas vestes, e te tomarão as

    tuas belas joias."

    (‘ Bíblia Sagrada’; Ezequiel [23:25-26])

    Deus

    Sumário

    11

    Nota do Autor: Crônicas Filosóficas e de

    Divulgação da Ciência

    17

    Agradecimentos

    19

    Prólogo: Aisha2

    47 Um

    Sob o Signo da Submissão - Hajar e o Corão

    79

    Dois

    De Santo e Louco todo mundo tem um pouco

    121 Três

    Maravilhosamente Imperfeitos

    167 Quatro As Origens da Misoginia

    200 Cinco

    O Aborto da Razão

    218 Seis

    Agnes de Deus

    246 Sete

    A Linhagem de Deus

    268 Oito

    Malleus Malleficarum

    299 Nove

    A Sagrada Família

    313 Dez

    Uma ajudadora idônea

    327 Onze

    Jesus e o Mito de Cristo

    368 Doze

    Maria da Penha

    384 Treze

    A Deo rex, a rege lex

    407 Quatorze O Silêncio dos Justos

    434 Epílogo: A Flor do Conhecimento

    446 Referências Bibliográficas

    Nota do Autor: Crônicas Filosóficas e de

    Divulgação da Ciência

    Evoluímos culturalmente pelo acúmulo de conhecimento

    extracorpóreo, ou, dito de outra forma, a partir de

    conhecimentos prévios anotados pela geração predecessora. Isso

    não evoca um apelo à tradição, e ao contrário, até porque

    mantida a primeira tradição não evoluiríamos, estancando no

    primeiro passo. O objetivo deste trabalho é apaixoná-lo pelo

    conhecimento e pela realidade.

    Na iminência de adentrar a maioridade ingressei no curso de

    Engenharia Mecânica – mais tarde convertido em Engenharia

    Eletrônica - na UnB em Brasília. Vivia com os meus pais e

    recebia a respectiva influência cultural deste maravilhoso meio,

    o que contribuiu muito em minha formação. Mas havia também

    o reforço religioso, e eu percebia que, de certa forma, tudo o que

    eu sabia parecia estar errado – em termos conceituais. E de

    fato estava. Isso foi tão assustador quanto instigante, e eu não

    recuaria diante deste desafio.

    Longe de denegrir minha origem rica em experiências,

    aprendizados, atenção, e carinho, refiro-me aqui aos aspectos

    filosóficos e que norteiam questões ditas ‘fundamentais’ sobre a

    vida: onde estamos, de onde viemos, para onde vamos, como e

    por quê? Todas as ‘respostas’ que recebi estavam incrivelmente

    equivocadas, e grande parte da humanidade toma tais

    ‘respostas’ como sagradas. Não posso omitir as respostas que

    encontrei, não posso furtar-me de dizer a VERDADE.

    Mas somente aos 23 anos, enquanto residia em

    Campinas/SP, pude começar a engatinhar novamente. Foram

    mais de 20 anos ‘aprendendo a aprender’. O conjunto das obras

    às quais me dedico, sob a égide do projeto ‘ProÉtica’, é o

    resultado deste aprendizado empenhado em pesquisas

    multidisciplinares e estudo abnegado – nas áreas de História Geral,

    História da Filosofia, Filosofia, Epistemologia, Sociologia, Sociobiologia, Antropologia,

    Mitologia, Climatologia, Arqueologia, Paleoantropologia, Paleogenética, Cosmologia,

    Astronomia, Astrobiologia, Física Clássica, Relativística, Quântica, Química, História e

    11

    Filosofia da Ciência, Psicologia, Neurofisiologia, Neurociência Cognitiva, Biologia

    Evolucionista, Biologia Molecular, Etologia, Citologia, Embriologia, Genética,

    Epigenética, Probabilidade e Estatística, Música, Poesia, Literatura, Enologia [sic] et

    Cetera.

    O presente trabalho é, portanto, um subproduto desta coleção

    de artigos e ‘crônicas científicas’ publicadas ao longo de minha

    vida, e dito de outra forma, trata-se do compêndio de meu

    aprendizado. Ainda continuo na estrada do conhecimento e

    sempre a postos quando o assunto é ENDEREÇAR A VERDADE.

    E vou por aí aprendendo, para então divulgar e contribuir

    para um mundo melhor.

    A organização ‘dos livros’ consumiu mais de 10 anos entre a

    redação, arte, e revisão, produzindo um acervo com quase 8.000

    páginas. A presente obra decorre de 3 intensos anos de

    estruturação, montagem, escrita, e consumiu mais de 6 meses

    em revisões. E sei que muito trabalho ainda precisaria ser feito,

    mas chegou a hora de parir tudo isso.

    Este é o meu oitavo livro, ‘ EVA – As Origens da Misoginia’, e

    investiga

    a

    intrincada

    trajetória

    do

    machismo,

    do

    androcentrismo e da misoginia, ou o ódio à mulher. e suas

    consequências nefastas.

    Espero, ao longo do que se segue, haver contribuído para a

    divulgação científica, observando à ética e as melhores práticas

    consagradas pelo ceticismo, e contribuindo em endereçar a

    verdade; citando as fontes, sempre que possível, e enfatizando,

    quando necessário, os limites de validez de minhas informações

    e observações; indicando quando os resultados forem parciais,

    provisórios ou inconclusos, e trazendo em anexo eventuais

    contraditórias às minhas próprias conclusões - sempre que tais

    refutações estiverem no limite de converterem-se em novas e

    melhores descrições da realidade. O meu objetivo aqui é

    apaixoná-lo pela realidade!

    Não obstante, trata-se de um livro de crônicas, e que almeja

    abordar questões relacionadas ao corpus da Filosofia e das

    diversas Ciências, sem a pretensão de estabelecer tratados

    acadêmicos, e ao contrário, apresentando os temas em

    linguagem direta e descontraída; e citando, entre verbetes e

    aforismos clássicos, letras de música e excertos poéticos – pois

    12

    considero a arte como resultado do mais elevado ato

    intelectual, e o pensamento e a reflexão como o resultado do

    mais elevado ato de sensibilidade artística.

    Peremptoriamente, reclamo o direito de abolir a Reforma

    Ortográfica em alguns casos clássicos e específicos, como o uso

    de hifens, e a distinção entre ‘estória’ e ‘história’, que insisto em

    manter. A descontração da proposta avança sobre a liberdade

    estilística, no uso de alguns neologismos, algumas expressões

    em latim – sempre que contribuírem com a poesia histórica -, e

    no hábito, que me persegue nas últimas décadas, de terminar as

    frases com três pontinhos. Tal recurso está incorporado ao meu

    modo de pensar, indicando uma pausa respiratória ou para

    reflexão, um enlevo na intensidade dramática, ou apenas

    deixando tudo no ar.

    Apesar de tratar-se de uma obra de crônicas, procurei

    apresentar todas as referências bibliográficas no decorrer do

    livro; também optei por não apresentar um índice remissivo, e

    na verdade, como ‘ one man band’, faltou-me tempo para fazê-lo.

    Recuso para todos os fins a distinção entre Ciências Humanas

    e Ciências Exatas. Todas as Ciências têm a sua gênese no esforço

    e nas paixões humanas, Lato Sensu; e nenhuma Ciência instigou

    tais paixões humanas, Stricto Sensu, pelo apelo obtuso à

    exatidão como querem uns, ou ao dogma, como pretendem

    outros.

    Necessitamos mais do que nunca ‘ saber como’, e devemos

    desafiar a primeira impressão do ‘ saber que’. O terreno moderno

    é exuberante, mas árido para antigas e opressivas ‘ leis

    sagradas’. Inventamos a Ciência, pois, para testar a nossa

    LUCIDEZ, promover o bom entendimento e a justiça - e que

    assim seja. Desejamos nos tornar cientes, porque necessitamos

    conhecer a nossa estória dentro da História – este é o

    verdadeiro papel da CIÊNCIA. Parafraseando Sagan, desejamos

    conhecer a ficha do órfão.

    Peço antecipadas e reiteradas desculpas pelos eventuais erros

    de digitação nesta primeira edição. Trabalhei sozinho, e apesar

    de todo o empenho ao longo várias e intermináveis revisões -

    onde de 10 a 20 páginas eram incrementadas a cada jornada -,

    13

    sempre ficava a impressão de que ainda faltava algo; mas

    precisava desencantar e publicar esta obra.

    No memorável prefácio da obra post mortem de Carl Sagan,

    ‘Variedades da Experiência Científica – Uma visão pessoal da

    busca por deus’, assinado por sua esposa, companheira e

    coautora Ann Druyan; ela esclarece que Sagan – ganhador do

    prêmio Pulitzer – jamais publicou quaisquer de suas obras sem

    antes "revisar a pente fino no mínimo vinte ou vinte e cinco

    vezes versões de cada manuscrito em busca de erros ou

    infelicidades de estilo" . E mesmo assim, e contando com o apoio

    de revisores, diagramadores e consultores, as ‘edições’ eram

    necessárias, e apinhadas de correções. E este será forçosamente

    o meu caso, ressaltando mais uma vez que trabalho sozinho, e

    em algum ponto minha mente já está viciada nos textos, sendo

    incapaz de proceder à necessária ‘autocrítica’. Não se trata de

    uma ‘desculpa’, mas um ‘pedido de desculpas’.

    Gostaria de justificar ainda, e antecipadamente, a variação

    estilística ao longo de centenas de páginas, e com mais de

    130.000 palavras escritas. Depois de muito penar, na vã

    tentativa de ‘linearizar’ a emoção de minha redação, aceitei

    conviver com uma clara variação de humor estilístico: (1)

    quando estou tratando de temas científicos, e adotando uma

    posição didática e serena; (2) ou quando estou tratando de

    casos de violência contra a mulher, contra crianças, humanos,

    seres vivos, e adotando uma posição mordaz e extremamente

    crítica; (3) e finalmente quando trato de questões religiosas, e

    valendo-me de deslavada irônica e comentários pícaros, já que

    tais preceitos ditos sagrados não me inspiram mais do que

    risos e lágrimas, indo do patético ao trágico em um punhado de

    lendas e fábulas, que muito prejuízo trouxeram à nossa

    cansada, porém vitoriosa, humanidade.

    Mas enfim, este sou eu.

    Quando a saga do Conhecimento Humano foi deflagrada o

    que se viu foi o abuso da autoridade dita filosófica [sic], e a

    posterior evocação de uma certa ‘ ciência de catedral’. Esta obra

    trata da Ciência como atitude para a vida e diante da vida; a

    14

    nobre atitude de tomar ciência, ou de tornar-se ciente PELA

    PROVA - pelas evidências, pelos fatos; e como disse:

    endereçando a verdade. E feliz do homem que pode optar pela

    verdade - diria a minha amiga Eliana. Um conceito que faz toda

    a diferença em minha vida, e fez toda a diferença para a

    humanidade. Sim querida: FELIZ DO HOMEM QUE PODE

    OPTAR PELA VERDADE.

    Também abuso em conduzi-los por uma deliciosa

    investigação sobre conceitos filosóficos e científicos, e

    desnudando certos personagens ditos ‘sagrados’ como Platão,

    Aristóteles, Agostinho, Aquino, Descartes, Leibniz, etc. - e não

    serei tão generoso com eles. Apresentarei ainda homens

    verdadeiramente notáveis como Horácio, Epicuro, Hipócrates,

    Bertrand Russell, Darwin, Kandel, Sacks, Damásio, Pinker,

    Sagan, Onfray. Estou seguro de que, apesar de dedicar a obra

    às mulheres, os homens não se entediarão com esta viagem

    pelo conhecimento humano [sic]. Afinal elas foram as

    pioneiras, ainda no Éden, na nobre a atitude de PENSAR - além

    da provocação [sic]!

    Esta é a proposta deste livro, contribuir em vossa opção pela

    verdade,

    exorcizando

    o

    medo,

    desconstruindo

    mitos,

    descortinando ilusões, e demonstrando a importância do ‘saber

    como’, além dos limites do ‘saber que’, para que sejamos

    melhores cidadãos, e assim ‘saber o que’ melhor cabe ao bem-

    estar comum. Façamos o bem apenas pelo bem de fazer. Porque

    fazer o bem faz bem – neurofisiologicamente falando.

    E começamos pela MULHER: FIAT LUX!

    15

    16

    Agradecimentos:

    Estes são alguns dos amigos que reconhecidamente apoiaram

    o meu trabalho; e sei também que muitos mais foram

    injustamente – e por mero lapso de memória - deixados de fora.

    Vocês aguentaram longas e intermináveis conversações e

    monólogos, formularam instigantes questionamentos, estiveram

    dispostos ao debate, ou deflagraram calorosos e exagerados

    elogios, representando um importante suporte e esteio

    emocional para que este projeto - de uma vida -, que culmina e

    começa com este livro, fosse levado adiante.

    Vocês ajudaram a PARIR este livro... Em ordem

    descontraidamente alfabética:

    Adriana e Carlos Lenis, Adriano ‘Crioulo Branco’ Carvalho,

    Alexandre Rodrigues, Alexandre Scherman, Aline e Alexandre Matas,

    Ana Lúcia Sampaio, Anancy Pompeu, André Agnesini, André Pimentel,

    Ângela Vieira, Don Antônio (Peba), Antônio Braga, Arnaldo

    Nascimento, Bárbara Pascoal, Beatriz e Jorge Mário Restrepo,

    Bertolucci, Betinha, Brenda Pratte, Bruno Cera, Carina Lemos, Carlos

    Caccia, Carlos Carvalho, Carlos Castejon, Carlos Enochato, Carlos Miko

    Coimbra, Carlão Gonzalez, Carlão Teles, Cesar Correia, Cersar

    Rodrigues, Clara Lafetá, Claudia e Idinir Carrara, Cristina e Luis Cera,

    Daniel Lima, Daniela Luiz, Danilo Pinheiro, Danilo Spanó, Daici e Ivan

    Silva, David Rangel, Décio Freitas, Denise e Theo Guimarães, Dinancir

    Freire, Douglas Rodrigues, Edemilson Lima, Edgar Tsunoda, Edgar

    Zanotto, Edileusa e Ismail Guimarães, Edú Alves, Edvaldo Junior,

    Eliana Martins, Eliane e Ricardinho Toda, Eliana Antoniassi, Eliane

    Evanovich, Emiliano, Ericka e Cidinho Silva, Erika Palmer, Ernani

    Ferrari, Eubio Prieto, Evani Ferreira, Fábio Perone, Dona Fátima,

    Fernanda e Rafael Cera, Flavianny e Emerson Guimarães, Flávio Prox,

    Francisco Spadoni, Gabi Tobias, Grabriel Cera, Gebrim, Giovana e

    Cláudio Policastro, Giovanni Giansante, Gladson Santana, Grace

    Romero, Grazi e Clayton Ferraz, Guilherme Santos, Gustavo Beranger,

    Tia Glaucinha, Herbert Leite, Hugo Cazuriaga, Isabela Palmer, Inhesta

    Livraria Cultura’, Ivan Monticelli, Ivan Certain, Dona Ivonete

    17

    Guimarães, Jaime Cardona, Jean Wyllys, Jô e Paulo Pinheiro, João

    Lopes, Jodemir Garcia, José Luiz Figueiredo, Josie e Lio Rodrigues,

    Juliana e Lamento de Federico, Don Júlio, Júlio Moracen, Karla Melo,

    Karol Siqueira, Kenzo Yui, Kiko Kalil, Laura e Zé Carlos Torquato,

    Laudelino Barbosa, Leonardo Guerao, Luana e Luis Prox, Luc

    Anderssen, Lucas Rodrigues, Lúcio Zaccara, Luigi Biga, Luis Coimbra,

    Luiza e Dawton, Mala Véi a Guimarães, Marcelo Giumelli, Marcelo

    Pimentel, Marcelo Setubal, Marcia Souza, Marcio André, Mariana

    Lafetá, Mario Laino, Matheus Pinheiro, Maurício Fleury, Mazinha

    Évora, Meire Finelon, Michael Onfray, Michael Shermer, Mitsue Yui,

    Naninha Rodrigues, Noeli e Talman, Noemi Be, Oswaldo Truzzi, Paulo

    Lopes, Paulo Zotta, Pedro Pinheiro, Perce Polegatto, Priscila Sampaio,

    Rafael Torres, Raphael Ornaghi, Regina e João Sisdelli, Renata de

    Andrea, Richard Neill, Ricieri Taglietti, Roberto Thiele, Rodolfo

    Lobato, Rodolfo Rangel, Ronaldo Santos, Rosana e Patrick Juliet, Rose

    Costa, Salvador Mazo, Tio Sampaio, Samuel Rangel, Sandro Góes,

    Silvia e Tao Oliva, Sônia Sauer, Tati e Márcio Gonzalez, Tetê e Kinho

    Rodrigues, Thaís Plaza, Thais e Tiago Quase Dois, Thales Coutinho,

    Thaysa Caspi, Tom Cruise Silva, Vagner Kooper, Valdirene Destro,

    Vinícius Silva, Violeta, Vitinho, Zélia Guimarães, Zemário dos Santos,

    Yuri Buenaventura, Wagner Roque, Willian Bernardes. Dr Aguiar,

    Antônio Rifa e Valdir Ferro – in memoriam.

    Este livro é de vocês. os meus amigos, humanos, troppo

    umanos, livres e pensantes; os seguidores e visitantes do Grupo

    ETHOS [ Facebook]; do meu blog www.EthosProject.blogspot.com;

    o amigo e conselheiro Lúcio Zaccara, da Livraria Zaccara – um

    lugar para se deixar ficar; o parceiro Inhesta e os colaboradores

    da Livraria Cultura; a queridíssima Karla Melo da Editora

    Confraria do Vento; e o gentilíssimo Oswaldo Truzzi da Editora

    da UFSCar (EdUFSCar).

    OBRIGADO! Não os esqueci.

    Alguns de vocês nem sabem por que estão aqui, mas eu

    bem sei por quê!

    18

    Prólogo: Aisha2

    Dedicado a Aisha, Malala, Benazir Bhutto, Ayaan Hirsi Ali, Fakhra

    Younus - e a todas as ‘aishas’ deste planeta.

    "O pai pode consentir em dar a sua filha em

    casamento sem a permissão dela, porque ela não tem

    escolha, exatamente como Abu Bakr El Sedick [...] fez

    com sua filha, Aisha, quando ela estava com seis

    anos de idade. Ele a deu em casamento ao profeta

    Maomé sem a permissão dela. [Aisha teria dito:] O

    mensageiro de Allah tomou-me como sua noiva

    quando eu tinha seis anos, e tomou-me como sua

    esposa quando eu completei nove anos de idade."

    Ibn Hazm

    (‘ Al-Muhalla’ [‘ O Adocicado’];

    Vol. 6, Parte 9, páginas 458 a 460)

    "Deus, ou quer impedir os males e não pode, ou pode e

    não quer, ou não quer nem pode, ou quer e pode. Se

    quer e não pode, é impotente: o que é impossível em

    Deus. Se pode e não quer, é invejoso: o que, do mesmo

    modo, é contrário a Deus. Se nem quer nem pode, é

    invejoso e impotente: portanto nem sequer é Deus. Se

    pode e quer, que é a única coisa compatível com Deus,

    donde provém então existência dos males? Por que

    razão é que não os impede?"

    Epicuro de Samos

    Maomé (570-632), o profeta do islamismo e o

    representante autorizado do ‘deus’ islâmico na Terra, desposou

    a pequena Aisha quando ela mal havia completado 9 aninhos.

    Aisha não desfrutou de uma infância completa - brincando de

    forma descompromissada e saudável –, como muitas meninas

    de seu tempo e cultura, e não conheceu o conceito de juventude.

    Aisha foi desposada por um homem de 54 anos, o profeta do

    Islamismo, quando ainda era uma criança, e sendo este o triste

    destino de muitas menininhas em várias partes do mundo até os

    nossos dias. Mas com que objetivo? E afinal, como encarar este

    casamento? Quais seriam as obrigações maritais de Aisha, uma

    19

    menina de apenas 9 anos? O que "Allah" – vulgo ‘deus’ -

    pretendia ao permitir que o seu mensageiro levasse um bebê

    de 9 aninhos para casa como ‘esposa’?

    Algumas pistas colhidas no próprio mundo islâmico, e no

    ‘pensamento’ islâmico, sugerem que Maomé pretendia passar

    a pequena Aisha - e sem piedade. Será? Não é possível que exista

    algum consentimento divino neste disparate. Em nossos dias, tal

    atrocidade seria considerada exemplarmente como crime

    hediondo, a PEDOFILIA – sendo esta uma prática ainda muito

    comum em outro reduto religioso, e conforme veremos

    adiante.

    Mas para aqueles que ainda acumulam dúvidas sobre as

    pretensões maometanas, aqui seguem alguns FATOS. O

    casamente islâmico "beneficia – exclusivamente [grifo meu] - o

    homem" , como retrata Rafiqul Haqq em seu livro ‘ As Mulheres

    no Islamismo’:

    "O casamento é para o benefício que o homem pode ter da mulher e

    não o contrário."

    Já o imam Malik prefere dirigir a questão para as genitais:

    "O que foi contratado é a mulher, isto é, o benefício derivado

    do seu órgão sexual."

    Contratado é particularmente abominável. Outro imam -

    ou homem santo no islamismo -, Abu Hanifa, afirma que:

    "O homem tem o direito de forçar a mulher a gratificá-lo

    sexualmente – grifo meu."

    E temo pelo destino da pequena Aisha, porque Hanifa

    arremete naquele que seria um dos comentários mais hipócritas

    de toda a História:

    "Mas, ele precisa, do ponto de vista da religião, fazer sexo

    com ela para protegê-la de ser moralmente corrompida."

    Protegê-la de ser moralmente corrompida? A pequena

    Aisha deve ser protegida de ser "moralmente corrompida"

    transando com um barbado de 54 anos – seja ele ‘ profeta’ ou

    20

    não? Ela deve ser protegida sim, mas sendo mantida à distância

    de homens caquéticos, hipócritas, doentios e imundos como

    estes?

    Al Ghazali, o grande reacionário, o responsável em primeira

    instância pelo atraso amargado pelo mundo islâmico após

    séculos de prosperidade, nos dá outra pista:

    "Alguns homens tem um desejo sexual compulsivo tão grande, que

    uma mulher não é suficiente para protegê-los (do adultério)."

    Outro cara-de-pau: "protegê-los do adultério" ! Isto dito por

    homens supostamente ‘santos’ e relatando a vida de outros

    homens santos – dotados, em sua ‘santidade’, de um "desejo

    sexual compulsivo"! Mas Ghazali nos daria um exemplo ainda

    mais ‘perfeito’ sobre este "desejo" irrefreável:

    "O Profeta costumava PASSAR [ter relações sexuais com] todas as

    esposas numa só noite, e naquele tempo ele tinha nove esposas [...]"

    E entre elas um bebê de 9 aninhos. E o destino da pequena

    Aisha estava selado ou PASSADO - islamicamente falando. E

    saltamos 1.500 anos na História, para viver o drama de outra

    Aisha; outra vítima da mesma ‘cultura’: o Islamismo – à moda

    Taliban.

    O cobiçado prêmio do fotojornalismo, o ‘ World Press Photo’,

    foi dado à sul-africana Jodi Bieber. Suas lentes sensíveis

    captaram uma imagem tristemente chocante, e que seria a capa

    da revista Time em 1 de agosto de 2010. A imagem registra o

    contraste macabro entre a beleza de uma mulhe r e o sinal

    evidente da violência sofrida - e perpetrada quando esta tentava

    escapar da fúria de seu algoz [i.e., um marido covarde e

    abusivo].

    O que poderia ser apenas uma briga de casal em nossa

    cultura, redundou em mutilação física, e endossada pela

    ‘cultura’ à qual esta Aisha, lamentavelmente, também pertencia.

    Hoje ela está protegida e têm os seus direitos como ser humano,

    assim como o respeito por sua individualidade, garantidos.

    Aisha, que teve o nariz e as orelhas cortadas por seu

    21

    próprio marido, pôde ver o seu rosto emergir feminino,

    novamente, pelas mãos hábeis e artísticas de médicos

    americanos - o suposto império de satan .

    O destino da afegã Bibi Aisha, de apenas 18 anos, começou a

    mudar quando ela foi resgatada por tropas americanas no

    Afeganistão. Não bastaram as preces a "allah" , não bastou a

    submissão; mas as tropas americanas vieram na forma de

    "anjos" – devidamente armados até os dentes -, e Aisha pôde

    então escapar de seu calvário, descansar de seu suplício, e

    reencontrar a sensação de viver.

    David Burnett, da Contact Press, destaca que:

    "Esta pode se tornar uma daquelas imagens quando você fala 'sabe

    aquela imagem da garota' e você sabe exatamente do que estamos

    falando [...]"

    Você já viu esta foto? Não demore em busca-la na Internet,

    afinal uma imagem pode valer mais do que mil palavras –

    embora este livro conte mais de 140.000.

    Mas existe um componente ainda mais forte a ser

    considerado em toda esta comoção: esta é uma foto cuja estória

    podemos facilmente recompor em segundos. Esta é UMA

    IMAGEM INEFÁVEL e ao mesmo tempo INDELÉVEL. E mais,

    também não serão necessários mais do que alguns segundos

    para que estejamos plenamente seguros sobre que tipo de ser

    humano poderia haver cometido tamanha atrocidade (?),

    membro de que grupo (?), e por que motivos (?). A resposta a

    estas três perguntas é a mesma: religioso, religioso, religioso!

    Um homem dito religioso integra um grupo dito religioso para

    perpetrar atos ditos religiosos. E sei o que está pensando

    enquanto termino esta frase: ‘mas esta é outra religião, não a

    minha (!)’; ou está pensando que ‘isso não é religião, isso é ódio

    (!)’, ou que tal ‘ainda bem que sou cristão, e estamos bem

    distantes destas atrocidades (!)’. Não tão rápido ‘cowboy’!

    O ‘marido’ [sic] de Aisha executou uma sentença BÍBLICA,

    extraída de sua bíblia - esta que está ao lado de sua cama, na

    mesinha de cabeceira; e do mesmo tipo de bíblia que

    encontramos esperando por nós em hotéis, a palavra de ‘deus’:

    22

    "E porei contra ti o meu zelo, e usarão de indignação contigo.

    Tirar-te-ão o nariz e as orelhas, e o que restar cairá à espada. Eles

    tomarão teus filhos e tuas filhas, e o que ficar por último em ti será

    consumido pelo fogo. Também te despirão as tuas vestes, e te

    tomarão as tuas belas joias. Assim farei cessar em ti a tua

    perversidade e a tua prostituição trazida da terra do Egito; e não

    levantarás os teus olhos para eles, nem te lembrarás nunca mais

    do Egito. Porque assim diz o Senhor DEUS." - Ezequiel [23:25-28]

    Este versículo selou o destino de Aisha, e esta pérola inspirou

    a sentença de Aisha. Este livro, empunhado por judeus, cristãos

    e islâmicos, se chama ‘ Bíblia Sagrada’ – e não ‘Corão’. Muito

    embora a bíblia e o corão sejam livros coirmãos, ou melhor, o

    corão emula a bíblia - piorando aqui e aliviando ali; mas é

    rigorosamente farinha do mesmo saco de insanidades.

    E deste ponto em diante, já não escreverei as palavras bíblia,

    corão, ‘deus’, religião, iniciando por letras maiúsculas - pois não

    merecem o meu respeito. Escreverei sempre o substantivo

    comum ‘deus’ entre aspas, posto haverem muitos ‘deuses’, sem

    que, no entanto, a simples existência de nenhum deles tenha

    sido adequadamente provada; isso enquanto vidas são mutiladas

    e exterminadas em seu sórdido nome – como verão.

    Pois é este tipo de religião que a bíblia - a sua bíblia -

    prescreve. E o comportamento deste monstro, o marido de

    Aisha, é o comportamento esperado de um "temente a deus". Se

    você mãe não apedreja os seus filhos rebeldes, ou você pai não

    exige a submissão de sua mulher – com a vara -, então vocês

    não leram as escrituras – e ninguém realmente lê. Mas estão

    protegidos pela falácia intelectiva Ad Populum, afinal seguem a

    maioria, e Magister Dixit, porque o ‘mestre’ disse; e, portanto,

    pertencem ao ‘rebanho’, e possuem um ‘senhor’ – como escravos

    - ao qual estão irremediavelmente submetidos. Medo e

    submissão cega, este é o tom, e não amor e compaixão. Leiam a

    bíblia! Este ‘deus’, o seu ‘deus’, só está descrito na bíblia e no

    corão - e em nenhum outro livro.

    A presente obra pretende demovê-lo da fantasia alimentada

    por todos sobre a ‘bíblia’, sobre ‘deuses’, sobre o Jesus que se

    tornou ‘cristo’ e que doravante também será resumido a um

    23

    substantivo comum -, e sobre ser religioso; enquanto investiga,

    revela, e desvela, a degradante condição da MULHER em tais

    livros ditos ‘sagrados’. Por enquanto, só posso antecipar que

    ‘Jesus

    Cristo’

    endossa

    firmemente

    cada

    um

    destes

    aterrorizantes ditames RELIGIOSOS:

    "Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-

    rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o

    céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei,

    sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes

    mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens,

    será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os

    cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus." -

    Mateus [5:17-19]

    Então, Cristo veio cumprir a lei dos profetas , e endossa,

    pois, na íntegra – sem tirar um jota ou um til - as palavras

    ferinas e ‘ mutilatórias’ de Ezequiel - e sem espaço para a

    famigerada falácia da relativização ou contextualização. E sem

    espaço para justificações ‘metafóricas’. Se me permitem mais

    um aparte: apedrejar filhos rebeldes e mutilar mulheres foi

    errado ontem e continuará sendo Ad Eternum.

    No contexto histórico em que esta fábula está situada, apesar

    do machismo vigente à época, podemos sim afirmar que foi por

    meio da religião, e por meio da insanidade de homens

    religiosos, que a condição da mulher passou de inferior para

    odiosa In Nomine Dei.

    A

    Aisha

    afegã

    teve

    o

    seu

    casamento

    arranjado

    prematuramente, e decidiu fugir depois de anos a fio sofrendo

    maus tratos e abusos perpetrados cotidianamente por seu

    marido. Ela relatou que o seu castigo foi aplicado com a devida

    aprovação de um ‘comandante’ ou autoridade, pertencente ao

    grupo islâmico conhecido macabramente por Taliban - cujas leis

    incluem tais punições contra as mulheres, além de mutilações

    genitais, seios; conforme prescrito na bíblia e depois no corão.

    Taliban e imam serão também escritos de forma substantiva

    comum; onde em meu ‘dicionário próprio’ o primeiro termo se

    refere ao ‘grêmio religioso composto por homens iletrados,

    recalcados, complexado e boçalizados’, e sendo o segundo termo

    24

    definido como ‘ homens recalcados, inseguros e hipócritas,

    idolatrados por homens ainda mais inseguros’; em ambos os

    casos, tais termos estão aplicados ao contexto do islamismo. O

    substantivo ‘imam’ pode ainda ser considerado sinônimo do

    termo cristão ‘santo’. Notem que estou rebaixando o adjetivo

    ‘santo’ de seu fantasioso altar sagrado para a realidade

    substantiva e profana.

    Voltando ao drama de Aisha, me alegro em saber que uma

    equipe cirúrgica especializada pôde realizar o ‘milagre’ que

    ‘deus’ não foi capaz de conduzir e cujo sinistro ele não foi

    sequer capaz de evitar, senão o contrário, endossando e

    inspirando a mutilação com seus livros sagrados.

    Com o apoio da Fundação Grossman Burn, e sob a liderança

    segura do próprio médico e filantropo Peter Grossman, o rosto

    desta MULHER foi reconstituído, e hoje pode ser encarado sem

    sobressaltos – deus não esteve presente na cirurgia.

    Aisha teve o rosto recuperado, sua vida reabilitada, e a sua

    dignidade reparada – em termos. Livre, enfim. Agora com 19

    anos, Bibi, além de um novo rosto e uma nova oportunidade,

    recebeu o prêmio ‘ Enduring Heart Award’ - também concedido

    pela Grossman Burn Foundation. Curiosamente, este foi.

    "[...] o primeiro destes prêmios, dado a uma mulher, e nos mostra o

    que significa ter amor e um coração forte."

    Por que mais mulheres não receberam este prêmio? O que há

    de errado com os seus ‘corações fortes’? Ou, o que há de errado

    com a vaidade insegura e caprichosa masculina? Peço perdão

    pela generalização retórica. Mas por que ‘corações’, se

    pensamos, sentimos, somos, e vivemos por meio de nossos

    CÉREBROS? Toda esta falácia ou erro conceitual nos tem

    conduzido a severos mal-entendidos; e mal-entendidos em série

    conduzem a catástrofes – como veremos; e por isso a objeção.

    Mais à frente entenderão esta sutil indignação, e lembrar-se-

    ão deste obséquio quando conferirem os constructos

    aristotélicos e suas heranças nocivas e ‘misóginas’. Por

    enquanto, recomendo a nobre, porquanto humilde, disposição

    25

    conhecida nos círculos filosóficos por ‘epoché’ - ou SUSPENSÃO

    DO JUÍZO. Vai valer a pena!

    Outra referência na luta contra a condição da mulher no

    mundo islâmico é Malala. Em Outubro de 2012 a paquistanesa

    Malala Yousafzai foi baleada na cabeça dentro de um ônibus

    escolar. A garota foi jurada de morte pelos covardes talibans

    quando passou a lutar pelo direito das mulheres à educação.

    Deixada à mingua por ‘ allah’, Malala foi salva pela ciência

    médica, sendo a mais jovem vencedora na história do prêmio

    Sakharov de Liberdade de Expressão’. Ela também foi a mais

    jovem candidata da História ao Nobel da Paz.

    Nas palavras de Martin Schulz, membro do Parlamento

    Europeu:

    "Malala tem coragem de levantar a voz pelos direitos das mulheres

    e, além disso, encorajar as pessoas a seguirem seu exemplo, apesar

    de viver em mundo dominado pelos homens."

    Malala, no entanto, continua na mira dos barbados

    complexados talibans; e vive sob a proteção do governo inglês

    em Birmingham.

    "Os talibans tomarão Malala como alvo, não importa se estiver nos

    Estados Unidos ou Reino Unido." - Shahidullah Shahid (porta-voz

    taliban no Paquistão)

    Com o perdão de minha zelosa editora e amiga, a sábia

    moderadora de minha consciência, mas estes são uns

    COVARDES, ASSASSINOS. POBRES ‘DIABOS’! Assim, em

    letras garrafais.

    Mas por que deveríamos nos preocupar com as atrocidades

    bíblicas, com o corão, com a Aisha de nove aninhos, e com

    Maomé - seu ‘esposo’? Isso foi há tanto tempo! Devemos nos

    preocupar com tais barbaridades porque tudo isso está bem vivo

    em nossos dias. Por que ainda existe uma ‘aisha’ que sofre por

    conta de tais preceitos ditos ‘divinos’ [sic] no terceiro milênio –

    hoje, aqui e agora. E um homem que se diz esposo e religioso é

    capaz de atacar, espancar, torturar, abusar, mutilar e deformar

    26

    UMA MULHER INDEFESA - e que acredita que deve suportar

    tais crimes por merecê-los, e conforme reza a sua crença. Por

    que existem muitas mulheres como Aisha pelo mundo afora –

    HOJE, AGORA. Por que existem muitas mulheres que sofrem

    com o machismo e a misoginia, submetidas e espancadas por

    homens covardes, que sustentam sua ira com preceitos bíblicos e

    corânicos, e seus efeitos ideológicos colaterais e decorrentes; E

    POR QUE DEUS PARECE NÃO SE IMPORTAR.

    "Puxe a esposa pela orelha, bata nela com a mão ou com uma

    vara."

    Este é um dos conselhos de um livro publicado no Canadá,

    intitulado: ‘ A Gift For Muslim Couple’ [‘ Um Presente para o

    Casal Muçulmano’]. O livro chocou a opinião pública livre e

    decente de todo o mundo, ao revelar instruções islâmicas para

    os ‘maridões’ e fiéis seguidores de ‘allah’. Esta pérola da sandice

    humana tem 160 páginas, e foram ‘sentenciadas’ pelo

    acadêmico muçulmanotermo que resume uma contradição

    em si - Maulavi Ashraf Ali Thanvi. Uma obra que, segundo o

    autor, é "dedicada aos recém-casados" – pombinhos -

    "muçulmanos".

    "[...] pode ser necessário força ou até mesmo ameaças para contê-

    la. [e continua] O marido deve tratar a esposa com bondade e

    amor, ATÉ mesmo quando ela tende a ser estúpida e lenta. [Dos

    direitos do marido:] a esposa não pode sair de casa sem sua

    permissão. [Ela deve ainda] satisfazer seus desejos [...] e deve

    embelezar -se para ele."

    Estas práticas odiosas e opressivas resumem o caminho mais

    fácil encontrado por esquisitões enrustidos para submeter

    mulheres a um casamento; sendo que, tais escroques, covardes,

    obtusos, jamais seriam capazes de encontrar uma companheira

    por mútuo consentimento - senão pela RELIGIÃO.

    E tais ‘preceitos’, afirma o autor, vem diretamente do corão:

    "Os homens são superiores às mulheres porque Allah outorgou-lhes

    a primazia sobre elas. Portanto, dai aos varões o dobro do que dai

    às mulheres. Os maridos que sofrerem desobediência de suas

    mulheres podem castigá-las; deixá-las sós em seus leitos, e até

    27

    bater nelas. Não se legou ao homem maior calamidade que a

    mulher."

    O mesmo fenômeno ocorre no mundo evangélico, e

    reconheço aqui uma certa ‘generalização muito ampla’ em meu

    argumento; mas sinto-me suportado a fazê-lo por conta da

    experiência direta com inúmeros casais que se conheceram no

    ‘culto’.

    O "manual islâmico" dá instruções inclusive para escamotear

    surras e agressões – afinal, não basta colocar um gelinho -; e

    recomendações para "não bater excessivamente na esposa",

    afinal, isso deixaria provas do CRIME.

    Embora este livro tenha suscitado hordas de indignação,

    encontra-se disponível para compra em lojas virtuais

    muçulmanas – e sem maiores consequências, em nome da dita

    ‘liberdade de expressão’. Isso não é ‘liberdade de expressão’,

    isso é liberdade de opressão. E o seu direito termina

    imediatamente antes do meu nariz.

    E ninguém tem direito de posse sobre minguém. Mesmo

    quando estabelecemos o direito de custódia de um adulto sobre

    um ‘menor’ - até que, com a maioridade, sobrevenham os

    Direitos Individuais -, não cessam as demais prerrogativas

    legais, os Direitos Humanos, o Estatuto da Criança e do

    Adolescente, etc. - nunca. Se vivos, temos direitos iguais, e

    somos todos humanos!

    Mas por que judeus e cristãos deveriam desaprovar esta ode à

    incivilidade, e este ódio à mulher? Afinal, a bíblia faz muito pior

    do que isso, e recomenda incessantemente a morte de mulheres,

    crianças, e homens, por motivo torpe; isso apenas por trabalhar

    no sábado, apostasia, heresia, blasfêmia, ou apenas por

    intolerância religiosa. A mulher como espólio de guerra, o velho

    pretexto para arrebanhar escravas virgens, uma das maiores

    glórias bíblicas. O ‘deus’ bíblico – por exemplo - "despedaça 42

    crianças" por zombarem de um homem, "escolhido e apoderado

    por deus", chamando-o de CARECA:

    "Então subiu dali a Betel; e, subindo ele pelo caminho, uns meninos

    saíram da cidade, e zombavam dele, e diziam-lhe: Sobe, calvo;

    28

    sobe, calvo! E, virando-se ele para trás, os viu, e os amaldiçoou no

    nome do Senhor; então duas ursas saíram do bosque, e

    despedaçaram quarenta e dois daqueles meninos." - II Reis [2:23-

    24]

    Esta é a refutação cabal do famigerado e falacioso conceito da

    justiça divina . A ‘bíblia sagrada’ anuncia em seu Apocalipse

    particular o assassínio confesso de toda a humanidade, e com

    requintes de crueldade inimagináveis. Este, senhores, foi o

    primeiro livro da História a ser publicado – com a invenção de

    Gutenberg -, e continua sendo editado e vendido ‘livremente’ até

    hoje. John Foxe (1517 – 1587) escreveria:

    Deus abrira a máquina de impressão para pregar!

    Vale notar, no entanto, que, em suas primeiras ‘edições’,

    ‘bíblias e tradutores foram parar na enorme fogueira acesa pela

    própria igreja católica para conter a onda de popularização da

    leitura bíblica. A bíblia estava na fogueira acesa pela própria

    igreja.

    Ressalto ainda que: chamar a bíblia de manual à morte não é

    ofensa, mas mera descrição – conforme ficará bem claro ao

    longo deste livro.

    "Quê mal há em incitar a rejeição de uma religião? Se as atividades

    e ações desta religião são tão intoleráveis, irracionais e abusivas

    aos Direitos Humanos, que merecem ser totalmente rejeitadas." -

    Rowan Atkison (‘Mr. Bean’)

    Mr. Bean está falando sério, e apenas desta vez.

    Espancar a esposa como "instrução matrimonial" é uma

    prática comum e generalizada no mundo islâmico. A hipocrisia

    islâmica reinante, evidentemente, tratará de negar, mas a

    verdade está endereçada, e a verdade é esta. A escalada deste

    tipo de violência contra mulheres muçulmanas pode ter recuado,

    mas os números ainda são alarmantes: quase mil mulheres,

    somente no Paquistão, entre adolescentes e adultas, foram

    assassinadas no ano passado em nome da honra . No entanto,

    não existem dados oficiais deste ou de outros países, porque tais

    crimes - In Nomine Allah - são devidamente acobertados pelas

    29

    próprias autoridades teocráticas, e que obviamente apoiam a

    prática descrita em suas leis divinas.

    Dependemos do trabalho e dos relatórios apresentados por

    ONGs’ que operam nestes países para destapar o montante de

    crimes cometidos contra a mulher. As esposas que escapam de

    serem assassinadas por seus enfurecidos e doentios maridos

    podem terminar banhadas em ácido, pela desobediência em

    matérias como: "aprender a ler e escrever". Este foi o caso da

    paquistanesa Fakhra Younus, que se suicidou recentemente com

    a idade de 33 anos, depois de viver 12 anos cega de um dos

    olhos, além de surda e com vários outros problemas físicos -

    resultado de um banho de ácido ‘preparado’ pelo ‘maridão’. Só

    em 2011 mais de 8 mil ataques com ácido foram praticados

    contra mulheres no Paquistão. A simples recusa em casar-se

    com um islâmico pode redundar em uma ‘chuva de ácido’.

    Mas, não é só nos ‘antros islâmicos’ que as mulheres são

    covardemente atacadas por ‘islâmicos’; na Inglaterra, mais de

    mil meninas, algumas com idades girando em torno dos 10

    aninhos – i.e., ‘ no ponto’, segundo Maomé -, já foram

    submetidas à mutilação genital, onde os órgãos sexuais externos

    são removidos a fim de impedir que mais tarde as moças

    venham a sentir ‘prazer’. Tais atrocidades ocorrem mesmo

    dentro do casamento; de acordo com seus opressores e

    praticantes, a mutilação serve como "prova da pureza e

    lealdade" desta mulher. Líderes islâmicos na Inglaterra já foram

    flagrados defendendo publicamente tal pratica hedionda.

    Em

    sua

    obra-prima,

    ‘Tábula

    Rasa:

    a

    negação

    contemporânea da natureza humana’ (2002), o consagrado

    psicólogo Steven Pinker cita uma correspondência pessoal do

    antropólogo Donald Symons, e que captura muito bem o

    problema do dito ‘relativismo cultural’:

    "Se apenas uma pessoa no mundo segurasse uma menina

    aterrorizada, esperneando e gritando, e cortasse-lhe os genitais

    com uma lâmina séptica, e costurasse o corte deixando apenas um

    minúsculo orifício para a passagem de urina e fluxo menstrual; a

    única questão seria com que severidade essa pessoa teria de ser

    punida e se a pena de morte seria uma sanção suficientemente

    severa. Mas quando milhões de pessoas fazem isso, ao invés

    30

    entendermos a atrocidade como ampliada milhões de vezes, ela

    subitamente se torna parte da ‘cultura’, e assim, por mágica, a

    prática torna-se menos horrível, ao invés de mais, e chega até

    mesmo a ser defendida por alguns ‘pensadores morais’ ocidentais,

    incluindo feministas."

    E esta é a pura verdade. Quando um homem comete um

    crime temos um delito, mas quando milhões endossam e

    repetem o mesmo crime, então temos uma ‘cultura’ – uma

    prática ‘cultural’, ou uma ‘religião predominante’. O filosofo

    Sam Harris, que também cita esta pérola [sic] em sem

    maravilhoso livro ‘ A Paisagem Moral – Como a ciência pode

    determinar os valores humanos’ (2013), arremata:

    "São precisamente esses casos de equívoco adquirido (ou

    ‘psicopatia adquirida’, somos tentados a dizer) que apoiam a

    alegação de que uma moralidade universal demanda o apoio de

    uma religião estabelecida. A distinção categórica entre fatos e

    valores abriu um poço sem fundo debaixo do liberalismo secular –

    levando ao relativismo moral e às profundezas masoquistas do

    discurso politicamente correto."

    Não estou dizendo apenas que ‘existe um caminho

    alternativo à religião’, estou afirmando que a religião é

    inteiramente e completamente IMORAL, AMORAL, MORTAL e

    PREJUDICIAL. Estou dizendo que a religião subsiste apenas

    como um pálido reflexo em meio à sociedade libertária; mas

    estou dizendo também que este pálido reflexo ainda é suficiente

    para muito prejuízo, para julgamentos errôneos, tendenciosos, e

    muita confusão. O problema não reside apenas em estar no

    caminho errado, e de ainda desconhecer que a religião é o

    caminho errado, mas sobretudo porque deixamos de caminhar

    na direção certa - HUMANA, troppo umana.

    Na

    Inglaterra,

    gangues

    de

    estupradores

    predominantemente muçulmanos — aliciam meninas muito

    novas, geralmente de "sangue inglês", para se tornarem

    "escravas sexuais" – In Nomine Allah. A crise alcançou

    proporções epidêmicas. De acordo com a Secretaria dos Direitos

    do Menor na Inglaterra, cerca de 10 mil "meninas brancas",

    menores de idade, vivem nesta condição assustadora (Fontes:

    Daily Mirror, Toronto Sun).

    31

    Não podemos nos esquecer de Benazir Bhutto (1953-2007),

    advogada e política paquistanesa, duas vezes primeira-ministra

    de seu país, tornando-se a primeira mulher a ocupar um cargo

    de chefe de governo em um Estado muçulmano ‘moderno’

    pero no mucho.

    E qual o seu destino? Benazir foi assassinada, em 27 de

    dezembro de 2007, em um atentado suicida em Rawalpindi

    (cidade próxima a Islamabad – e que tive a ousadia de visitar em

    duas oportunidades), quando retornava de um comício no

    Parque ‘Liaquat Bagh’ – nome que homenageia o primeiro-

    ministro paquistanês Liaquat Ali Khan, também assassinado no

    mesmo local em 1951.

    O ataque ocorreu enquanto o carro de Benazir trafegava

    seguido por simpatizantes; ela acenava para a multidão pelo teto

    solar do veículo quando foi alvejada no pescoço e no peito por

    um terrorista suicida, que, em seguida, cumpriu o seu destino

    execrável explodindo a si mesmo e provocando a morte de cerca

    de 20 pessoas, além de centenas de feridos. Adivinhem quem

    assumiu a autoria do atentando? E quais os motivos? Religião,

    machismo, misoginia, poder - EM NOME DE ALLAH. A Al-

    Qaeda afegã reivindicou a responsabilidade por mais esta

    atrocidade – e o mundo andou em marcha ré mais uma vez.

    Benazir, certa feita, disse:

    "Eu vejo o Islam comprometido com a tolerância, a igualdade, e

    com os princípios da democracia."

    Trata-se de uma contradição em si: ‘submissão’ e

    democracia são princípios mutuamente exclusivos. Para

    Benazir a falta deste entendimento lhe custou à vida. E o ‘corão’,

    o livro sagrado do Islam, explica por quê:

    "O homem, mas não a mulher, é feito à imagem de Deus. Daí

    resulta claramente que as mulheres devem estar submetidas a seus

    maridos e devem ser como escravas."

    Nada democrático.

    32

    E não podemos nos esquecer também de Ayaan Hirsi Ali.

    Ayaan nasceu na Somália, e aos 5 anos - juntamente com a sua

    irmãzinha de 4 anos -, sofreu a infibulação do clitóris em uma

    cerimônia organizada pela própria avó. A infibulação, também

    conhecida por ‘excisão faraônica’, é considerada a pior de todas

    as práticas de mutilação; após a amputação do clitóris e dos

    pequenos lábios, os

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