Mapeamento e gestão de risco de queda de árvores: em uma unidade de conservação na Amazônia
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Sobre este e-book
Apesar de sua importância, as árvores estão sujeitas a desgastes, falhas e quedas, em virtude das ameaças intrínsecas (estruturais) e extrínsecas (ambiente), entre as quais podemos destacar a ocorrência de rajadas de vento, precipitação hídrica intensa, manejo incorreto ou inexistente, raiz instável e a ausência de controle fitossanitário. Por isso, nunca estão livres de apresentar riscos de queda total ou de suas partes, podendo ocasionar danos e riscos à integridade das pessoas e patrimônios.
Para garantir a segurança dos frequentadores nas unidades de conservação e a manutenção dos serviços ecossistêmicos prestados pelas árvores, bem como evitar danos materiais, faz-se necessário identificar, analisar, avaliar e controlar o risco de queda de árvores a um nível aceitável, por intermédio da técnica de avaliação quali-quantitativa e do mapeamento dos indivíduos arbóreos, a fim de se reduzir os efeitos destrutivos e fortalecer a cultura de prevenção de risco em prol da garantia dos direitos individuais e coletivos à vida.
Este livro constitui-se, portanto, um instrumento de pesquisa indispensável para estudantes, professores, engenheiros florestais, agrônomos, profissionais de segurança pública, pesquisadores e demais interessados que atuam na avaliação de risco de queda de árvores. Trata-se de obra didática que poderá contribuir substancialmente para embasar os processos de tomada de decisões frente à gestão de risco e desastres de queda de árvores, e dará suporte para treinamento e capacitação de recursos humanos.
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Mapeamento e gestão de risco de queda de árvores - Denisson Coelho da Silva
1. INTRODUÇÃO
De acordo com a ONU, 55% da população mundial vive nos centros urbanos e a expectativa é que a densidade demográfica aumente para 70% até 2050 (ONU, 2019). Esse aumento desenfreado no ambiente das cidades tem proporcionado a substituição da vegetação arbórea pela área construída, comprometendo a composição química e física dos solos, dos corpos hídricos, da biodiversidade e dos ciclos biogeoquímicos (GRIMN et al., 2008). De forma complementar, pode-se prever maiores ondas de calor, crescimento na emissão de dióxido de carbono na atmosfera, piora da qualidade do ar e o aumento de áreas de risco (RIBEIRO, 2008).
Diante desse quadro, a conservação das áreas verdes, como é o caso de determinados parques ambientais inseridos nas áreas urbanas, classificados como unidades de conservação, consolida-se como uma das principais formas para desacelerar este processo de degradação ambiental resultante da urbanização. Essas áreas, quando bem gerenciadas, oferecem diversos benefícios sustentáveis (STENICO et al., 2019), agregando valor à qualidade ambiental (ARCE et al., 2014) e à qualidade de vida da população (OPPLIGER et al., 2019).
Esses benefícios se dão por intermédio das árvores que englobam funções ecossistêmicas responsáveis por redução de ruído, regularização do ciclo hidrológico, conservação do solo, manutenção da biodiversidade, sequestro de carbono, filtro de poluição ambiental (BUCKERIDGE, 2015), aumento do conforto térmico pela diminuição da temperatura, aumento da umidade relativa do ar (BRUN et al., 2010) e diminuição do efeito de ilhas de calor (BARROS; LOMBARDO, 2016).
Por outro lado, inclui-se o embelezamento da paisagem (MULLANEY et al., 2015) e o atendimento das necessidades de lazer e de recreação, importantes funções ligadas às necessidades físicas, psíquicas e sociais (FERREIRA, 2007), atuando positivamente sobre a saúde humana (MOREIRA et al., 2020) por meio da redução de estresse e aceleração da recuperação de pacientes (BOWLER et al., 2010; BRATMAN et al., 2012).
A partir dessas considerações, é inquestionável a importância das árvores para a sustentabilidade urbana e o bem-estar da população. No entanto, as árvores estão suscetíveis a queda natural em função das ameaças intrínsecas e extrínsecas, ou até mesmo em função da combinação dessas ameaças (BRAZOLIN et al., 2010), entre as quais podemos destacar a atuação de ventos fortes, chuvas prolongadas, tempestades, raios, raízes instáveis, problemas fitossanitários e manejos inadequados (OLIVEIRA; LOPES, 2007; SAMPAIO et al., 2010).
Essas ameaças afetam a estabilidade do indivíduo arbóreo, que pode causar a queda de apenas um exemplar e, em casos mais graves, a queda de vários exemplares, em razão da presença de cipós interligados às copas e/ou pela proximidade entre elas. Isso potencializa as situações de risco ao patrimônio público e privado, além de se pôr em risco a vida das pessoas que frequentam as unidades de conservação, uma vez que o maior risco ocorre quando vidas humanas estão envolvidas e o menor risco, quando se trata de perdas de bens materiais (SAMPAIO et al.,