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Cultura Dos Citros
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E-book205 páginas1 hora

Cultura Dos Citros

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Sobre este e-book

A cultura dos citros figura entre às atividades de maior importância na fruticultura e, este livro descreve todos os manejos usados no cultivo e respectivas recomendações.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento3 de dez. de 2012
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    Cultura Dos Citros - Amilton G. Guerra E Vander Mendonça

    INTRODUÇÃO

    O gênero Citrus é composto por diversas espécies que, segundo se acredita, são originárias das regiões tropicais e subtropicais da Ásia e do Arquipélago Malaio.

    A origem dos citros é muito complexa e controvertida e isto se deve ao fato de que estas espécies apresentam, em comparação com outras culturas, uma elevada taxa de mutação e polinização cruzada natural. Segundo alguns autores, as espécies cítricas possuem, em média, 84% de autofecundação e 16% de alogamia. Sobre sua origem, de acordo com alguns escritos chineses, os citros já eram cultivados há 2.200 a.C em seu território, sendo esse os primeiros povos a utilizá-lo como alimento. Os frutos cítricos foram difundidos a partir da cidreira ‘Etrog’ (Citrus medica L.), nome atribuído às suas propriedades farmacoterapêuticas.

    Em estudos mais recentes iniciados pela publicação de Vavilov, atribui-se como centro de Origem dos citros o centro Chinês, que é considerado o centro de origem mais antiga das plantas cultivadas. De acordo com alguns relatos do centro Chinês, os cítricos foram dispersos para o Sul da Europa, Norte da África e, finalmente, para as Américas.

    No Brasil, os cítricos foram, sem dúvida, introduzidos pelas primeiras expedições colonizadoras, provavelmente iniciando pela Bahia. Em 1540 já se tinha conhecimento de grandes áreas plantadas com citros ao redor de Salvador. Outra referência importante é que nessa data já haviam, no litoral de norte a sul do país, muitos plantios com cítricos. A mais antiga referência a

    esse respeito menciona a presença de cítricos na região de Cananéia, no litoral sul de São Paulo.

    A dispersão propriamente dita dos citros no Brasil, ocorreu através das expedições dos jesuítas e posteriormente pelos bandeirantes. Surgiram vários núcleos citrícolas no país, a exemplo de Cruz das Almas na Bahia, Limeira em São Paulo, Triângulo Mineiro em Minas Gerais, Boquim em Sergipe, Vale do Taquari no Rio Grande do Sul, margens do Rio Miranda em Mato Grosso, região serrana, abrangendo os municípios de Maranguape e Pacatuba, no Ceará e muitas outras áreas importantes. Hoje, os cítricos encontram-se dispersos pelo país inteiro, desde o Rio Grande do Sul até o Amazonas. Sendo o país, atualmente, o maior produtor mundial de citros, seguido pelos Estados Unidos. A cultura encontra-se disseminada por todo o território nacional, com grande importância econômica e social para diversos estados.

    MERCADO EPERSPECTIVAS

    Vander Mendonça

    No Brasil e em praticamente todo o mundo, a cultura cítrica mais interessante, no que diz respeito ao aspecto comercial, é a cultura da laranja.

    O Brasil é um dos maiores produtores de laranja do mundo, além de produzir e exportar um grande número de produtos oriundos dessa fruta, como suco de laranja em pó e suco de laranja concentrado e congelado (SLCC). O principal mercado consumidor de laranjas e do seu suco são os Estados Unidos, que são, também, os maiores importadores desses produtos.

    A Região Sudeste, sobretudo o estado de São Paulo, é uma referência em citricultura. Nas previsões para a área a ser colhida de laranja no Brasil neste ano (2006) ultrapassa a

    810.426 ha, cerca de 9.000 ha a menos que em 2005 que foi de 819.701 ha. A previsão para a produção em 2006 é de 434.601.740 cx (40,8kg) (Tabelas 1 e 2).

    A produção de laranja concentra-se principalmente no sudeste e nordeste do país, sendo São Paulo o principal produtor com uma produção prevista para 2006 de 348.106.618 caixas em uma área cultivada de 580.485 hectares. Sergipe é o segundo maior produtor com uma produção de 19.488.799 caixas em uma área de 54.910 hectares (Tabelas 1 e 2).

    As exportações nacionais de suco trouxeram para o País aproximadamente US$ 1 bilhão, em 2004. São informações que enchem a todos de orgulho. Todos, menos os citricultores, que nos últimos anos tem visto sua renda. A desvalorização do real frente ao dólar, registrada a parir do ano 2000, acentua ainda

    mais a disparidade dos custos quando expressos em reais. Nos últimos anos, a produção de laranja ficou mais cara para o citricultor brasileiro.

    O custo total de produção da laranja passou de US$ 1,67/cx em 2003, para US$ 3,48/cx em 2005. A alta se deve a um conjunto de fatores, mas o que mais se destaca é o aumento geral no custo dos insumos. A incidência de doenças como o greening e a pinta preta vem crescendo. Estima-se em US$0,23/cx o custo de combate à cigarrilha transmissora da CVC e ao psilídeo, vetor do vírus da huanglongbing. Os gastos com a pinta preta avaliados em US$0,46/cx. Somados, apenas esses tratamentos fitossanitários, equivalem a 20% do custo de produção.

    Tabela 1. Área plantada, área colhida e quantidade produzida de laranja nas diferentes regiões e nos principais estados brasileiros de 2000 a 2005.

    Laranja – Produção Brasileira      Caixas de 40,8 kg

    Fonte Agrianual 2006.

    Tabela 2. Área colhida de laranja nas diferentes regiões e nos principais estados brasileiro de 2000 a 2005.

    Laranja – Área colhida      hectares

    Atualmente, a área colhida de tangerinas no Brasil gira em torno de 64.999 ha, representando uma produção de 1.304.743 toneladas. Essa produção concentra-se principalmente no Sudeste e Sul do país, sendo São Paulo o principal produtor com uma produção de 658.343 toneladas em uma área cultivada de 26.724 hectares. Paraná é o segundo maior produtor com uma produção de 274.359 toneladas, entretanto, o Rio Grande do Sul possui a segunda maior área colhida 12.991 hectares (Tabela 3).

    Desde 1999, os produtores de tangerina vêm amargando prejuízos. De um lado, os preços da fruta se mantêm baixos há anos. De outro, os custos de produção aumentaram, com a necessidade do controle da pinta preta e da alternária. O gasto com insumos representa em torno de 40% do custo total de

    produção da tangerina. Mais da

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