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João Bom Nas Artes
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E-book163 páginas1 hora

João Bom Nas Artes

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Sobre este e-book

Se o folclore Português tem Pedro Malasartes, no Brasil temos agora o João Bom Nas Artes. Histórias de vários períodos da minha vida e reais (17) e todas (19) são muito engraçadas. Destinam-se a crianças de 0 a 110 anos. Em geral, todos nós em algum momento da vida fizemos alguma “arte”, e inclusive você, que agora deve estar se lembrando de alguma, não é mesmo? Observe seu sorriso, alegre não é verdade? Viu! Você também está aqui neste livro, de alguma maneira. Então venha desfrutar de momentos alegres e simples, pois assim devemos levar a vida. A alegria nos transporta ao país da felicidade. Então, é pura diversão. Leia, conte-as e ria. Muito!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de ago. de 2018
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    Pré-visualização do livro

    João Bom Nas Artes - João Batista Araújo

    Agradecimentos

    Expresso minha gratidão:

    Ao grande construtor do Universo, que me protege em tudo, mesmo

    sendo um filho indigno e sem merecimento de tantas graças.

    A todos aqueles que me inspiraram a escrever este livro.

    Aos meus pais; minha maravilhosa e querida mãe e meu alegre pai, que

    descansa no tempo eterno.

    Sem dúvida, foram os que me conduziram com exemplos e orientações

    nos mais preciosos princípios da boa vivência e do norteamento de como ser

    um bom cidadão, um bom homem e um ser humano normal.

    Aos meus sogros; meu sogro (In memoriam), que entre tantas boas

    ações, presentearam-me com o nascimento de sua querida filha, minha

    primorosa esposa.

    A minha querida esposa; um exemplo de alegria, esforço, nobreza,

    compaixão aos mais desfavorecidos e um amor imenso às crianças. Para

    estas, um porto seguro onde ancorar e encontrar paz e esperança.

    Aos meus filhos; pois significam para mim: alegria, honradez, além de

    serem ótimos filhos, não merecedores do pai que sou.

    Ao meu filho, designer gráfico, idealizador e criador desta magnífica

    capa.

    Aos meus irmãos que me ajudaram na convivência com a alegria.

    Às crianças e jovens que ainda mantêm em seus corações a

    simplicidade, a espontaneidade e a vivência sem complicação.

    A todos os leitores, crianças e adultos, que tenham se dado ao interesse

    de percorrer estas páginas.

    João Bom nas Artes

    Prefácio

    Escrevo este livro, com título de João Bom Nas Artes, com dois

    objetivos:

    O primeiro é de alguma maneira ser útil à sociedade, e o farei levando

    um pouco de alegria às pessoas, já que muitos de nós vivemos em uma

    coletividade repleta de dificuldades de toda ordem. Acredito que um pouco

    de pequenas histórias, vividas em sua maioria por mim, possa realizar a meta

    a que me proponho.

    O segundo trata-se de um sonho recente e que buscarei de todas as

    maneiras realizá-lo, uma vez que os sonhos são deveras importantes para

    alentar-nos e naturalmente com bastante esforço, podermos realizá-los.

    Não podemos deixar os sonhos e os nossos ideais, por mais difíceis que

    nos pareçam ser, esvaírem-se.

    Quanto a esse, ainda não posso revelá-lo, em virtude de não estar ainda

    concretizado.

    Creio ser prudente, e assim sinto que não devemos revelar nossos

    projetos pessoais, enquanto estejam em desenvolvimento.

    Quando já tenham sido realizados, poderemos então mencioná-los.

    E qual seria o motivo deste nome para o livro?

    Venho de uma família mineira e os nascidos nas Minas Gerais muitas

    vezes gostam de contar histórias, os famosos causos.

    Desde pequeno, eu ficava muito atento aos narrados por meu pai, como

    também aos do nosso irmão mais velho.

    Do mesmo modo, os causos que me contavam de primos que

    oportunamente os relatarei neste livro.

    Em minha infância e adolescência, fui um menino considerado

    bonzinho. Um tanto tímido. Muitas vezes, em um diálogo concordava com

    os demais, só para não esticar a conversa.

    Assim atuava, quando a conversa não era muito conveniente para mim,

    mas com as pessoas que considerava mais amigos, era extrovertido.

    Sob outra perspectiva, atrás dessa aparência quietinha, havia o moleque

    inquieto, que não podia ficar parado nem um minuto sequer.

    Pareceria haver sempre uma formiguinha me beliscando, para que eu

    buscasse desvendar tudo a minha volta.

    Descobrir o encoberto, abrir o que estava fechado, solucionar o que

    parecia estar sem solução.

    Experimentar algo novo, diferente e resumindo: o mundo sempre me

    pareceu uma grande expectativa a ser desvendada.

    Poderia dizer que a vida representava para mim uma grande tela, com

    muitas possibilidades. Daí fazer o que nesse grande quadro? Ora, pintar o

    sete, claro.

    Caro leitor, você me perguntaria? Por que esse nome João Bom nas

    artes? Bem, a questão é a seguinte: desde pequeno, a fama de Pedro

    Malasartes chegou até mim. E quem era esse tal de Pedro Malasartes?

    Ficou bem conhecido e se tornou um personagem tradicional da cultura

    portuguesa, e posteriormente da cultura brasileira. Essa figura era exemplo de

    esperteza, de criatividade, mas não se sentia nenhum pouco culpado em usar

    a mentira e enganar as pessoas em proveito próprio. Assim, era astucioso,

    cínico e sem escrúpulos.

    Porém, algo me incomodava nesse personagem e eram justamente essas

    atitudes de enganos, bem como tirar proveito egoistamente das situações,

    propositalmente.

    Fiquei então, desestimulado com algumas de suas atitudes, pois

    considero que nas boas artes deva prevalecer a espontaneidade, a alegria, e os

    fatos engraçados que decorrem delas, sem a busca de passar os outros para

    trás, como tal personagem buscava fazer.

    Assim, em contraposição a algumas ações desse, achei por bem, criar o

    João Bom Nas Artes.

    Também há um fato bem interessante que é comum, até nos dias de

    hoje. Quando alguma situação desconcertante ocorre em nossa casa, como

    um aparelho doméstico que apresenta algum defeito.

    Se por ventura o problema não se apresente grande e fora de minha

    alçada, busco abrir tal aparelho, tentando consertá-lo. É aí que ouço minha

    esposa dizendo: — Eh! Malasartes! Cuidado para não sobrar parafuso! Por

    outro lado, qualquer situação que possa parecer impossível, lá vem minha

    esposa dizendo: — Oh! Malasartes! Dá um jeito nisso aí.

    Então, creio que este título está na medida certa.

    Também deixo aqui uma recomendação: de que nenhuma criança ou

    adolescente deva seguir os exemplos aqui narrados, pois estes causos estão

    aqui para deleitar-nos, para que nos alegremos e soltemos umas ótimas

    gargalhadas, só isso.

    João Bom Nas Artes

    Capítulo 1

    O causo do Primo Juca

    Iniciaremos nossos causos, com a história do nosso primo Juca.

    Essa veio possivelmente de meu pai ou mesmo de algum tio, que a um

    dado momento, deixou-me registrado. Também pode ter sido contada pelo

    nosso irmão mais velho.

    Inicio por essa, já que todas as vezes que começo a fazer uma

    narração, este causo, como diria os mineiros, é o que primeiro me inspira, e

    é como o aquecimento que faz um atleta, para me sentir mais preparado

    para as seguintes.

    Da mesma forma, essa está mesclada com acontecimentos da época

    de meu pai, já que ele em sua juventude era vendedor de medicamentos

    veterinários, fabricados por um nosso tio de Minas Gerais.

    Contava que quando moço, cavalgava muitos dias visitando

    propriedades rurais, vendendo esses produtos para serem utilizados pelos

    fazendeiros em seus animais.

    Além do mais, afirmava que eram dias onde tudo era mais simples, e

    as pessoas relacionavam-se com mais confiança, respeito e afetividade.

    Dizia que naquela época, lá pelos anos de 1940, havia um costume

    entre os mineiros, que ao serem visitados por algum forasteiro, que por

    ventura parasse em alguma propriedade rural, durante sua viagem,

    recebiam-no com a primorosa hospitalidade mineira, visto que os

    responsáveis pelo local ofereciam pouso, banho e jantar, a quem chegasse

    como viageiro.

    Esclareço que esta história é a única de todas aqui narradas, que tenho

    dúvidas de sua veracidade, já que o primo Juca, quando expressava alguns

    de seus causos, contava com tanta convicção, que ai daquele que se

    prestasse a duvidar de uma narrativa sua.

    Então, vamos lá.

    Conta nosso primo Juca que em certa feita, viajando pelas fazendas de

    Minas Gerais, ao chegar à noite, ainda não se encontrava próximo a

    nenhuma pousada e sentindo-se cansado pela longa caminhada do dia ao

    lombo de seu cavalo, sugeriu aos demais amigos que o acompanhavam que

    pernoitassem ali mesmo.

    Era um lugar tranquilo, e acima de tudo, havia um frescor no

    acampado pelo vento que soprava nessas bandas.

    E dessa forma, depois de uma boa comida no jantar e muita prosa, se

    prepararam para adormecer.

    O Primo Juca tinha um relógio de bolso muito bonito e se gabava de

    que igual ao seu tão estimado aparato não havia outro.

    Não só era de rara beleza, como

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