Um Toque de Alma
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Sobre este e-book
Nos diversos poemas sobre histórias da relação entre pessoas, o amor será o elemento reparador, a esperança o seu catalisador e o abraço o porto seguro da arte de sonhar. As feridas, os traumas e as angústias internas serão amadas como flores, sentidas como liberdade e transformadas como frutos de primavera.
A palavra, símbolo da fé e da humanização da resistência e luta interna, pretenderá ser luz e escuta, conduzindo a alma à sua paz.
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Um Toque de Alma - João de Almeida Serra
AGRADECIMENTOS
Agradeço à Débora Martins por me iluminar e estruturar o caminho,bem como me ensinar a arte de acreditar e exercer o
toque reparador entre almas.
Agradeço ao António Modesto Navarro pela orientação e apoio à escrita da obra.
Agradeço à Filipa por estar sempre do meu lado e me fazer acreditar no amor.
Agradeço aos meus pais e avós.
Agradeço a todas as pessoas pela partilha de vidas e de histórias da alma.
Introdução
Levanta à madrugada,
O vento fresco que adentro de casa,
Aos pensamentos que conduzem planos de ação, oriundos do dia que se advém,
Têm-se nos segredos das gentes que rodopiam pela janela.
Lá fora, enquanto o dia renasceu,
Em construção delicada de sonhos, delicadezas,
Inconformistas que se viram pelo olhar.
Tocam a alma da gente,
Pela alma que a gente tem,
Calo esse silêncio e canto,
Em mim,
Às andorinhas que voltam,
Pelas estações adentro,
Minhas, tuas.
Um viva às canções,
À liberdade e paz.
Adentro pelo dia,
Direto, aos nossos corações.
Terra prometida
Sonho que a terra onde nasci,
Seja de oportunidade,
De união,
De dor,
E de silêncio.
Sonho que a terra onde nasci,
Possa erguer-se perante a corrupção da alma,
Do sistema,
Revelador da luz, rompendo-se do escuro e do frio,
Do mal que nos tem e tolda o juízo crítico.
Sonho que a terra onde nasci,
Me acompanhe no sonho de a sonhar,
De a ter e puder libertar quando assim for tempo,
De semear, cuidar e colher,
As estações comandadas pelas andorinhas do tempo.
Sonho que a terra onde nasci,
Possa ser o berço da humanidade,
Do abraço e do trabalho conjunto,
Elegante e humilde,
Passo a passo, erro perante a falha e melhoria perante a necessidade.
Sonho que a terra onde nasci,
Possa ser inclusiva,
Acreditada à coragem de lutar pelas pessoas,
De ser quem efetivamente o é,
E não ao julgamento.
Sonho que a terra onde nasci,
Possa entoar liberdade,
Escolha,
Amor,
Saudade,
E harmonia entre as gentes, pelas gentes.
Sonho que a terra onde nasci,
Seja parte do progresso,
Do antecessor da paz e da guerra, da guerra e posteriormente a paz,
Consistência e estrutura, ao olhar e da alma,
Da pureza e da beleza, do talento e do toque.
Sonho que a terra onde nasci,
Possa incluir e não excluir,
Possa nutrir e não queimar,
Possa mudar e não estagnar,
Possa ser exemplo e não a sua antítese.
Sonho que a terra onde nasci,
Possa continuar o seu trabalho de luta pela justiça,
Liberdade,
Pela ligação e crença do sonho.
Sonho que a terra que me viu nascer,
Me ame tanto, quanto eu a amo.
Sonho que se torne eterna,
O sonho que me viu nascer,
E que eu sorri por o ver crescer.
Tempo de partir
Foi sonho,
É a nossa promessa,
O eterno momento,
Gravado em tatuagem de alma.
O velho junto do novo,
E o novo,
Tripulação em lugar de sonho,
Mantenho o firme e caloroso olhar,
Em tempo de ida.
A luz acesa,
O trabalho em minha coragem,
À força de deuses,
À mudança da pertença,
Ao amor e à construção,
Sopro em frente.
As escadas atarefadas e as lembranças quentes,
Será tempo de ida?
Tempo de permanência?
Que tempo sonha o ideal,
E o ideal que formou o sonho.
Rezo, pela primeira vez,
Choro,
Pela alegria da mudança,
Às luzes do horizonte.
Tempo de ida?
Tempo de permanência?
À consistência,
À estrutura,
Aos ventos que sopram e encantam quem permanece,
Leva em coração no tempo de seguida.
Ficaremos bem,
Seguiremos em frente,
As sombras e tristezas para trás,
As angústias e os medos,
A esperança e a fé,
A força,
Coragem de seguir,
O tempo de amor.
Quando cheguei,
Pareceu-me eterno,
Rico de sábias e eternas palavras,
Num tempo aprisionado,
Sufocante,
Estilhaçado,
E de medo,
Fraturado pelo sistema,
Lutar.
Lutar à liberdade,
Lutar à escolha,
Lutar ao amor,
Lutar à esperança,
Lutar à fé e mudança,
Lutar ao tempo e ao espaço,
Lutar às pessoas,
Lutar.
A Luta do sonho,
E o sonho que amanhece pela luta.
Onde eu cresci
Será incrível,
Puder sentir que caberias dentro da minha mão,
E dizia repetidamente que serias o melhor do mundo de mim,
E de ti, que farias tanto, serías brilhante,
Cresceste e tornaste-te no sentido que querias, seguiste em vida o teu percurso,
Quem sabe se as dúvidas, inseguranças e conflitos te fizeram nesse sentido,
Explorando e questionando as origens das coisas e compreensões dos ditos, e não ditos,
Talvez as mudanças dentro de alguém fizessem as pesquisas à razão de teres mudado,
Pelo caminho, algo se quebrou, algo se perdeu,
Talvez a necessidade de renascer e reviver o que já não está,
Vivendo no passado,
Doendo à realidade,
Exasperando o que por aí vem.
Algo se quebrou, algo se perdeu,
Onde a cobardia e a culpa pode fazer com que o dedo seja apontado em frente,
Voar do lugar em que se está para onde se sonha estar,
Onde se sonha ser.
Esse não foste, nem serás,
Ir em frente, o que conta,
Não aos sucessos, não às vitórias,
Sim, aos fracassos e à quantidade de vezes que a vida embate e bate,
Ninguém baterá de forma tão intensa e devoradora como a vida,
Levantar, as vezes que assim forem necessárias,
A bate e nós levantamo-nos,
Lutar para sobreviver e ter o lugar,
O carácter é feito disso.
E a vontade o seu alicerce.
Possibilitar
Vejam bem, horizontes ao longe,
Sonhos que se fazem possibilitar,
Terra à vista, porque se anda pelas ruas desertas de flor em riste,
É da liberdade das coisas, da poesia do nosso pensar.
Lá ao longe, onde os céus se pintam de cores, consigo ver,
Estrelas que vibram e que se encontram, que dançam e vislumbram no entediante regaço que as tem,
Estamos cá em baixo, onde vibramos com pulmões que gritam oxigénio, palavras que magicamente,
Não desistam de mim,
E permaneçam no nosso querido e amado largo, empático às nossas moléstias e angústias,
Num desenho que, provavelmente se entedia da tinta que perece na ponta do lápis ou caneta, a mando da nossa mente,
Arquiteta de interiores, pois claro, arquiteta de lugares,
Seremos nós os seus? Ou seus enquanto produto?
Nunca se sabe assim propriamente bem a resolução destas coisas, é sempre meio estranha e perdura no desencontro do que temos medo de desejar, e de verdadeiramente ir à procura,
Porque desejar, todos nós o fazemos, uns mais, outros menos, outros esquecem, outros reaprendem,
Mas todos temos essa capacidade, e as palavras que têm os escritos apalavrados que uma vez pensámos, permanecem,
Na eternidade das coisas, meio escondidos, mas sem ser ao relento, encontraram uma casa, mas não um sentido e significado a que se agarrarem,
Mas nunca pode ser verdadeiramente tarde para alguma coisa, porque e daqueles que pensaram ser tarde, mas verdadeiramente nunca terem sentido o fim a aproximar-se?
É tudo tão subjetivo, é tudo tão livre na espontaneidade das coisas,
É tudo tão… deixo para completar,
Como tudo na vida, e na vida vale tudo,
Deixarmos tudo que gostaríamos de ter e ser, e de fazer,
Esse que nos dá experiência,
Esse que nos dá, e devolve, à nossa existência,
A forma e o seu conteúdo, esse que tanto buscamos,
Farto da criatividade das coisas e do amor das pessoas,
Esse que nos ilumina,
Esse que nos esgrima na personalidade que construímos nos anos que por aí vêm,
Tenho saudades, admito que as tenho,
E fazem por não as ter e puder ver quem não vejo e sentir quem sobeja no tempo,
E ferir a alma, porque assim sigo andando,
Ela que se cuida, ela que se ouve e espera pelo momento oportuno de aparecer,
Surge no seu encanto e força em crescente,
Sonha, libertina e libertadora do sujeito que a tem,
Cuida de quem a contém,
Cuida de quem a torna possibilidade,
Cuida dela, cuida da fome de existir e viver no dia,
E da bravura,
De se ter a si própria.
Luto
Quando saí de casa, onde posso sentir que existe,
Troquei alguns passos em frente, cumprimentei o carteiro,
Lembrei-me de tantas cartas que houvera recebido,
E os ramos que se trocaram antes da minha partida,
Senti o nostálgico toque da manhã,
E as guerras travadas onde o nada era tanto maior que a solidão de o enfrentar,
Inscrevi-me na missão que conduzir-me-ia a esse espaço de reflexão e harmonia,
Sei que o caminho se transforma em demora,
Estou só,
Sinto-me só, aqui por dentro.
A lentidão oferece um consolo que a eterna prece complementa,
Mas, acabo por saber que as pessoas são melhores,
Apesar de se afastarem,
Sei que me sinto, dentro de mim.
Subi a rua da Madalena, já em Lisboa,
Enfrentei o frio do meio da manhã, bebi um café no cimo,
Encaminhei-me para a zona do castelo,
Tempo para recordar passos que daria até parte do lugar onde me desejaria encaminhar,
Tenho em conta que comprei alguns livros e fiquei a ler num jardim,
Meio que afastado da multidão que rondava o fundo das ruas,
Escutava os comerciantes,
Ladrilhavam com os trabalhadores de beco os pedaços de construção que faltava,
Na soleira da porta, perto do banco onde me sentava, percebia-se o rumor dos amantes,
Vulgar, movido pelo sentimento, senti a necessidade de fumar,
Os vícios não satisfazem ou perscrutam as dores que carrego.
Paro num restaurante onde percebo que o vinho,
A boa comida e a conversa dispersa que troco com as pessoas,
Me vem a enganar ao sentido que a razão deixou de levar,
Sinto-me bem, talvez um dos sentimentos que mais procuro,
Bem-estar,
Paz interior.
Após sair do restaurante,
Apercebi-me que ainda teria algum tempo,
Pouco, mas algum,
Dirigindo-me ao meu destino, onde me entrego e talvez entendo que a vida tende a apanhar o que aprouver no seu caminho,
Deixo que o tempo passe,
Quase me deixo atrasar.
Talvez seja o anúncio de que a morte vai demorar,
Ainda tenho algum tempo e espaço,
Coisas que estão guardadas que precisam de sair,
Por vezes sinto que êxito no passado,
Tem de sair de alguma forma,
Encontrar a paz e o consolo que em tempos tive,
Preciso desse descanso.
Subitamente custa-me a subir a colina,
Apercebo-me que o tempo tende a levar a melhor sobre nós mesmos,
Aceito,
Vou referindo que estou a ficar mais velho que a própria palavra em si,
Não me oponho,
Lentamente, sei que vou tendo o sonho de voar,
Novamente.
Da força do amor
Sei que pensas em mim,
E tu sabes que eu