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Cantares Lacônicos: Trovas
Cantares Lacônicos: Trovas
Cantares Lacônicos: Trovas
E-book127 páginas34 minutos

Cantares Lacônicos: Trovas

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Sobre este e-book

Trovas, entre outras razões, pela sua beleza e brevidade; pelo desafio de dizer coisas grandiosas sendo conciso, algo que sempre me fascinou. Poesia a toda prova, era a outra nuance do compromisso abraçado quando da pretensão de encher o meu cântaro de cantares. Além da preocupação com as regras básicas que compõem a estrutura da modalidade poética, tais como, esquema de rimas, contagem silábica e outras que caracterizam uma boa trova, ocupei-me com maior empenho em brincar com as palavras e pincelar cada estrofe com o lirismo essencial que diferencia a poesia dos demais gêneros literários. Tudo foi feito com muito esmero, dedicação, amor à arte, respeito aos leitores e à poesia em si. O título, 'Cantares Lacônicos', por razões óbvias, dispensa maiores comentários, exceto o de que o elegi a cereja do bolo. No mais, o livro é um buquê de trovas de fragrâncias e essências diversas: doces, ácidas, românticas, filosóficas, despretensiosas… sobretudo, líricas. Que sejam, portanto, esquadrinhados os seus labirintos; que tenha esmiuçado cada vocábulo; fuçado cada recanto. Em meio às sutilezas, há sempre um encanto a mais escondido nas entrelinhas. Que você, leitor, o encontre. Que saia da experiência mais leve e elevado. Que se deixe levar.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento17 de abr. de 2023
ISBN9786525447612
Cantares Lacônicos: Trovas

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    Cantares Lacônicos - Luciano Dionísio

    cover.jpg

    Conteúdo © Luciano Dionísio

    Edição © Viseu

    Todos os direitos reservados.

    Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico, mecânico, inclusive por meio de processos xerográficos, incluindo ainda o uso da internet, sem a permissão expressa da Editora Viseu, na pessoa de seu editor (Lei nº 9.610, de 19.2.98).

    Editor: Thiago Domingues Regina

    Projeto gráfico: BookPro

    e-ISBN 978-65-254-4761-2

    Todos os direitos reservados por

    Editora Viseu Ltda.

    www.editoraviseu.com

    A alma é que rega a semente,

    segundo o que compreendi,

    daquilo que a gente sente…

    a mente mente por si.

    A beleza me fascina,

    contudo já não me ilude

    de pegar pela retina

    minha velha juventude.

    Acabou-se o que era doce

    pra sobrar só o amargor…

    Melhor que insípida fosse

    a taça do dissabor!

    A capa, a folha de rosto,

    o título, o miolo, o busto...

    degusto e não sinto gosto

    de agosto, mas de um augusto.

    A casinha entre as colinas,

    na sua simplicidade,

    tem janelas com boninas

    e abriga a felicidade.

    Acheguei-me ao seu achego,

    sua chama me chamou;

    fui pego, e foi tanto apego

    que o fogo não se afogou.

    Aclara, colore, doura,

    age na aura, e apenas é

    prenúncio de luz vindoura;

    fagulha; broto de fé.

    Acolho o verso encolhido,

    esboço sem conclusão,

    que sopram no meu ouvido

    as vozes da intuição.

    Acorda a cor do acorde

    nas cordas, como acordado,

    que o novo quebra o recorde

    e já passa a ser passado!

    Admito a chance, a mais alta,

    de o mundo sequer notar,

    dar em nota ou sentir falta,

    quando eu vier a faltar.

    A Dora me desadora;

    a Marta se faz de morta;

    a Cora finge que chora;

    a Flora é flor que conforta.

    A gente corre, trabalha,

    faz planos, guarda dinheiro,

    mas, de novo, o vento espalha

    a vida pelo terreiro.

    A gente nem sabe quanta

    coisa falta conhecer…

    será sempre curta a manta

    para cobrir o saber.

    Ainda nado no nada,

    contudo cresço com tudo,

    e da minha alma calada,

    mudo o mundo enquanto mudo.

    Além dos cinco sentidos,

    com um sexto, a mulher bela

    flagra olhares atrevidos

    pousados no corpo dela.

    Alinhada à luz, a linda

    lia um livro ali ao léu,

    e havia uma lua infinda

    alinhavada no véu.

    A lua, sobre o açude,

    sabia ter elegância…

    Imensa bola de gude

    nas noites da minha infância.

    À luz da ciência insana,

    como um bloco de cimento,

    explana-se a terra plana

    planando no firmamento.

    A luz que vem da janela,

    a tinta, o pincel na mão

    e o branco banhando a tela,

    cegam minha criação.

    A mentira necessita

    de mais sete (ou mais setenta),

    pois mesmo sendo bonita,

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