Novelo
De Elaine Souza
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Sobre este e-book
Por meio de versos cuidadosamente tecidos, somos convidados a experimentar a dualidade de unir-se e separar-se, remendar-se e desdobrar-se. A autora, por um tempo, anseia por uma conexão com o leitor, buscando compartilhar os enlaces poéticos que atravessam sua própria jornada.
Novelo é um convite ao público para imergir em uma viagem emocional, explorando os altos e baixos da existência humana através da lente sensível da poesia. Os leitores serão envolvidos pelas palavras meticulosamente escolhidas, que revelam um universo íntimo de reflexões e emoções.
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Novelo - Elaine Souza
Dobradura
Em cada canto de mim,
onde caibo, estou ao avesso.
Nos fins tortos e retos começos,
vivem meus demônios e santos.
São nas dobras da alma
que adormecem meus sonhos.
Oh, quantos silêncios e falas
desfranzi em sorrisos e prantos!
Não sei se é real ou encanto
esta vida amassada em memórias,
a angústia na qual fiz escola…
Acaso do grito veio meu forte canto?
Mas de algo sei sem engano:
as mãos do destino não me dão forma.
Vivo em cada vinco da minha história.
Tenho papéis escritos, mais que brancos.
Duelo
A vida é uma grande arena.
Não importa qual seja a contenda,
lídima e austera é a juíza Consciência.
Dentro do herói, vive seu atroz inimigo.
Os minotauros modernos moram nos dédalos íntimos.
O lago de Narciso é um colírio aos olhos oblíquos.
Há os que buscam, em ilusões e fantasias,
ocupar vazios, anestesiar feridas.
Tentam fugir dos graves conflitos,
sendo servis aos vetustos instintos.
— Não desanimes!
Por mais difíceis que sejam tuas horas,
em tua alma, há armas poderosas
para o duelo urgente e sublime
entre o bem e o mal que, em ti, residem.
Posse
Rodeada por acúleos de ciúme,
a rosa não exala mais perfume.
Muitas pétalas lhe foram arrancadas.
No talo enfermo, fissuras profundas,
seiva de medo, dores hercúleas.
Das folhas pálidas, verte orvalho de lágrimas.
Sem bem-te-vis por perto,
repelidos por teus surtos coléricos,
a rosa mirra triste e solitária.
Prometeste-a um jardim de felicidade,
mas o vaso doméstico é, hoje, o cárcere
da rosa — por ti — violentada.
Duplicada
Sou lagarta de amenas palavras.
Maturado, em lírica crisálida,
ganha asas meu frágil corpo.
Rastejo nos charcos da realidade.
Sonho com a prometida liberdade,
mas só meus sentimentos alçam voo.
Assim, esparzidos ao vento,
polinizam flores em tormento.
Dão-lhe esperança no lugar de abrolhos.
E quando, finalmente, sou borboleta,
não encontro a primavera benfazeja.
Só outono.
A praia
É noite sem estrelas lá fora.
Uma luz forte e argêntea
guia, com urgência, meus olhos ao teu mar.
Na areia, com os pés descalços,
as ondas beijam meus velhos calos
e sussurram teus desejos de nácar.
De longe, vejo a lua cheia e brilhante,
tua cúmplice e amante…
— Não! Não posso mais te