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A Ascensão Dos Profanos
A Ascensão Dos Profanos
A Ascensão Dos Profanos
E-book214 páginas1 hora

A Ascensão Dos Profanos

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Sobre este e-book

As relações pessoais sempre foram objeto de discussão nos mais diversos campos do conhecimento, seja ele de uma personificação filosófica da compreensão humana em sua própria existência, ou sociológica, pela busca do discernimento social do indivíduo, por meio das suas relações e padrões cotidianos dentro da sociedade. De todo modo, buscarei demonstrar o quão importante é, o convívio social e as relações entre indivíduos para a construção de uma sociedade justa e igualitária, respeitando os mais diversos parâmetros de estudos já desenvolvidos por mentes brilhantes como o Durkheim e o Nietzsche.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de jul. de 2022
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    A Ascensão Dos Profanos - Fernando Cavalcante

    A ASCENSÃO DOS PROFANOS

    FERNANDO CAVALCANTE

    A ASCENSÃO DOS PROFANOS

    Primeira Edição

    2022

    Dedicatória

    Dedico esta obra a todos aqueles que são diariamente violentados por esta sociedade machista, homofóbica e racista. Uma sociedade que foi consumida por um ódio enraizado da cultura moralista e conservadora.

    Dedico àqueles que diariamente enfrentam as batalhas da vida que são impossíveis de serem vencidas, mas que ainda assim, derramam o seu sangue pelas causas que acreditam.

    Dedico aos meus amigos, conhecidos, familiares e todos os que de alguma forma, acolheram a causa LGBTQIA+ e as demais que carecem de atenção e relevância.

    É lindo poder observar o quanto, apesar de todos empecilhos, recebemos palavras de amor e apoio. Ver que existem pessoas nas mais diferentes culturas e comunidades que compreendem de fato as dores do outro, e se coloca a disposição para melhorar a vida dos teus iguais.

    Dedico ao meu pai, para que ele possa compreender que a vida é feita de escolhas, mas certas circunstâncias são maiores que tudo isso, e

    poderá prender a existência de um certo indivíduo a um conceito que não lhe cabe explicação, apenas aceitar a condição especial que lhe foi imposta. Ser sem escolher, apenas ser.

    Dedico a todos aqueles que temem o dia do amanhã, mas ainda assim, buscam incessantemente viver a vida que lhe faça bem, que lhe dê sentido.

    Dedico aos preconceituosos que, mesmo querendo o mal dos teus semelhantes, desconhecem a dor que lhes causam, infelizmente, para muitos faltam discernimentos, e a ignorância que os consomem não os deixam compreender o peso das suas palavras.

    E por fim, dedico aos hipócritas, que se lambuzam dessa

    profanação, mas que conscientemente os apedrejam, para esconderem a sua verdadeira face.

    Epígrafe

    O que me dói?

    O que me dói é ver esse radicalismo, radical, ridicularizado Essa governança fantasiosa de um ditador destemperado O que me dói?

    É o radicalismo feminista excluir o próprio feminismo A cultura que se sufocou por toda história, ser sufocado por ela mesmo É demasiado supor-se mais do que se é

    Exacerbar-se-á todos aqueles que perderam o seu propósito, e para quê?

    O tolo conceito de superioridade sucumbi a todos os que a procuram Um dia, estávamos nós despedaçados ao chão, alimentando dos lixos que nos deixaram gozar

    Noutro, seremos nós, estes mesmos porcos que se lambuzam dos seus segregados

    O que me dói?

    Observar a tolerância, tolerar o preconceito da intolerância Ser subjugado pelos que um dia também o foram O gay que condena o preto

    O pobre que aclama o rico

    A batalha que se distancia da guerra, para atender aos seus próprios interesses

    Desconexo com essa realidade maluca, renascerão das cinzas os falsos simpatizantes

    Dói ver dentro da nossa própria existência, essa resistência descomunal O abraçar-se tornou-se tão irreal nessa percepção

    Não poderemos nós, sermos dentro da nossa própria essência, a existência Chegarás então o dia em que dirão

    Não te cabe em meus planos, procure os teus meios, aqui só caberá a nós

    Criarão uma falsa vivência, de uma luta simulada, apenas para se mostrar igual

    Infiltrados do sistema, num sistema que deveria diferir dos demais Transcrevem de forma sublime nos seus estatutos a relevância da homogeneidade social

    Mas deixam aos matutos inconsequentes o poder de interpretá-las ao seu bem-querer

    Digo a ti que, é doloroso sofrer as consequências do preconceito dos indesejados

    Mas o tormento dos que vivenciam a sua dor e o julgam como igual, é ainda pior, por sinal.

    CAVALCANTE, Fernando (Poesia ―Radicalistas‖)

    Prefácio

    O presente livro em questão buscará abordar, a influência dos princípios cristãos de religião abraâmica perante a sociedade, a sua ligação com as políticas públicas LGBTQIA+, e como a comunidade está sendo afetada por conceitos ultraconservadores do cristianismo.

    A propagação dos ideais e princípios cristãos no Brasil atualmente alcançam mais de 123 milhões fiéis, isso considerando apenas os católicos (Censo IBGE 2010), quantitativo desproporcional quando se compara com as demais religiões no Brasil.

    Essa religiosidade cristã de forma um tanto quanto inquisitiva, apregoa livremente os seus princípios a todos, e a comunidade LGBTQIA+ que hoje abriga mais de 18 milhões de pessoas abertamente declaradas, se tornou peça fundamental na resistência de determinados princípios cristãos que buscam ferir os seus direitos civis.

    A título de conhecimento, o Brasil nos últimos 12 anos, foi o país que mais matou pessoas trans no mundo, e isso é resquício claro de políticas sociais falhas, uma sociedade pouco instruída e legislações

    arcaicas que se resguardam em princípios moralistas ligados à religiosidade, ainda que o estado se declare LAICO.

    Tem-se dentro do país, e aqui remeto as minhas análises apenas ao Brasil, uma visão reprimida de que a sociedade civil deve prestar contas à religiosidade da maioria, como se assim fosse uma obrigação a todos imposta. Divergindo do próprio livro sagrado que veneram, os cristãos pregam uma segregação sócio discriminatória que persegue todos aqueles sendo contrários às suas ideologias.

    Logo, compreendendo que a religião tem peso e papel fundamental dentro das questões políticas brasileiras, percebe-se que sua área de atuação vai muito além do que pastorear as suas ovelhas e direcionar as almas perdidas à salvação.

    No Congresso Nacional, no Judiciário, nas repartições privadas, em todos os lugares podemos encontrar diversas pessoas que são adeptas à religiosidade como forma de doutrinar os seus adjetivos morais. O

    problema começa a surgir quando, os legisladores que governam para todos como um povo miscigenado que somos, começam a pregar sua religião a toda a população em forma de leis.

    A título de curiosidade, até os dias atuais não existe em nosso ordenamento

    jurídico

    qualquer

    lei

    que

    reprima

    atitudes

    preconceituosas e violentas contra a comunidade LGBTQIA+, por exemplo.

    Buscarei apresentar aos leitores as faces de uma sociedade enraizada nos conceitos moralistas religiosos que concomitantemente, apregoam seus dogmas à todos, indiscriminadamente.

    SUMÁRIO

    Introdução

    11

    Capítulo I

    16

    A religião como objeto de discussão

    16

    A Igreja Católica e a relação de poder no Brasil

    25

    O protestantismo em ascensão

    30

    Ensinamentos dúbios do cristianismo

    34

    Capítulo II

    45

    Sociedade segundo Comte e Durkheim

    45

    Relação da igreja com a sociedade antiga

    49

    Relação da igreja com a sociedade atual

    56

    Religiosidade e política combinam?

    58

    Legislando em causa própria

    63

    Políticas sociais LGBTQIA+

    66

    Capítulo III

    77

    Teu pecado me condena

    77

    LGBTQIA+: Os profanos do divino

    85

    O que é LGBTQIA+?

    89

    Consequências da comunidade sem proteção

    96

    As instituições e a comunidade LGBTQIA+

    101

    O temor do cancelamento e o lugar de fala

    104

    Capítulo IV

    110

    Os medos que assolam e reprimem

    110

    A hipocrisia dos falsos moralistas

    114

    A ascensão dos profanos

    120

    Bônus

    128

    O dia do sim, esse sou eu

    128

    É difícil, ser

    135

    Poesias

    140

    Quietude

    140

    Encontrar-se em lugar algum

    141

    Sentidos

    143

    Possibilidades Reais

    145

    Que falta faria eu, a ti?

    146

    Um futuro presente

    147

    Tentativas

    148

    Utopia paradoxal

    150

    Referências Bibliográficas

    153

    Introdução

    No Brasil, onde a estrutura político-social encontra-se na mão de políticos cristãos e moralistas, o conservadorismo religioso adentrou na seara de direitos humanos, e apropriou-se de uma forma não tão benéfica assim, das questões que abrangem toda uma sociedade e não somente um grupo de indivíduos.

    A obra busca compreender e levar ao leitor, um novo conceito do ponto de vista de quem é afetado diretamente por certas posturas adotadas pelo Estado, e que consequentemente, interferem no dia-a-dia de milhões de pessoas indiretamente.

    As relações pessoais sempre foram objeto de discussão nos mais diversos campos do conhecimento, seja ele de uma personificação filosófica da compreensão humana em sua própria existência, ou

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