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O Homem, O Espírito E O Mundo
O Homem, O Espírito E O Mundo
O Homem, O Espírito E O Mundo
E-book200 páginas2 horas

O Homem, O Espírito E O Mundo

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Sobre este e-book

Qual o sentido da vida? Por que Deus permite o sofrimento? Será que a dor é mesmo inevitável e o sofrimento opcional? De onde viemos, o que somos e o que é, afinal, a vida? Nas páginas dessa verdadeira obra-prima da literatura contemporânea vocês obterão um pouco mais da verdadeira Sabedoria de Deus, do seu propósito, do seu modo de agir e sobre as razões de estarmos vivos. Do mesmo modo, por ser um livro de filosofia para iniciantes, nele você descobrirá o que representam mundos como o nosso, de que eles são constituídos e o porquê de as coisas serem como são em sociedade. Ademais, ao folheá-lo, você se convencerá, cada vez mais, de que a cura da alma é, sim, uma possibilidade, que a dor emocional pode ser um instrumento de aprendizado, e que, mais importante do que atingir a plenitude nesse mundo, é o tomarmos como apenas uma etapa de um longo processo de evolução espiritual. Ao final, como também se propõem os livros sobre espiritualidade, ele lhe revelará o seu verdadeiro destino como espírito, de que essência você é realmente constituído e como tornar o mundo um verdadeiro trampolim para um mundo melhor. E mais: saberá como age o Criador para com a sua criação, o que ele, de fato, espera de nós e como garantir a nossa passagem para um mundo melhor. Pois eis que é chegada a hora de obtermos todas as respostas, conhecermos todas as razões e o destino do homem, do espírito e do mundo em um verdadeiro clássico da literatura mundial.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de jul. de 2018
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    O Homem, O Espírito E O Mundo - Rameel

    ENSAIOS

    O HOMEM, O ESPÍRITO E

    O MUNDO

    RAMEEL

    SUMÁRIO

    Parte I

    Culpados de um crime ................................................................ 13/23

    O Criador e a Criação ................................................................. 24/32

    As Ideologias perdidas. ............................................................... 33/45

    Dilemas do processo de inclusão e de igualdade ......................... 49/55

    Brancos e Negros: dois caminhos, um mesmo fim ..................... 56/65

    A Queda do Homem ..................................................................... 66/75

    A Polícia e a Sociedade ............................................................... 76/82

    As Invenções humanas e as criações de Deus.. ............................ 83/93

    Guerra dos sexos..........................................................................94/102

    O Futuro das tradições culturais.................................................103/109

    Parte II

    As Drogas e a Sociedade.............................................................115/124

    Como e por que nascem as poesias?...........................................125/130

    A Ambivalência Emocional nos homens e mulheres..................131/138

    O Primeiro grande crime.............................................................139/150

    O combustível universal..............................................................154/161

    O Elogio da Mentira....................................................................162/168

    Os Homens Extraordinários........................................................172/182

    Humildade...................................................................................183/190

    O Ser e a natureza humana ..........................................................191/197

    O que não podemos ver................................................................198/202

    Liberdade é o poder de começar por si mesmo uma série de modificações.

    IMMANUEL KANT

    Iª Parte

    CULPADOS DE UM CRIME

    Há uma pergunta que atravessa séculos e milênios com um frescor inalterável, desafiando, de forma persistente, os mais refinados e aguçados intelectos: Por que, afinal de contas, somos cercados por tanto sofrimento, medo, injustiça, violência e dores incalculáveis em um mundo que consideramos nosso e tão apropriado às nossas tão caras aspirações?

    Qual a verdadeira razão de tanta estupidez e ignomínias capazes de enrubescer até mesmo o animal selvagem que se reproduz no ambiente hostil da natureza selvagem?

    Qual a razão de toda essa intolerância e de ações que não podem ser comparadas nem com os atos mais irracionais e brutais cometidos por feras que convivem com um ritual diário de luta pela sobrevivência e pela preservação da espécie?

    Qual seriam, afinal, as verdadeiras motivações por trás das guerras, conflitos, preconceito, intolerância e de tamanho prazer em torturar, agredir e humilhar — sentimentos que deixam visíveis as marcas do prazer e da satisfação que causam em quem os cultiva?

    Por que não podemos amar e viver em paz; unidos e em harmonia; solícitos uns para com os outros como irmãos e como cúmplices de um mesmo triste e melancólico destino?

    Perguntas...perguntas que atravessam milênios sem quaisquer respostas que sejas ao menos dignas de reflexão.

    Não que a filosofia — essa que é a mãe de todas as ciências — já não tenha se debruçado suficientemente sobre tais questionamentos, velando noite e dia

    em busca de respostas, incansavelmente, por intermédio dos grandes filósofos que atravessaram (e atravessam) noites em claro sobre os livros e sobre a vida.

    No entanto, ela não conseguiu até agora oferecer nenhuma resposta que fosse universalmente aceita, e clara o suficiente para dar-nos um fio de esperança de que teríamos tal dilema resolvido.

    A ciência prática — essa que gaba-se de ser a mãe de toda a verdade, por caminhar sobre a rocha firme e segura da razão e do experimento — também nada conseguiu de concreto além de amenizar nossas dores e nossas angústias com os mais diversos substitutivos materiais para a dor.

    E a religião? ah, essa sim! Essa talvez a única instituição capaz de dar-nos, não só respostas como também a solução para todos os grandes enigmas e dilemas da humanidade; para toda essa selvageria e brutalidade com as quais nos acostumamos a conviver como se fossem meros artefatos, simples adereços, a ornar os caminhos tortuosos da luta pela vida.

    Ah! A religião! Por meio dos esforços e da coragem quase sobre-humanos dos seus profetas, incansáveis, e que, como verdadeiros mártires, remoeram e repisaram todo o conhecimento humano existente até os seus dias, procurando condensar tudo numa proposta de filosofia de vida tolamente transformada em religiosidade, e que supostamente deveria religar o homem a Deus. Porém ela também nada conseguiu além de despertar dúvidas a respeito da própria existência desse deus único e da sua real capacidade de fazer justiça e de guiar os homens e mulheres rumo a um objetivo nobre e comum.

    Mas então onde estará o erro, o equívoco, o nó górdio e o entrave que nos tem impedido, até hoje, de elucidar, de fato, tais elucubrações e questionamentos?

    Onde estará o problema, o desvio de rota, a encruzilhada que nos tem impedido, até hoje, de obter respostas que sejam verdadeiramente satisfatórias

    e capazes de elucidar tais questões?

    Talvez (e me desculpem agora a falsa modéstia) a resposta seja bem mais óbvia do que a realidade — sempre tão complexa e confusa — nos permite enxergar; bem mais simples, clara e objetiva do que podemos, devido à limitação dos nossos sentidos, sequer lobrigar!

    E a resposta (me permitam falar-lhes com sinceridade) é que não existem respostas e nem soluções para absolutamente nada e para questão alguma que se queira formular!

    A reposta é que não existe erro! Não existe desvio! Não existe resposta e não existe nada, absolutamente nada fora do lugar!

    A resposta, meus caros — se é que posso colocar a questão nesses termos —, é que vivemos apenas e tão somente de acordo com a natureza do mundo em que vivemos! Do nosso doce e acanhado mundo, que nada mais representa do que uma colônia penal, uma simples casa de correção para espíritos imperfeitos, rebeldes, arredios, e muitos até orgulhosos da sua assumida condição de adversários de Deus!

    Um presídio! Uma colônia penal e de segurança máxima! Feita especialmente para abrigar criminosos, bandidos e, de forma mais dura e categórica, feita para abrigar anjos caídos, transformados, por sua própria culpa e conduta, numa espécie de escumalha, um entrave ao progresso e à manutenção dessa engrenagem que conhecemos como a infinita Obra da Criação!

    Um lugar para onde são enviados todos os culpados de um crime! De vários crimes! Todos em busca da ressocialização (até mesmo os que aqui, nesse mundo, consideramos como oprimidos), da correção e da cura, para o retorno em melhores condições à verdadeira sociedade, à verdadeira pátria — a pátria

    espiritual — e à vida em meio ao éter de que é preenchida toda a criação!

    Todos culpados de um crime! Uns mais graves, outros menos! Mas todos (com exceção de alguns nobres em missão nesse mundo) culpados de um crime!

    *****

    Porém, devo admitir que essa não é uma teoria nova (não há nada de novo nisso!) e jamais teria a tola pretensão de me considerar como o selvagem descobridor do fogo ou como o bárbaro ao descobrir as maravilhas do metal, ou mesmo como os sumérios que presentearam a humanidade com a escrita e derramaram sobre nós todas as possibilidades do progresso material e intelectual! Não mesmo!

    Eis a opinião do filósofo Artur Schopenhauer em seu livro Dores do Mundo, pág. 37, de uma edição de 1964, sobre a nossa condição e a condição do nosso melancólico mundo em seu estágio atual. Diz ele: "Se quereis ter sempre ao alcance da mão uma bússola segura a fim de vos orientar na vida, e de a encarar incessantemente sob o seu verdadeiro prisma, habituai-vos a considerar este mundo como um lugar de penitência, como uma colônia penitenciária, como lhe chamaram já os mais antigos filósofos."

    Já a ciência esotérica, muito bem representada pela mãe da teosofia, Helena Blavatsky, lembra-nos que: "Mesmo sobre essa terra de degradação material — em que a centelha divina (Alma, uma corrupção do Espírito) devia

    começar a sua progressão física numa série de aprisionamentos a partir da pedra até o corpo de um homem — se ele exercitar a sua vontade e chamar a sua divindade em seu socorro, o homem pode transcender os poderes do anjo".

    Também a filosofia espírita kardecista, fundada no séc. XIX pelo estudioso e responsável por estabelecer as bases da doutrina, Alan Kardec, sobre a condição atual do nosso amado planeta, faz uma conclusão impossível de ser mais objetiva e categórica: "A Terra nos oferece, pois, um dos tipos de mundos expiatórios, em que as variedades são infinitas, mas têm por caráter comum servirem de lugar de exílio para os Espíritos rebeldes à lei de Deus. Nesses mundos, os Espíritos exilados têm de lutar, ao mesmo tempo contra a perversidade dos homens e a inclemência da natureza, trabalho duplamente penoso, que desenvolve, a uma só vez, as qualidades do coração e as da inteligência." (O Evangelho Segundo o Espiritismo, II, Mundo de Expiações e Provas).

    E, para completar, temos as conclusões de todas as religiões conhecidas, que consideram o nosso mundo como um local de passagem, cuja ascensão a um mundo melhor ou queda para um mundo pior dependem exclusivamente das nossas ações.

    Religiões como a hindu, budista, islâmica, bramânica; todas partícipes de uma mesma conclusão, e que nos apresentam um mesmo quadro: o de que vivemos num mundo de provas e expiações, e, por isso mesmo, sujeitos a tudo aquilo que caracteriza um mundo de provas e expiações.

    Eis, portanto, o resultado de uma reflexão honesta e sincera acerca da nossa existência e, sobretudo, da realidade concreta do mundo em que vivemos, com seus códigos e sistemas que revelam toda a sua exuberante complexidade! A conclusão de que, no mundo, não há nada a resolver e solucionar, pois vivemos

    apenas e tão somente de acordo com as possibilidades de uma colônia penal, de um presídio, de um lugar de provas e punições! Vivemos de acordo com os esquemas e normas condizentes com a qualidade dos espíritos que aqui habitam.

    Do simples operário na sua labuta diária pela sobrevivência. Ao rico empresário que gaba-se do seu poder e influência no mundo. Passando por aquele famoso popstar da música venerado como um Deus. Pela garota mais bela da rua! O homem mais inteligente e talentoso do mundo! Os que, supostamente, sofrem com perseguições e com a opressão do sistema!

    Todos, absolutamente todos, enviados a esse mundo para pagar, com toda a equidade digna do Criador, as suas dívidas para com a sua Criação.

    Com exceção, obviamente — como disse —, das personalidades especiais que visivelmente escolhem exilar-se nesse mundo de sofrimentos para algum tipo de missão, o que faz desses exemplares os grandes mestres da humanidade, os avatares, que com sua incontestável superioridade espiritual trabalham pela elevação de todos aqueles com os quais têm contato.

    De resto, o que temos são apenas culpados de um crime, em um lugar de exílio, de desterro e de cumprimento de penas as mais variadas e dolorosas possíveis!

    Mas, se ainda assim não nos convencemos de tal conclusão, e se ainda há a necessidade de algumas comparações um pouco mais grosseiras que consigam relacionar esse mundo com algo que seja semelhante a uma colônia penal, basta que façamos uma simples comparação entre a natureza essencial do nosso planeta e as colônias penais que aqui construímos para a correção dos que se colocaram à margem da lei.

    Nada mais simples, aliás, já que tudo o que vemos nesse mundo é apenas e tão

    somente uma cópia ou esboço (de quinta categoria, diga-se de passagem) do que conseguimos, com esforço, lembrar do mundo espiritual; sem contar que, como a própria ciência admite, conhecendo o micro podemos com tranquilidade conhecer o macro, conhecendo a constituição de um átomo podemos conhecer, também com segurança, a constituição do cosmos!

    Por exemplo, o caráter de isolamento do nosso planeta em relação aos demais.

    Não é mesmo de se admirar que só tenhamos, ao que tudo indica, apenas um planeta no sistema solar que seja habitado, sendo que todos são constituídos de matéria densa, e que, por isso mesmo, poderiam servir, tranquilamente, ao abrigo de seres materiais? No entanto, para a nossa maior surpresa e admiração, apenas o nosso possui condições favoráveis para a existência de vida como a conhecemos. Não seria isso um terrível desperdício de matéria e de possibilidades?

    E o mais incrível: para vislumbrarmos um planeta com condições atmosféricas que o permitam tornar-se abrigo de seres materiais teríamos que percorrer uma distância de mais de 190 trilhões de quilômetros – como as atuais descobertas da ciência nos têm demonstrado –, e só assim encontraríamos uma comunidade possivelmente habitada e com condições atmosféricas semelhantes à nossa!

    Não seria ela mais uma colônia penal à vista?

    E o que dizer então dos grilhões, que é comum que se prendam aos tornozelos dos presos para evitar a sua fuga? Aqui é a gravidade (ou a força do espaço que nos empurra para baixo) que executa, e muito bem, essa função! Pois faz com que rastejemos sofregamente sobre um solo asqueroso. Que nos mantêm fixos e sem quaisquer possibilidades de fuga e redenção. Nos faz caminhar dia e noite, pateticamente, sobre um solo que chamamos de sagrado, apenas porque nos mantém vivos, e porque temos um sopro de consciência de que

    precisamos da vida para que paguemos nossas dívidas.

    Outra coisa é que aqui, como nos presídios, temos carcereiros e diretores que cuidam com total zelo pela manutenção desse estabelecimento penal chamado Terra. Estes são as nossas consciências, que punem com rigor o suicídio, essa fuga desautorizada, e que resulta num acréscimo ainda maior e mais severo de penas e tribulações.

    Temos também a liberdade por bom comportamento que, segundo os hindus, seria obtida através de um controle total da mente, e do rompimento também total com os desejos, o que torna o laço que prende o espírito ao corpo tão tênue que se rompe a um estalar de dedos. Matando o desejo de viver, Rompendo com o animal que existe em nós, até que possamos simplesmente desaparecer da presença dos homens e do mundo, segundo a ciência

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