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Sonhar Não É Pecado:
Sonhar Não É Pecado:
Sonhar Não É Pecado:
E-book109 páginas1 hora

Sonhar Não É Pecado:

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Sobre este e-book

Este livro é resultado de uma série de entrevistas realizadas em 2003 pelo jornalista Leandro Rocha Pereira. Portanto, há mais de vinte anos mas que guardam uma inquietante atualidade que reclama uma reflexão crítica. O cenário registrado naquele período (2.003), ainda se faz presente em grandes cidades deste País chamado Brasil, bem como, em outros países, tendo em vista que a pobreza continua presente na sociedade e a prostituição se torna uma opção. A emoção está presente em todas as entrevistas registradas neste Livro por meio dos desencontros patrocinados pelos personagens. Cada qual com suas escolhas e objetivos, bem como, problemas relacionados com família e outros. Todavia, o lado humano sempre aparece nas entrevistas que são conversas próximas para quem esteve junto dos personagens que são a História deste livro. O leitor deste livro vai fazer uma viagem naquele ano quando a pesquisa e entrevistas foram realizadas e deve se preparar para os muitos casos relatados pelas pessoas que fizeram parte deste contexto plural da pesquisa, porém, singular na ótica dos problemas relatados. Assim, a realidade se faz presente do início ao fim, tendo em vista que aprovou-se a “Prostituição” como profissão. Que a sua leitura possa se transformar em uma reflexão.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de mar. de 2023
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    Sonhar Não É Pecado: - Leandro Rocha Pereira

    Sonhar não é pecado:

    um estudo de caso da prostituição em São Paulo

    Léo Pereira

    2022

    Sonhar não é pecado: um estudo de caso da prostituição em São Paulo.

    Coordenação Editorial:

    Sérgio Barbosa

    Revisão:

    Marta de Sena Barbosa

    Arte/desenho:

    Fernando Godoy

    Projeto Editorial/Gráfico/Capa:

    Ricardo Cassiolato Torquato

    Todos os direitos reservados para o autor.

    Esta obra está protegida pela Lei no 9.610.

    Não pode ser reproduzida, no todo ou em parte, qualquer que seja o modo utilizado, incluindo fotocópia e serocópia, sem prévia autorizaçao dos autores. Qualquer transgressão à Lei dos Direitos Autorais será passível de procedimento judicial.

    Trabalho de Graduação Interdisciplinar dos alunos do Curso de Jornalismo.

    Faculdade de Comunicação e Artes

    Universidade Presbiteriana Mackenzie

    CHANCELER

    Augustus Nicodemus Gomes Lopes

    REITOR

    Manassés Claudino Fonteles

    VICE-REITOR

    Pedro Ronzelli Júnior

    DIRETOR DA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E ARTES

    Osvaldo Takaoki Hattori

    CHEFE DO DEPARTAMENTO DE JORNALISMO

    Vanderlei Dias

    COORDENADORA TGI

    Ângela Schaun

    ORIENTADORA

    Eun Yung Park

    PROFESSORA DE TGI

    Ângela Schaun

    Leandro Ladeia Rocha Pereira

    NOVEMBRO /2003

    DEDICATÓRIA

    Por Leandro Rocha Pereira

    Dedicação ímpar a Deus e em seguida aos meus pais Moisés Pereira e Zeli Ladeia, irmão Moisés Júnior; ao casal amigo Roberto e Solange; ao professor Doni Perin, Sérgio Barbosa e Maurilei Aparecido

    AGRADECIMENTOS

    Por Leandro Rocha Pereira

    Agradeço ao Diretor da Faculdade de Comunicação e Artes da Universidade Mackenzie Professor Osvaldo Takaoki Hatori, Nehemias Vassão, Doutor Donizete Pinheiro, Joana Figueiredo e ao meu santo protetor, Santo Expedito.

    MULHER DA VIDA

    Cora Coralina

    Mulher da vida, minha irmã.

    De todos os tempos.

    De todos os povos.

    De todas as latitudes.

    Ela vem do fundo imemorial das idades e

    carrega a carga pesada dos mais

    torpes sinônimos,

    apelidos e apodos:

    Mulher da zona,

    Mulher da rua,

    Mulher perdida,

    Mulher à toa.

    Mulher da vida, minha irmã.

    Pisadas, espezinhadas, ameaçadas.

    Desprotegidas e exploradas.

    Ignoradas da Lei, da Justiça e do Direito.

    Necessárias fisiologicamente.

    Indestrutíveis.

    Sobreviventes.

    Possuídas e infamadas sempre por

    aqueles que um dia as lançaram na vida.

    Marcadas. Contaminadas,

    Escorchadas. Discriminadas.

    Nenhum direito lhes assiste.

    Nenhum estatuto ou norma as protege.

    Sobrevivem como erva cativa dos

    caminhos,

    pisadas, maltratadas e renascidas.

    Flor sombria, sementeira espinhal

    gerada nos viveiros da miséria, da

    pobreza e do abandono,

    enraizada em todos os quadrantes da

    Terra.

    Um dia, numa cidade longínqua, essa

    mulher corria perseguida pelos homens

    que

    a tinham maculado. Aflita, ouvindo o

    tropel dos perseguidores e o sibilo das

    pedras,

    ela encontrou-se com a Justiça.

    A Justiça estendeu sua destra poderosa e

    lançou o repto milenar:

    "Aquele que estiver sem pecado

    atire a primeira pedra".

    As pedras caíram

    e os cobradores deram as costas.

    O Justo falou então a palavra de equidade:

    "Ninguém te condenou, mulher...

    nem eu te condeno".

    A Justiça pesou a falta pelo peso

    do sacrifício e este excedeu àquela.

    Vilipendiada, esmagada.

    Possuída e enxovalhada,

    ela é a muralha que há milênios detém

    as urgências brutais do homem para que

    na sociedade possam coexistir a

    a inocência,

    a castidade e a virtude.

    Na fragilidade de sua carne maculada

    esbarra a exigência impiedosa do macho.

    Sem cobertura de leis

    e sem proteção legal,

    ela atravessa a vida ultrajada

    e imprescindível, pisoteada, explorada,

    nem a sociedade a dispensa

    nem lhe reconhece direitos

    nem lhe dá proteção.

    E quem já alcançou o ideal dessa mulher,

    que um homem a tome pela mão,

    a levante, e diga: minha companheira.

    Mulher da vida, minha irmã.

    No fim dos tempos.

    No dia da Grande Justiça

    do Grande Juiz.

    Serás remida e lavada

    de toda condenação.

    E o juiz da Grande Justiça

    a vestirá de branco em

    novo batismo de purificação.

    Limpará as máculas de sua vida

    humilhada e sacrificada

    para que a Família Humana

    possa subsistir sempre,

    estrutura sólida e indestrutível

    da sociedade,

    de todos os povos,

    de todos os tempos.

    Mulher da vida, minha irmã.

    Declarou-lhe Jesus: Em verdade vos digo que

    publicanos e meretrizes vos precedem

    no Reino de Deus. (Evangelho de São Mateus, 21 ver.31).

    SUMÁRIO

    Introdução 15

    Sonhos censurados 23

    Sonhos travestidos 45

    Sonhar também é coisa de macho 59

    Sonhar não custa nada 75

    Pesadelo!!! 85

    Acordando 99

    APRESENTAÇÃO

    Deve-se registrar que esta Pesquisa Acadêmica que se tornou um livro neste ano, é resultado de uma série de entrevistas realizadas pelo acadêmico do curso de Jornalismo da Universidade Mackenzie e hoje, Jornalista diplomado, Leandro Rocha Pereira, ocorreu no ano de 2.003, ainda, tendo como objetivo o TCC-Trabalho de Conclusão de Curso.

    Portanto, são quase vinte anos desde a conclusão desta pesquisa. Entretanto, torna-se necessário uma con-textualização mediada pela proposta da sociologia na perspectiva do jornalismo para estar além da reflexão crítica.

    O cenário registrado naquele período (2.003), ainda se faz presente em grandes cidades deste País chamado Brasil, bem como, em outros países, tendo em vista que a Prostituição continua marcando presença na sociedade.

    Também, pode-se considerar que a emoção está presente em todas as entrevistas registradas neste Livro por meio dos desencontros patrocinados pelos/as personagens.

    Cada qual com suas escolhas e objetivos, bem como, problemas relacionados com família e outros. Todavia, o lado humano sempre aparece nas entrevistas que são conversas próximas para quem esteve junto dos/as personagens que são a História deste livro.

    Portanto, acredito que o/a leitor/a deste livro vai fazer uma viagem naquele ano quando a pesquisa foi realizada pelo universitário Léo, todavia, recomendo que você se prepare para os muitos ocasos relatados/as pelas pessoas que fizeram parte deste contexto plural da pesquisa, porém, singular na ótica dos problemas relatados e ponto quase final.

    Assim, a realidade se faz presente do início ao fim, tendo em vista que aprovou-se a Prostituição como profissão, haja vista todas as idas e vindas relacionadas com as muitas promessas desde o outro tempo do tempo para com aqueles/as que fazem parte desde universo em nível glocal, ou seja, do global para o local.

    Que a sua leitura possa se transformar em uma reflexão para muitos olhares frente a um único olhar...

    Sérgio Barbosa

    Jornalista diplomado, consultor na área de Mídia Organizacional

    e professor universitário. Desenvolveu atividades acadêmicas como Pesquisador-colaborador da Cátedra Unesco/Metodista

    de Comunicação para o Desenvolvimento Regional

    por um período de 20 anos (1998/2018).

    INTRODUÇÃO

    Quenga. Puta. Garota de programa. Mulher de vida fácil. Casa da luz vermelha. Puto. Michê. Marica. Bicha tombada. Boneca. Travesti. Mona. Garoto de programa. Marica. Tantos adjetivos que definem os protagonistas da prostituição nos quais demonstram as estereotipias da atividade.

    A palavra prostituir vem do verbo latino prostituere, que significa expor publicamente, por

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