O Codigo De Salomao

De Adao Mariano

Desde tempos imemoriais, a busca humana por felicidade, poder, riqueza e paz tem sido constante. Contudo, a intricada teia da vida, repleta de dor, sofrimento e a constante luta pela sobrevivência, nos leva a questionar tudo, buscando muitas vezes culpados para nossos desafios. Existem verdades frequentemente ignoradas, e entre elas destaco: –Quem somos, como funcionamos na cultura em que estamos inseridos, e qual é a perspectiva através da qual enxergamos o mundo e comunicamos nossa mensagem a ele. Sem compreender esses aspectos, corremos o risco de nos tornarmos parte da vasta maioria: indivíduos perdidos e vazios em busca de consolo, reconhecimento, amor, fidelidade e felicidade, frequentemente em outros que enfrentam suas próprias feridas e vazios. Espero sinceramente que você absorva a proposta deste livro e se permita sair da sua zona de conforto, construindo uma vida melhor para si e para aqueles que ama. Em alguns casos, isso pode significar escapar do que chamo de Looping da Dor e permitir-se enxergar através de diferentes perspectivas, descobrindo assim uma vida plena.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 7 de abr. de 2024

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Estamos inseridos em um universo regido por regras, quer acreditemos ou não. Assim, mesmo que não queiramos, existem regras que se aplicam a nós.

Prefácio:

          Ao segurar este livro, você está prestes a iniciar uma jornada de reflexão e crescimento pessoal. O Código de Salomão é uma obra que desafia os paradigmas estabelecidos, convidando-o a explorar a complexidade da existência e a buscar um estilo de vida pleno.

Desde tempos imemoriais, a busca humana por felicidade, poder, riqueza e paz tem sido constante. Contudo, a intricada teia da vida, repleta de dor, sofrimento e a constante luta pela sobrevivência, nos leva a questionar tudo, buscando muitas vezes culpados para nossos desafios.

Existem verdades frequentemente ignoradas, e entre elas destaco:

        –Quem somos, como funcionamos na cultura em que estamos inseridos, e qual é a perspectiva através da qual enxergamos o mundo e comunicamos nossa mensagem a ele.

Sem compreender esses aspectos, corremos o risco de nos tornarmos parte da vasta maioria:

indivíduos perdidos e vazios em busca de consolo, reconhecimento, amor, fidelidade e felicidade, frequentemente em outros que enfrentam suas próprias feridas e vazios.

Espero sinceramente que você absorva a proposta deste livro e se permita sair da sua zona de conforto, construindo uma vida melhor para si e para aqueles que ama. Em alguns casos, isso pode significar escapar do que chamo de Looping da Dor e permitir-se enxergar através de diferentes perspectivas, descobrindo assim uma vida plena.

Estamos vivenciando uma era em que inúmeras pessoas buscam na internet o caminho para atingir uma vida próspera e feliz. No entanto, a realidade que se apresenta é alarmante, visto que o número de relatos sobre problemas emocionais, depressão, ansiedade e desilusão nunca foi tão elevado. Nesse cenário, observamos uma proliferação crescente de Coaches e especialistas em comportamento humano nas redes, oferecendo cursos a preços elevados. No entanto, apesar desses esforços, muitas pessoas permanecem estagnadas, com um sentimento de vazio e insatisfação.

            Ao analisar os últimos 30 anos da história, é evidente que tanto a nossa geração quanto a geração atual enfrentam um declínio acentuado.

Surge a percepção de que a única alternativa viável seria uma transformação abrangente na cultura e na educação. Contudo, reconheço que tal mudança demandaria, no mínimo, 500 anos, um prazo que não está ao alcance da nossa expectativa de vida. Portanto, busco contribuir por meio deste livro e das palestras que realizo, onde compartilho conhecimentos sobre como superar desafios emocionais, assim como as adversidades e decepções ao longo da vida. Meu objetivo é resgatar valores e princípios fundamentais, inerentes à nossa existência, promovendo uma vida plena e significativa.

Para começar, quero compartilhar uma frase que se tornou fundamental em meus treinamentos:

Estamos inseridos em um universo regido por regras, quer acreditemos ou não. Assim, mesmo que não queiramos, existem regras que se aplicam a nós.

Por exemplo, imagine que o sol brilhe intensamente no céu ao meio-dia. Você pode decidir sair nu do lado de fora e permanecer lá? Em teoria, sim, é possível. No entanto, a grande questão reside em reconhecer que, mesmo que você não acredite na existência do sol ou em seu potencial para causar queimaduras, sua pele certamente sofrerá as consequências por não ter obedecido às regras do mundo ao qual pertencemos.

Da mesma forma, mesmo que você não acredite na chuva, se decidir sair enquanto está chovendo, inevitavelmente se molhará, pois são as regras do ambiente em que vivemos. Independentemente de suas crenças ou desejos, é imperativo obedecer à sua fisiologia. Quantas vezes você resistiu a ir ao banheiro, mas, impelido por uma necessidade básica, teve que ceder? Assim é a nossa existência aqui - regida por regras que devemos aceitar e respeitar, independentemente de nossas convicções pessoais.

Ao seguir esse raciocínio, torna-se claro entender por que algumas pessoas lutam intensamente, mas ainda assim não conseguem avançar. A realidade que muitas vezes negligenciamos é que o universo em que estamos imersos opera sob regras, e muitas delas se aplicam a nós, independentemente de nossas vontades ou crenças.

Quando olho a história da humanidade sempre me pergunto, onde estão os sábios, onde estão os gênios? Parece que em nossa geração eles não existem. O fato é que a inversão de valores, mudança nos padrões morais e comportamentais desalinhou a nossa vida do fluxo do universo ao qual estamos inseridos e assim estamos sofrendo as consequências.

Durante muito tempo eu vivi buscando formas de sobreviver e cheguei a desistir de viver, cheguei a pensar que minha vida era um erro de Deus, que Ele não me queria aqui, houveram tempos em que fiquei até três dias sem como colocar um alimento na boca.

Muitas vezes eu desejei a morte, muitas vezes eu chorei e gritei com o Céu, esperei um milagre, algo sobrenatural, transcendente para me socorrer e tudo que obtive foram noites de total silencio, vazio e dor. Oriundo de um relacionamento frio, minha mãe deixou meu pai e pouco tempo depois amasiou-se com outro homem. Nesse lar se é que posso chamar assim, cresci em meio a escassez e violência extrema.

Muitas vezes, me vi obrigado a ir às ruas em busca de comida para sustentar meus irmãos, já que meu padrasto negligenciava seus compromissos com o lar e os filhos, incluindo minha mãe. Sentia-me impotente ao testemunhar os maus-tratos e humilhações que ela sofria, inclusive episódios de violência sexual. A revolta e o sentimento de abandono geraram traumas profundos, uma dor que corroía meu interior.

Naquela época, não havia ninguém que pudesse nos socorrer. Conheci meu pai biológico, mas ele sempre foi indiferente a tudo. Afundei em um abismo deprimente, marcado pela persistência da dor, rejeição e abandono. Simultaneamente, enfrentava uma criação punitiva por parte do meu padrasto, que limitava severamente minhas possibilidades de independência.

Aos 17 anos, após um ataque violento em que ele quase matou minha mãe, reagi para protegê-la. No entanto, ao perceber que eu o havia dominado, ela ficou com medo. Soltei-o e decidi sair de casa, pois passei a temer pela minha vida, embora na minha mente não houvesse razão para viver. Não queria permitir que outra pessoa a tirasse de mim.

Vaguei por dias e meses, perdido em diferentes lugares, minha mente incapaz de compreender a razão por trás da intensa dor que permeava minha existência. Busquei culpados incessantemente, entretanto, não importava quantos encontrasse, a realidade persistia inalterada.

Desisti da vida em diversas ocasiões, mas algo inexplicável me impelia a continuar. Assim que minha vontade de permanecer vivo ressurgia, essa força misteriosa me abandonava. Sempre me questionei sobre o propósito da minha existência, se estava destinado apenas a sofrer, sem obter respostas por longos períodos.

Sem perceber, carregava padrões de pensamento equivocados, carentes de discernimento e conhecimento. Ao longo dos anos, o acúmulo de dificuldades quase me fez sucumbir, e em muitos momentos, considerei os pensamentos mais sombrios e abomináveis que um ser humano pode conceber.

O sentimento de rejeição, ausência de reconhecimento e falta de aceitação tornaram ainda mais desafiadora a minha jornada de sobrevivência. Alguns indivíduos alcançam um ponto em que acreditam que suas vidas são um equívoco e, para pôr fim à dor, consideram a ideia de se auto aniquilar.

Nesse estado, perdi a capacidade de sonhar e a fé, vendo minhas esperanças desvanecerem não apenas financeiramente, mas também psicologicamente e emocionalmente, devido a um condicionamento inconsciente.

Em um momento crítico da minha trajetória, encontrei-me no meio de uma mata, já havia passado dois dias ali. Deitado sobre uma pedra, olhei para o céu e questionei se Deus realmente existia, se era real e por que minha vida se desenrolava daquela maneira. Embora não tenha recebido uma resposta tangível, comecei a refletir sobre minha existência e as circunstâncias que permitiram minha sobrevivência em meio ao caos.

Me indaguei se a transformação viria do céu, de uma força invisível, ou de algum ser humano. Naquele silêncio, percebi a ausência de esperança relacionada a algum auxílio humano e entendi que, em meio a tantos pedidos sem resposta, não havia um sinal transcendental vindo ao meu encontro. Concluí que estava sozinho nesse vasto universo

Depois de enfrentar horas de um vazio profundo, seguido por um desânimo sufocante e um desprezo pela minha própria existência, um pensamento surgiu em minha mente: Por que algumas pessoas conseguem transformar suas vidas e eu não?

Ao ponderar sobre as ações que as pessoas estavam tomando para promover mudanças positivas em suas vidas, percebi de maneira dolorosa que eu não havia feito o suficiente. Isso se devia, em parte, à minha falta de conhecimento e compreensão. Em primeiro lugar, faltava-me o conhecimento de quem eu era, de minhas capacidades e atributos, além do entendimento de como eu funcionava internamente. Além disso, carecia de conhecimento sobre como o universo opera.

Compreendi que uma parcela significativa do meu sofrimento derivava da minha falta de conhecimento sobre mim mesmo, de como lidar com meus pensamentos e emoções, e da ausência de compreensão sobre o funcionamento da vida. Essa reflexão amarga foi o ponto de partida para minha jornada de autodescoberta e transformação.

Apesar de ainda me sentir imerso em um abismo profundo, uma gota de esperança agora estava presente, uma esperança que parecia sem sentido, mas era tangível. Me agarrei a cada segundo de vida, a cada partícula de possibilidade e esperança, decidindo construir algo novo. Contudo, surgiu outro desafio: a falta de forças. Como construir, e o quê?

A percepção de que precisava aprender, entender como minha mente funcionava e fazer algo que mudasse meu estado tornou-se imperativa. Iniciei uma leitura dos meus pensamentos, embora com conhecimento limitado, minha alma reconheceu que certos pensamentos eram prejudiciais, e alguns comportamentos levavam ao fracasso, repetindo ciclos de falhas.

Mesmo contrariado, compreendi a necessidade de fazer escolhas, substituir pensamentos e emoções. No entanto, faltava-me a chave para esse processo, e não podia arcar com os custos de um profissional de saúde mental. Essa se tornou mais uma encruzilhada, pois não sabia por onde começar e não tinha a quem recorrer.

Em meio a esse cenário, mantive meus ouvidos bem abertos, pois algo em minha alma sussurrava que havia uma solução, e eu só precisava encontrá-la. Entre altos e baixos, um sentimento de indignação cresceu dentro de mim.

Eu não aceito mais viver assim; não nasci para isso. Vou reescrever minha história e mudar minha vida. Em meio ao caos de pensamentos e emoções, continuei recluso, vivendo predominantemente no meu mundo interno. Em um dia em que buscava emprego, ao passar por um grupo de pessoas, ouvi uma frase intrigante em uma conversa entre dois indivíduos:

Deus deixou tudo aí para nós.

Essa afirmação chamou minha atenção, e imediatamente indaguei em minha mente:

Como assim, onde? Segui meu caminho, mas aquela frase continuava ecoando em meus pensamentos.

- "Ora se Deus realmente existe e nos criou, Ele não pode ter nos deixado abandonados aqui, realmente faz sentido Ele ter deixado um manual, alguma coisa para nos direcionar";

Pensava eu pelo caminho.

Como mencionei no início desta narrativa, o que será compartilhado aqui não se trata de religião, mas sim de um estilo de vida que incorpora padrões morais e princípios do universo. Esses elementos, quando alinhados, fluem em nossa direção, proporcionando uma vida plena. Para compreender esse conceito, percorri um longo caminho, mas vou abordá-lo de forma resumida e direta, simplificando o contexto. Para uma exploração mais profunda, reservei uma história mais detalhada em outro livro que intitulei Marcas da Alma, em breve disponível.

Após a fase descrita anteriormente, passaram-se alguns anos até que uma experiência me motivou a ler a Bíblia, mesmo sem ter crença nela. Inicialmente, eu não compreendia o que lia, mas persisti, e percebi que algumas passagens simplesmente entravam e se fixavam em minha mente e alma. A partir desse ponto, comecei a aplicar esses ensinamentos, enfrentando muitas dificuldades, mas obtendo resultados extraordinários.

Desde esse momento, dediquei-me a conhecer, compreender e incorporar ao máximo possível tudo o que estava aprendendo, adotando o que me parecia razoável. Confesso que não foi uma tarefa fácil, pois havia padrões em mim que eram totalmente opostos ao que estava descobrindo. No entanto, a paz experimentada nesse processo era simplesmente surreal.

Depois de ler a Bíblia várias vezes, decidi focar e estudar a história de Salomão, o homem considerado o mais sábio da Terra. Recordando a frase Deus deixou tudo aí para nós, a cada capítulo que lia, meu entusiasmo crescia. Ficava impressionado não apenas pela novidade do conhecimento, mas também por perceber