A história do artista Nicodemos Trivelato
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A história do artista Nicodemos Trivelato - Stanley Faustino
Prefácio
Outro dia estava rememorando, lembrava do nome Nicodemos e também Trivelato. Acho que, quando criança, minha mãe me chamava assim por brincadeira. Depois coloquei-me a fazer em pensamento meu percurso como artista, e vendo minhas pinturas e esculturas em cerâmica, fiquei refletindo que artista sou eu e se artista eu sou. Juntei fragmentos e decidi escrever a história do artista Nicodemos Trivelato. O processo da escrita é como uma pintura ou escultura, esboça e depois vem acrescentando detalhes ou retirando sobras. O resultado me deixou satisfeito, e creio que trago, como entretenimento, uma história com cores.
A história do artista
Nicodemos Trivelato
Ninguém falava de outra coisa na cidade, estava em polvorosa. Afinal de contas, era mais uma exposição do grande artista local, Pietro Bourbon. Cartazes anunciavam a grande mostra de pintura do famoso morador. Vinha gente dos quatro cantos para ver e comprar os quadros. A elite da cidade se movimentava, além da exposição, era oportunidade de fechar outros negócios. As mulheres encomendavam vestes caríssimas, exclusivas, dos melhores tecidos e melhores costureiras. Joias, chapéus com plumas e paetês e lantejoulas brilhantes, cada uma querendo ostentar mais que as outras. Os homens e seus black-ties, cachimbos e charutos. Pompa e garbo. As cozinheiras se desdobravam para fazer os petiscos, doces e tortas. As adegas separavam os melhores vinhos, champagne e drinks. Cocheiros preparavam os cavalos e carruagens. As ruas eram limpas. Tudo um brilho. Um evento feito por muitos, porém o acesso era para poucos. Aos pobres, restava servir, limpar, guardar os cavalos e fazer as fofocas que circulariam durante a semana nos becos, vielas e tabernas.
Os lustres luxuosos em cristais resplandecentes iluminados por centenas de velas iluminavam a grande galeria. Os visitantes ilustres seguravam suas taças, e bebiam uma atrás da outra, exigiam aos garçons que trouxessem as garrafas. Observavam as pinturas emolduradas e faziam suas considerações acerca dos detalhes e técnicas. Eram paisagens, natureza morta, retratos e autorretratos. Conversavam sobre negócios, sobre a igreja e política, e quanto mais bebiam, mais iam aumentando o tom de voz e as gargalhadas de piadas sem graça. As mulheres falavam de moda, da criadagem, do futuro das filhas. Por falar em mulheres, naquela época e naquela cidade, elas não podiam andar sozinhas nas ruas, eram malvistas, tinham sempre que estar acompanhadas, com os olhos voltados para o chão e roupas que cobrissem todo o corpo. Namoro? De jeito nenhum. Se casavam apenas com pares arranjados pelos pais. Estudavam para aprender a ler, escrever e fazer contas, estudar fora só era permitido aos meninos. Não podiam fazer nada sem que um homem autorizasse. As transgressoras eram punidas, vivendo para sempre em mosteiros a serviço da igreja. Mas isso era naquela época e naquela cidade.
***