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Sentido Superluminal
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E-book110 páginas1 hora

Sentido Superluminal

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Sobre este e-book

Aine nos conta como uma garota simples de uma cidade do interior viveu sua vida norteada pela energia do amor. A família, os livros, a natureza, os amigos, todos num entrelaçamento de emoções capaz de modificar vidas e mostrar que o amor carrega a energia transformadora dos seres, e só ele é capaz de iluminar as noites mais sombrias e vencer os traumas mais atrozes.Ela o sentia há algum tempo, a presença, o calor de seu hálito perfumado e até o som de sua risada, mas nunca poderia imaginar que um dia poderia viver a plenitude dessa estranha paixão.Atravessando o oceano, o tempo e o espaço, o amor prova que é invencível e que encontra sempre uma maneira de existir, mesmo quando as angústias e as tristezas se fazem mais fortes, ele consegue se impor e transformar as mais duras realidades. O amor que viaja a uma velocidade mais rápida que a luz, superluminal, interligando os seres e criando outras realidades e novas vidas. Que este livro te inspire a viver com autenticidade, energia e determinação, sem medo de se render a este sentimento sublime que nos eleva e nos direciona a nossa verdadeira natureza.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de jun. de 2023
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    Sentido Superluminal - Simone Consentino Jús

    Sentido

    Superluminal

    Simone Consentino Jús

    Copyright © 2020 Simone Consentino Jús Todos os direitos reservados.

    SENTIDO SUPERLUMINAL

    amor que viaja a uma velocidade mais rápida que a luz

    Pode alguém se apaixonar por uma imagem do Google Mapa?

    Gael viveu na própria pele a paixão inusitada pela imagem desfocada de uma garota em Galway e mostra como a energia do amor pode transcender tempo e espaço.

    CONTEÚDO

    AGRADECIMENTOS

    CAPÍTULO 1

    Página 1

    CAPÍTULO 2

    Página 4

    CAPÍTULO 3

    Página 8

    CAPÍTULO 4

    Página 14

    CAPÍTULO 5

    Página 23

    CAPÍTULO 6

    Página 25

    CAPÍTULO 7

    Página 29

    CAPÍTULO 8

    Página 30

    CAPÍTULO 9

    Página 40

    CAPÍTULO 10

    Página 45

    CAPÍTULO 11

    Página 49

    CAPÍTULO FINAL

    Página 54

    AGRADECIMENTOS

    Agradeço à Deus que me transforma a cada amanhecer com uma nova vitalidade, para ao menos tentar expressar sentimentos, através das palavras.

    Sou grata por ter uma família que me acompanha e me incentiva com carinho e amor.

    Minha gratidão também se faz imensa aos personagens, que após nascerem no mundo das ideias, puderam me mostrar que o medo não deve fazer parte da vida de qualquer pessoa que tem por companheira a arte e que toda realidade é criada à partir da nossa própria consciência.

    CAPÍTULO 1

    "Não digas: este que me deu corpo é meu Pai.

    Esta que me deu corpo é minha Mãe.

    Muito mais teu Pai e tua Mãe são os que te fizeram Em espírito.

    E esses foram sem número.

    Sem nome.

    De todos os tempos.

    Deixaram o rastro pelos caminhos de hoje.

    Todos os que já viveram.

    E andam fazendo-te dia a dia

    Os de hoje, os de amanhã.

    E os homens, e as coisas todas silenciosas.

    A tua extensão prolonga-se em todos os sentidos.

    O teu mundo não tem pólos.

    E tu és o próprio mundo."

    Cecília Meireles, In Cânticos, 1982

    Sentia uma presença marcante, um cheiro, um calor. Quase poderia tocá-lo, quase poderia vê-lo. O ser invisível costumava passear por aquele caminho sempre no mesmo horário.

    Embora achasse muito estranho, não sentia medo. Com o passar dos dias me acostumei a caminhar por aquela estrada em busca de encontrá-1

    SENTIDO SUPERLUMINAL

    lo. Acreditava que fosse um ser espiritual, um anjo, um demônio brincalhão que talvez quisesse me assustar, porém isso me instigou a fazer uma incrível investigação num futuro inimaginável.

    O lugar é lindo, mesmo agora, anos depois, tenho a doce recordação da longa estrada que cortava a pequena propriedade de meus pais.

    Na frente da Catedral de Saint Brendan, o pequeno cemitério que tantas vezes visitei para escrever as histórias que inventava sobre as pessoas ali sepultadas.

    O fascínio pelo desconhecido sempre foi meu companheiro. Meus pensamentos sempre divagaram pela beleza do mistério, do oculto, pela graça do que ainda não se descobriu.

    Em Galway até que havia muito o que fazer para uma garota de 15

    anos. Muitos festivais de arte, cinema, teatro e música. Uma típica cidade do interior onde todos se conheciam até pelos nomes e enriquecida pelos estudantes que vinham em busca de conhecimento de uma nova cultura e o aperfeiçoamento do inglês. No entanto, sempre fui muito mais introspectiva e era muito feliz em meu mundinho particular. Ir as aulas todos os dias já consumia muita energia em pedaladas de quase duas horas diárias e o restante de meu tempo livre eu usava para escrever.

    Meus melhores amigos eram os mortos do antigo cemitério.

    Escondia meus cadernos a sete chaves para que meus pais não os encontrassem. Naquela época já intuía que se contasse aos outros o que me fazia feliz poderia ser considerada desajustada, louca e causar preocupação aos meus pais.

    Minha mãe era o maior amor de minha vida. Linda, grandes olhos verdes, parecia sempre mais alta e até mesmo mais magra do que realmente era. Vivia fazendo dietas, mas manteve durante toda sua vida alguns quilos a mais. Sempre ativa, além de trabalhar em uma loja de móveis no centro da cidade, tinha energia de sobra para preparar bolos e bolachas que vendia para um público seleto. Junto com meu pai, que sempre foi o melhor homem que conheci nessa vida, eles mantinham a casa sempre limpa e aconchegante, com cheiro de bolo assado.

    Tínhamos uma vida simples, meu pai trabalhava em uma indústria farmacêutica na cidade, era responsável pelo departamento de qualidade e voltava para casa todo final de tarde onde todos os dias jantávamos as 19h, depois ele assistia a TV e minha mãe lia um de seus livros que ela recebia mensalmente porque havia feito uma assinatura num clube de livros.

    2

    SENTIDO SUPERLUMINAL

    Tenho até hoje suas coleções e já os li mais de uma vez, embora muitos sejam apenas romances açucarados que não fazem parte de meu estilo literário eu insisto em lê-los porque eles me trazem a presença de minha mãe.

    Eu tenho uma irmã mais velha, que naquela época já havia se formado e trabalhava na França onde mora até hoje.

    Minha irmã é muito bonita, mesmo hoje que já é uma senhora ainda tem uma pele sedosa, cabelos castanho-claros e os enigmáticos olhos verdes herdados de minha mãe, diferente de todos os nossos ancestrais que possuíam olhos castanhos como os meus ou azuis como os do meu pai. Sempre quis ter aqueles olhos e, na infância eu usava a sombra verde de minha mãe e dizia a todos que também possuía olhos verdes, motivo de muitas risadas familiares.

    Meus sobrinhos já são adultos, uma linda moça morena com mais de vinte anos e um rapaz da mesma idade que por uma brincadeira da genética tem os cabelos ruivos mais lindos que já vi. Todos moram na França e a gente se encontra ao menos uma vez por ano em algum lugar deste planeta para beber, recordar, falar da vida e sentir a felicidade que nos dá a sensação de pertencimento, de saber as origens e de estar ligada a pessoas que compartilharam nossos melhores e piores momentos.

    Sinto falta deles. Pode ser que aceite o convite de ir viver com eles ou, quem sabe, eles venham passar comigo meus últimos dias, mas sinto que esse tempo ainda demora a chegar.

    Minha irmã se casou com uma cantora de rua francesa. Os gêmeos nasceram de uma inseminação artificial feita em São Paulo, no Brasil, onde aproveitaram a ocasião de uma turnê que minha cunhada fazia.

    Como nasceram gêmeos elas resolveram não ter mais filhos porque acreditaram que dois eram suficientes para poder conciliar com toda a vida profissional das duas. Minha irmã é jornalista das boas, entre seus vários artigos e sua militância feminista destacam-se as palestras que ela ministra pelo mundo acompanhada pela minha cunhada cantora, hoje já um tanto famosa em alguns países. Entre shows e palestras criaram as duas criaturas mais lindas e humanizadas que eu tenho a felicidade de ser tia. Meus pais se foram bem velhinhos, não adoeceram, não se separaram. Continuaram

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