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O Azul Mediterrâneo
O Azul Mediterrâneo
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E-book209 páginas3 horas

O Azul Mediterrâneo

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Sobre este e-book

O que é viver? Passarmos de maneira metódica e sistemática cumprindo cada uma das expectativas que a sociedade nos impõe: infância, adolescência, juventude, maturidade e, por que não dizer, a própria idade dos idosos, antes chamada vulgarmente de velhice. Todas as idades e fases de uma vida que, se não tomarmos muito cuidado, se torna previsível e cansativa chata e até amarga, pois não há nada pior que a rotina, a rotina do cotidiano.
Essa, sim, responsável por males terríveis: monotonia, previsibilidade, constância, estresse e depressão. Precisamos então, a cada momento, nos descobrir, na verdade nos reinventar. Para isso, é necessário e determinante que estejamos atentos, antenados, e, de maneira irrequieta e reveladora, temos que recorrer a tudo. Tudo que nos impulsione, nos estimule, nos revele fatos e sensações retidas ou mesmo esquecidas dentro de nós. E vale qualquer coisa, um novo romance, um beijo carinhoso, a disponibilidade de simplesmente ajudar a quem precisa, viver a nossa vida presente para alcançar uma vida melhor no futuro, mas sem se esquecer das lições aprendidas no passado.
Afinal, a história de nossas vidas serve para nos orientar para o futuro. É nesse imenso turbilhão de emoções chamado vida que convidamos cada um dos leitores a voltar no tempo, reviver vidas passadas, amores ""calientes", lugares inusitados, sonhos sonhados e, por que não dizer, sonhos realizados. A realização de alguma coisa – para a qual se esperou a vida inteira –, qualquer coisa, da mais complexa à mais simples, requer astúcia, persistência e muitíssima determinação.
A autora de O Azul Mediterrâneo, Evelyn Cademartori, nos traz sua visão romântica e até de outras vidas, de sua visita a uma das regiões mais lindas do planeta – a Toscana.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de nov. de 2015
ISBN9788583382669
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    Pré-visualização do livro

    O Azul Mediterrâneo - Evelyn Cademartori

    Para o Coronel Daltro e Professora Jeuse.

    Para Carlos.

    Para a Giuliana e Gabriela.

    Para Fernando.

    Para a Luana.

    E

    Prefácio

    Muitos anos atrás, em um texto de Hélio Pellegrino, encontrei um comentário sobre o espírito jovem. Dizia ele que o homem, quando jovem, deseja conformar a realidade com suas mãos e servir-se dela por acreditar que, ganhando o mundo, conseguirá ganhar a si próprio. Por muito tempo acompanhou-me essa ideia de ganhar o mundo para ganhar a si próprio, até que entendi que aí poderia estar o começo da sabedoria.

    Muito tempo depois, por uma dessas felizes coincidências, conheci uma mulher inteligente e intrigante que, em pouco tempo, se tornou uma grande velha amiga. Em um dado momento, em nossas conversas surgiu o seu projeto de viajar para a Itália e seu pedido de indicação de roteiros e lugares que pudessem compor seu caminho nessa aventura.

    E foi então que percebi que estava para testemunhar algo maior do que uma simples viagem de turismo para a Itália. Essa mulher sonhara esse sonho de viagem por mais de 30 anos, se aproximara de mim, e agora me falava de seu sonho e me deixava dele conhecer os detalhes.

    Ela partiu e, ao longo do caminho da realização de seu sonho, permitiu que muitas outras pessoas acompanhassem e contribuíssem profundamente ou não para que cada momento do sonho realizado encontrasse seu significado próprio.

    Pela internet ela manteve todo um grupo de pessoas e de apoiadores informados de sua experiência. Eu, inclusive.

    Pois dessa viagem resultou um depoimento vibrante, emocionado e verdadeiro de alguém que saiu em busca de um sonho e encontrou muito mais do que isso. Alguém que deixou sua casa e foi para o mundo construir uma nova possibilidade de encontro com os outros e consigo mesma.

    O leitor mais atento deverá perceber que, mais do que um depoimento, o que resultou dessa experiência foi um livro saboroso porque revelador dos sentimentos e da alma dessa mulher que se dispôs ao encontro com o mundo e acabou por encontrar a si mesma em sua total e completa liberdade. Um depoimento que deve alcançar os desejos e as aspirações das mulheres do mundo.

    Fazia muito tempo que um livro não me deliciava tanto; este trabalho de Viegas é como um banquete de ideias, percepções, expressões de sentimentos e de algo incomum nos dias que correm: ingenuidade e disposição para conhecer o mundo e as gentes do mundo.

    Este livro nos coloca ao lado dessa mulher curiosa, livre e inquieta em seus caminhos por uma terra nova, disposta a observar e a ouvir os inúmeros personagens que compõem um quadro emotivo e bem-humorado de sua passagem pelo verão italiano.

    A busca de Viegas se dá nesse nível e nessa direção, e sua narrativa deliciosa e original em sua ingenuidade e surpreendente naturalidade nos arrebata e nos conduz por uma experiência pessoal que, no final, se revela mais do que íntima, universal.

    Professor Jose Luiz Neiderauer Pantoja

    GH

    E

    Introdução

    Nunca pensei em escrever um livro. Ou melhor, pensei, mas nunca pensei que o faria de verdade algum dia. Já se disse em algum lugar, que não lembro onde, que, para fazermos sentido, precisamos plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Pensei em plantar uma árvore e plantei muitos jardins. Pensei também em ter filhos e tive duas moças lindas e bem-criadas. Em uma dessas reviravoltas da vida, cá estou eu, madura, casada, profissão definida, filhos, e escrevendo estas linhas introdutórias de mais um capítulo da minha jornada neste nosso planeta abençoado azul celestial.

    Nasci em uma tradicional família carioca de descendentes italianos e portugueses. Cresci superprotegida e controlada, apesar de muito amada também. Poucos deslizes tive na minha trajetória de vida, mesmo que à época eu achasse que fossem dolorosos e insuperáveis. Tola imaturidade a minha. Galguei aos poucos grandes triunfos, os quais comemorei e aproveitei como mereciam, dado que foram de muito esforço e concentração.

    Mas sonho impossível que é sonho impossível a gente sonha sem parar por mais que tentemos substituí-los por outros sonhos mais tangíveis, e meu sonho nem era tão impossível assim, apenas me parecia ser, porque sonhei desde muito cedo me mudar para bem longe de onde nasci e viver uma cultura totalmente diferente da minha de origem.

    E foi assim que me embrenhei nessa aventura, a de viajar pelo país mais charmoso da Europa, a Itália. E sozinha! Nessa viagem não somente encontrei pessoas deliciosas, mas também conheci lugares que somente vi nos livros e filmes motivos da minha obsessão, e o mais fantástico de tudo, encontrei comigo ainda menina, esbarrei comigo adolescente, convivi com uma eu já madura e voltei alguém única e renovada para minha nova velha vida transbordante de alegria de viver.

    Não sou nenhuma poetisa, menos ainda alguma grande pensadora ou cientista, nem sequer tentei ser prolixa nestas linhas, sou apenas uma mulher que enfrentou os próprios medos e inseguranças, fez uma mala enorme de roupas inúteis e emoções puras e ganhou uma pequena parcela encantada do mundo para realizar o sonho de viajar e, nestas folhas, compartilha suas experiências, e mais, suas conclusões de vida. Exercitei o delicado hábito de conviver comigo e com quem eu sou em essência para, por fim, me tornar alguém íntegro no prazer da minha própria companhia. Nunca mais me senti só!

    A maior lição que tive foi esta: "sonho nenhum é tão imenso que não se possa realizar".

    Evelyn Cademartori

    GH

    E

    O sonho

    Sonhar por 33 anos é muito tempo ou é muito sonho? Contagem regressiva para... Estou feliz! Estou sempre feliz! Mesmo quando estou triste, sou feliz!

    Com esta frase comecei meu exorcismo no Facebook pela ansiedade de realizar um sonho que por tanto tempo me pareceu distante e impossível: viajar! Sem querer e sem dizer para onde eu ia, despertei a curiosidade dos meus amigos virtuais. Santas redes sociais me uniram aos conhecidos, amigos, familiares, amigos de amigos de amigos – ligações que eu nem imaginara antes possíveis.

    Fui adolescente, filha de pais enérgicos e controladores que não me deixavam viajar nem sequer para estudar. Pai, você me ensinou a ser corajosa, mas não a ser audaciosa. (Ou melhor, me ensinou os dois, mas quase nunca me deixou treinar essas faculdades.)

    Viajei muito pelo Brasil, porque meu pai era militar. Conheci nosso país como poucos brasileiros conhecem, de norte a sul, do Oiapoque ao Chuí, das redes de pesca de Fortaleza ao encontro das águas do Rio Negro. Do cerrado agressivo do Centro-Oeste à terra roxa dos cafezais de São Paulo. Desde que eu estivesse monitorada e acompanhada da zelosa presença de meus pais. Dancei com índios, cobras e lagartos e aguardei o boto cor-de-rosa às margens do rio Madeira transformar-se em homem e seduzir as donzelas virgens.

    Ao nos levantarmos ao amanhecer em plena selva amazônica, antes de botarmos a cara para fora de casa, nos acocorávamos e conferíamos se havia alguma jiboia enrolada nos eixos das rodas do carro no meio da mata. Quantos brasileiros tiveram a oportunidade de ver uma cobra nativa em seu habitat natural?

    Mas viajar imbuída somente da minha vontade jamais me foi permitido. Um teste para a sobrevivência e crescimento pessoal? Nunca! Sempre na companhia e presença dos meus pais, os riscos eram calculados, e eles sempre podiam me proteger de algum perigo. Pois muitas desgraças podiam me acontecer: ser raptada, sofrer abusos, ser traficada para prostituição internacional, quebrar uma perna andando de bicicleta e ficar paralisada por erro médico, amputada, ter amnésia. Fui impedida desde cedo a alçar voos que não me direcionassem ao sucesso profissional e a um casamento. Imagina! Mulher sem marido é mulher perdida. Meu enxoval começou já quando tive o primeiro namorado firme, aos 13 anos de idade. Um baú enorme à beira da cama ia sendo complementado ano a ano com roupas íntimas e pequenos bibelôs para o grande dia. Não que eu não quisesse casar: queria, e muito; mas não daquela forma construída como única opção. Tantos eram os medos dos meus pais que terminaram sendo meus também.

    Convenci-me, muito nova, de que só bem mais velha e experiente poderia tomar decisões acertadas longe deles. E se eu não fosse realmente capaz? Como aquele amor superprotetor minou minha vontade de ser quem eu queria ser... Nossos pais são os que mais erram conosco tentando acertar nossa educação.

    Foi assim que me enterrei nos livros de História. Viajava pelo Egito e suas pirâmides, Grécia e Mediterrâneo, África, Rússia, castelos medievais e Renascimento das artes, enfim, por todos os cantos do planeta e todas as épocas da humanidade sem sair do meu quarto – tarefa frustrante para alguém cheio de ideias e motores propulsores nos pés. Por anos mantive um mapa-múndi na parede do meu quarto marcado com alfinetes coloridos nos lugares que eu visitaria um dia. Um dia! Muito distante! Depois, em alguma mudança da família, ele se perdeu.

    Meu sonho era estudar história e arqueologia na Sorbonne, em Paris, e viver lá para sempre. Amava a língua francesa, amava História, amava a França. Esse sonho me acalentou por anos a fio.

    Entretanto, eu também sempre quis casar e ter filhos. E me apaixonar por alguém era tão forte quanto querer sumir no mundo com uma mochila nas costas. Na verdade, era a paixão em si que me movia, ou seja, estar munida de um sentimento que arreda montanhas.

    E me casei. Vestida de noiva, com festa, buquê, presentes e convidados. Tudo nos conformes, e meu casamento já persiste heroico há 27 anos. Rendeu, além do patrimônio de uma vida de trabalho, duas filhas lindas, já adultas – e minha tarefa está cumprida, aquela esperada pelos meus pais, de esposa e mãe, acalentada por mim mesma com afinco e determinação.

    Um dia, acordei com 48 anos, com casa, trabalho, família e a vida no piloto automático, com muito mais passado que futuro. Muito menos tempo à frente do que para trás. Marido ocupado, filhas criando suas próprias histórias, casa arrumada. E agora? Havia muito eu esperava por ele para viajarmos juntos, termos a lua de mel que nunca tivemos, e sempre uma desculpa esfarrapada era sua resposta – nem vou perder tempo enumerando todas novamente. Não era a prioridade nem do interesse dele. Valha-me, Deus!

    Mas Carlos, agora, era cidadão italiano, e a vontade de viajar voltou com toda a intensidade. Agora podia acontecer. Vamos? Vamos juntos? Faremos planos? Teremos o que merecemos?

    Comprei um guia de viagem e devorei as quinhentas páginas em poucos dias. A culpa de se divertir sem as filhas foi tanta que meu marido levou para a nossa tão esperada lua de mel a família toda, não para a Europa, e sim para Cancun.

    Não me entenda mal, por favor. Óbvio que gostei de viajarmos todos juntos, outra coisa que também não tínhamos feito, mas eu queria ir apenas com ele. E, na volta, o assunto Itália morreu. Toda vez que tentava tocar no tema, ele desconversava, e finalmente me convenci de que, se fosse para ir, tinha que ir só.

    Puxa, Carlos. Nunca me deu, nunca me levou, nunca fomos. Agora eu vou.

    Contei as milhas do cartão de crédito e, para não perder o prazo, teria que viajar em 15 dias. Quinze dias!!! E topei o desafio, aceitei o pânico que se seguiu, convidei amigas, mas, em tão pouco tempo, não consegui ninguém. "Paciência, vou só." Como aquela menina queria ir aos 16 anos. E vou fazer tudo sozinha, sem agência de viagens, sem ouvir ninguém, farei do meu jeito, como eu quisera fazer antes! E comecei a sonhar antes mesmo de viajar.

    Peguei Carlos de surpresa. O discurso sempre foi "Estou esperando por você, quero ir com você". Ele nunca esperou que eu tomasse a iniciativa não só de ir sem ele, como também de ir sozinha, mas ele não tinha poder algum de me impedir. Alguns dias tensos se seguiram até ele ter a coragem de dizer o que pensava:

    Acho uma loucura alguém abandonar tudo e viajar por um mês, uma total irresponsabilidade.

    Ao que respondi com a calma de uma monja budista: Então sua mãe é louca e irresponsável, porque faz exatamente a mesma coisa, com 80 anos de idade, e começou aos 70. Eu começo aos 40 e muitos. Depois, irresponsável seria ir sem dinheiro, sem reservas ou planos. Fiz tudo isso e mais um pouco por medida de segurança. Tenho uma série de guias, internet em qualquer lugar, GPS.

    Com esse argumento, ele se calou e comprou a passagem para me encontrar nos dez dias finais. Nossa, já era uma grande vitória, e Carlos se tranquilizou e começou ele também a torcer por mim.

    Minhas filhas, Giuliana e Gabriela, oscilaram entre felizes e apreensivas. Felizes pela minha felicidade e apreensivas por causa do pai, sem motivos, evidentemente, porque eu sempre soube muito bem o prazo de começo e fim dessa viagem, voltaria para todos eles mais contente e realizada que nunca. Até mesmo tão jovens, temeram que eu não voltasse ou me decepcionasse.

    O sonho me tirou o sono, agora vivo sonhando acordada.

    E perdi o sono mesmo, tamanha era a minha ansiedade. Entrei em transe cibernético e não saía do computador: usava todo o tempo livre vasculhando as cidades que iria conhecer, fazendo roteiros, pesquisando, reservando e desmarcando hotéis, alugando carro, fazendo mil e uma bobagens de principiante, e mesmo isso pareceu-me fascinante. Um teste para alguém que escolhera ganhar a vida ensinando as pessoas a se surpreender com seus talentos e capacidades e a realizar sonhos. Quando dormia, sonhava com as maravilhas que encontraria.

    Desde aquele primeiro post no Facebook, fui seguida por amigos, nem sabia quantos. Os amigos aumentavam na mesma proporção da minha angústia; cada dia mais curiosos perguntando meu destino; as amigas das filhas mandando mensagens no celular querendo saber para onde era o grande sonho: Não aguento mais a curiosidade, para onde a Tia Evelyn vai?, "Tia Evelyn vai se mudar?, Quanto tempo a tia Evelyn vai ficar fora?". Eu adoro esse tia Evelyn, e tia Evelyn não sabia o que a esperava.

    Menos de dez dias antes da viagem, comprei uma mala nova. Outro grande desafio para mim. Detesto arrumar mala: ou levo de mais ou levo de menos, nunca a dose certa. Uma malona enorme e preta, de rodinhas, porque acreditei que facilitaria a minha jornada; vã ilusão, já que entupi a pobre mala de roupas e cremes, totalmente indispensáveis para uma mulher vaidosa como eu. Podia ter feito uma mochila, mas não! Queria todo o meu arsenal de beleza. E postei uma foto da "malona", gloriosa, à espera de ser preenchida. Por que eu preciso de tantas coisas?

    O gatinho da casa se mudou para dentro da malona, porque demorei a escolher o que levar. Tirava o gato, e ele voltava para a mala. Fiquei nessa briga por quase dois dias até que o pobre bichano se convenceu de que ali não era o lugar dele. Enchi a mala, mas a deixei aberta. Sabe-se lá se eu não tinha esquecido nada! A cabeça, talvez? Não! Essa tinha que ficar sobre o pescoço, equilibrada e focada nos afazeres.

    Corri e fiz uma carteira internacional de motorista. Queria tudo nos conformes e ter liberdade de escolhas. Outra foto com passaporte novinho em folha, sem carimbos, sem histórias passadas. E no quinto dia antes do grande dia do embarque, dormi de exaustão e nem sequer consegui sonhar.

    Quatro dias pro sonho... acima de mim? Deus... Abaixo? A tentação... No meio? O que eu quero! Falta pouco...

    O medo se instalou em mim. Por que tanta ansiedade se eu quis isso por tanto tempo? Dei tratos à bola para entender tantos suspiros

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