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Você não está sozinho
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E-book171 páginas4 horas

Você não está sozinho

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Sobre este e-book

Não é drama. Não é para chamar atenção. Não é falta de Deus. E muito menos frescura. As razões podem ser bem diferentes, porém, muito mais gente do que se imagina já pensou em suicídio. Em muitos casos, é possível evitar que pensamentos suicidas se tornem realidade. Pensando nisso, a Editora Burn Books se juntou ao Centro de Valorização da Vida (CVV) para trazer uma antologia com contos e cartas de 5 autores e 11 psicólogos. São histórias focadas no Setembro Amarelo, que é uma campanha de conscientização sobre saúde mental e prevenção do suicídio. Esses temas ainda são tabus, e por isso mesmo precisamos falar sobre. A campanha é em setembro, mas falar sobre prevenção do suicídio em todos os meses é fundamental. A ajuda pode vir de um amigo, parente, colega de trabalho ou professor, qualquer pessoa que esteja próxima, assim como dos voluntários do CVV. Para entrar em contato com o CVV, basta discar 188 gratuitamente, o serviço funciona 24 horas. Faça parte dessa causa! E não se esqueça: você não está sozinho!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de out. de 2020
ISBN9786585772051
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    Pré-visualização do livro

    Você não está sozinho - Renan Carvalho

    ORGANIZAÇÃO

    GUILHERME CEPEDA E LARISSA AZEVEDO

    Uma imagem contendo texto, desenho, placa Descrição gerada automaticamente

    1ª edição

    Coordenação Editorial

    Guilherme Cepeda

    Larissa Azevedo

    Revisão

    Naila Barboni Palú

    Capa

    Larissa Azevedo

    Diagramação

    Larissa Azevedo

    Ilustração de capa

    Isaque Areas

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Você não está sozinho / Guilherme Cepeda e Larissa Azevedo, organizadores. –

    São Paulo, SP: Editora Burn Books, 2020

    Vários autores

    ISBN: 978-65-991475-3-1

    1. Literatura Infanto-Juvenil

    808.899282 CDD-028.5

    Índices para catálogo sistemático:

    1. 808899282 - Literatura Infanto-Juvenil

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida em quaisquer meios existentes sem a autorização por escrito da editora.

    www.burnbooks.com.br

    Uma imagem contendo Texto Descrição gerada automaticamente

    A equipe da Editora Burn Books teve como objetivo criar um projeto de conscientização e apoio a todos aqueles que lidam, de uma forma ou de outra, com a saúde da mente. Sabemos que cada tema aqui explorado deve ser abordado de forma delicada e responsável. Por conta disso, é nossa obrigação aconselhar que, caso a leitura esteja te fazendo mal ou algum assunto se mostre um gatilho, você não leia.

    Saúde mental é um assunto supersério e qualquer pessoa pode ser afetada por algum transtorno, que pode causar variadas reações. Se você ou alguém que você conhece está passando por dificuldades emocionais ou considerando o suicídio, ligue para o Centro de Valorização da Vida através do número 188.

    O CVV oferece apoio emocional, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, seja por telefone, e-mail ou chat.

    O atendimento é realizado 24 horas por dia, todos os dias.

    Nós, da Editora Burn Books, desejamos aos nossos leitores uma vida saudável e feliz. Lembrem-se: vocês não estão sozinhos.

    Temos também o Instituto Bem do Estar, que visa conscientizar, conectar e mobilizar as pessoas em relação a saúde da mente.

    ACESSE WWW.BEMDOESTAR.ORG

    Código QR Descrição gerada automaticamenteUma imagem contendo Diagrama Descrição gerada automaticamenteUma imagem contendo desenho Descrição gerada automaticamente

    INÍCIO

    INTRODUÇÃO – POR INSTITUTO BEM DO ESTAR

    A CAIXA DO PALHAÇO  – RENAN CARVALHO

    PROVA FINA  –  TIAGO VALENTE

    CENTAURO  - GABRIEL BURANI

    O DIA EM QUE UM CONTO ME SALVOU - TATIANA DANTAS

    DEVANEIOS NO SILÊNCIO – J. HENRIQUE

    MENTE EM CÁRCERE: O DISTÚRBIO DA REALIDADE – THIMI ALLEGRO

    A FÚRIA DENTRO DE MIM – LARISSA AZEVEDO

    VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO – GUILHERME CEPEDA

    SOBRE A BURN BOOKS

    FALE COM A EDITORA

    INTRODUÇÃO – Por Instituto bem do estar

    Uma imagem contendo Texto Descrição gerada automaticamente

    Quem nunca se sentiu excluído, sozinho, ignorado ou com vergonha diante de uma situação à qual precisa se expor? Esses sentimentos são muito comuns, praticamente todas as pessoas já tiveram. Então por que acreditamos que eles só acontecem com a gente?

    Nós, seres humanos, temos o hábito – construído e reforçado pelo convívio em sociedade – de não expor sentimentos que sejam negativos. Falar sobre nossas dores, angústias e tristezas é praticamente um tabu. E esse silêncio nos levou à situação mundial que enfrentamos há um bom tempo e que só vem aumentando: um adoecimento mental da sociedade.

    O século XXI é marcado pelo boom das doenças relacionadas à mente, principalmente as decorrentes da ansiedade e da depressão. No mundo, uma em cada três pessoas sofre com problemas relacionados à ansiedade e 322 milhões vivem com depressão. Aqui no Brasil, a situação é bem grave, pois somos o país com mais ansiosos do mundo e o quinto em casos diagnosticados de depressão.

    Os jovens, em especial os adolescentes (1 a cada 5), são os que mais sofrem com problemas de saúde da mente. Mas por quê? Ah, ser adolescente não é nada fácil, vai? É uma fase (dos 10 aos 19 anos) única, totalmente peculiar e de transição – onde múltiplas mudanças físicas e emocionais acontecem, fazendo com que a criança se transforme em um adulto. Mudanças geram medo, insegurança e dúvidas, e não fomos ensinados a lidar com esses sentimentos quando crianças. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), metade das doenças mentais começa próximo aos 14 anos e o suicídio, infelizmente, é a terceira principal causa de morte entre adolescentes mais velhos (de 15 a 19 anos). No Brasil, houve um crescente considerável e assustador no número de suicídios nessa faixa etária.

    Mas por que tantos adolescentes tiram a própria vida? Segundo a OMS, as tentativas de suicídio podem ser impulsivas ou ligadas a um sentimento de desesperança ou solidão, é o último passo, a última tentativa para acabar com o sofrimento. Algumas situações podem colaborar com essa atitude, como o uso de drogas, o abuso infantil e, principalmente, o estigma que gira em torno dos transtornos mentais.

    A maneira mais eficaz para acabar com esse preconceito com a saúde mental é falar sobre o assunto e, acima de tudo, escutar com atenção e empatia o que o outro está falando ou demonstrando. Todos os casos de suicídio apresentam algum sinal. É necessário olhar para o outro com atenção e estar disposto a ouvir e ajudar; e, sem dúvida alguma, o passo mais importante é se permitir olhar para dentro, identificar e acolher seus sentimentos, sabendo que todos nós estamos buscando a felicidade, mas que também sofremos com a tristeza e isso é normal. Na verdade, é bem mais do que normal, é o que nos humaniza.

    Empatia, palavra gasta e batida pelas redes sociais, mas pouco aplicada, significa a habilidade de imaginar-se no lugar de outra pessoa, observar e buscar sentir ao máximo o que ela está passando. Só com empatia que conseguimos ajudar, de fato, o próximo assim como a nós mesmos, porque ter esse sentimento por nós também é extremamente necessário. Um dos meios de cultivar empatia é por meio de histórias, que podem nos inspirar e também despertar auto-observação.

    Para nós, compartilhar experiências fortalece tanto quem expõe (seja pela escrita ou pela fala) quanto quem recebe (seja pela leitura ou pela escuta ativa), além de ser capaz de gerar transformações pessoais e coletivas. Quando recebemos o convite para fazer parte desta antologia – uma coleção de contos dando voz ao silêncio –, não havia como recusar. Até porque, há dois anos, resolvemos dedicar nossas carreiras à promoção e à prevenção da saúde da mente. Como? Juntando pessoas com a mesma vontade e fundando o Instituto Bem do Estar! Quer sinergia maior que essa?

    Você não está sozinho vai muito além de dar voz aos sofrimentos psíquicos, gerar identificação e acolhimento. Esse livro nos traz conhecimentos sobre saúde mental, aproximando os jovens dos profissionais de atendimento terapêutico, assim como diminuindo o abismo entre eles e o preconceito que ronda a saúde mental. Todas as histórias são seguidas de uma carta escrita por um psicólogo, que conversa sobre os assuntos abordados naquele conto, esclarecendo muitos pontos e direcionando de maneira simples e direta como buscar apoio. Esta era uma grande preocupação dos organizadores, o Guilherme e a Lari, que não queriam que fosse somente uma coleção de contos, eles desejavam fazer do livro uma fonte de conhecimento e mostrar a importância de procurar ajuda profissional. Foi a partir da premissa da conscientização que observamos outros pontos importantes que essa obra nos traz.

    Os contos permitem que o leitor mergulhe nos sentimentos, nas sensações e nos pensamentos dos personagens, trazendo a realidade dos sofrimentos psíquicos, suas peculiaridades e, principalmente, sua diversidade. São mencionadas diferentes patologias relacionadas à saúde da mente, desde os tidos como comuns, como os transtornos de ansiedade, até outros menos falados ainda, como os muitos transtornos de personalidade. Isso possibilita demonstrar que os processos de sofrimento nunca são iguais e que podem surgir para cada um de um jeito diferente. 

    Outro tema interessante abordado de modo inteligente no livro é a referência aos locais de tratamento: as casas de acolhimento ou o tão estigmatizado e assustador manicômio. Nos contos, eles são chamados de lar, um local seguro, um refúgio onde é possível encontrar cuidado, compreensão e olhares sem julgamento, e, assim, entrar em contato com suas questões e com como lidar com elas.

    Desmistificar o tratamento para saúde mental é o primeiro passo para conseguirmos diminuir os dados crescentes de suicídio e de transtornos. Nossa mente merece e precisa urgentemente ser tratada como qualquer outra parte do nosso corpo. Por que, quando sentimos dor de dente, vamos ao dentista? Por que, quando sentimos dor no peito, vamos ao cardiologista, mas, quando a dor é na alma, ignoramos e, pior, achamos que é fraqueza? Isso precisa acabar. A terapia com psicólogo e/ou psiquiatra é para nos conhecermos, entrarmos em contato com nossas necessidades, anseios, dificuldades e sentimentos. Muitas vezes, como fazemos para sanar outras dores, é necessária uma medicação. Como diz nosso colunista, o psiquiatra Ricardo Feldman, Os transtornos mentais podem incapacitar e prejudicar tanto quanto as doenças ‘físicas’ e, assim como elas, também possuem tratamentos eficazes para restabelecer a saúde, o equilíbrio e o bem-estar..

    Além do apoio profissional, contar com uma rede de apoio formada por pessoas de confiança é extremamente importante. Ter com quem conversar e desabafar e a quem pedir ajuda pode evitar resultados piores. Por isso, lembra-se da empatia que a gente comentou? Pois bem, ela pode e deve aparecer por aqui também. Quando olhamos para o outro, conseguimos identificar os pequenos sinais que a pessoa em sofrimento pode estar tentando mostrar.

    Talvez você esteja se perguntando se é possível prevenir os transtornos da mente. Sim, é possível. Não tenha medo de olhar para dentro, observe suas emoções e tente identificar quais pensamentos e ações levam a elas. Busque reservar um tempo só para você e exercite a sua presença. Por quê? Normalmente, a ansiedade está ligada à preocupação excessiva com o futuro e à depressão do passado, então nada melhor do que ESTAR PRESENTE para cuidar da sua mente. Existem diversas técnicas que colaboram para a auto-observação, como a meditação e a atenção plena. O autoconhecimento é a chave para a prevenção.  Por isso, esteja presente, cuide da sua mente, cuide Bem do seu Estar!

    Boa leitura!

    Abraços,

    Isabel Marçal e Milena Fanucchi

    Fundadoras do Instituto Bem do Estar

    A caixa do palhaço  – RENAN CARVALHO

    RENAN CARVALHO cresceu com um gosto inexplicável por histórias fantásticas. Amante de desenhos, HQs, filmes, games e livros, aprendeu desde cedo a criar seu próprio mundo. Era

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