O Pedaço De Mim Que Roubaram

De Marcos Avelino Martins

131º livro do autor das séries OLYMPUS (em 15 volumes com 300 poemas em cada) e EROTIQUE (em 11 volumes com 50 poemas sensuais em cada), sendo outros 129 deles publicados no Clube de Autores. Alguns trechos: “A ampulheta do tempo gira, Arrastando em sua areia que sumira Lembranças e recordações,” “Mas por não ver a saída Desse indecifrável labirinto Onde estou agora perdido, Por não dizer jamais a palavra proibida Que talvez ressuscitasse um amor extinto,” “Uma doce tristeza me invade, Acalentando uma estranha sede, Que com meus neurônios colide, E em minhas sinapses explode, Ao ouvir o som de um velho alaúde...” “Como te esquecer, Se teu perfume eu ainda sinto, Se tua silhueta insinuante Em meus olhos ficou gravada?” “A sua beleza me arrebata E me encanta a sua silhueta, Assim como seus olhos de ternura infinita, Quando os meus olhos famintos nota, E com um olhar interrogativo me perscruta.” “Nós juntos demos liga, é um sonho fazer parte disso, Em nossa relação antiga, fascinei-me por teu doce feitiço, Entrei de cabeça nesse relacionamento confuso, E mesmo que enlouqueça, cada vez mais me seduzo,” “Tua lembrança ficou para trás, Nunca mais quero te ver outra vez, Deixaste em mim uma imensa cicatriz, A indiferença calou a nossa voz, Estamos agora a milhares de anos-luz!” “Foi apenas há um minuto atrás Que eu te perdi, Mas o mundo deu tantas voltas, Sem nem mesmo sair do lugar, Que estás de novo ao meu lado, E nada parece ter mudado, Mas perdi a noção das horas, E nem mesmo sei em que ano estamos,” “Quase nunca me adapto A atividades das quais não sou adepto, Sou alérgico ao cheiro de eucalipto, Pelos caminhos mais curtos sempre opto, E termino relacionamentos de modo abrupto!” “Agradeço adeus Por cromossomos felizes, E portanto amor que me tens, E que celebro contextos, Onde de claro meu imenso amor...” “Minhas recordações vão diminuindo, Algumas bem lentamente, Que devagar vão se diluindo, Outras, veloz e incansavelmente, Como se um fogo as devorasse,” “Mal a noite descera, Você tocou a campainha E a luz, que de apagar me esquecera, Subitamente se apagou sozinha...” “Já presenciei muitos milagres: Respirar, sorrir, dormir, amar, Ter alma de poeta E inspiração abundante,” “Deixa-me passear Pelos mundos escondidos em teu corpo, Centímetro por centímetro, Arrancando-te suspiros e gemidos Durante essa exploração minuciosa,” “Por que aquele antigo baú ainda me atrai, Se há tanto tempo joguei fora a chave? Será porque meu coração traiçoeiro Arrependeu-se da última separação E quer me fazer sofrer outra vez?” “No fundo de um verso Eu te descubro, Nua e linda, A me esperar, Na beira do universo, No último dia de Outubro, Numa espera infinda, Com inesperada sede de amar!” “A noite cai lentamente, O Sol se escondendo no horizonte, E, nesse esplêndido poente, Uma pergunta surge em minha fronte, Enrugando-a por alguns momentos,” “Eu ouvi dizer, Mas não garanto que seja verdade, Que você seria minha rima perfeita, Criada sob medida para mim,” “Pintei você, Poeticamente, Dentro de mim, Com um pincel imaginário,” “E como eu poderia saber, Mero peão no jogo de xadrez das esferas, Que nessas histórias de onde viemos, O nosso destino já estava previsto Mil anos antes de conhecer você?” “Minha asa por você se arrasta, Às vezes, faço-me até de besta, Olhar para você maravilha minha vista, O seu oceano deságua na minha costa, E ficar sem você nas noites muito me custa!” “Por que você não me poupa De toda essa sua teimosia, Por que não me espera sem roupa, Vestida somente de Poesia?” “Por que você não me rapta E de minhas artes sensuais vira adepta Leva sua luz para o interior de minha cripta E por ser minha escrava sexual opta, Depois de uma noite de paixão ininterrupta?” “Você está na mais linda fotografia, Que tiramos numa noite cheia de magia, Você está no receituário indicado Para esquecer todas as paixões do passado,

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 13 de jul. de 2023

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O PEDAÇO DE MIM QUE ROUBARAM

TEXTOS, REVISÃO, PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E CAPA:

MARCOS AVELINO MARTINS

([e-mail])

IMAGEM DA CAPA:

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(imagem do Pixabay por almercpaul)

Copyright © 2023 by Marcos Avelino Martins

Direitos autorais reservados. Reprodução parcial ou total dessa obra não permitida sem expressa permissão do autor. A violação dos Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo Artigo 184 do Código Penal.

M386

Martins, Marcos Avelino, 1953 -

O pedaço de mim que roubaram – Goiânia-GO

Edição do autor, Julho/2023

116 p.

ISBN: 979-88-51-90734-0

1. Literatura. 2.Poesia. I. Martins, Marcos Avelino. II. Título

CDU: 821.134.3(81)-1

Esta obra é inteiramente ficcional. Os personagens são criados a partir da imaginação do autor, e não são baseados em acontecimentos. Qualquer semelhança com situações ou pessoas, vivas ou mortas, é incidental.

Agradeço às inúmeras pessoas que contribuíram com histórias, postagens ou imagens que serviram de fonte de inspiração para alguns poemas desse livro.

O PEDAÇO DE MIM QUE ROUBARAM

Um pedaço de mim desapareceu,

Roubado por algum fantasma do passado,

Que invadiu meus sonhos e o levou,

Sem deixar rastros nem perfume!

Quem terá sido essa desconhecida,

Será alguém que no tempo se perdeu,

Ou em outra cidade tenha se ocultado,

E, sem me avisar, de repente voltou,

Só porque de minha alegria ficou com ciúme?

Terá ficado em algum canto de mim escondida,

E quando dormi, aproveitou-se de meu cansaço,

Sem nem pesquisar se com ela eu sonhava,

E de repente resolveu aparecer sem aviso,

No meio da noite, roubando-me enquanto eu dormia?

E agora, o que farei sem esse pedaço,

Que cada vez mais se agigantava?

Quanto tempo para recuperar será preciso

A falta desse pedaço de mim chamado Poesia?

Vídeo relacionado: Oswaldo Montenegro - Travessuras

https://www.youtube.com/watch?v=hn3ZMVsYSfE

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MEMÓRIAS DA NOITE

Mal a noite descera,

Você tocou a campainha

E a luz, que de apagar me esquecera,

Subitamente se apagou sozinha...

Era uma fria noite de inverno,

Gelada como um picolé de limão,

Mas aquele seu olhar tão terno

Derreteu o meu enregelado coração...

Depois de algumas taças de vinho rosê,

E de dançarmos um bolero abraçados,

Descobri-me de