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Direto Ao Coração
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E-book400 páginas2 horas

Direto Ao Coração

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Sobre este e-book

139º livro do autor das séries “OLYMPUS” (em 15 volumes com 300 poemas em cada um) e “EROTIQUE” (em 12 volumes com 50 poemas sensualmente líricos em cada um). Alguns trechos: “E, naquele beijo interminável, Em que nossas almas se mesclaram, E se descobriram uma pela outra encantada, Eu soube, definitivamente, Que nunca mais nos desencontraríamos outra vez...” “As tintas divinas se derramaram, Tingindo de azul o mar, De verde as florestas e campos, De branco as nuvens e montanhas, De vermelho as alvoradas e poentes... Espalharam-se pelo arco-íris E pelas flores e animais recém-criados, Tornando aquele mundo ainda tão jovem O mais belo que Ele já concebera.” “Não chore, está tudo bem, é apenas a morte, Um dia teria mesmo de acontecer, E entre nós dois, melhor que seja eu, Pois você é muito mais forte, E, de um modo ou de outro, vai sobreviver Em um mundo onde o seu amor morreu...” “Ou será que terminarás confessando Que acreditas nesse estranho amor, E que tínhamos que acabar nos encontrando, Pois de teus sonhos eu também era invasor?” “Foguetes incendiários cortaram o espaço, Espalhando o terror sobre os amantes, Meu coração precisou de um marca-passo Para se curar de suas batidas galopantes! Só restou em mim uma saudade incurável, Que entre os meus órgãos se espalhou, Depois, a noite se instalou, implacável, E a sua ausência nunca mais me deixou!” “Na noite em que você partiu, Começou o reinado de terror: Tristezas como nunca se viu E o fim do império do amor... Esse nosso amor deflorado, Achincalhado e deposto, Foi enviado para o passado, Onde nunca mais seria exposto...” “Finalmente tomei coragem para te oferecer uma bebida, Felizmente prontamente aceitaste, e enquanto bebias, (Acho que com pena de como eu estava abalado), Então te contei que sonhara contigo por toda a vida, Sem nunca imaginar que realmente existias, Sem ainda acreditar que te houvesse encontrado!” “E gemias, cada vez mais entregue à paixão, Desarmada, desorientada e sem qualquer censura, Deixavas que eu fizesse tudo o que queria, Naquele ninho de amor apelidado de colchão, Nós dois, explorando-nos naquela primeira aventura, Que me acendeu de vez aquela flor chamada de Poesia...” “Ao chegar bem perto, gritei o teu nome, E, espantada, rapidamente te viraste, E, assim como eu, começaste a correr ao meu encontro, E, então, nós nos abraçamos com loucura, Como se o tempo parasse ao nosso redor, E voltasse subitamente àquela manhã, tantos anos atrás, Olhando-nos extasiados e saboreando longos beijos, Represados, longamente ansiados, enfim libertos,” “Façamos valer a pena cada minuto, Esqueçamos o angustiante correr das horas, Desarmemo-nos, em nosso último reduto, Antes que surja a mais triste das auroras... Depois, o vento levará para longe todas as folhas, E amargaremos o tipo mais cruel de saudade! A vida traz-nos algumas simples escolhas, Mas outras, fazem doer por toda a eternidade...” “Não consigo imaginar como será amanhã, Quando eu acordar, e você não estiver, A escuridão aparecerá logo de manhã, E não irá mais embora, haja o que houver! Tudo o que restará de nós serão poemas, Tantos textos de amor que você me inspirou, E que ao relê-los, trarão tristezas supremas, Rastros desse amor que a saudade deixou...” “E foi mesmo o último, pois ela não voltou, A cirurgia foi um completo fracasso, E ela morreu durante a operação! Nunca mais daquele jeito ninguém me olhou, Nem recebi de surpresa outro abraço, E morri por dentro, junto ao seu caixão...” “O acaso quis nos colocar de frente, Mas não poderia imaginar Que assim, tão de repente, Pudéssemos desse jeito nos apaixonar. Quando o seu olhar encontrou o meu, Ao mesmo tempo um relâmpago cruzou o céu, Um trovão derrubou a luz, e trouxe o breu, Que fez um cadáver ressuscitar num mausoléu!” “Sequei suas lágrimas com um lenço, E logo depois ela me beijou, Um beijo reconciliador, inesquecível, Com aquele arrebatamento De
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de dez. de 2023
Direto Ao Coração

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    Direto Ao Coração - Marcos Avelino Martins

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    DIRETO AO CORAÇÃO

    EDIÇÃO ESPECIAL COM 150 POEMAS EMOCIONANTES

    TEXTOS, REVISÃO, PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E CAPA:

    MARCOS AVELINO MARTINS

    (cygnusinfo@gmail.com)

    IMAGEM DA CAPA:

    https://pixabay.comgothic-2777564.jpg/

    (imagem do Pixabay por Enrique Meseguer)

    Copyright © 2023 by Marcos Avelino Martins

    Direitos autorais reservados. Reprodução parcial ou total dessa obra não permitida sem expressa permissão do autor. A violação dos Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo Artigo 184 do Código Penal.

    M386

    Martins, Marcos Avelino, 1953 -

    Direto ao coração / Marcos Avelino Martins – Goiânia-GO

    Edição do autor, Dezembro/2023

    353p.

    ISBN:  97-98-87-100322-0

    1. Literatura. 2.Poesia. I. Martins, Marcos Avelino. II. Título

    CDU:821.134.3(81)-1

    Esta obra é inteiramente ficcional. Os personagens são criados a partir da imaginação do autor, e não são baseados em acontecimentos. Qualquer semelhança com situações ou pessoas, vivas ou mortas, é incidental.

    Agradeço às inúmeras pessoas que contribuíram com histórias, postagens ou imagens que serviram de fonte de inspiração para alguns poemas desse livro.

    APRESENTAÇÃO

    Esta seleção especial foi preparada com muito carinho, contendo 150 poemas que falam direto ao coração, cutucando alguma ferida antiga, relembrando fatos que talvez façam o leitor disfarçar alguma(s) lágrima(s) furtiva(s), principalmente se algo parecido lhe aconteceu.

    Caso isto aconteça com você, que está agora com esse livro em suas mãos, então ele já terá cumprido sua missão, que é despertar sentimentos de um passado que pode até não estar tão longe assim.

    E afinal, uma das funções primordiais da Literatura é despertar emoções aos resilientes amantes de um bom livro. Quem não se lembra de um trecho inesquecível de algum livro que tenha lido, e que lhe deixou indeléveis marcas na memória?

    Espero que se emocionem com algumas dessas histórias que minha amiga, a Poesia, soprou em minha mente, algumas delas enquanto eu dormia, sussurrando: "Vai, poeta, seu destino é escrever histórias de amor"...

    15 MINUTOS

    Foram 15 minutos apenas

    Que cheguei atrasado

    Para o primeiro encontro que tínhamos marcado,

    Mas tive de resolver um problema no trabalho,

    Demorei um pouco para sair,

    E o tráfego estava terrível

    Por causa de um acidente de trânsito.

    Tentei ligar para ela,

    Para avisar que me atrasaria,

    Mas não atendeu.

    E, quando cheguei,

    Ela não estava mais lá,

    Ou talvez nem tivesse ido, sei lá!

    Liguei várias vezes para me desculpar,

    Pela imperdoável falha,

    Mas jamais atendeu,

    Bloqueara meu número,

    Ou simplesmente ficara magoada.

    Depois daquele desastre,

    Minha vida virou um inferno,

    Problemas no trabalho,

    Doenças de pessoas queridas,

    Coisas demais para resolver

    Em pouco tempo disponível,

    E, depois de várias tentativas,

    Apenas deixei de insistir em lhe telefonar.

    Mas agora, alguns anos depois

    Daquele dia nefasto,

    Quando finalmente as coisas começaram

    A voltar ao seu devido lugar,

    Sem querer nos esbarramos

    Numa festa de um amigo comum,

    Que nem me lembrava que era amigo dela também.

    Ela me olha com surpresa,

    Claramente perturbada com o encontro casual,

    E eu a cumprimento quase murmurando,

    E, sem que eu esperasse,

    Esboça um sorriso nervoso,

    E somente então eu crio coragem

    Para lhe pedir perdão pelo desencontro

    Naquele dia nefasto,

    Em que 15 minutos me afastaram dela,

    E depois disto minha vida virara de cabeça para baixo,

    Não sabia se porque nem Deus me perdoara

    Por tê-la feito esperar no primeiro encontro,

    Ou se era somente obra do Destino!

    Ela ouve com espanto o que lhe dizia,

    E revela que realmente ficara muito decepcionada,

    Pensando que eu tinha me esquecido

    Ou apenas fizera pouco caso,

    E respondo que fora o pior dia de minha vida,

    Seguido por outros dias ainda piores,

    Pois jamais conseguira perdoar a mim mesmo

    Por aquele trágico desencontro,

    E revelo que jamais a esquecera,

    E sequer conseguira ter qualquer outro relacionamento,

    Pois ela me deixara marcas profundas,

    E se entranhara em minha cabeça,

    Tanto que, se eu soubesse onde morava (e não sabia),

    Teria feito alguma vigília em frente à sua casa,

    Até que conseguisse lhe pedir perdão...

    Ela ri, quando ouve isto,

    Aquele riso mágico que era sua marca registrada,

    E me dá um abraço inesperado,

    Forte, estreitando seu peito contra o meu.

    Depois de alguns minutos naquele abraço doce,

    Eu me afasto um pouco,

    Seguro suavemente o seu queixo,

    E, com lágrimas turvando-me o olhar,

    Eu lhe suplico que me perdoe,

    E pergunto se podemos começar de novo,

    E ela responde com um leve beijo na boca,

    Afasta-se um pouco, mas eu a beijo de novo,

    Desta vez um beijo apaixonado,

    Que tanto queria lhe dar naquela noite

    Em que nos desencontramos, anos atrás,

    E, naquele beijo interminável,

    Em que nossas almas se mesclaram,

    E se descobriram uma pela outra encantada,

    Eu soube, definitivamente,

    Que nunca mais nos desencontraríamos outra vez...

    Vídeo relacionado: Paulinho da Viola & Marisa Monte - A dança da solidão

    https://www.youtube.com/watch?v=eytVl-Bd47c

    OEBPS/images/image0002.png

    A CAIXA DE TINTAS

    Eras atrás, Deus estava pintando

    Em seu ateliê divino,

    Fazendo esboços de um novo universo,

    Quando um pernilongo celestial atrevido

    Começou a zumbir em Seu ouvido,

    Até que Ele perdeu a paciência,

    E, chateado, deu-lhe um piparote,

    Mas errou o alvo, o pernilongo fugiu,

    E, no gesto brusco,

    A caixa infinita de tintas que usava

    Voou pelos ares,

    E, sabe-se lá por quais dobras do espaço,

    Caiu sobre a Terra, ainda em evolução.

    As tintas divinas se derramaram,

    Tingindo de azul o mar,

    De verde as florestas e campos,

    De branco as nuvens e montanhas,

    De vermelho as alvoradas e poentes...

    Espalharam-se pelo arco-íris

    E pelas flores e animais recém-criados,

    Tornando aquele mundo ainda tão jovem

    O mais belo que Ele já concebera.

    Ao ver o rebuliço que sua caixa de tintas causara,

    Deus por instantes ficou curioso,

    Abriu Seu portal do espaço-tempo,

    E, avançando os ponteiros

    Por alguns milhões de anos,

    Descobriu que no futuro

    Aquele lindo mundo mágico,

    Pelo qual sua caixa de tintas se derramara,

    Acabaria por ter apenas três cores:

    O negro da noite sem fim,

    O gelo do frio glacial

    E o cinzento da poeira radioativa,

    Provocada por explosões nucleares

    Que uma espécie sem noção explodira,

    Tornando aquele um mundo morto!

    Pesaroso, Deus fechou o seu portal,

    Apagou as coordenadas daquele planeta,

    Secou uma minúscula gota de lágrima

    Que brotara irritante em Sua face,

    E para sempre se esqueceu daquele mundo perverso!

    Vídeo relacionado: George Harrison - My sweet Lord

    https://www.youtube.com/watch?v=ED4X6iHxJnk

    OEBPS/images/image0003.png

    A HORA FINAL

    A hora que tanto temíamos chegou,

    É tempo de partir para o outro lado!

    O inverno há tempos me abrigou,

    E está sempre me mandando um recado...

    Não chore, está tudo bem, é apenas a morte,

    Um dia teria mesmo de acontecer,

    E entre nós dois, melhor que seja eu,

    Pois você é muito mais forte,

    E, de um modo ou de outro, vai sobreviver

    Em um mundo onde o seu amor morreu...

    Fique aqui comigo até que eu me vá,

    Mesmo se for só por um instante,

    Segure firme a minha mão insegura...

    Prometa que não me esquecerá,

    Que serei sua lembrança incessante,

    Depois do fim de nossa aventura...

    Mas não fique triste, não há por que,

    Não a olvidarei por um instante sequer,

    Mesmo em um lugar qualquer no espaço...

    Mas eu, não sei o que farei sem você,

    Nesta esfera ou em outra qualquer,

    Sempre me faltará um pedaço...

    Estarei à sua espera, contando os dias,

    Mesmo que o tempo não faça sentido,

    Entre anjos e poetas, noutra realidade,

    Cheia de Poesia, amigos e alegrias,

    Esperando até que você também tenha partido,

    Para juntos ficarmos, por toda a eternidade...

    Vídeo relacionado: Lionel Richie – Goodbye

    http://www.youtube.com/watch?v=HaEe7P3Q3mk

    OEBPS/images/image0004.png

    A LONGA ESPERA

    Sonhei contigo pela primeira vez

    Numa fresca noite de primavera,

    Perfumada como se houvesse buquês

    De rosas vermelhas à minha espera.

    Acordei depois suando em bicas,

    Como se nos houvéssemos amado,

    Com aquelas lembranças tão ricas

    Na boca, como se me houvesses beijado.

    Depois disto, aconteceu outras vezes,

    Bastava eu adormecer que tu vinhas,

    E assim sucedeu por vários meses,

    Tuas fantasias penetravam nas minhas.

    E sempre eu acordava cansado,

    De tanto te amar em meus sonhos,

    Exausto, mas estranhamente realizado,

    Por causa desses encontros risonhos.

    Mas, de repente, um dia sumiste,

    E nunca mais contigo sonhei,

    Por muito tempo despertava triste,

    Pois nunca mais cansado acordei.

    E agora, como por mágica, aqui estás,

    Bem à minha frente, risonha e tão bela!

    Será que, se eu te contar, acreditarás

    Nessa história que daria uma novela?

    Acreditarias que teus detalhes conheço,

    Como aquela pinta que tens na barriga,

    E sei até mesmo qual foi o preço

    De tua tatuagem que tanto me intriga?

    Será que se eu contar dessa longa espera

    Até que eu te visse nesse momento,

    Pensarias que é mentira ou quimera

    Que te entranhaste em meu pensamento?

    Ou será que terminarás confessando

    Que acreditas nesse estranho amor,

    E que tínhamos que acabar nos encontrando,

    Pois de teus sonhos eu também era invasor?

    Vídeo relacionado: Steve Tyrell - It's magic

    https://www.youtube.com/watch?v=XLuOiR95CJY

    OEBPS/images/image0005.png

    A LONGA ESTRADA

    A longa e sinuosa estrada

    Que conduz à tua porta

    Enche de lágrimas minha face,

    Mas, nesta vida agitada,

    De que isto importa,

    Por mais triste que me tornasse?

    Quando passo pela tua casa,

    Tua ausência me cutuca,

    E tua lembrança me sufoca,

    Infeliz pássaro sem asa,

    Com essa saudade maluca,

    Saltitando feito pipoca…

    Olho esperançoso pela janela,

    Ansiando vislumbrar o teu vulto,

    Sonhando em rever teu sorriso,

    Que minha tristeza congela,

    A conceder um temporário indulto

    A esse meu coração sem juízo…

    E então, por alguns dias,

    Esse teu provisório regresso

    Trará alguns dias sem tortura,

    Algumas breves alegrias

    E lindos momentos de recesso,

    Oásis de sanidade à minha loucura…

    Vídeo relacionado: Beatles – The long and winding road

    https://www.youtube.com/watch?v=cWpRY0flS2U

    OEBPS/images/image0006.png

    A NOITE

    Quando o seu olhar disparou

    Sobre mim balas de AK-47,

    Minha armadura se desintegrou

    E se derreteu o meu trompete!

    Vindas daquele olhar cataclísmico,

    Bombas se espalharam pelos ares,

    Meu coração sofreu um abalo sísmico,

    Espalhando artérias por todos os lugares!

    A lua saiu de sua órbita e fugiu,

    Legando eternas noites sem fim

    Sobre esse pobre país varonil,

    E a última rosa morreu no jardim!

    Foguetes incendiários cortaram o espaço,

    Espalhando o terror sobre os amantes,

    Meu coração precisou de um marca-passo

    Para se curar de suas batidas galopantes!

    Só restou em mim uma saudade incurável,

    Que entre os meus órgãos se espalhou,

    Depois, a noite se instalou, implacável,

    E a sua ausência nunca mais me deixou!

    Vídeo relacionado: Hooverphonic - Mad about you

    https://www.youtube.com/watch?v=6EA-MIYY1bg

    OEBPS/images/image0007.png

    A NOITE QUE DUROU PARA SEMPRE

    Na noite em que você partiu,

    Começou o reinado de terror:

    Tristezas como nunca se viu

    E o fim do império do amor...

    Esse nosso amor deflorado,

    Achincalhado e deposto,

    Foi enviado para o passado,

    Onde nunca mais seria exposto…

    Corvos e urubus se regozijaram,

    Bruxas acenderam um fogaréu,

    As cortes do inferno dançaram

    E a escuridão desceu sobre o céu!

    Depois, nada mais foi como antes,

    De negro se vestiram as esquinas,

    Mortalhas se espalharam triunfantes,

    Carruagens infernais tocaram suas buzinas!

    Os mortos se levantaram dos túmulos,

    Vagando como indecifráveis zumbis,

    Assassinatos chegaram a seus cúmulos,

    Trucidando milhares de indefesos civis…

    Mulheres lindas foram trancadas em jaulas,

    Os rastros de violência se espalharam,

    A liberdade foi banida das aulas,

    E os amantes nunca mais se encontraram...

    Tudo isto aconteceu em minha mente,

    No instante em que você me deixou,

    E depois, para sempre fiquei demente,

    Vagando nessa noite que para sempre durou…

    Vídeo relacionado: Gerard Joling – No more boleros

    http://www.youtube.com/watch?v=CsX8WpjtvMQ

    OEBPS/images/image0008.png

    A PRIMEIRA VEZ EM QUE TE VI

    A primeira vez em que te vi,

    Naquele sábado, ouvi trovões ribombando,

    Quando nos apresentaram, um arrepio me percorreu,

    Senti coisas que nunca antes senti,

    Imediatamente vi que estava mudando,

    No instante em que soube que o amor nasceu!

    Jamais me ocorrera algo assim,

    Tanto frisson num simples toque de mãos,

    Mal consegui te dar um beijo na face,

    Senti a insegurança tomar conta de mim,

    Todos os meus esforços foram vãos,

    Mesmo antes que o teu olhar faiscasse!

    Será que percebeste o quanto me afetaste,

    Simplesmente porque em minha mão tinhas posto

    A tua mão firme? Não conseguia te dizer nada,

    Só o meu olhar contava o que me causaste,

    Pois não conseguia olhar nada que não fosse teu rosto,

    Tão perto de mim, linda como se fosses uma fada!

    Finalmente tomei coragem para te oferecer uma bebida,

    Felizmente prontamente aceitaste, e enquanto bebias,

    (Acho que com pena de como eu estava abalado),

    Então te contei que sonhara contigo por toda a vida,

    Sem nunca imaginar que realmente existias,

    Sem ainda acreditar que te houvesse encontrado!

    Percebi o teu espanto, ante a minha confissão espontânea,

    E por alguns instantes, pareceste desconcertada,

    Mas então, olhando-me firme nos olhos erráticos,

    Confessaste que sentiras por mim uma atração instantânea,

    E que talvez o destino nos tivesse juntado naquela balada,

    Naquela noite linda, de desígnios enigmáticos...

    Emocionado, segurei firme a tua mão palpitante,

    E te levei para dançarmos uma balada que tocava,

    E quase não acreditei no quanto eras incrível,

    E colavas o teu corpo ao meu, de modo insinuante,

    Em dez minutos, eu tinha certeza de que já te amava,

    Depois de, por toda a vida, seres um sonho impossível...

    Quando a música mudou, e começou a tocar sertanejo,

    Puxaste-me pela mão, para longe da pista de dança,

    E, sem aviso, enlaçaste meu rosto em um beijo insano!

    Colada a mim, sentiste a explosão de meu desejo,

    Nós dois ali atracados, bem no meio daquela festança,

    Afogueados e sem nos afastarmos, naquele beijo tirano...

    Finalmente nos desvencilhamos, olhando-nos com loucura,

    E então me puxaste pela mão, em direção ao estacionamento,

    Em direção ao teu carro, tiraste a chave da bolsa e me entregaste,

    E saímos dali a toda, depois de mais um beijo sem censura,

    Nossas mãos se aventurando, até chegar ao teu apartamento,

    E mal entramos, entre loucos beijos, tua roupa toda tiraste...

    Pelo resto da noite, exploramo-nos louca e mutuamente,

    E nem parecia que nunca antes havíamos

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