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Notificação preferida: Uma antologia Romantica
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E-book156 páginas1 hora

Notificação preferida: Uma antologia Romantica

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Sobre este e-book

Antigamente, nosso coração batia muito forte quando o paquera mandava uma carta, um bip no pager, uma ligação ou até mesmo quando passávamos horas batendo papo no MSN. Agora, nos tempos modernos, suspiramos quando chega aquela notificação especial em nosso smartphone. Muitas coisas mudaram, mas o que continua igual é que amamos ser lembrados pelo crush, seja na fase da paquera ou quando o relacionamento está sério. Não importa se os tempos são outros, o sentimento e o frio na barriga se mantêm. Nesta antologia, vocês irão testemunhar como diversas personagens reagem ao receberem sua notificação preferida. Entre suspiros, amor, paquera, auto aceitação e até aquele medinho, estes contos irão fazer vocês sentirem um misto de emoções.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento22 de jul. de 2020
ISBN9786585772037
Notificação preferida: Uma antologia Romantica

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    Notificação preferida - Guilherme Cepeda

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    organização

    Guilherme cepeda e larissa azevedo

    1ª edição

    Coordenação Editorial
    Guilherme Cepeda
    Larissa Azevedo
    Revisão
    Naila Barboni Palú
    Capa
    Larissa Azevedo
    Diagramação
    Larissa Azevedo
    Ilustrações
    Freepik

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode

    ser utilizada ou reproduzida em quaisquer meios existentes

    sem a autorização por escrito da editora.

    www.burnbooks.com.br

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Notificação preferida / Guilherme Cepeda e Larissa Azevedo, organizadores. – São Paulo, SP: Editora Burn Books, 2020

    Vários autores

    ISBN: 978-65-991475-0-0

    1. Literatura Infanto-Juvenil

    808.899282 CDD-028.5

    Índices para catálogo sistemático:

    1. 808899282 - Literatura Infanto-Juvenil

    O amor é difícil para os indecisos.

    É assustador para os medrosos.

    Avassalador para os apaixonados!

    Mas, os vencedores no amor são os fortes.

    Os que sabem o que querem e querem o que têm!

    Sonhar um sonho a dois,

    e nunca desistir da busca de ser feliz é para poucos!

    Nota: Trecho do poema Hoje quero falar para os apaixonados, de Ercília Ferraz de Arruda Pollice. É muitas vezes atribuído de forma errônea à Cecília Meireles.

    Ercília Ferraz de Arruda Pollice

    Sumário

    Essa eu fiz para o nosso amor - GUILHERME CEPEDA

    Cíclico - DÊNER B. LOPES

    Música de Quarentena - MARI SCOTti

    O amanhecer na Rua Augusta - MATHEUS A. MONTEIRO

    #HatersGonnaHate - NAILA BARBONI PALÚ

    Tudo o que eu quero ouvir - NATHÁLIA NOVIKOVAS

    Minha Maria Bonita - RAUL FELIPE SENNGER

    Me beija com raiva - SAMYRA MATT

    Apenas mais um clichê literário - TECA MACHADO

    não ame sozinho - THIMI ALLEGRO

    O Conselheiro - TIAGO VALENTE

    fragmentos de estrelas - larissa azevedo

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    Guilherme Cepeda é podcaster, blogueiro, sonhador e escritor. Nasceu em São Paulo, em 1992. Pós-graduado em Marketing e apaixonado por tecnologia e literatura desde sempre, em 2010 resolveu criar um blog para compartilhar sua opinião com os amigos.

    Jamais imaginaria que o projeto chegaria tão longe, tornando-se hoje o Burn Book, um dos maiores portais de literatura jovem do Brasil. Escreveu em co-autoria os livros da Série Minha Vida e, em seu trabalho mais recente, já pela Editora Burn Books, publicou o conto Estarei em Casa para o Natal na antologia que leva o mesmo nome, também foi publicado em outras antologias pelas Editoras Wish e Villa-Lobos.

    Atualmente está trabalhando em uma releitura do clássico O Clube dos Cinco e em um projeto de fantasia jovem que se passa no mundo dos sonhos.

    Contate o autor

    guilhermecarocia@gmail.com

    Às vezes costumo pensar que a vida não passa de um belo jogo de xadrez: nós somos os peões e a vida nos manda para onde ela quiser. Ou melhor, mesmo não acreditando em destino, acredito que ela tem uma boa participação nisso tudo.

    Eu não fazia mais parte daquele grupinho de alunos que só prezavam por notas altas e consequentemente deixavam de aproveitar a vida.

    Minha vida mudara no último fim de semana, principalmente depois que as classes foram remodeladas, ou seja, agora todos estavam compartilhando histórias e pensamentos durante o almoço no refeitório.

    Resolvi observar os alunos por alguns minutos. Fiquei calado, apenas assentindo com a cabeça entre um gole e outro do meu suco de morango.

    Sabe, custou-me acreditar que um dia estaria andando com Mel Cameron, a ovelha negra da escola, ou com Alex, que, apesar de ser um esportista, descobri ter mais cérebro do que deixava transparecer. Não vamos nos esquecer da Ally, minha patricinha favorita, seguida pela Raven, a garota que resolvera sair da concha e passara a irradiar uma energia tão positiva que era impossível não olhar.

    – Terra para Sam... Terra para Sam... – disse Mel, abanando as mãos para tentar atrair minha atenção.

    – Fala, Cameron! – respondi, levando alguns segundos para organizar as palavras.

    – O que você vai fazer depois da aula? – ela perguntou.

    – Não sei. Estava pensando em ir conversar com o coordenador do diretório de cinema e ver se posso me inscrever na turma desse ano. Tem um concurso legal rolando que pode dar ao melhor documentário uma viagem à Hollywood para participar de um curso prático sobre produção, direção e escrita criativa de roteiros de filmes.

    – Desde quando você se interessa por roteiros de cinema? – quis saber Alison.

    – Ora, desde sempre! – eu disse, mexendo na gola da minha jaqueta. – A paixão por criar histórias me acompanha desde a infância. E já que estou em um período de tentar coisas novas, resolvi me arriscar no clube de cinema.

    – Você não vai se tornar aquelas pessoas que têm opinião formada sobre tudo e critica os mínimos detalhes dos filmes, né? – indagou Alex, parecendo preocupado.

    – É claro que não! Não pretendo virar aqueles críticos chatos de cinema, estou fazendo isso por diversão.

    Apesar de manter algumas críticas de cinema no meu Instagram, eu nunca pensara em seguir isso como profissão.

    – Posso ser uma de suas personagens? – perguntou Ally. – Sempre sonhei em ser a heroína de uma história fictícia. Uma de minhas protagonistas favoritas é a Katniss Everdeen, de Jogos Vorazes. Aquela menina, sim, tem estilo.

    – Você ao menos sabe atirar com um arco?

    – É... não! – balbuciou. – Mas eu posso aprender – completou.

    – Ok! Até lá, vamos pensar em outra história para você.

    Eu já tinha ficado muito tempo no refeitório e queria conversar com o coordenador do diretório de cinema sobre o meu ingresso no grupo.

    – Bom, pessoal, ainda tenho algumas coisas para resolver. Vou começar com uma visita ao Sr. Charlie para falar sobre a ideia do meu documentário – falei, me levantando e juntando as coisas na minha bandeja.

    – Ok, Sam – disse Mel. – Nos vemos amanhã na primeira aula.

    Hasta luego – me despedi, arriscando meu espanhol.

    85663.jpg

    Apesar do horário, os corredores continuavam com alunos para lá e para cá. Era como se todo mundo fizesse parte de um grande formigueiro e as classes fossem as estações de trabalho.

    No caso da nossa escola, talvez fosse mais fácil comparar com uma colmeia, já que o mundo parecia girar em volta das abelhas rainhas, mais conhecidas como líderes de torcida, e seus zangões, os populares e boa parte dos jogadores do time de futebol, que as seguiam para todos os cantos.

    Eu andava pelos corredores abraçado à papelada do clube de cinema e desviando de todos para tentar chegar à sala do Sr. Charlie antes do intervalo, até que um brutamontes do time de futebol se separou do seu grupo e começou a vir na minha direção. Obviamente, o impacto foi inevitável!

    Voou papel para todos os lados, e, ao invés de me ajudar, ele voltou para seu grupinho. Tirava sarro de mim, falando coisas do tipo "Ei, nerd, vê se olha por onde anda! e Esqueceu o óculos em casa?". Comecei a pegar os papeis que tinham voado ao chão e mantive a cabeça abaixada, ignorando os comentários sem graça daquele bando de mauricinhos. Senti alguém se aproximando, e, quando olhei para cima, vi que Miley, uma das líderes de torcida, tinha se separado do grupo e trazia consigo alguns papeis nas mãos.

    – Ei! – disse Miley. – Vê se toma cuidado por onde anda.

    Fiquei sem esboçar reação por alguns segundos, até que consegui retomar o ar e formar uma frase completa.

    – É... Acredito que seus amigos não vão gostar muito disso. De qualquer forma, obrigado por tentar me ajudar.

    – Não esquenta, o Carlos é um sem-noção mesmo – comentou, com desprezo. – Ele não sabe a hora de parar e faz de tudo para chamar a atenção dos meus amigos.

    – Sei bem como é isso – comecei, ainda assustado por estar trocando mais do que duas palavras com Miley. Por anos fomos muitos próximos, mas ela ganhara certa popularidade na escola e, consequentemente, largara os velhos amigos do clube de xadrez e virara líder de torcida. — Não é de hoje que aqueles brutamontes zoam com a gente e é sempre acidental, né?

    – Enfim... Preciso ir – falou Miley, ajustando a gola do uniforme de líder de torcida –, se não vou perder meu treino.

    Sem dizer mais uma palavra, ela se virou e seguiu correndo em direção ao corredor que levava ao ginásio.

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    Bati três vezes na porta do diretório acadêmico de cinema e ninguém respondeu.

    Como a porta estava entreaberta, dei um leve empurrão e adentrei o salão, onde ficava o projetor da nossa escola. Até então, era um território inexplorado por mim. Segui pôr entre as empoeiradas estantes de DVDs e Blu-Rays, que iam desde os clássicos até produções mais recentes, como Os Vingadores e Godzilla, que, por sinal, foi um ótimo filme. Conseguiram trazer a essência do rei dos monstros e transformá-lo na esperança da humanidade no remake. Apesar de os remakes nunca serem como os filmes originais, Godzilla recebera boas críticas.

    Essas estantes deviam ser um viveiro de ácaros.

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