Streampunks: um fenômeno contemporâneo
De Ton Felix
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Sobre este e-book
Ton Felix examina o ecossistema em que os streampunks se inserem e busca mensurar sua relevância para o notável êxito da plataforma, atualmente a maior mídia de massa do mundo. Também discorre sobre os mais bem-sucedidos YouTubers, dentre os quais alguns poderiam ser reconhecidos como streampunks.
Os streampunks são um fenômeno contemporâneo e complexo, e esta obra se dedica a estudá-los para além de suas características e causas, situando-os no contexto da plataforma de stream, a fim de examinar se são um fenômeno em si mesmos considerados ou se são também o produto estratégico de uma política empresarial criada e aplicada pelo YouTube.
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Streampunks - Ton Felix
CAPÍTULO 1 DO RÁDIO E DA TELEVISÃO AO YOUTUBE: O FENÔMENO DOS STREAMPUNKS
Para melhor compreensão do fenômeno dos streampunks, questão central deste livro, é importante inicialmente procurar entender, ainda que em uma rápida abordagem, o que se pode compreender como comunicação social de massa e como ela tem se desenvolvido no mundo e no Brasil, desde as suas primeiras manifestações, nas diversas mídias que foram surgindo ao longo dos anos, passando pelo rádio, pela televisão e pelo advento da internet, até chegar a plataformas como o YouTube.
A COMUNICAÇÃO SOCIAL DE MASSA NO RÁDIO
Consta que a comunicação social de massa para entretenimento teve início no mundo ainda na década de 20, na Argentina, quando se iniciaram as primeiras emissões de rádio, as quais tiveram grande importância na revelação desse veículo de mídia eletrônica como um instrumento de comunicação social.
Nesse sentido De Caso (2011), escreve:
Em 27 de agosto de 1920, foi feita, na Argentina, uma das primeiras transmissões públicas de rádio do mundo (Zigiotto, 2007). Tratava-se da ópera Parsifal de R. Wagner, que foi transmitida do terraço do Teatro Coliseo. (tradução nossa)
Há registros de que, no Brasil, a primeira emissão de rádio aconteceu também na década de 20 do século passado, quando, em 7 de setembro de 1922, em discurso proferido por ocasião do centenário da independência, o Presidente da República, Epitácio Pessoa, inaugurou o serviço de radiofonia no país.
Um grupo privilegiado de pessoas pode, na ocasião, participar dessa primeira audição que, segundo Sergl (2015, pp. 225 a 226), tratou-se de uma transmissão tumultuada em razão das muitas interferências sonoras:
[...] Um grupo privilegiado de autoridades amigos do presidente testemunha o feito por meio da distribuição de 80 receptores: no Rio de Janeiro. Essa transmissão é tumultuada, pois a exposição tinha interferência sonora e pouco se ouviu do discurso do presidente. De qualquer forma, a nova mídia está lançada. Logo surgem as primeiras emissoras, denominadas clubes, sociedades e educadoras, evidenciando o fato de que a elite do país, formada por grupos fechados, mantém, por meio de cotas, o seu funcionamento. Nem se cogita em emissoras comerciais no Brasil.
Até hoje essa longeva mídia se mantém de grande relevância, porque consegue atingir os pontos mais distantes do planeta, não apenas na sua forma original, mas também associada, nos dias atuais, à internet. Oliveira e Portela (2020, p. 6) confirmam a persistente relevância do rádio na contemporaneidade:
Meio quente, na acepção de McLuhan, a rádio motivou sempre apreciações inflamadas por parte dos profissionais, mas é ainda, apesar dos desafios que se lhe colocam, uma espécie de parente pobre dos estudos dos médias. Ora, o objectivo deste número da revista Comunicação e Sociedade é em certo sentido reconhecer a rádio como um meio ainda relevante na construção do imaginário contemporâneo.
Na sua derivação mais recente, essa forma de comunicação social por áudio tem se mostrado ainda muito eficiente. Sua versão contemporânea, já associada à internet, está disponível por meio de aplicativos que permitem acesso às estações de rádio ao redor do mundo, como é o caso do aplicativo "Radio Garden Live".¹
Também os aplicativos de podcasts têm assumido destacado papel na comunicação de massa, revelando-se uma nova forma de mídia digital, muito utilizada e com grande aceitação pelos ouvintes desse tipo de mídia. Os podcasts têm se amoldado ao formato do rádio empregado desde há muito, mas agora destinados à divulgação de assuntos determinados e editoriais em áudio, ou a abordagens e comentários sobre temas específicos. Eles surgem como uma surpreendente e eficiente versão híbrida, mesclando o rádio tradicional e as mídias digitais. Oliveira e Portela (2011, p. 6) corroboram essa