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Teses sobre o Capital Comunicacional
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E-book62 páginas39 minutos

Teses sobre o Capital Comunicacional

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Sobre este e-book

A afirmação de que os “meios de comunicação de massas”, “indústria cultural”, entre outros termos semelhantes, exercem uma dominação quase absoluta sobre as “massas” ou o “povo”, é bem conhecida. Nildo Viana apresenta uma crítica tanto da concepção evolucionista-progressista dos meios de comunicação de massas quanto os representantes da Escola de Frankfurt, especialmente Theodor Adorno e Max Horkheimer e sua concepção de “indústria cultural”. O autor, além disso, apresenta uma análise crítica do que denomina “capital comunicacional”, mostrando que sua compreensão requer compreensão do capitalismo, bem como apresenta a necessidade de superação do modo de comunicação assimétrico e da adoção de um modo de comunicação simétrico. Isso, segundo o autor, só é possível como a transformação total e radical do conjunto das relações sociais.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de jul. de 2020
ISBN9786500063097
Teses sobre o Capital Comunicacional
Autor

Nildo Viana

Professor da Faculdade de Ciências Sociais e Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Goiás; Doutor em Sociologia pela UnB; Autor de diversos livros, entre os quais: O Capitalismo na era da Acumulação Integral; Quadrinhos e Crítica Social; As Esferas Sociais; Cinema e Mensagem; Manifesto Autogestionário; A Mercantilização das Relações Sociais; A Teoria das Classes Sociais em Karl Marx; Hegemonia Burguesa e Renovações Hegemônicas; O Modo de Pensar Burguês; Universo Psíquico e Reprodução do Capital.

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    Teses sobre o Capital Comunicacional - Nildo Viana

    INTRODUÇÃO

    As concepções sobre indústria cultural possuem alguns problemas conceituais e teóricos que dificultam mais do que colaboram com uma concepção mais adequada deste fenômeno. A presente obra é apenas um esboço de uma obra mais extensa, em preparação, referente a uma teoria do modo de comunicação na sociedade capitalista. Devido a isto, iremos tão somente iniciar a problematização da teoria da indústria cultural, que serve de ponto de partida para se pensar uma nova teoria da comunicação na sociedade capitalista.

    As concepções de indústria cultural, meios de comunicação de massas, cultura de massas, entre outras, padecem da falta de uma base metodológica e conceitual adequada. Apesar da influência do marxismo em muitas elaborações sobre a indústria cultural, as análises, na verdade, não utilizam o método dialético e acabam caindo em posições antidialéticas, mesmo quando utilizando a palavra dialética ou o se dizendo adotar tal método. Por outro lado, e mais grave, uma vez produzidas tais concepções, elas acabam se tornando referências obrigatórias e criam uma armadura linguística que dificulta o avanço intelectual sobre o fenômeno da comunicação na sociedade capitalista. O problema da linguagem é fundamental, pois a consciência a usa como elemento mediador para se desenvolver, e, quando a linguagem é coisificada, isto acaba efetuando uma coisificação da consciência. Tendo em vista que vivemos numa sociedade no qual a consciência coisificada predomina, então ela e a linguagem coisificada se reforçam mutuamente.

    Sendo assim, iremos, inicialmente, realizar a crítica de algumas concepções e construtos (falsos conceitos) para avançarmos na análise do processo de comunicação no capitalismo. A abordagem clássica da questão é a da chamada Escola de Frankfurt, representada principalmente por Theodor Adorno, mas contando também com as contribuições de Horkheimer, Marcuse, Benjamin, entre outros. A posição desta escola é considerada crítica, em contraposição aos apologistas da chamada indústria cultural, nomeadamente autores norte-americanos. Embora a Escola de Frankfurt tenha fornecido uma boa contribuição para analisar este fenômeno, há limitações nesta abordagem que devem ser expostas.

    Assim, nosso trabalho aqui será, ao mesmo tempo, de criticar algumas abordagens que buscam trabalhar a indústria cultural, ou meios de comunicação de massas, ou, ainda, "mass media", no sentido de mostrar seus limites e, em alguns casos, caráter ideológico, e, por outro, apresentar o esboço de uma alternativa que será desenvolvida em outra obra.

    No entanto, devido ao estado rudimentar deste processo de desenvolvimento de uma teoria da comunicação na sociedade capitalista, apresentaremos nossa abordagem sob a forma de teses. Tais teses formam alguns dos elementos básicos da crítica das concepções estabelecidas e esboçam alguns novos elementos para uma nova abordagem do fenômeno comunicacional no capitalismo. Porém, como são teses, precisam de desenvolvimento e aprofundamento, o que deverá ser efetivado futuramente em uma outra obra mais desenvolvida. O leitor deve, portanto, entende a presente obra como um conjunto de teses que apontam para uma introdução à uma teoria do capital comunicacional, que será desenvolvida posteriormente.

    OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSAS

    1ª TESE:

    A ideologia dos meios de comunicação de massas é um obstáculo a ser ultrapassado

    O primeiro ponto a destacar é que a discussão em torno dos meios de comunicação de massas é um obstáculo a ser superado. Por detrás desta expressão se escondem inúmeros problemas. Em primeiro

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