Base para uma Família Feliz
De Yoshio Mukai
()
Sobre este e-book
Relacionado a Base para uma Família Feliz
Ebooks relacionados
Alguém que Une o Céu e a Terra Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAmor e Dedicação a um Ideal Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSuperando Obstáculos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasConquiste a Felicidade com Amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sua Missão é Vencer Nota: 0 de 5 estrelas0 notasReligare - I Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDelícias de dar água na boca Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVivendo sem estresse: Os segredos de uma vida feliz e livre de preocupações Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs 100 Segredos Das Pessoas Felizes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Força da Meditação na sua Vida Nota: 0 de 5 estrelas0 notasViver E Ajudar A Viver Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Mistério da vida Nota: 0 de 5 estrelas0 notasYoga Definitivo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNa companhia de si mesmo: o despertar de um homem pelos Caminhos de Santiago de Compostela Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Arte de Viver em Família Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDicas De Autodefesa Que Todo Mundo Deveria Saber Nota: 5 de 5 estrelas5/5Yoga para iniciantes: Yoga mágica- as melhores posturas suaves: Corpo, Mente e Alma/ meditação Nota: 0 de 5 estrelas0 notasManual Sementes de luz Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Manual Das Falsianes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMeditação Em Cores - Mandala Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Transformação É Você Quem Faz Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMeditação : Mindfulness And Meditation Guide Usando Meditação Zen (Alcance A Paz E A Felicidade) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Amor É Como Cebola Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRespire bem e viva zen Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA verdade te interessa? Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAcenda Sua Intuição Psíquica Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Noite Escura Da Alma Nota: 0 de 5 estrelas0 notasIrmã Dulce. A Santa brasileira que fez dos pobres sua vida Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMeditação Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Religião e Espiritualidade para você
Capa Preta Nota: 4 de 5 estrelas4/5Entendes o que lês?: um guia para entender a Bíblia com auxílio da exegese e da hermenêutica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Contos Eróticos Para Mulheres Nota: 5 de 5 estrelas5/5As Pombagiras E Seus Segredos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Massagem Erótica Nota: 4 de 5 estrelas4/5Kamasutra Ilustrado Nota: 2 de 5 estrelas2/550 Banhos Poderosos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Mulheres Que Correm Com Os Lobos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasManhãs com Spurgeon Nota: 5 de 5 estrelas5/5Bíblia: Um estudo Panorâmico e Cronológico Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Livro Mestre De Feitiços & Magias Nota: 5 de 5 estrelas5/5A sala de espera de Deus: O caminho do desespero para a esperança Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Quarta Dimensão Nota: 5 de 5 estrelas5/5Odus Nota: 5 de 5 estrelas5/5Tudo que Quiser é Seu Nota: 4 de 5 estrelas4/5Umbanda para iniciantes Nota: 4 de 5 estrelas4/530 minutos para mudar o seu dia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Curso Básico De Violão Nota: 4 de 5 estrelas4/5Pecadores nas mãos de um Deus irado e outros sermões Nota: 5 de 5 estrelas5/5Apocalipse Explicado Nota: 5 de 5 estrelas5/5Devocional da Mulher Vitoriosa 4 Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Livro de Urântia: Revelando os Misterios de Deus, do Universo, de Jesus e Sobre Nos Mesmos Nota: 4 de 5 estrelas4/5Como Liderar Pessoas Difíceis: A Arte de Administrar Conflitos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Lições de liderança de Jesus: Um modelo eterno para os líderes de hoje Nota: 5 de 5 estrelas5/5Talmude Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA voz do silêncio Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Chave da Liberdade Emocional: Troque o centro e tudo transforme Nota: 4 de 5 estrelas4/5De Eva a Ester: Um relato sobre grandes mulheres da Bíblia Nota: 5 de 5 estrelas5/5As cinco fases do namoro Nota: 4 de 5 estrelas4/5Estresse, ansiedade e depressão: Como prevenir e tratar através da nutrição Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Base para uma Família Feliz
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Base para uma Família Feliz - Yoshio Mukai
CAPÍTULO 1
MINHA INFÂNCIA E O QUE APRENDI
SOBRE O PROCESSO DA CURA DIVINA
A situação na minha infância
Vivi minha infância numa colônia japonesa em Vera Cruz, no estado de São Paulo, a 430 quilômetros da capital, uma área rural onde meu pai tinha um espaço limitado de terras. Na década de 1930, famílias de imigrantes vizinhas eram devastadas por doenças e mortes tropicais. Mas a minha não. É pesada a tristeza dos campos quando o coração dos irmãos chora. Tifo, pestes, febres causadas por doenças amebianas, falecimentos de jovens, insalubridade, serpentes – e toda sorte de desencantos impostos aos japoneses quando desembarcaram no Brasil. Por que lutar? Por que plantar? Qual o sentido da jornada? Mas, em minha casa, a felicidade reinava. Eu retribuía, mas apenas por dentro. Poderia apostar que desde aquela época eu seria sério candidato a campeão mundial de timidez
.
O sentido profundo de família
, aprendido com meu pai
Somente aos poucos entendi a imagem das pessoas se aproximando lá de casa, ao entardecer. Era possível sentir o frio de suas almas enquanto cruzavam em silêncio as sombras dos arvoredos. Japoneses e brasileiros vinham ouvir meu pai, Chukiti Mukai, ler em voz alta, em idioma japonês, um livro de capa preta. Tempos depois descobri que era um exemplar da obra A Verdade da Vida, de autoria do prof. Masaharu Taniguchi. A simples leitura, o estudo ou a audição geravam fatos espantosos. Aconteciam curas espetaculares, ali, na sala da minha casa. Apenas depois de eu crescer, uma questão me passou pela cabeça: como é que meu pai, um lavrador todo simples, conseguia fazer aquilo? Na época, nunca me ocorreu fazer-lhe essa pergunta e acredito que meu pai não teria uma resposta especial, a não ser o amor que ele demonstrava às pessoas. Diante de meus olhos e por trás de minhas pálpebras de criança, todas aquelas pessoas também eram a minha família. Isso tinha a ver com o texto de A Verdade da Vida e a maneira como meu pai recebia a todos, em nosso lar, como se fossem familiares. De repente, as pessoas se tornavam velhas conhecidas e se reverenciavam como irmãs, naquelas noites de leitura das palavras da Verdade. Meu pai empreendia, nisso, sua voz, com todo o fervor que pode haver num espírito humilde em um corpo de camponês assoleado, como que renascido de um dia inteiro dedicado aos sulcos profundos daquelas terras desafiadoras.
Meus dois heróis de infância
Papai era um homem normal, e era assim que se fazia ver. No entanto, hoje percebo que sua humildade, envolta de silêncios marcantes, sanava as dores das pessoas naquele ambiente de fé. Era um pai muito amoroso. Só me recordo de ter sido duro comigo uma vez. Eu tinha 6 anos, e mereci. Não me lembro o porquê, mas mereci. Foi a lição mais determinante de toda a minha vida: Sim, sim! Não, não! Ou é sim ou é não! Nunca fique no meio-termo
. E pleft! O tapa doeu menos do que ver seu rosto bravo aquela única vez. Aprendi que o centro da família precisa dar limites. Como o Sol no sistema solar, como o próton no átomo e como o centro de gravidade do corpo dos pássaros que os mantém no ar, a Seicho-No-Ie ensina que em tudo deve haver um centro unificador, para onde tudo se converge:
No reino dos céus, ou seja, no mundo da Imagem Verdadeira, há em todas as coisas um centro para onde tudo se converge, e vemos esse fato na menor unidade que existe ao alcance do nosso conhecimento, que é o átomo. Neste existe um núcleo atômico e os elétrons giram ao seu redor. Se esse núcleo, ou centro, for destruído, ocorre a desintegração do átomo, pois, desintegrando-se o núcleo atômico, o átomo em si se desintegra e desaparece. Em tudo que existe, o centro deve ser preservado com cuidado. (TANIGUCHI, Masaharu. A Filosofia da Verdade que Gera Milagres, v. 2. São Paulo: Seicho-No-Ie do Brasil, p. 56)
Também no lar é preciso haver um centro, para onde todos os membros da família devem se convergir. Esse centro é representado pelo pai. Compete ao pai e também à mãe, na educação das crianças, estabelecer os limites, algumas vezes por meio da severidade. Meu saudoso pai era uma pessoa de personalidade doce e modesta, mas também ele era corajoso e determinado. Seu perfil era semelhante ao de tantos outros pioneiros do Movimento da Seicho-No-Ie, das colônias japonesas no interior de São Paulo e Paraná, nos anos 1930 e 1940.
Esta história não existiria sem a determinação de um cavaleiro que vinha de algum lugar, muito distante, e curava graves enfermos com um olhar e uma frase: Daijiro Matsuda. Homem simples e de semblante profundamente compenetrado, mas de uma decisão extraordinária na mente, percorreu trilhas com seu cavalo num raio de centenas de quilômetros. Não queria e não pedia nada. Seu pagamento era ver a todos nós, seus irmãos desconhecidos
, curados, felizes e prósperos. Graças a esses dois homens, meu pai, Chukiti, e Daijiro, aprendi o profundo significado da palavra família
– e, mais tarde, da expressão Família Seicho-No-Ie
.
O que é importante na hora de
transmitir a Verdade que salva
Papai não precisou obter nenhuma grande graça para depois tornar-se Seicho-No-Ie. Sentir Deus, ter harmonia e fé absoluta na Imagem Verdadeira bastava em nosso lar. No entanto, houve um testemunho ocular que o impressionou muito. Ele viu a esposa de um de seus colonos curar-se de câncer de intestino mediante a leitura das palavras de A Verdade da Vida. Diante do fato, para ele não havia como contestar a força dos ensinamentos da Seicho-No-Ie. Assim, buscou os ensinamentos com o prel. Shiguekazu Saito, que já conhecia a Verdade havia mais tempo, e começou a orar, tanto pelos japoneses quanto pelos brasileiros. Meu pai conduzia a Meditação Shinsokan com serenidade absoluta, enquanto os vizinhos o acompanhavam com os olhos marejados de lágrimas. E saíam lá de casa curados, aliviados e felizes. Em grande parte das vezes, papai não dizia sequer uma palavra fora do livro A Verdade da Vida e do Shinsokan. Já nas visitas do prel. Daijiro Matsuda, uma luz diferente se fazia presente entre nós. Quando seu alazão ganhava a campina, chegando de longe, eu já sabia que os vizinhos que vinham até nós cruzando as trilhas pelos parreirais e pés de café teriam suas vidas, antes sombrias, completamente iluminadas diante da convicção daquele homem. O prel. Daijiro Matsuda falava com uma firmeza que por vezes até assustava as pessoas – e elas se curavam instantaneamente. Do exemplo de meus dois primeiros mestres, meu pai e o prel. Daijiro Matsuda, aprendi que, para transmitir a Seicho-No-Ie, devemos ser diretos e vigorosos, mas internamente devemos ser suaves e estar amparados pela oração. A partir disso, nossas palavras estarão preenchidas de amor, independentemente do tom em que sejam proferidas, e poderemos tocar a alma das pessoas.
Orar transforma tudo da água para o vinho
A aurora do Movimento da Seicho-No-Ie no Brasil não se deu a partir da forma de uma organização, como hoje o conhecemos, mas sim em torno de fé, amor e ocorrências milagrosas, ou curas divinas. Como o próprio nome diz, é a cura realizada por Deus. A pessoa não se cura com a própria força. Quando ela se sintoniza com Deus, a força divina entra em ação para curar-lhe a doença
, ensina o prel. Katsumi Tokuhisa, na obra Conforme a Atitude Mental, v. 2, p. 122. Papai, ao ouvir falar de curas por meio de orientações da Seicho-No-Ie ministradas pelo prel. Shiguekazu Saito, procurou-o. Orientado, começou a ler a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade em gratidão aos antepassados e eis que, espontaneamente, nossa casa se transformou em um ponto de reuniões, orações e curas. Era assim que as pessoas passavam a divulgar o Ensinamento, por conta própria e seguindo com rigor as palavras de A Verdade da Vida. Numa época em que meu pai estava à espera da colheita do café que plantara, precisava urgentemente diversificar a atividade econômica da família, e assim comprou mudas de parreiras para produzir uvas. Mas foi tapeado. O vendedor disse que era uva branca; no entanto, metade das uvas era preta. Papai havia aprendido a perdoar, e assim, de fato, perdoou. A Seicho-No-Ie ensina, antes de tudo, a cura
da mente em conflito. Foi então que um vizinho ficou encantado com as uvas escuras, próprias para produzir vinho, nos ensinou a fabricar a bebida e chegamos a produzir 2.500 litros por safra. Aquela aparente má-fé
do vendedor transformou-se em nosso sustento. Era evidente a força da harmonia mental aprendida nos livros da Seicho-No-Ie.
A oração constante atravessa suave e poderosamente toda a névoa de ódios e doenças, reforma o destino, as finanças, as relações, as famílias, as células, os órgãos etc. Nenhum problema resiste a orações serenas, perseverantes e sinceras. Tal como a noite se retira com a chegada do sol, todos os problemas desaparecem quando oramos.
Como se processa a cura divina
O discípulo número dois do prof. Masaharu Taniguchi, fundador da Seicho-No-Ie, era um médico conceituado no Japão, chamado Katsumi Tokuhisa. Ele próprio se autodenominava, no começo, o número um, mas, conforme a narrativa dele mesmo, certa vez a profa. Teruko Taniguchi, esposa do prof. Masaharu Taniguchi, disse: Na verdade, eu sou o discípulo número um
.
O prel. Tokuhisa afirmava que depois de conhecer o método da cura divina, que visa despertar o princípio da força curativa de cada pessoa, compreendeu que existia um mundo que transcende o senso comum dos homens e os conhecimentos científicos
(Conforme a Atitude Mental, v. 2, p. 123). Os ensinamentos básicos da Seicho-No-Ie datam da década de 1930. Hoje em dia, a ciência caminha para uma direção na qual, sob vários aspectos, a Seicho-No-Ie a precedeu. Segundo estudos radioisotópicos dos laboratórios de Oak Ridge, na Califórnia, Estados Unidos, o esqueleto humano é renovado a cada três meses e a pele a cada cinco semanas. A cada cinco dias surge uma nova parede