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Base para uma Família Feliz
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E-book142 páginas1 hora

Base para uma Família Feliz

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Sobre este e-book

Essa obra do renomado líder do Movimento da Seicho-No-Ie, no Brasil, une história e ensinamentos como poucas no catálogo de nossa literatura. Há passagens de uma vida notável que garantem ao leitor conhecimento de fatos e até curiosidades dos primórdios da divulgação, em solo brasileiro. As temáticas nos abrem caminhos iluminados suavemente: cura divina ao nível das células, oração como comando aos corpúsculos espirituais que controlam o destino, como gerar em si o amor necessário para vencer problemas familiares, e dicas de como se levantar com as próprias pernas de qualquer situação – são apenas alguns itens. O autor narra também momentos marcantes de contato direto com o fundador do movimento, prof. Masaharu Taniguchi. Aponta portas de acesso a quem deseja adentrar em práticas essenciais como líder do movimento: como visualizar a Perfeição Absoluta de Deus, dicas de Orientação Pessoal, jeitos de abrir caminhos no lar e no emprego, e macetes sobre liderança.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de set. de 2023
ISBN9786558140245
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    Pré-visualização do livro

    Base para uma Família Feliz - Yoshio Mukai

    CAPÍTULO 1

    MINHA INFÂNCIA E O QUE APRENDI

    SOBRE O PROCESSO DA CURA DIVINA

    A situação na minha infância

    Vivi minha infância numa colônia japonesa em Vera Cruz, no estado de São Paulo, a 430 quilômetros da capital, uma área rural onde meu pai tinha um espaço limitado de terras. Na década de 1930, famílias de imigrantes vizinhas eram devastadas por doenças e mortes tropicais. Mas a minha não. É pesada a tristeza dos campos quando o coração dos irmãos chora. Tifo, pestes, febres causadas por doenças amebianas, falecimentos de jovens, insalubridade, serpentes – e toda sorte de desencantos impostos aos japoneses quando desembarcaram no Brasil. Por que lutar? Por que plantar? Qual o sentido da jornada? Mas, em minha casa, a felicidade reinava. Eu retribuía, mas apenas por dentro. Poderia apostar que desde aquela época eu seria sério candidato a campeão mundial de timidez.

    O sentido profundo de família, aprendido com meu pai

    Somente aos poucos entendi a imagem das pessoas se aproximando lá de casa, ao entardecer. Era possível sentir o frio de suas almas enquanto cruzavam em silêncio as sombras dos arvoredos. Japoneses e brasileiros vinham ouvi­r meu pai, Chukiti Mukai, ler em voz alta, em idioma japonês, um livro de capa preta. Tempos depois descobri que era um exemplar da obra A Verdade da Vida, de autoria do prof. Masaharu Taniguchi. A simples leitura, o estudo ou a audição geravam fatos espantosos. Aconteciam curas espetaculares, ali, na sala da minha casa. Apenas depois de eu crescer, uma questão me passou pela cabeça: como é que meu pai, um lavrador todo simples, conseguia fazer aquilo? Na época, nunca me ocorreu fazer-lhe essa pergunta e acredito que meu pai não teria uma resposta especial, a não ser o amor que ele demonstrava às pessoas. Diante de meus olhos e por trás de minhas pálpebras de criança, todas aquelas pessoas também eram a minha família. Isso tinha a ver com o texto de A Verdade da Vida e a maneira como meu pai recebia a todos, em nosso lar, como se fossem familiares. De repente, as pessoas se tornavam velhas conhecidas e se reverenciavam como irmãs, naquelas noites de leitura das palavras da Verdade. Meu pai empreendia, nisso, sua voz, com todo o fervor que pode haver num espírito humilde em um corpo de camponês assoleado, como que renascido de um dia inteiro dedicado aos sulcos profundos daquelas terras desafiadoras.

    Meus dois heróis de infância

    Papai era um homem normal, e era assim que se fazia ver. No entanto, hoje percebo que sua humildade, envolta de silêncios marcantes, sanava as dores das pessoas naquele ambiente de fé. Era um pai muito amoroso. Só me recordo de ter sido duro comigo uma vez. Eu tinha 6 anos, e mereci. Não me lembro o porquê, mas mereci. Foi a lição mais determinante de toda a minha vida: Sim, sim! Não, não! Ou é sim ou é não! Nunca fique no meio-termo. E pleft! O tapa doeu menos do que ver seu rosto bravo aquela única vez. Aprendi que o centro da família precisa dar limites. Como o Sol no sistema solar, como o próton no átomo e como o centro de gravidade do corpo dos pássaros que os mantém no ar, a Seicho-No-Ie ensina que em tudo deve haver um centro unificador, para onde tudo se converge:

    No reino dos céus, ou seja, no mundo da Imagem Verdadeira, há em todas as coisas um centro para onde tudo se converge, e vemos esse fato na menor unidade que existe ao alcance do nosso conhecimento, que é o átomo. Neste existe um núcleo atômico e os elétrons giram ao seu redor. Se esse núcleo, ou centro, for destruído, ocorre a desintegração do átomo, pois, desintegrando-se o núcleo atômico, o átomo em si se desintegra e desaparece. Em tudo que existe, o centro deve ser preservado com cuidado. (TANIGUCHI, Masaharu. A Filosofia da Verdade que Gera Milagres, v. 2. São Paulo: Seicho-No-Ie do Brasil, p. 56)

    Também no lar é preciso haver um centro, para onde todos os membros da família devem se convergir. Esse centro é representado pelo pai. Compete ao pai e também à mãe, na educação das crianças, estabelecer os limites, algumas vezes por meio da severidade. Meu saudoso pai era uma pessoa de personalidade doce e modesta, mas também ele era corajoso e determinado. Seu perfil era semelhante ao de tantos outros pioneiros do Movimento da Seicho-No-Ie, das colônias japonesas no interior de São Paulo e Paraná, nos anos 1930 e 1940.

    Esta história não existiria sem a determinação de um cavaleiro que vinha de algum lugar, muito distante, e curava graves enfermos com um olhar e uma frase: Daijiro Matsuda. Homem simples e de semblante profundamente compenetrado, mas de uma decisão extraordinária na mente, percorreu trilhas com seu cavalo num raio de centenas de quilômetros. Não queria e não pedia nada. Seu pagamento era ver a todos nós, seus irmãos desconhecidos, curados, felizes e prósperos. Graças a esses dois homens, meu pai, Chukiti, e Daijiro, aprendi o profundo significado da palavra família – e, mais tarde, da expressão Família Seicho-No-Ie.

    O que é importante na hora de

    transmitir a Verdade que salva

    Papai não precisou obter nenhuma grande graça para depois tornar-se Seicho-No-Ie. Sentir Deus, ter harmonia e fé absoluta na Imagem Verdadeira bastava em nosso lar. No entanto, houve um testemunho ocular que o impressionou muito. Ele viu a esposa de um de seus colonos curar-se de câncer de intestino mediante a leitura das palavras de A Verdade da Vida. Diante do fato, para ele não havia como contestar a força dos ensinamentos da Seicho-No-Ie. Assim, buscou os ensinamentos com o prel. Shiguekazu Saito, que já conhecia a Verdade havia mais tempo, e começou a orar, tanto pelos japoneses quanto pelos brasileiros. Meu pai conduzia a Meditação Shinsokan com serenidade absoluta, enquanto os vizinhos o acompanhavam com os olhos marejados de lágrimas. E saíam lá de casa curados, aliviados e felizes. Em grande parte das vezes, papai não dizia sequer uma palavra fora do livro A Verdade da Vida e do Shinsokan. Já nas visitas do prel. Daijiro Matsuda, uma luz diferente se fazia presente entre nós. Quando seu alazão ganhava a campina, chegando de longe, eu já sabia que os vizinhos que vinham até nós cruzando as trilhas pelos parreirais e pés de café teriam suas vidas, antes sombrias, completamente iluminadas diante da convicção daquele homem. O prel. Daijiro Matsuda falava com uma firmeza que por vezes até assustava as pessoas – e elas se curavam instantaneamente. Do exemplo de meus dois primeiros mestres, meu pai e o prel. Daijiro Matsuda, aprendi que, para transmitir a Seicho-No-Ie, devemos ser diretos e vigorosos, mas internamente devemos ser suaves e estar amparados pela oração. A partir disso, nossas palavras estarão preenchidas de amor, independentemente do tom em que sejam proferidas, e poderemos tocar a alma das pessoas.

    Orar transforma tudo da água para o vinho

    A aurora do Movimento da Seicho-No-Ie no Brasil não se deu a partir da forma de uma organização, como hoje o conhecemos, mas sim em torno de fé, amor e ocorrências milagrosas, ou curas divinas. Como o próprio nome diz, é a cura realizada por Deus. A pessoa não se cura com a própria força. Quando ela se sintoniza com Deus, a força divina entra em ação para curar-lhe a doença, ensina o prel. Katsumi Tokuhisa, na obra Conforme a Atitude Mental, v. 2, p. 122. Papai, ao ouvir falar de curas por meio de orientações da Seicho-No-Ie ministradas pelo prel. Shiguekazu Saito, procurou-o. Orientado, começou a ler a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade em gratidão aos antepassados e eis que, espontaneamente, nossa casa se transformou em um ponto de reuniões, orações e curas. Era assim que as pessoas passavam a divulgar o Ensinamento, por conta própria e seguindo com rigor as palavras de A Verdade da Vida. Numa época em que meu pai estava à espera da colheita do café que plantara, precisava urgentemente diversificar a atividade econômica da família, e assim comprou mudas de parreiras para produzir uvas. Mas foi tapeado. O vendedor disse que era uva branca; no entanto,­ metade das uvas era preta. Papai havia aprendido a perdoar, e assim, de fato, perdoou. A Seicho-No-Ie ensina, antes de tudo, a cura da mente em conflito. Foi então que um vizinho ficou encantado com as uvas escuras, próprias para produzir vinho, nos ensinou a fabricar a bebida e chegamos a produzir 2.500 litros por safra. Aquela aparente má-fé do vendedor transformou-se em nosso sustento. Era evidente a força da harmonia mental aprendida nos livros da Seicho-No-Ie.

    A oração constante atravessa suave e poderosamente­ toda a névoa de ódios e doenças, reforma o destino, as finanças, as relações, as famílias, as células, os órgãos etc. Nenhum problema resiste a orações serenas, perseverantes e sinceras. Tal como a noite se retira com a chegada do sol, todos os problemas desaparecem quando oramos.

    Como se processa a cura divina

    O discípulo número dois do prof. Masaharu Taniguchi, fundador da Seicho-No-Ie, era um médico conceituado no Japão, chamado Katsumi Tokuhisa. Ele próprio se auto­denominava, no começo, o número um, mas, conforme a narrativa dele mesmo, certa vez a profa. Teruko Taniguchi, esposa do prof. Masaharu Taniguchi, disse: Na verdade, eu sou o discípulo número um.

    O prel. Tokuhisa afirmava que depois de conhecer o método da cura divina, que visa despertar o princípio da força curativa de cada pessoa, compreendeu que existia um mundo que transcende o senso comum dos homens e os conhecimentos científicos (Conforme a Atitude Mental, v. 2, p. 123). Os ensinamentos básicos da Seicho-No-Ie datam da década de 1930. Hoje em dia, a ciência caminha para uma direção na qual, sob vários aspectos, a Seicho-No-Ie a precedeu. Segundo estudos radioisotópicos dos laboratórios de Oak Ridge, na Califórnia, Estados Unidos, o esqueleto humano é renovado a cada três meses e a pele a cada cinco semanas. A cada cinco dias surge uma nova parede

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