(Re)Existência: Um Olhar sobre a Deficiência
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Sobre este e-book
Este livro nasceu de uma pesquisa pela qual se buscou entender as experiências das pessoas com deficiência acerca da acessibilidade e mobilidade urbana no município de Petrópolis-RJ. Para tanto, me propus a ouvir e acolher o que essas pessoas teriam a dizer, suas histórias compuseram este texto a partir de uma metodologia chamada PesquisarCOM, que segue comprometida em falar COM as pessoas e não SOBRE elas.
Seria possível (re)existir? Será que diante das barreiras, do sofrimento, dos aprisionamentos e apagamentos, é possível seguir? Este livro apresenta relatos fortes. São histórias, vidas e pessoas que existem sob a invisibilidade, que experimentam cotidianamente um apagamento e buscam formas de continuar vivendo. Esta obra pretende oferecer encontros e olhares que sejam sensíveis para reconhecer qual o nosso papel na hora de construir espaços que respeitem e acolham todas as pessoas.
Arrisquei-me a pesquisar e escrever a partir do lugar de uma pesquisadora COM deficiência, e esta experiência marcou e sensibilizou a minha percepção. Aqui me fiz pesquisadora e também público-alvo, aqui encontrei vidas e fui encontrada.
Espero que esta leitura desperte novos e fortes encontros.
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Avaliações de (Re)Existência
1 avaliação1 avaliação
- Nota: 5 de 5 estrelas5/5Leitura leve e com uma abordagem crítica muito agradável. Faz um paralelo entre a vida pessoal e a pesquisa. Muito legal.
Pré-visualização do livro
(Re)Existência - Danielle Leite de Oliveira Gusmão
CARTA AOS LEITORES
Olá, você que me lê. Gostaria de fazer um convite para uma caminhada. Quem sabe uma trilha? Você gosta de aventura? Pois bem, o que pretendo apresentar aqui neste texto se assemelha a uma caminhada que fiz anos atrás até a Pedra do Sino, na Serra dos Órgãos, em Teresópolis. Éramos cerca de 40 alunos do terceiro ano do ensino médio prontos para uma trilha que levaria de quatro a cinco horas para chegarmos ao final. O plano era acampar, assistir ao nascer do sol e descer logo em seguida.
No dia marcado, estávamos vibrantes e empolgados. Ao chegarmos ao parque que dava acesso à trilha, percebemos que a visibilidade estava baixíssima, muito nevoeiro e previsão de chuva. Devido às condições climáticas, o passeio precisou ser remarcado. Frustrados, ainda conseguimos tirar umas fotos para registrar nossas caras de desânimo e descontentamento.
Enfim, chegou novamente o dia de encarar a tão esperada caminhada. Um dia lindo, céu azul e muito sol, vai dar certo! O bombeiro que nos acompanhava deu os avisos de segurança, fez a checagem dos participantes, passou as orientações e dicas necessárias, e, enfim, estávamos prontos para iniciar a aventura. Eu, antes mesmo de começar a subir, me dei conta de que estava carregando uma mochila muito maior e mais pesada do que as minhas capacidades físicas de força. Fui salva por um amigo que percebeu que eu estava encrencada e se dispôs a trocar de mochila comigo. Ufa! Pois é, nem sempre medimos bem o tamanho das bagagens e os riscos do caminho.
Durante o percurso, passei por momentos diversos, ora estava encorajada, disposta e muito animada, ora estava desesperada, pensando que nunca chegaríamos ao topo. Em alguns momentos até imaginei e calculei como seria se eu desistisse e voltasse tudo sozinha. Ainda bem que as belezas do caminho, a água gelada das nascentes e a companhia dos amigos funcionam como geradores de energia que produzem forças e ajudam a seguir em frente.
Exaustos, chegamos ao topo, jogamo-nos no chão e respiramos aliviados! Logo em seguida, começamos a montar as barracas para depois comermos nossos lanches e recuperar as energias para assistir ao espetáculo do nascer do sol e ter pique para encarar a descida.
Num frio próximo de zero grau, subimos ao ponto mais alto da pedra quando ainda era noite. Procuramos a melhor posição, bem diante do local em que o sol despontaria e preparamos nossas câmeras fotográficas para os registros. Estávamos ávidos por vivenciarmos aquele momento, não queríamos perder nem um só detalhe daquele que seria um verdadeiro espetáculo. E realmente foi. Com olhos vibrantes e corações acelerados, aproveitamos cada detalhe daquele passeio que marcava o encerramento de um ciclo importante, o término do ensino médio.
Não fazia ideia de que a descida seria tão difícil como foi. Aguentar o peso do corpo junto à carga da mochila, tendo os músculos já fatigados, não foi fácil. Caí algumas vezes, simplesmente por estar cansada, mas segui adiante, meus amigos seguiram comigo, pacientes, respeitando o meu ritmo. Foi assim, com companhias, parcerias, colaboração, entusiasmo e respeito que pude provar da experiência de subir ao cume de uma montanha.
Pois é, esse trabalho me despertou sentimentos diversos como os dessa trilha. Em alguns momentos também não soube medir o peso da minha mochila, em outros o encanto da paisagem do campo de pesquisa e o frescor das águas dos encontros e partilhas me traziam alívio, passei por momentos em que também medi o caminho para desistir e voltar. Mas, por fim, apesar de cansada, não deixei de me comover e me fascinar com cada descoberta e