Os Homens no Jogo do Amor
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Os Homens no Jogo do Amor - Thais de Menezes
Editora Appris Ltda.
1ª Edição - Copyright© 2019 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.
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COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO MULTIDISCIPLINARIDADES EM SAÚDE E HUMANIDADES
DEDICATÓRIAs
Thais
Ao avô Wilson Geraldo de Menezes, inspiração que rege a minha vida e que me proporcionou a mais valiosa experiência da existência humana: amar e ser amada verdadeiramente.
Verónica
À eternidade do amor
Ao amor eterno, Valério Igor Victorino
AGRADECIMENTOS
Thais
À Psicologia, por colorir a minha vida com o caos do problema.
A Deus, por ter me presenteado com o dom de me importar comigo, com as pessoas que amo e com qualquer pessoa que procure a minha ajuda.
Aos professores e colegas de profissão, por compartilharem deste árduo e prazeroso trajeto.
Ao professor Paulo Bessa, que conduziu este estudo conosco, auxiliando-nos com dedicação e responsabilidade.
À minha família, por todo o apoio, pelo amor incondicional e por acreditarem no meu sonho.
Aos amigos, que perto ou longe, me acompanham e torcem pelo meu sucesso.
Aos meus seguidores e aos meus pacientes que contam e confiam na minha competência para auxiliar na resolução de grandes conflitos psicológicos.
À minha parceira de monografia, Verônica, pela paciência, por esta linda obra e por introduzir-me no universo da Psicanálise.
Agradeço, por fim, ao meu avô, Wilson, que já não está aqui para ver onde chegamos, mas que não caberia em si de tanta felicidade. Este livro é pra você! Nós conseguimos!
Verónica
Neste momento, é preciso agradecer, pois sozinha nada teria sido possível. Começando por meus pais, que sempre incentivaram a minha curiosidade e me nutriram com a determinação para terminar os projetos a despeito de todas as dificuldades, e à minha irmã, Claudia, pela eterna parceria e por seu amor incondicional. A meus familiares e amigos no Chile, que ajudam a segurar a onda quando chegam as tempestades. Aos tios, Hugo, Nancy, Carmen, e aos meus primos, Vivi e Carlos, pelo impagável carinho.
À família Victorino, por me acolher como um dos seus, a Bi, Cibele, Thais, Alfeu e Laércio, irmãos que fiz nesta vida e especialmente à dona Célia, minha sogra, uma grande mãe que encontrei pelo caminho.
À Universidade Metodista devo um agradecimento especial, pois nessa casa encontrei uma instituição de fato preocupada com a educação e um porto seguro para me desenvolver profissionalmente. Agradeço aos meus colegas professores, pelo diálogo fecundo, pelo companheirismo e pela força, sempre! Agradeço também aos professores do curso de Psicologia da Universidade Metodista de São Paulo, que desvendaram alguns caminhos insuspeitos da psique, especialmente à professora Mariantonia Chippari, pelos bons conselhos, e ao nosso orientador, Paulo Bessa, pela parceria no estudo.
Agradeço também aos colegas do curso de Psicologia, pelas trocas e por me lembrarem o que é voltar a ser estudante, e especialmente à minha parceira, Thais, que me convidou a pensar esta saborosa questão dos relacionamentos amorosos.
Aos colegas do Mipa, Mitologia Grega e Psicologia Analítica, da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica, pois os nossos encontros me levaram a perceber que precisava rumar para uma nova confraria.
Deixei para o final porque são realmente especiais, o meu amor, Igor Victorino (in memoriam), amigo e companheiro de todas as paradas e baladas, pelo seu apoio, mas, principalmente, pelo seu dedicado amor e pelo sabor da vida ao seu lado. E à nossa filha, Renata, pelo seu sorriso e por já ser minha eterna companheira.
There was a boy,
A very strange enchanted boy.
They say he wandered very far,
Very far over land and sea.
A little shy and sad of eye,
But very wise, was he.
And then one day, one magic day he passed my way,
While we spoke of many things, fools and kings, this he said to me:
"The greatest thing, you’ll ever learn,
Is just to love, and be loved in return".
(Nature Boy, Nat King Cole)
(Havia um menino, um menino muito estranho e encantado. Dizem que ele vagava muito longe, muito longe, por terra e mar. Um pouco tímido e de olhar triste, mas muito sábio ele era. E, então, um dia, um dia mágico, ele passou pelo meu caminho e, enquanto falávamos de muitas coisas, tolos e reis, ele me disse: A melhor coisa que você irá aprender é simplesmente amar e ser amado de volta
.)
Prefácio
O amor tem múltiplas formas.
A intensidade, porém, é única.
Ama-se ou não.
...
Lá naqueles idos e havidos, o Nascimento queria nos iniciar nos árduos caminhos da existência.
Valia para a profissão.
Valia para a vida.
Éramos igualmente noviços na arte de amar e viver e vice e versa.
...
Então, o mestre Nasci (por vezes, até em tom de respeitosa brincadeira, assim o chamávamos por ser quase duas décadas mais experiente que nós) discorria sobre os amores vários que marcaram sua vida. Fulana, Beltrana e Sicrana (não dizia os nomes reais, pois era discreto e cerimonioso) ainda recebiam tratamento de mulheres mais do que amadas. Era uma deferência do austero senhor a quem tantas e tamanhas felicidades um dia proporcionaram.
Mas, agora, dizia em tom de suave nostalgia, andava cada qual distante dos olhos, da convivência; mas nunca do coração.
Fazíamos pouco do carinho e da elegância com que as tratava.
Afinal, dizíamos em tolo regurgitar, todas estavam casadas e/ou vivendo e saboreando outros romances, tão ou mais intensos.
Nasci divertia-se diante do nosso tosco embaraço.
Não que menosprezasse nossas limitações nessa intrincada seara do amar e ser amado.
Nada disso. Apenas fazia questão de lembrar um bordão.
– Vocês são jovens e inconsequentes.
E acrescentava:
– O que é bom também. Mas limita a ação e o entendimento de vocês para a verdadeira dimensão de um sentimento que não se explica, vive-se e pronto. Amar é mais do que levar alguém para a cama. É bom também, mas não é tudo.
Papo de coroa
, dizíamos, nós, os tais jovens e inconsequentes. Desconfiávamos dos toques que o Nasci queria nos passar, para que não abríssemos mão de viver um grande amor, e estivéssemos preparados para reconhecê-lo assim que surgisse na linha do horizonte.
– Na linha do horizonte, entenderam?
Pois o amor – ressaltava – não se anuncia com o soar de trombetas. Com o rufar de tambores, os tiros de canhão. Vem como folhas ao vento a ziguezaguear, sutil, sobre tudo e sobre nada. Há que se reconhecê-lo
, alertava. E ousava compará-lo com o sol a se esquivar por trás das montanhas.
– Tem um tempo certo de captá-lo em todas as nuances de um fim de tarde.
...
Escrevo essas lembranças a partir da leitura da obra de Thais e Verónica, cuja proposta é, no mínimo, instigante: dissertar a partir de um pensamento científico sobre a sinuosidade, o descontrole, os mistérios de um querer em tempos de amores vãos, líquidos e fortuitos; mas, ainda assim, e apesar de tudo, eternos. Sempre eternos.
As autoras utilizam a obra de Freud como fio condutor para navegar no vasto universo da psique masculina e do amor. Como entender a sedução e os encontros amorosos nesta (nova?) Era amplamente dominada pelas redes sociais e o mundo virtual? Seguindo a rota da psicanálise para entender o uso dos aplicativos de relacionamentos, as autoras lançam pistas.
Em uma linguagem coloquial, mas rigorosa, Thais e Verónica aprofundam o discurso do saudoso amigo e mestre. E vão além: projetam o necessário arcabouço teórico para que o leitor vislumbre os inefáveis caminhos de um sentimento único, pleno. E inevitável.
Ah, o amor!
Inspira poetas e cientistas, nobres e plebeus, loucos de todas as idades...
Por séculos e séculos sobrevive na literatura e no real da vida, como um dilacerante enigma, uma inesperada vertigem, um cometa a vagar pelo céu, uma doce esperança, a realização de uma vida.
Ah, o amor!
Que bom que agora tenha inspirado Thais e Verónica a nos entregar este belo tratado de sobrevivência.
Pois, mais do que nunca, vale lembrar o verso famoso de outro inveterado romântico, Vinícius de Moraes:
A vida é a arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida.
Rodolfo C. Martino
Apresentação
Ser atraído e atrair se constituem como dois lados de uma mesma moeda. Afinal, são necessários seres que se colocam em relação de dependência, uns