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Só No Sapatinho • O Reencontro • A Mulher Do Patrão
Só No Sapatinho • O Reencontro • A Mulher Do Patrão
Só No Sapatinho • O Reencontro • A Mulher Do Patrão
E-book77 páginas49 minutos

Só No Sapatinho • O Reencontro • A Mulher Do Patrão

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Sobre este e-book

Instigado pela curiosidade em estudar o mecanismo dos crimes que assolam o nosso cotidiano, levando a insegurança na sociedade e a desconfiança em nossos semelhantes e nas leis que não consegue nos proteger adequadamente, durante anos arrojei-me em campo, assinando os principais jornais do estado e acessando portais de notícias, interessado quase que exclusivamente nas matérias policiais, deslocando-me para os cenários das ocorrências, com o objetivo de pesquisar in loco, quando as informações colhidas nas mídias não me ofereciam um entendimento satisfatório do acontecido, entrevistando informalmente circunstantes da cena, quando não os próprios envolvidos. Boa parte dos episódios não valia senão uma rápida conferida, enquanto outros mereciam registros mais duradouros, por algum fator inusitado que o caracterizou, mesclado à linguagem ficcional, em contos literários. Três deles incorporam esse volume: 1 – Só no Sapatinho. O crime sapatinho é uma modalidade onde a vítima é funcionário da instituição financeira, em que, por ele e a família se ver sob a ameaça dos criminosos, o funcionário se sente obrigado a se dirigir a instituição para a retirada dos valores exigidos. Uma ação, que quando bem conduzida, evita confrontos direitos com a polícia. E foi o que ocorreu com o roubo do dinheiro da folha de pagamento dos funcionários do estado, no antigo Banco do Estado do Piauí (Bep). Um crime magistralmente bem executado, em que o maior problema surgiu no momento da decisão do que fazer de imediato com o botim, pelo desentendimento entre os membros da quadrilha, com seus propósitos divergentes. 2 – O Reencontro. Na adolescência, frequentando a mesma e sala de aula da unidade escolar, as garotas eram confidentes e amigas inseparáveis, mas em determinado período, por fatores circunstanciais, perderam o contato entres si, até que por casualidade, decorrido um longo tempo sem ter notícias uma da outras, voltaram a se reencontrar. Elas, que tinha uma vida muito parecida socialmente no período juvenil, estavam agora alocadas em universos opostos: enquanto uma era casada com um rico empresário, a outra namorava um ardiloso assaltante, que, com as confidencias da namorada exaltando a vida luxuosa da amiga, se revelou mais do que interessado em tirar proveito da amizade recém-reatada. 3 – A Mulher do Patrão. Ele necessitava dar uma chance a si mesmo, reformular sua vida; sabia que a missão não seria nada fácil. Era possível mudar sua natureza, empenhando a força de vontade? Não sabia, mas tinha de tentar, mesmo usando expedientes desonestos por um propósito supostamente honesto, já que não vislumbrava outra forma para sua reabilitação social. Conseguiria realizar seu objetivo com o passado acusador e os vícios arraigados em sua mente, conspirando acusadoramente contra ele?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de dez. de 2023
Só No Sapatinho • O Reencontro • A Mulher Do Patrão

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    Só No Sapatinho • O Reencontro • A Mulher Do Patrão - Milton Borges

    Capa

    SÓ NO SAPATINHO

    O REENCONTRO

    A MULHER DO PATRÃO

    Milton Borges

    Só no sapatinho • O reencontro • A mulher do patrão

    © Milton Borges

    2023

    Capa e diagramação

    Antonio Soares (@a.f.soaress)

    Conteúdo extra

    Três pessoas com mochilas - Foto de Stephan Seeber na Unsplash

    Mão com pistola - Image by senivpetro on Freepik

    Escopeta (foto, frente) - Image by rawpixel.com on Freepik

    Rua escura - Image By freepik

    Escopeta (vetor, atrás) - Designed by macrovector / Freepik"

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Catalogação na Fonte

    _________________________________________________________

    Borges, Milton.

    B732s         Só no sapatinho • O reencontro • A mulher do patrão / Milton Borges. – 1. ed. – São Paulo: UICLAP, 2023. 

      ISBN 978-65-00-89659-6

     1. Literatura Brasileira – Coletânea 2. Literatura Piauiense – Coletânea 3. Literatura Piauiense – Contos I. Título

    CDD – B869.3

    _________________________________________________________

    Ficha Catalográfica: Bibliotecária Larissa Andrade CRB – 3/1179

    Todos os direitos reservados. De acordo com a Lei nº. 9.610, de 19/02/1998, nenhuma parte deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada num sistema de recuperação de informação ou transmitida sob qualquer forma, por meio eletrônico ou mecânico, sem prévio consentimento do autor.

    Sumário

    Só no sapatinho

    O reeconcotro

    A mulher do patrão

    SÓ NO SAPATINHO

    1

    – E

    sse tempo todo de tocaia e não descobrimos nenhum podre do cara – considerou filosoficamente Ozias, depositando a xícara no tampo da mesa de fórmica, depois de esvaziá-la com uma golada ruidosa, junto às xícaras usadas pelos companheiros. – O que não deixa de ser bastante oportuno.

    – Pois não é? – concordou Ralf. – Ele é bem certinho mesmo, nem um pulo inconsequente de cerca.

    – Tá achando que o cara só come no mesmo cocho? – perguntou Jessé, trocista.

    – Tenho é certeza, um ferrolho assumido.

    – Ainda existe gente assim? – Tadeu abanou a cabeça num gesto de descrença. – Duvido.

    – Não terminou por conhecer um exemplar?

    – Quero dizer, homem com H.

    – Se é com H maiúsculo, não posso garantir.

    Elias e Natan, os dois mais jovens do grupo, caíram na gargalhada com a resposta em aberto. Uma dúvida a ser preenchida conforme a criatividade do ouvinte.

    Ozias lançou um olhar crítico ao colega.

    – Tá suspeitando da masculinidade do sujeito?

    – Não é isso – esclareceu Ralf. – Só não vou é colocar a mão no fogo por ele.

    – E nem deve, sempre pode se queimar; mas quando o encontrar, trate-o bem.

    – Por que a necessidade de delicadeza?

    – Vamos precisar dele.

    – Acha que o cara pode dificultar as coisas?

    – Quem sabe?

    – Nesse caso, será pior pra ele.

    – E pra nós também.

    – O que pode acontecer com a gente?

    – Sair de mãos abanando, ou mesmo entrar numa fria.

    Por um instante, Ralf se sentiu fulminado pela perspectiva de dar com os burros na água.

    – Foi muito investimento.

    – Uma razão mais do que suficiente pra evitar bobeira.

    – Tá certo. Vou tratá-lo a pão de ló.

    – Também não funciona assim.

    – E como devemos agir?

    – Pondo pressão nos momentos certos.

    – Mas nada de exagero, certo?

    – Isso; o importante é saber persuadir.

    – Tô entendendo.

    A atenção dos palestrantes foi desviada pelo rumor de passos emergindo da cozinha.

    – Mais café, rapazes?

    Uma moça carregava um bule fumegante pela alça em inox.

    – Se tiver também alguma coisa pra mastigar, melhor ainda – desejaram eles.

    – Surpresa! – anunciou outra moça, na mesma faixa etária da primeira, carregando logo atrás uma bandeja empilhada com fatias de bolos doces e salgados.

    – Uau!

    Dali em diante o grupo se concentrou em dar fim ao lanche. Quando não tinha sobrado mais nenhum fragmento de bolo ou gota de café, fizeram pausa, esperando o chefe se manifestar.

    – Hora do trampo, galera.

    – Assim é que se fala.

    – Todos com o ferro de prontidão?

    Eles bateram nos volumes camuflados na cintura sob a fralda das camisas.

    – Sem erro.

    Havia em volta da mesa seis indivíduos, cuja idade oscilava entre vinte e tanto até trinta e poucos anos. Todos

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