O Silêncio dos bons - Notas de um coração inconformado
De Wilma Vieira
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Sobre este e-book
No entanto, mesmo entre essa escuridão, a autora revela-se encantada pelo brilho da autenticidade. Compartilha a sua admiração pelo amor sincero, pelas almas jovens que lutam contra a maré da conformidade e pela poesia encontrada na natureza.
Nesta jornada íntima e sincera, poesias, notas e cartas se entrelaçam, dando voz a pensamentos e sentimentos profundos.
Aceite este convite para se desconectar do mundo frenético e encontrar um momento de silêncio, onde as palavras de uma alma inconformada podem ecoar e inspirar.
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O Silêncio dos bons - Notas de um coração inconformado - Wilma Vieira
Inconformada
Inconformada
Que os meus antepassados me tenham deixado tanto bem
E eu pense tão pouco na minha geração e na que aí vem
Inconformada
Que a infância esteja em extinção
Que a imoralidade se tenha tornado padrão
Recebendo de pé os aplausos
De uma plateia que mantém os valores reclusos
Inconformada
Que o meu ponto de encontro com Deus
Seja sempre o meu limite
Quando diário é o convite
Inconformada
Se, para remendar na alma as suas partes rotas,
Tenha de faltar à pele as suas roupas
Acredito ser possível proteger ambas do frio
E dos perigos da noite
Inconformada
Por não saber lidar com elogios
Inconformada
Por ser assim
Com uma boca solta para dizer sempre sim
Sim a tudo menos p’ra mim
Inconformada por ser um vazio oco apetrechado
Inconformada que o maestro amor seja tão banalizado
Talvez o meu inconformismo cause desconforto,
Mas acredito ser possível endireitar o que nasce torto
E a primeira e maior guerra na qual finco o pé
É contra o meu eu e suas infinitas marés
Diante dessa lista do tamanho do mundo
Questiono-me: como mudo?
Nem poção mágica, nem varinha de condão
Terei de ser desmontada pelo meu fabricante
Receber um sangue novo nas veias
Receber um ar que não é sufocante
Encontrar o caminho que a minha vida norteia
Infância
Aquele tempo
Em que se sujavam as mãos, os pés
Quiçá a cara,
Mas não a mente
Tempo em que se ralavam os joelhos
Pisavam-se espinhos
Rasgavam-se as calças
E não tão facilmente o coração
Tempo quando até o descartável era cuidado
Um brinquedo tornava-se num instante
A criatividade não precisava de asas
Podia andar a pé, descalço
E sempre tinha para onde regressar
Nosso ser se fundia com a natureza
Ora lama, ora prega-saias
Ora chuva amiga, ora sol escaldante
Tempo onde os olhos vidrados ficavam
Nas estórias de papai à tardinha
Sim, os nossos pais eram especializados em contar estórias
Que livros nenhuns contêm
Tempo em que o sono vinha com a noite
E o dia trazia a energia vital recarregada
Ah, infância,
Eu te vivi
E sobre ti quero contar
Num tempo que não tarda a chegar
Quando nem na memória te dará lugar
Mulher
Venho falar de uma mulher
Cujas lágrimas são como gotas de chuva
Que regam o solo da sabedoria
Ela não se prende a um empoderamento vazio
Sabe que o seu passado não tem a palavra final
Sabe que migalhas não trazem fartura
Sabe que o seu corpo é templo sagrado
E, como tal, deve ser admirado e respeitado
Sabe que o amor é remédio e amar cura
Com amor, às vezes, espera à porta
Para ajeitar a mochila às costas dos seus rebentos
O cheiro da sua comida principia as manhãs
Sua doce voz embala sonhos e acalma tempestades
Seu abraço é mais revitalizante
Que um copo de água fresca num deserto quente
Ela cuida e deixa ser cuidada
Protegida
Como uma donzela num reino desafiante
Ela conquista e deixa ser conquistada
Sabe que ser mulher é um presente
Venho falar desta mulher
E falo de peito cheio
Sinto muito pelo sufoco
Que os ismos da modernidade sobre ti impõem
Pouco a pouco
Sinto muito que, nesta dinastia de anarquias,
A tua essência se converta cada dia mais