Cartas para Penélope
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Sobre este e-book
A escrita desse livro, tem alguns significados que movimentam muitas emoções. Conversar sobre o tema referente à partida de nossos queridos, é, quase sempre, um tabu. No entanto, quando encarado com a naturalidade de sentimentos que conseguimos expressar, pode tornar mais leve tudo o que a morte envolve. Nada ocorre por acaso, nossa existência, tem objetivos definidos e cabe a cada indivíduo caminhar em busca de entendimento e autoconhecimento.
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Cartas para Penélope - Graziela P. Gonçalves
Capítulo I
Uma partida precoce
Foi em uma noite no trabalho, que a mãe em companhia de uma amiga, fez o teste de farmácia. Deu positivo, um bebê estava a caminho! Iniciaram os preparativos, os cuidados, os planos, surgiram as dúvidas disponíveis nos catálogos de mãe, pai, avó, avô, tios… de primeira viagem. Soube-se que seria uma menina. A primeira (ou única) filha, a primeira neta dos avós maternos, amor renovado para as bisas, a primeira sobrinha. Recebeu o nome de Penélope, um desejo de infância da mãe que sempre teve um encantamento pelo nome.
Um dia 8 de fevereiro, em pleno e caloroso verão, ela nasceu. O parto sem contrações, exigiu uma cesariana. Que sustos até ver, tocar, ouvir o choro, olhar o corpinho frágil… e quanto amor envolvido em cada segundo, em cada necessidade atendida. A amamentação foi motivo de promessas, novenas, simpatias, tratamentos alternativos, foram dias sem a menininha pegar o peito
, até que finalmente aconteceu. Timidamente, a menina foi amamentada e desde esse tempo, já foi dividindo sua essência com quem precisava, a mãe amamentava outros bebês que precisavam de leite. Assim, Penélope já tinha, com poucos dias, irmãos de leite
que cresceram com ela.
Ela sempre foi decidida, desde que aprendeu a abrir gavetas, entendeu que podia escolher o que vestir, às vezes imitando a vovó, outras vezes a mãe ou as tias, até que construiu sua própria identidade.
O tempo passou muito rápido até o ingresso na escola de educação infantil e, mesmo antes de ir para a escola, os livros, lápis e cadernos já eram seus companheiros. Destacava-se entre as crianças, como mediadora de conflitos e não aceitava injustiças. Uma criança amorosa e dedicada crescia nos trazendo infinitos ensinamentos.
Penélope, amava os animais. Em casa cuidava dos ninhos de passarinhos e espantava os gatos tentando salvar os bichinhos que aprendiam seus primeiros voos. Cachorros… sempre teve os dela e onde estivesse ao ar livre não faltavam animais por perto, eles chegavam espontâneos e iam ficando por perto, ela sem medo os recebia e acariciava. Penélope, amava gentes. Certa vez, ao voltar da escola, no caminho encontrou um movimento de Ambulância no bar da esquina, curiosa como só ela era, parou para ver o que acontecia. Ao ver um senhor sendo atendido sem reanimação, parou ao lado dos paramédicos a rezar pelo amigo que conhecia de vista. Chegou em casa triste, contando que fez o que podia. Que menina divertida! Cantar e dançar era com ela. Nas festas em família, ganhava as batalhas de danças com os primos mais velhos, fazendo graça o tempo todo e promovendo a desistência dos competidores e as gargalhadas dos espectadores.
Na escola, a dedicação da Penélope era impressionante, tinha sede de aprender, de conviver. Era a amiga que liderava, que aconselhava, que organizava as façanhas, que tinha as palavras certas e as propostas de fidelidade. Na rua, cumprimentava as pessoas que encontrava todos os dias, deixou muitos amigos que ainda estamos descobrindo.
Adolescente, estava se reconhecendo como mulher quando um abusador a descobriu, sofreu horrores até apropriar-se de coragem para contar, denunciar e pôr um fim aos abusos. Foi nesse período que se descobriu apaixonada por um amigo. Completou seus quatorze anos e explodiu em felicidades quando foi autorizada
pela família a assumir o namoro.
Inscrita no programa Jovem Aprendiz, ajudava a prima no atelier de bolsas, até ser chamada para um estágio.
Foram 40 dias de felicidade plena até a tragédia.
Foi nesse período que, ao assistir um documentário com a mãe, as duas comentando sobre o tema pós vida, Penélope informou que, quando partisse, se mostraria como borboleta. A mãe, no momento, retrucou que a lógica era ela escolher por ser mais velha, ao que, ela respondeu, a gente não sabe mãe
.
Aos quatorze anos e 40 dias, um acidente entre a moto onde estava de carona e um carro foram os instrumentos que tiraram sua vida.
Precocemente Penélope partiu!
Capítulo II
Cartas da Mãe
Pessoas queridas,
Fazem 30 dias que Penélope se desligou desse plano.
Todos os dias a saudade aumenta e a dor no peito também. Tudo, absolutamente tudo faz-me lembrar dela. Me pego chamando pessoas pelo nome… vem cá Penélope, ops, fulana/o.
Lembrar com alegria da risada maravilhosa, do ranço todo dia de manhã é um