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Heroínas do Brasil: Volume 1
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Heroínas do Brasil: Volume 1
E-book80 páginas34 minutos

Heroínas do Brasil: Volume 1

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Sobre este e-book

Com uma linguagem jovem, descontraída e didática, a autora nos convida ao passado: um, dois, três, quatro, cinco séculos — para conhecer figuras incríveis que superaram preconceitos, romperam padrões e foram muito além dos limites estabelecidos. Mulheres que se destacam por seus feitos heroicos surpreendentes, até para os dias de hoje. Tanto jovens quanto os adultos curiosos poderão desvendar algumas das inúmeras Heroínas do Brasil ao longo de nossa história e conhecerão mulheres de fibra, ousadas, intensas e sonhadoras. Mulheres que, com muita coragem e ousadia, sozinhas ou com pouco apoio, ajudaram a transformar nossa realidade. Algumas delas, pioneiras em áreas exclusivamente masculinas, enfrentaram as circunstâncias de seu tempo em busca de um país melhor para elas e todas as brasileiras que vieram em seguida. Para os professores: o intuito do volume I é complementar o aprendizado e ser um apoio à grade curricular ao dar visibilidade à trajetória de mulheres brasileiras muitas vezes anônimas e invisíveis na atualidade, mas que participaram de diversos momentos históricos importantes de nosso país como a independência, o abolicionismo, o direito da mulher à educação, ao voto, à escolha de uma profissão. Por essa razão, merecem ter destaque e contextualidade nos dias atuais.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de abr. de 2023
ISBN9786554780056
Heroínas do Brasil: Volume 1

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    Heroínas do Brasil - Lúcia Tulchinski

    Aqualtune, a princesa guerreira

    século XVII

    Ela perdeu a coroa mas não a majestade. Ao lutar pela liberdade de seu povo no Quilombo dos Palmares, deixou uma herança singular na memória afro-brasileira.

    Um dia ela era uma princesa, no outro, uma escrava. Mudança radical, não é? Aqualtune enfrentou tudo isso e deu a volta por cima.

    No século XVII, Aqualtune Ezgondidu Mahamud, filha do rei Nvita-a-Nkanga, era uma princesa respeitada no reino do Congo.

    No continente africano, eram frequentes as disputas com as nações europeias. O Congo guerreava com Portugal pelo controle de territórios.

    Durante a Batalha de Mbwila, em 1665, Aqualtune, exímia guerreira, chegou a liderar dez mil congoleses, entre homens e mulheres, contra os portugueses. Mas a resistência foi incapaz de vencer os adversários. Aqualtune viu seu pai ser decapitado e, junto com outros compatriotas, foi vendida para senhores de escravos.

    Ela desembarcou de um navio negreiro em Recife, Pernambuco, em 1597. Forte e saudável, a princesa foi levada para a região de Porto Calvo, em Alagoas.

    Nessa época, cerca de quarenta negros tinham se refugiado na Serra da Barriga, atual estado de Alagoas, para dar início àquele que seria o maior quilombo da América Latina: Palmares.

    Ao saber disso, Aqualtune organizou uma fuga com outros escravos para o quilombo. Graças a sua ascendência nobre, capacidade de organização e experiência como estrategista de guerra, ela passou a comandar o local.

    Palmares consolidou-se como um refúgio seguro, tornando-se um exemplo incômodo para a Coroa Portuguesa.

    A princesa-guerreira deu à luz a Ganga Zumba e Ganga Zona

    — que se tornariam dois importantes líderes guerreiros —, e Sabina, que se tornaria mãe do grande Zumbi dos Palmares.

    Não se sabe ao certo quando e como Aqualtune morreu. A verdade é que ela se tornou uma lenda. Aposto que você vai concordar comigo que ela foi uma grande heroína e merece estar neste livro. Seu nome foi apagado da história como o de muitas outras mulheres. Qual o motivo dessa invisibilidade? Seria a falta de registros históricos? O processo de branqueamento da história? Ou o fato de a figura dela ser avassaladora demais para o patriarcado que criou a narrativa histórica? O que você pensa disso?

    Chegou a hora de reverenciá-la com o devido respeito relembrando sua saga e pronunciando seu nome em alto e bom som: AQUALTUNE…

    Saiba mais

    Foi tema do samba-enredo Oxalá, salve a princesa!, da Mancha Verde, campeã do carnaval paulista, em 2019. Saiba mais

    Aqualtune é lembrada na música Zumbi, de Jorge Ben Jor. Saiba mais

    Clara Camarão, Destemida Guerreira

    Século XVII

    Ela desafiou os costumes da tribo e, ao lado de outras mulheres corajosas, ajudou a expulsar os invasores holandeses do Nordeste.

    Séculos atrás, as mulheres não podiam fazer as mesmas coisas que os homens. Lutar como um soldado, por exemplo, era apenas para homens. Isso não impediu Clara Camarão de

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