Heroínas do Brasil: Volume 1
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Heroínas do Brasil - Lúcia Tulchinski
Aqualtune, a princesa guerreira
século XVII
Ela perdeu a coroa mas não a majestade. Ao lutar pela liberdade de seu povo no Quilombo dos Palmares, deixou uma herança singular na memória afro-brasileira.
Um dia ela era uma princesa, no outro, uma escrava. Mudança radical, não é? Aqualtune enfrentou tudo isso e deu a volta por cima.
No século XVII, Aqualtune Ezgondidu Mahamud, filha do rei Nvita-a-Nkanga, era uma princesa respeitada no reino do Congo.
No continente africano, eram frequentes as disputas com as nações europeias. O Congo guerreava com Portugal pelo controle de territórios.
Durante a Batalha de Mbwila, em 1665, Aqualtune, exímia guerreira, chegou a liderar dez mil congoleses, entre homens e mulheres, contra os portugueses. Mas a resistência foi incapaz de vencer os adversários. Aqualtune viu seu pai ser decapitado e, junto com outros compatriotas, foi vendida para senhores de escravos.
Ela desembarcou de um navio negreiro em Recife, Pernambuco, em 1597. Forte e saudável, a princesa foi levada para a região de Porto Calvo, em Alagoas.
Nessa época, cerca de quarenta negros tinham se refugiado na Serra da Barriga, atual estado de Alagoas, para dar início àquele que seria o maior quilombo da América Latina: Palmares.
Ao saber disso, Aqualtune organizou uma fuga com outros escravos para o quilombo. Graças a sua ascendência nobre, capacidade de organização e experiência como estrategista de guerra, ela passou a comandar o local.
Palmares consolidou-se como um refúgio seguro, tornando-se um exemplo incômodo para a Coroa Portuguesa.
A princesa-guerreira deu à luz a Ganga Zumba e Ganga Zona
— que se tornariam dois importantes líderes guerreiros —, e Sabina, que se tornaria mãe do grande Zumbi dos Palmares.
Não se sabe ao certo quando e como Aqualtune morreu. A verdade é que ela se tornou uma lenda. Aposto que você vai concordar comigo que ela foi uma grande heroína e merece estar neste livro. Seu nome foi apagado da história como o de muitas outras mulheres. Qual o motivo dessa invisibilidade? Seria a falta de registros históricos? O processo de branqueamento da história? Ou o fato de a figura dela ser avassaladora demais para o patriarcado que criou a narrativa histórica? O que você pensa disso?
Chegou a hora de reverenciá-la com o devido respeito relembrando sua saga e pronunciando seu nome em alto e bom som: AQUALTUNE…
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Aqualtune é lembrada na música Zumbi, de Jorge Ben Jor. Saiba mais
Clara Camarão, Destemida Guerreira
Século XVII
Ela desafiou os costumes da tribo e, ao lado de outras mulheres corajosas, ajudou a expulsar os invasores holandeses do Nordeste.
Séculos atrás, as mulheres não podiam fazer as mesmas coisas que os homens. Lutar como um soldado, por exemplo, era apenas para homens. Isso não impediu Clara Camarão de