O Exercício Do Poeta Ii

De Thales Do Nascimento

A história do poeta Jardes não foi em vão. Alguns acontecimentos propiciaram a cultivação da arte literária exercida pelo poeta. Um brilhantismo também é encontrado na segunda versão da obra. No que se atine ao exercício das poesias elaboradas. Com fidelidade ao exposto, apresento o novo feito.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 26 de jan. de 2024

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O exercício do poeta II

Thales do Nascimento

Sumário

O fomento_____________________________________9

A reflexão de Iasmin____________________________16

A proposição de Iasmin_________________________21

A divulgação no pátio do colégio__________________25

As constatações da apuração____________________31

Luiza________________________________________38

Cátia________________________________________42

Flávio_______________________________________46

A sociedade da poesia________________________50

A primeira apresentação________________________54

Direto à praça Ruy Barbosa_____________________64

Os rumos da sociedade da poesia_______________74

Mais uma apresentação de gala__________________79

Uma coluna social_____________________________86

Resquícios de ditadura_________________________90

O Habeas Corpus_____________________________95

A ferida da liberdade___________________________99

O reino da liberdade de expressão_______________103

Reverência__________________________________107

Aos meus pais, pela nobreza de dedicação em meu detrimento.

O fomento

A professora terminava a aula, com sua sensação de dever cumprido. A senhora de setenta e oito anos escolheu continuar trabalhando, ela tinha a opção de se aposentar. Porém, um dos seus entretenimentos era ensinar a disciplina da língua portuguesa. A escola cujo o nome era do poeta Jardes tinha uma tradicional influência, de ensino de alta qualidade.

Faziam muitos anos que a senhora se formou, e uma data especial se aproximava. A senhora iria completar cinquenta anos de exercício da profissão. E mal sabia ela, a surpresa, na qual seus alunos preparariam.

Ao chegar em casa, a mulher ligou a televisão, para saber as notícias do dia. Se deparou com a entrada em vigor da Constituição Federal de 1988. A intitulada Constituição cidadã. Observou a reportagem, em que a carta magna conferia direitos como liberdade de expressão. De certa forma, aquilo lhe chamou muita atenção. 

A professora não acreditou muito naquela asseguração. Pensava naquilo como uma falácia, aquelas promessas de políticos, de que eles não cumpririam. Ou seja, achava, aquilo não iria acontecer por ser uma divulgação enganosa, com fins eleitoreiros. 

No fim da noite, não mostrava nenhum contentamento com a nova notícia. A senhora era daquelas que não acreditavam mais no futuro do Brasil. Sua rotina era praticamente voltada ao seu ofício. De todos os homens, relacionados com ela, nenhum despertou a intenção de ter um filho. Sua vida como mãe não foi aguçada.

Ela vivia sozinha, numa casa herdada por sua avó. A senhora se acostumou com uma vida pacata. Não tinha mais família, todos os seus entes queridos partiram e lhe deixaram numa vida solitária. Apesar de ter uma amizade muito fiel com outra senhora chamada Liliane.

Liliane era uma professora de matemática da mesma escola, na qual a senhora lecionava. As duas eram muito amigas e companheiras de muitos anos. Viveram quase uma vida juntas, naquela instituição. Uma relação de muita confiança e amorosidade.

No dia do aniversário da professora de português, muito querida. Os alunos prepararam uma festa comum, entretanto com muito cuidado. Pois o prestígio dela era muito grande. Nesta festa, houve bolo, brigadeiro, brigadeiro branco, refrigerante, coxinha, boliviano e muita alegria, em virtude de ver um sorriso na senhora, na qual se esmerava na profissão.

Este dia guardou ótimas memórias, em virtude dos carinhos em que ganhou. Seus alunos adoravam a educadora, reiterando a idosa era muito carismática. Poucos alunos não cairiam nos encantos da professora que estava prestes a se despedir. A festa não era mais uma comemoração, ela sentia que seria uma das últimas em que poderia receber este zeloso carinho. Sua aposentadoria podia ser compulsória. Ou seja, aquele seria o seu último ano em razão de se tornar aposentada, ela estava prestes a aposentar a qualquer momento. Isto se devia a irregularidade burocrática de não concretizar algo que deveria ser efetivado.

Aliás, vale ressaltar que a administração burocrática já aparecia naquela época. A agilidade dos feitos administrativos não eram tão rápidos. Isso é uma característica verídica deste modelo. Então, ela sabia que a qualquer hora, poderia passar os seus dias em casa, recebendo um dinheiro devido.

Ela não era daquelas que sonhava com o merecido descanso, apenas considerava a sua vinda com naturalidade. Algo que viria pela exigência do tempo. E