Garanhões À Flor Da Pele Ii

De Thales Do Nascimento

Uma obra mais expansiva em diálogos do que a outra obra inicial. Na mesma qualidade de elaboração de uma narrativa. Um teor de criatividade é encontrado. Além disso, um extremo zelo do autor por essa continuação da história dos garanhões à flor da pele. Apresento o segundo livro de uma história interessante, com fidelidade ao exposto.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 10 de fev. de 2023

Pré-visualização do livro

Garanhões à flor da pele II

Thales do Nascimento

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A depressão de Vicente .................................................... 8

O reencontro no Doze ..................................................... 18

A boate rosa ....................................................................... 23

O mais novo garanhão: Felipe ...................................... 34

Um golpe de vista ............................................................. 43

Dito e certo ......................................................................... 51

Os ciúmes de Felipe ......................................................... 60

A novidade .......................................................................... 65

Fim do ciclo ........................................................................ 74

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[Garanhões à flor da pele II], por [Thales do Nascimento]

Aos meus pais, pela nobreza de dedicação em meu detrimento

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[Garanhões à flor da pele II], por [Thales do Nascimento]

A depressão de Vicente

Na cama, em sua casa confortável, parecia gozar de todos os privilégios, nos quais a classe média possuía. Sua casa apresentava o necessário e o excedente de sobrevivência.

A classe média tinha, por muitas vezes, esse padrão, proporcionador.

O bairro da Graça tinha a característica de ter cidadãos de alto poder aquisitivo. Mas isso não bastava para que aquele cidadão acordasse cedo ou se libertasse do seu sono profundo. Com uma garrafa de cerveja ao lado da sua cama, era a única coisa que motivava o seu corpo se mexer, durante o repouso. O gaguinho dormia, por doze horas e esse tempo era quebrado, apenas por goles de cerveja.

Imerso naquela letargia, seria óbvio que as pessoas que faziam parte do cotidiano do advogado e gerente de negócios, sentiriam a falta do carismático rapaz. Porém, Vicente não dava a importância para mais nada, típico de quem estava em estado depressivo.

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[Garanhões à flor da pele II], por [Thales do Nascimento]

Aprofundado no seu sono, alguém viria procurar pelo garanhão, mais cedo ou mais tarde. Como já é de sapiência sua qualidade carismática faria ausência por quem lhe conhecia e adorava.

Mas o que levou aquele alegre rapaz para este estado?

Muitas dúvidas podem estar em volta da resposta deste desiderato. Mas o que mais chamava atenção e era o óbvio, a ausência da vida noturna.

Então, será que o óbvio se consolidaria mediante aquela dúvida de enfermidade. Só poderia ser ratificado após uma avaliação acerca do garanhão.

Contudo, ele próprio entregava a razão de estar doente.

Em sua cama, o rapaz dizia:

- Tanto para nada!

Ingeria mais um gole de cerveja e falava:

- Esses anos todos dedicados aos encargos mais alegres da minha vida. Agora, já não resta mais nada. O que há neste mundo que faz o destino ser tão cruel?

Um pequeno drama e já sabíamos o que faltava na vida de Vicente. Ele estava fadado a sofrer as saudades de momentos tão prazerosos. Talvez os garanhões à flor da

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[Garanhões à flor da pele II], por [Thales do Nascimento]

pele, como o gaguinho contava o nome do grupo constituído por ele, Fabrizio, Paulinho e Apollo; estivesse fazendo falta. A nítida confirmação viria numa lamentação do indivíduo:

- Meus amigos! Foram embora! O que há presente numa vida de uma pessoa sem amigos?

Esses relatos eram confissões de Vicente, em seu próprio quarto. Preso, na sua própria cama, por um dos entraves da vida, um estado emocional abalado. Já não sentia mais vontade de fazer nada, ao não ser secar aquela garrafa de cerveja que tinha durado a noite inteira.

Seu Evair percebeu a ausência de Vicente, no Doze. Fato, muito raro de acontecer. O ilustríssimo frequentador daquele estabelecimento jamais passaria despercebido, pelos donos e por todos aqueles que lhe amavam. Seu Evair tratou de dizer:

- Edinair! Cadê o Vicente? Um cliente como ele não pode faltar várias vezes. Ele é uma das grandes atrações deste bar!

A senhora respondeu:

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[Garanhões à flor da pele II], por [Thales do Nascimento]

- Também tenho notado a falta dele. Deve ter sido algo muito grave, para ele nunca mais vir aqui. Vou ligar para ele!

Em tentativas frustradas de entrar em contato com o rapaz, o mistério continuava a circular pelos seus entes queridos. Era como um olho que precisava de um colírio para a sua melhora, assim se perfaz Vicente e o Doze.

Foram os primeiros indícios de que o gaguinho estava fazendo falta. Mas para um amigo tão cativante quanto o depressivo rapaz, a notícia chegaria rápido aos seus admiradores. Seu Evair se encarregou logo de ligar para o Fabrizio:

- Professor! Está acontecendo algo muito estranho aqui, no Doze. Vicente não aparece por mais de um mês! Estou muito preocupado!

Fabrizio disse:

- Como é? Isso é motivo de doença grave! Seu Evair! No mínimo algo muito estranho nessa história.

Seu Evair respondeu:

- Você que é amigo mais próximo, pode ficar ciente do que está acontecendo. Não