Cotidiano e Poesia

De Edeny Dena Gomes Furini

Pronto, chegou o tempo...
Desde pequena, desejei que as poesias que em mim habitam eternizassem-se num livro. Cora, a Coralina, encorajou-me após visitar a sua casa em Goiás Velho.
Viver a pandemia fez a minha alma saltar em versos, enquanto meus olhos choravam. Observar o cotidiano deu-me pressa!
O fato de perder tantos amigos ao mesmo tempo fez-me repensar o sentido de viver e morrer.
Desde criança consolo-me lendo ou escrevendo.
Tomei coragem e me permiti ser lida. O observado pelos meus olhos em passeios dentro e fora de mim tornou-se poesia.
Pronto, estão escritas! Compartilho-as com você, querido leitor.
Gostaria que minha poesia se tornasse acessível a todos, por isso, a escrita é simples e sem muitos rodeios ou palavras difíceis. Direto de um coração para o outro.
Abro, assim, as janelas do meu ser, permitindo que outros leiam a minha alma, através das minhas percepções do mundo que me rodeia.
Estes versos foram colhidos aqui e ali, nos lugares visitados pelos meus olhos.
Meus poemas são rasgos do meu coração que quer viver em poesia... Elevo meus olhos aos montes, ao norte, ao vale, à vida.
Que minha poesia produza eco em você, em viva esperança.
Leia-me!

• Idioma: Português
• Editora: Viseu
• Data de lançamento: 19 de abr. de 2024
• ISBN: 9786525474502

Pré-visualização do livro

Parte 1

Deus e eu...

Deus e suas águas purificadoras

Deus, como tua presença em mim

Faz a minha alma como um vale

Suave e verde…

O jorrar de suas águas

Limpam todo meu ser

Enchendo-me de alegres cantos,

De inefável louvor

Em minha alma que é teu

Trono, onde impera o amor,

Incondicional afeto!

Toma minha vida

Completa em suas mãos!

Guia meu espírito

Conforme o teu querer.

Já entendo seu sim e o seu não,

O teu espere também…

O vento assopra onde quer

Eu ouço a sua voz.

Não sei para onde

Me guia o teu Espírito,

Mas não importa, Senhor

Quando sinto tua presença…

Flua em mim tuas águas,

Enche minha vida

Do teu canto…

Vitória/ES, 29/12/2023.

Sala da graça

A sala da graça

Está sempre

Com sua porta entreaberta…

É para lá que eu vou

Quando me perco de mim

E caio em des/graça.

Chego lá em frangalhos

Mais uma vez…

Empurro a porta

Cansada de vagar…

Vagarosa mente…

Vou entrando, sorrateira/mente

No recinto em sombras,

Porque Ele está na sombra

Por piedade da falida humanidade.

Agacho-me num cantinho

E choro em silêncio.

Sei que Ele sabe

Dos porquês,

Do desassossego

Da minha mente,

Das lágrimas.

Quero parecer com Cristo,

Mas minha imagem

Está sempre borrada.

Fica melhor vista

Na sombra de sua sala…

Senhor, eu te suplico

Deixa-me adentrar

No teu santuário

Permanecer em Tua presença

Na sala da graça

Mesmo que escondida

Num cantinho escuro

Esperando perdão

Mais uma vez…

Os outros pedidos

Que vim trazer

Fui fazendo ao longo

Da caminhada até aqui,

À tua sala da graça…

São Mateus/ES, 02/04/2022.

Encontro com Deus

Vim abrir a janela

Para entrar claridade

E poder ler Deus

Na sua