Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

O Vampiro
O Vampiro
O Vampiro
E-book78 páginas1 hora

O Vampiro

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

O Vampiro – A Lenda de Lord Ruthven é uma obra escrita pelo médico e escritor britânico John Polidori. Esse conto é frequentemente considerado o primeiro exemplo moderno de literatura de vampiros em língua inglesa e influenciou significativamente o desenvolvimento do gênero de horror gótico. A história gira em torno do personagem Lord Ruthven, um nobre enigmático e sedutor que esconde um segredo sombrio, e em torno de Aubrey, um jovem aristocrata ingênuo que se torna amigo e acompanha Lord Ruthven em suas viagens pela Europa. Ao longo da história, Aubrey testemunha eventos misteriosos e mortais que o levam a questionar a verdadeira natureza de seu amigo. O Vampiro aborda temas como sedução, corrupção, mortalidade e o sobrenatural. O conto é conhecido por sua atmosfera sombria e sua representação intrigante do vampiro como um ser aristocrático e sedutor que exerce um fascínio sobre suas vítimas. Além disso, o conto explora as consequências psicológicas e morais do envolvimento com forças sobrenaturais e os perigos da tentação e do desejo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento22 de mai. de 2024
O Vampiro
Autor

John William Polidori

John William Polidori (1795-1821) was an English writer and physician, known for his involvement in the Romantic movement. After Polidori received his doctorate in medicine, he was employed by Lord Byron, acting as his personal physician who traveled through Europe with him. Paid to journal the experience, Polidori began his writing career at this time as well. He wrote plays, poems, novellas, and non-fiction, but is best known for innovating the vampire genre in fantasy fiction with his famous novel The Vampyre.

Relacionado a O Vampiro

Ebooks relacionados

Infantil para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de O Vampiro

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    O Vampiro - John William Polidori

    PARTE I - EXTRATO DE UMA CARTA DE GENEBRA

    Respiro livremente nas proximidades do lago. O solo sobre o qual piso foi subjugado desde os primeiros tempos. Todos os objetos a minha volta, ao menos aqueles que imediatamente chamam minha atenção, trazem a minha cabeça cenas em que o homem atuou como herói e foi o principal eixo das ações aqui consumadas. Sem pensar nesses tempos anteriores de batalhas e cercos, aqui está o busto de Rousseau(1) - aqui está também uma casa com uma inscrição que indica que o filósofo genebrino respirou pela primeira vez sob seu teto. Um pouco fora da cidade está o castelo Ferney, residência um dia ocupada por Voltaire(2), onde esse personagem maravilhoso, embora certamente em muitos aspectos desprezível, teria recebido, como os eremitas de antigamente, as visitas de peregrinos, não apenas de sua própria nação, mas das fronteiras mais distantes da Europa. Mais abaixo vemos a residência de Bonnet(3) e, vários passos além, a casa daquela mulher surpreendente, Madame de Stael(4) – talvez a primeira de seu sexo que realmente provou sua frequentemente reivindicada igualdade de gênero. Já tivemos muitas mulheres que escreveram interessantes romances e poemas, nos quais a capacidade de observação de personagens treinada em aulas de desenho as teria beneficiado. Mas nunca, desde os dias de Heloísa(4), essas faculdades de análise e introspecção, sempre consideradas como peculiares ao homem, foram idealizadas como possível herança intelectual da mulher. Embora mesmo aqui, como no caso de Heloísa, nosso gênero não foi muito retrógrado ao alegar a existência de um Abelardo na pessoa de M. Schlegel(4) como o inspirador de suas obras.

    (1) REFERÊNCIA À JEAN-JACQUES ROUSSEAU, QUE NASCEU EM GENEBRA, SUIÇA, E FOI UM IMPORTANTE FILÓSOFO, TEÓRICO POLÍTICO, ESCRITOR E COMPOSITOR GENEBRINO. AS IDEIAS DE ROUSSEAU INFLUENCIARAM PROFUNDAMENTE TODO O DIREITO E OUTRAS ÁREAS DAS CIÊNCIAS HUMANAS NA MEDIDA EM QUE DESENVOLVERAM E APROFUNDARAM CONCEITOS COMO ESTADO, PODER E SOBERANIA, TAIS QUAIS CONHECEMOS ATUALMENTE.

    (2) REFERÊNCIA À FRANÇOIS-MARIE AROUET, QUE FOI UM ESCRITOR, HISTORIADOR E FILÓSOFO ILUMINISTA FRANCÊS. MAIS CONHECIDO PELO SEU NOM DE PLUME (PSEUDÔNIMO) M. DE VOLTAIRE (MONSIEUR DE VOLTAIRE), AROUET ERA FAMOSO POR SUA SAGACIDADE E SUAS CRÍTICAS AO CRISTIANISMO — ESPECIALMENTE À IGREJA CATÓLICA ROMANA — E À ESCRAVIDÃO. VOLTAIRE ERA UM DEFENSOR DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO, LIBERDADE DE RELIGIÃO E SEPARAÇÃO ENTRE IGREJA E ESTADO.

    (3) REFERÊNCIA À CHARLES BONNET, BIÓLOGO E FILÓSOFO NASCIDO EM GENEBRA, SUIÇA. ELE FOI CONHECIDO POR SUAS CONTRIBUIÇÕES SIGNIFICATIVAS PARA A BIOLOGIA, SENDO UM DOS PRINCIPAIS DEFENSORES DA IDEIA DA SCALA NATURAE (ESCALA NATURAL), QUE PROPUNHA UMA HIERARQUIA NA NATUREZA.

    (4) ESSA HELOÍSA É HELOÍSA DE ARGENTEUIL, ALUNA, E POSTERIORMENTE AMANTE, DE PEDRO ABELARDO, UM FILÓSOFO, TEÓLOGO E PROFESSOR FRANCÊS. ELES SÃO LEMBRADOS COMO UM DOS CASAIS MAIS NOTÁVEIS DA HISTÓRIA, E SUAS CARTAS DE AMOR SÃO CONSIDERADAS CLÁSSICOS LITERÁRIOS. JÁ M. SCHLEGEL É O PSEUDÔNIMO DE AUGUST WILHELM SCHLEGEL, UM POETA, TRADUTOR E CRÍTICO LITERÁRIO ALEMÃO. MADAME DE STAEL E AUGUST WILHELM SCHLEGEL SE CONHECIAM E ELE TEVE INFLUÊNCIA NAS IDEIAS LITERÁRIAS DELA. MADAME DE STAEL ESTAVA INTERESSADA NA LITERATURA E FILOSOFIA ROMÂNTICA ALEMÃ, E AS IDEIAS DE SCHLEGEL PODEM TER DESEMPENHADO UM PAPEL NA FORMAÇÃO DE SEUS PENSAMENTOS SOBRE LITERATURA E CULTURA.

    "Prosseguindo: Gibbon, Bonnivard, Bradshaw(5), e outros notórios moradores marcam, por assim dizer, os estágios do nosso progresso ao longo das mesmas margens desse lago. Enquanto isso, do outro lado dessas águas, há uma casa construída por Diodati, amigo de Milton(6), que contém dentro de suas paredes, há vários meses, aquele poeta que tantas vezes lemos juntos e que – se as paixões humanas permanecerem as mesmas, e se os sentimentos humanos, como acordes, ao serem varridos pelos impulsos da natureza vibrarem como antes – será colocado pela posteridade na primeira categoria de nossos poetas ingleses. Você deve ter ouvido, ou o Third Canto of Childe Harold (Terceiro Canto de Childe Harold)(7) o terá informado, que Lord Byron residiu muitos meses nessa vizinhança."

    (5) REFERÊNCIA À EDWARD GIBBON, ENSAÍSTA, HISTORIADOR E POLÍTICO INGLÊS, CUJA OBRA MAIS IMPORTANTE, THE HISTORY OF THE DECLINE AND FALL OF THE ROMAN EMPIRE (A HISTÓRIA DO DECLÍNIO E QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO), PUBLICADA EM SEIS VOLUMES ENTRE 1776 E 1789, É CONHECIDA PELA QUALIDADE E IRONIA DE SUA PROSA, SEU USO DE FONTES PRIMÁRIAS, E SUA CRÍTICA POLÊMICA À CRISTANDADE. ELE FOI RESIDENTE EM LAUSANNE, NA SUÍÇA. DEPOIS, TEMOS UMA REFERÊNCIA À FRANÇOIS BONIVARD, NOBRE, ECLESIÁSTICO, E HISTORIADOR DE GENEBRA, NA SUIÇA. SUA VIDA FOI A INSPIRAÇÃO PARA O POEMA DE LORD BYRON, DE 1816, THE PRISONER OF CHILLON (O PRISIONEIRO DE CHILLON). E, POR FIM, TEMOS UMA REFERÊNCIA PROVÁVEL À GEORGE BRADSHAW, QUE FOI UM CARTÓGRAFO, IMPRESSOR E EDITOR INGLÊS. ELE DESENVOLVEU O BRADSHAW'S GUIDE (GUIA DO BRADSHAW), UMA SÉRIE AMPLAMENTE VENDIDA DE GUIAS DE VIAGENS E DE HORÁRIOS FERROVIÁRIOS COMBINADOS.

    (6) REFERÊNCIA À GIOVANNI DIODATI, OU DEODATI, QUE FOI UM TEÓLOGO E TRADUTOR CALVINISTA NASCIDO EM GENEBRA, SUÍCA. SUA TRADUÇÃO DA BÍBLIA PARA O ITALIANO A PARTIR DE FONTES HEBRAICAS, GREGAS, LATINAS E SIRÍACAS TORNOU-SE A VERSÃO DE REFERÊNCIA USADA PELOS PROTESTANTES ITALIANOS. QUANTO À MILTON, É REFERÊNCIA À JOHN MILTON, QUE FOI UM POETA E INTELECTUAL INGLÊS. SEU POEMA MAIS NOTÓRIO, DE 1667, PARADISE LOST (PARAÍSO PERDIDO), FOI ESCRITO EM UMA ÉPOCA DE IMENSA MOVIMENTAÇÃO RELIGIOSA E AGITAÇÃO POLÍTICA. ELE ABORDOU A QUEDA DO HOMEM, A TENTAÇÃO DE ADÃO E EVA PELO ANJO CAÍDO SATANÁS E A DECISÃO DE JEOVÁ DE EXPULSÁ-LOS DO JARDIM

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1