Explore mais de 1,5 milhão de audiolivros e e-books gratuitamente por dias

A partir de $11.99/mês após o período de teste gratuito. Cancele quando quiser.

Uma Secretária Quase Perfeita
Uma Secretária Quase Perfeita
Uma Secretária Quase Perfeita
E-book259 páginas3 horas

Uma Secretária Quase Perfeita

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Uma Secretária Quase Perfeita
Género: Comédia romântica | Chick-lit | Romance leve
Giovanna dos Santos Leite levava uma vida pacata e sem surpresas... até que uma caneca de café fumegante e um encontro inusitado viram o seu mundo do avesso.
Quando conhece Teodoro Assis, um CEO arrogante e irresistível, a atração é imediata — e desastres hilariantes também.

Ela precisa de um emprego urgente.
Ele precisa de uma secretária para ontem.
Nenhum dos dois está preparado para se apaixonar.

? Um romance leve, divertido e apaixonante que vai fazer-te rir, suspirar e acreditar que até os encontros mais improváveis podem mudar tudo.

? Ideal para leitoras de romances como os de Sophie Kinsella, Carina Rissi ou Christina Lauren.

Lê agora e deixa-te envolver por esta história cheia de charme e reviravoltas.
 

IdiomaPortuguês
EditoraMaryelsa Macedo
Data de lançamento17 de abr. de 2025
ISBN9798227286932
Uma Secretária Quase Perfeita
Autor

Maryelsa Macedo

Maryelsa Miranda Macedo nasceu na cidade da Praia, ilha de Santiago, Cabo Verde. Atualmente a trabalhar como Secretária Administrativa numa empresa de automóveis e a finalizar o seu curso de Direito, nos seus tempos livres dedica-se ao que mais gosta de fazer - escrever. Mãe de dois filhos lindos, sua maior inspiração para lutar e escrever. Deus o autor de tudo na sua vida. A Ele sua eterna gratidão.  

Autores relacionados

Relacionado a Uma Secretária Quase Perfeita

Ebooks relacionados

Fantasia para você

Visualizar mais

Categorias relacionadas

Avaliações de Uma Secretária Quase Perfeita

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Uma Secretária Quase Perfeita - Maryelsa Macedo

    Capítulo Um -Mais um dia

    Giovanna dos Santos Leite

    Eu devo ter feito um curso numa outra vida para ser tão desastrada assim.

    Não é possível que alguém nasça, cresça e viva assim tão desastrada como eu. Tenho com certeza um PHD em acidentes. Por onde passo é como se um furacão passasse, destruo tudo.

    Desço as escadas do prédio onde moro a correr, mais um dia e eu como sempre estou atrasada.

    Dessa vez a senhora Eduarda não se compadecerá de mim, a pobre senhora já deve estar cansada de ouvir as minhas lamúrias todos os santos dias.

    Hoje de fato poderia ser mais um dia normal, mas alô: - Universo sou eu, Giovanna a jovem mais desastrada daqui! É claro que acidentes teriam que fazer parte do processo.

    Tropeço na alça da minha bolsa, caio com tudo no chão. Sinto uma dolorosa dor no queixo, só espero não ter partido nada. Sinceramente não posso me dar ao luxo de ir a um pronto-socorro agora. - Era só o que me faltava. Meu corpo por favor não invente. Colabore!

    Ignoro a maldita dor no meu queixo, levanto a contragosto e continuo minha corrida. Até ao final deste ano estarei fitness, algo de bom tem de me acontecer. - Pelo amor de Deus Universo dá uma forcinha aí! Eu mereço.

    Com toda essa corrida matinal para chegar sã e salva na estação de metrô, e mais uma maratona para apanhar um autocarro para finalmente chegar ao trabalho, perco imensas calorias, portanto fitness estarei.

    Nem tudo é ruim assim, consegui apanhar o metrô antes que o mesmo voasse dali como um trem bala, chego sã e salva no trabalho, atrasadíssima, porém inteira.

    A movimentação na livraria é a mesma de todos os dias, pessoas andam apressadas de um lado para o outro, as bandejas voam, apitos com a informação que os pedidos já se encontram prontos para serem pegos, alguns clientes reclamam da demoram, uma fila enorme no caixa.

    Aproveito a bagunça e vou voando para o banheiro me trocar.

    - Atrasada de novo Gio. Oiço o pigarreio da minha chefe.

    - Desculpa Edu. Peço de cabeça abaixada. Não adianta falar muito.

    - Vá lá se trocar depois do expediente conversamos.

    Não gostei do tom dela, mas resolvi não refutar. Preciso desse emprego como preciso do ar para respirar, não posso o perder. Tenho contas atrasadas a liquidar. Existe uma linha ténue que separa eu empregada e abrigada do eu desempregada e desabrigada.

    Não posso e muito menos quero atravessar essa linha.

    ––––––––

    Não há tempo para eu pensar em mais nada. Começo o trabalho e a movimentação do dia me engole.

    Corro de um lado para o outro, atendo as mesas, varo e limpo o chão. Mais pessoas entram na livraria, nunca tinha visto ela tão cheia assim. Antes que eu perguntasse a minha colega e melhor amiga a Jú (Júlia Ribeiro) o porquê de tanto alvoroço caixas e mais caixas são descarregadas de um camião.

    Agora está explicado, acabam de chegar mais uma remessa de livros novos.

    É sempre assim quando chegam livros novos, a livraria fica lotada de pessoas.

    Por um lado, é bom, pois faturamos mais, entretanto por outro lado, trabalhamos mais e ficamos muito cansados.

    - Gio. Gio. Grita sem parar a Júlia

    Tento me equilibrar, com uma bandeja na mão, o bloco de anotações noutra. - o que foi?

    - Vistes que chegou o livro da trilogia que estamos lendo?

    - Qual delas?

    - Da Isabela Freitas.

    - Nem vi. Nem consigo respirar, que dirá espreitar as estantes que a Edu está arrumando.

    - Eu vi. Está lindo. Não vejo a hora de devorá-lo.

    - Moças menos conversa, mais trabalho por favor. Há mesas que ainda não foram atendidas.

    Eduarda se aproxima de onde estamos e nos passa um sermão. Maria Eduarda Fontenelle é uma mulher muito bonita, no auge dos seus 52 anos. Cabelos já grisalhos que elas os têm escondido debaixo de uma tinta marrom, corte chanel, é alta e seus passos são elegantes.

    Eu adoro o modo como ela se veste, hoje por exemplo tem uma saia midi bege, um body preto, e um blazer marrom a combinar com os seus scarpin vizzano também marrom. Os saltos devem ter uns 15 cm.

    De pele negra e cabelo sempre curto. O perfume chanel nº5 que usa também não passa despercebido.

    Eu amo perfumes, bolsas, sapatos, vernizes, roupas, sou da opinião que as mulheres têm que se arrumar. Adoro ver uma bem arrumada e cheirosa.

    Já trabalho nesta livraria há 2 anos, gosto daqui, nossa patroa trata seus funcionários bem e o salário não é de todo mau, sem falar que ganhamos gorjetas (tem uns clientes que são super generosos e deixam bastante).

    Tem dias que o trabalho é exaustivo (hoje é um exemplo), noutros é mais relaxado.

    Trabalhar numa livraria tem disso, você ouve as fofocas que nem deseja e muito menos precisa ouvir.

    Vejamos: - o que eu? Justo eu? Tenho a ver com essa história complicada que essa moça insiste em me contar. Se bem que insistir é suave, ela praticamente me obriga.

    - Como é seu nome mesmo? Me pergunta a moça aos prantos.

    Tiro um guardanapo do porta-guardanapos e ofereço a ela. A mesma assoa o nariz e recomeça a choradeira.

    - Meu nome é Giovanna.

    - Bonito nome. Eu detesto o meu.

    Aposto que está à espera que eu lhe pergunte o seu, mas eu não quero saber. Por que eu quereria? Nem a conheço. Já agora é a primeira vez que aqui vem. Sinceramente não entendo porque as pessoas têm que ser assim.

    - O meu nome é Elizabete. Eu detesto o meu nome. Alguns me chamam de Eliza. Outros Bete. Qual a razão disso?

    A moça interrompeu a linha dos meus maus digamos assim pensamentos. Nem precisei perguntar o nome, ela mesma me disse.

    - Vai querer o quê moça? Pergunto educadamente lhe entregando o cardápio. Tentando não perder a pouca paciência, que nem tenho.

    - Meu Gab de volta.

    - Meu o quê? Pergunto enquanto franzo a testa. Com mil macacos! Esta moça não está fazendo sentido algum.

    - Meu Gabriel.

    Ahm! Agora está explicado. Gabriel é nome de uma pessoa. Do jeito que está aos prantos assim, aposto que brigaram penso para com os meus botões.

    - Ele terminou tudo comigo por causa da Sop. Aquela patricinha mimada.

    - Da quem?

    - Sophia. A garota mais popular do colégio.

    Levo as mãos as minhas doloridas têmporas, esfrego-as com o intuito de fazer a dor ir embora. Onde foi que eu fui me meter?

    A dramática rapariga de nome Elizabete se levanta e se joga nos meus braços.

    - Eu quero o meu Gab de volta. Me ajuda por favor. Diz ela com os braços em torno do meu pescoço.

    - Calma. Moça se acalma por favor. Vai ficar tudo bem.

    - Não vai não. Meu Gab não quer mais saber de mim. Eu preciso dele.

    Você precisa é de umas boas palmadas isso sim Essa era a frase que eu queria dizer para ela, obviamente que não disse.

    - Se acalma. Edu podes me ajudar aqui por favor. Grito desesperada.

    Eu não tenho jeito para ser psicóloga. Nem para servir mesas, que dirá psicóloga.

    Acho que essa moça errou de lugar, na verdade ela queria ir para uma consulta com o psicólogo e meio que caiu aqui como se caísse de paraquedas. Em queda livre.

    - O que está acontecendo? Eduarda olha de mim para a garota aos berros pendurada no meu pescoço. É pesada a garota. É uma falsa magra, de magra não tem nada. A não ser que os ossos pesam.

    - Não sei o que faço com ela. Ela não faz sentido algum. Eu só queria atender a mesa dela. Mas já estou a quase uma hora aqui com ela e a mesma não para de chorar, e não diz coisa com coisa. Edu, tu me contrataste para ser atendente de mesas, não psicóloga.

    Minha patroa dá a sua famosa revirada de olhos. - Deixa que eu cuido disso. Vai para cozinha ajudar a Pamela. Dramática.

    - Ainda eu é que sou dramática? Dessa vez sou eu a revirar os olhos enquanto fujo dali.

    (***)

    Chove sem parar lá fora. Eu adoro chuva, mas não para vir trabalhar, e sim ficar em casa deitada no sofá, assistindo um filme e ouvindo o barulho da chuva lá fora.

    Há quem prefira nos dias chuvosos estar fazendo outra coisa, se é que me entendem. Eu não. Tenho aversão a palavra amor só de ouvir minha boca fica seca, meu estômago revira e sinto umas náuseas terríveis.

    Um certo animal não me deixou com vontade alguma de envolver com quem quer que seja. Sigo intacta e feliz. Minha vida pode ser monótona às vezes, mas desses tipos de emoções que só causam confusões quero distância. Estou bem como estou.

    Faço um coque desajeitado nos meus cabelos, estão longos, isso faz-me lembrar que preciso cortá-los para atualizar o visual. Eles estão no meio das minhas costas. Meu cabelo é  preto e ondulado.

    Amo o meu cabelo. Edu e Jú estão sempre a me chatear para eu os tingir, mas nem sobre tortura faço isso. Nada de químicos na minha juba.

    Sigo invicta.

    Tenho 1,78 cm de altura. Meu corpo é todo curvilíneo, todas as curvas no seu devido lugar. Amo o meu corpo, não mudaria nada nele. Sou morena, lábios carnudos, cílios longos, pestanas também. Sim, definitivamente não mudaria nada em mim.

    Isso meio que me dá a segurança de ser quem eu sou. Nada me abala mais. Uma vez me abalava. Agora não.

    Sigo trabalhando, enquanto chove lá fora torrencialmente e assim mais um dia se foi...

    Capítulo Dois - Um furacão

    Teodoro Assis

    Minha cabeça lateja. Fecho os olhos de novo. Sinto um peso enorme nas minhas têmporas.

    O toque insistente do meu celular me despertou, e ele continua sem parar. A pessoa do outro lado da linha deve estar a morrer.

    - Atende essa droga de uma vez. Infernos!

    Oiço uma voz irritante gritar.

    Levanto a cabeça para ver de onde vem.

    Hum! Curioso. Vem do mesmo cômodo e da mesma cama. Uma loira está deitada do outro lado da cama toda nua.

    Dou uma rápida olhadela no lugar, e para minha surpresa ou não, constato que não estou no meu quarto.

    Droga! Onde será que eu estou?

    - Não vais atender? Por acaso não viste que a pessoa não vai desistir.

    - Cala boca. Grito para a criatura que nem sei o nome. - Fazes uma grande favor ficando calada.

    Ela para de falar. Ainda bem, sua voz está dando cabo da minha já insuportável dor de cabeça.

    - Alô. Digo levando o meu iPhone 14 pro à orelha.

    - Você tem dez minutos para estar aqui na empresa. Ou considere-se fora do cargo de CEO. E assim sem mais nem menos meu querido pai desliga a chamada. Essa foi a chamada mais rápida que já tive com ele durante toda a minha vida.

    Nem adianta contrariar a ferra.

    Começo a recolher as minhas roupas enquanto disco o número do meu motorista.

    -  Nando vem me buscar. Agora. Grito – Já te enviei o endereço por mensagem.

    - Gato quando vamos nos ver de novo? Pergunta a criatura

    Eu até já me tinha esquecido completamente da sua existência.

    - Nunca mais. Respondo curto e grosso. – Dá o fora daqui. Já!

    - Como assim?

    Olho para ela chateado, pelos vistos não percebeu. Nem me admira. O que será que colocaram na minha bebida ontem. No meu estado sóbrio eu nunca iria para a cama com essa criatura  (nada contra, simplesmente porque ela não faz o meu tipo). Tenho fama de playboy, mas sou muito seletivo e  exigente. Não vou para a cama com qualquer uma.

    E tenho uma regra que cumpro às riscas só envolvo com uma mulher uma única vez. Todas que aceitam sabem que é assim, jamais fico com uma mulher por duas vezes, por mais boa que tenha sido a experiência.

    Mulheres tem tendência a se apaixonar e eu nunca me apaixonei. E nem vou. Jamais. Para mim amor é tudo coisa de gente maluca.

    Meu pai me deixou com aversão a compromissos sérios, tanto que traiu a minha mãe, a pobre coitada se suicidou, nunca vou lhe perdoar por isso. Nossa relação é estritamente profissional. Só o aturo porque quando ele bater as botas eu vou ser o dono de todo o seu majestoso império. Sou filho único.

    - Arranca esse carro Nando. Digo entrando no meu Mercedes-Benz Maybach S Class.

    - E a garota?

    - Arranca o carro. Ainda sou eu que pago o seu salário. Grito furioso

    - Sim senhor.

    A loira maluca correu atrás de mim o hotel inteiro. Eu nem me dignei a olhar para trás. Só espero que nenhum paparazzi me tenha seguido se não amanhã estarei em todas as manchetes.

    - Senhor. Fernando chama minha atenção. – O senhor está só de cuecas só para constar.

    Gargalho alto com a falta de jeito do meu motorista em me passar essa informação preciosa.

    - Eu sei Nando. Ainda não perdi completamente juízo.

    Ele ri. – Para onde?

    - Empresa. Vou-me vestindo no trajeto. Conduza o mais rápido que puderes. Tenho 5 minutos para chegar a sala do meu pai. Se não terei que arranjar um lugar para morar. E distribuir curriculum vitae em todas as empresas que eu conheço.

    - Sim senhor.

    A noite de ontem foi uma loucura. Depois terei que acertar umas contas com o meu melhor amigo, mas agora não estou com cabeça para isso. Primeiro preciso resolver os assuntos com o meu pai.

    Nem sei o que ele quer.

    (***)

    - Mais um minuto e adeus a tua mordomia. Diz o meu pai sentado atrás da sua poltrona majestosa

    - Estou aqui não estou pai. O que você quer? Pergunto enquanto passo as minhas mãos pelos meus cabelos. Sempre faço isso, quando estou furioso.

    - Quero que tenhas mais juízo e responsabilidade. E que assumas o teu papel.

    - Pai. Começo. Mas não tenho chance de terminar, pois ele me interrompe.

    - Não tem essa de pai. você vai me ouvir Téo. Estou cansado das tuas irresponsabilidades, por acaso não vês que eu já estou velho. Daqui algum tempo é você a gerir tudo o que construí.

    É o que mais desejo Penso para com os meus botões.

    Meu pai dá volta a mesa joga um jornal bem a minha frente, vai para o seu minibar e se serve de uma dose de whisky (definitivamente o negócio é sério, ele só bebe quando está chateado).

    Puxo a manga do meu casaco e camisa social, verifico no meu relógio de pulso que ainda nem são 10:00 da manhã.

    Beber assim, logo pela manhã, não é uma atitude habitual nele.

    - Não vai servir uma bebida ao seu querido e único herdeiro paizinho? Brinco irónico.

    Sinto o copo bater contra a parede e cair no chão em pedaços.

    - Teodoro Assis não me faça perder a pouca paciência que ainda me resta com você. Leia a porcaria do jornal de uma vez. Grita o meu pai furioso

    Meus olhos passam rapidamente pelo jornal em meu colo.

    "O playboy do ano Teodoro Assis visto a sair de uma

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1