De cor vermelho vivo, muito sápido, o tomate coração de boi é coisa para nos deixar de quatro. Como se comêssemos gomos de sol.
Firme, perfumado, com acidez no ponto e um leve toque doce, é dos melhores tomates que podemos comer. Cortado em fatias parece, de facto, um bife, mas é bem melhor do que isso. Cru, apenas com um fio de azeite e umas pedras de sal, é a forma ideal de o experimentar no seu esplendor.
A partir de agosto e até outubro, por vezes até novembro, faz as delícias de quem o prova, sobretudo se maduro e criado sem pressas, respeitando a sua sazonalidade.
No Douro, ganha caraterísticas especiais, devido às condições edafoclimáticas. Dá gosto parti-lo em fatias suculentas. Recrudesce em sabor. Daí o território e clima serem decisivos na sapidez final.
É um facto que longe vão os tempos em que chegávamos a casa, num dia de Verão, e nos consolávamos a saborear um belo tomate destes. Por vezes, nem era necessário polvilhar de sal. Estava no ponto. Maduro, com a dose certa de açúcar e acidez, pujante e fresco, sumarento na sua cor carmim, aveludado. Um regalo na sua aparente simplicidade.
Respeitar os ciclos de colheita e maturação, bem como ar livre,