Para ver e ouvir
Só a palavra limão já nos faz navegar em ondulações de prazer. O aroma, acima de tudo, comanda uma viagem sensorial. O mesmo se aplica às laranjas, às tangerinas, à cidra e lima, kumquat, cimboa, clementina e todas as suas tergiversações criadas pela natureza ou pela mão do homem.
Aliás, nos últimos anos, é moda encontrar disseminados pelos pratos alguns citrinos mais extemporâneos mas que surpeendem como o yuzu, mão de Buda, o mishokan, o limão-caviar ou a histrix cítrica, kombawa, folha usada para tempero, isto para não falar do limão vermelho e limão taitiano ou a cedrat pêra (em que só se come a parte interior branca).
Não admira. Acidulados, intensos na frescura e sumarentos, seduzem os chefes de cozinha que cada vez buscam mais exotismo e aí encontram múltiplas fontes de inspiração.
Às portas do Gerês, em Ázere, Arcos de Valdevez, a Citroo Foods, decidiu criar um verdadeiro e exemplar paraíso dedicado aos citrinos exóticos.
São sete hectares e mais de seis mil árvores abraçados por uma imensa região montanhosa, pelas serras da Peneda, Soajo, Amarela e Gerês que aqui encontram o ‘spot’ ideal. Sol e vales profundos, onde cascatas povoam a paisagem e os matos, levadas e socalcos constroem uma orografia sui generis.
Tiramos da árvore um limão-caviar e cheiramos o seu perfume, raspando a casca com os dedos. Pára tudo. Muito aromático e quase inebriante, há duas variedades de cinco cores diferentes numa paleta que vai do rosa ao vermelho, salmão e verde, que todo o ano lançam o seu aroma pela zona. O limão-caviar é uma espécie de rei dos citrinos,