Panegyrico de Luiz de Camões
()
Relacionado a Panegyrico de Luiz de Camões
Ebooks relacionados
Homenagem ao Marquez De Pombal 1782-1882 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEsta é a Ditosa Pátria Minha Amada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLuiz de Camões marinheiro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs Noites do Asceta Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDescobrimento das Filippinas pelo navegador portuguez Fernão de Magalhães Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Lusíadas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCastilho e Quental: Reflexões sobre a actual questão litteraria Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Cerco de Corintho, poema de Lord Byron, traduzido em verso portuguez Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs descobrimentos portuguezes e os de Colombo: Tentativa de coordenação historica Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Centenario de José Estevão Homenagem da Maçonaria Portugueza Nota: 0 de 5 estrelas0 notasViagens na Minha Terra (Volume II) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasViriatho Narrativa epo-historica Nota: 4 de 5 estrelas4/5Noites de insomnia, offerecidas a quem não póde dormir. Nº2 (de 12) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Fome de Camões Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Claro Riso Medieval Nota: 4 de 5 estrelas4/5Os Lusíadas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOpúsculos por Alexandre Herculano - Tomo 02 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSuicida Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA viagem da Índia poemeto em dois cantos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasChronica de El-Rei D. Affonso V (Vol. I) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasApotheose Camoneana Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs tripeiros romance-chronica do seculo XIV Nota: 5 de 5 estrelas5/5Um Sarau De Verdades Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEstrellas Propícias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA relíquia Nota: 0 de 5 estrelas0 notas7 melhores contos de Manuel de Oliveira Paiva Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Estandarte Auriverde Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoesias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs mil mortes de césar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Relíquia Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Avaliações de Panegyrico de Luiz de Camões
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Panegyrico de Luiz de Camões - J. M. Latino (José Maria Latino) Coelho
Project Gutenberg's Panegyrico de Luiz de Camões, by José Maria Latino Coelho
This eBook is for the use of anyone anywhere at no cost and with
almost no restrictions whatsoever. You may copy it, give it away or
re-use it under the terms of the Project Gutenberg License included
with this eBook or online at www.gutenberg.org
Title: Panegyrico de Luiz de Camões
Author: José Maria Latino Coelho
Release Date: June 27, 2007 [EBook #21950]
Language: Portuguese
*** START OF THIS PROJECT GUTENBERG EBOOK PANEGYRICO DE LUIZ DE CAMÕES ***
Produced by Pedro Saborano. (produced from scanned images
of public domain material from Google Book Search)
PANEGYRICO
DE
LUIZ DE CAMÕES
PANEGYRICO
DE
LUIZ DE CAMÕES
LIDO NA SESSÃO SOLEMNE
DA
ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS DE LISBOA
Em 9 de junho de 1880
PELO
SECRETARIO GERAL
J. M. LATINO COELHO
LISBOA
TYPOGRAPHIA DA ACADEMIA
1880
Senhores.--Quando o viajante, ao cursar as ermas e dilatadas planicies, onde entre o Eufrates e o Tigre, em seculos remotos floreceram as grandes e conquistadoras monarchias asiaticas, collossos na amplitude e no poder, revoca á mente scismadora as magnificas memorias d'aquelles soberbissimos imperios, encontra em redor de si a aridez e a solidão. Mas as ruinas monumentaes dos antigos e majestosos edificios nos logares hoje desertos, onde outr'ora pompearam as cidades babylonias e assyrias, lhe estão ainda ensinando com a mudez eloquente das ruinas venerandas, a imagem da grandeza que passou.
Tudo é pequeno e transitorio n'este mundo, excepto a humanidade, a cadêa ininterrupta, por onde as successivas gerações umas ás outras vão transmittindo, accrescentado, o thesouro da commum civilisação.
Nascem, crescem, avigoram-se, florecem, decaem, e sepultam-se para sempre no tumulo da historia as nações e os heroes, por mais procéras e giganteas, que o destino lhes talhasse a estatura e as proporções.
Quando, após os esplendidos triumphos,--que em sua comparação, bem poderam envergonhar de pequenas e obscuras as celebradas conquistas e expedições dos povos dominadores na antiguidade,--volvemos os olhos para o que fomos, e caimos na contemplação do que de tanto poderio hoje nos resta, o espirito lastimado pela ingrata confrontação se entristece e se lamenta, de que passasse tão veloz a edade heroica de Portugal. Como ao viandante solitario nos plainos da Mesopotamia, parece-nos que sómente em volta se