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Camões e a Fisionomia Espiritual da Pátria
Camões e a Fisionomia Espiritual da Pátria
Camões e a Fisionomia Espiritual da Pátria
E-book37 páginas25 minutos

Camões e a Fisionomia Espiritual da Pátria

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IdiomaPortuguês
Data de lançamento26 de nov. de 2013
Camões e a Fisionomia Espiritual da Pátria

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    Camões e a Fisionomia Espiritual da Pátria - Leonardo Coimbra

    The Project Gutenberg EBook of Camões e a Fisionomia Espiritual da Pátria, by

    Leonardo Coimbra

    This eBook is for the use of anyone anywhere at no cost and with

    almost no restrictions whatsoever. You may copy it, give it away or

    re-use it under the terms of the Project Gutenberg License included

    with this eBook or online at www.gutenberg.net

    Title: Camões e a Fisionomia Espiritual da Pátria

    Author: Leonardo Coimbra

    Release Date: June 13, 2010 [EBook #32789]

    Language: Portuguese

    *** START OF THIS PROJECT GUTENBERG EBOOK CAMÕES E A FISIONOMIA ***

    Produced by Pedro Saborano

    JUNTA PATRIOTICA DO NORTE

    LEONARDO COIMBRA


    CAMÕES

    E A

    fisionomia espiritual da Pátria


    SEPARATA DE CAMÕES

    (DISCURSO PRONUNCIADO NO TEATRO
    ÁGUIA DE OURO
    NO DIA 10 DE JUNHO DE 1920)

    PORTO MCMXX

    POR BEM

    {3}

    MENINAS, MINHAS SENHORAS

    E MEUS SENHORES:

    IMAGINAI que, subterrâneo e distante, vos corre sob os pés um regato, e donde em onde a terra se abre em bocas de verdura, falando o refrescante murmurio das águas profundas.

    Assim são os Poetas.

    A nossa alma é como velho arco de ponte, sob o qual flui o rio do tempo, levando no seu curso as verduras da terra e as luzes do firmamento, cabelos corredios de algas e filamentos luminosos de mundos, flôres das margens e cometas do Infinito.

    De quando em quando, da nossa própria alma tombam flôres mortas que o tempo leva e vai sumindo na imensidade da Distância.

    ¿Voltarão a passar sob a mesma ponte os brancos corpos de Ofélias, que se afastaram, fluindo na algidez do luar?

    ¿Qual o rio que, atravessando os mundos, os traga cinturados e reflectidos a repassarem as mesmas viagens, a repetirem o milagre do encontro?

    A Memória.

    Êsse o grande rio do tempo regressando à origem, como peregrino que fôsse a ver o mundo e ao lar doméstico voltasse, cabelos e alma empoados das flôres{6} dos caminhos, rebrilhantes das pedrarias da terra e das cósmicas poeiras das alturas.

    Mas a Memória é onda dum mar transcendente, que só conhecemos pelo seu aromático desenho na praia que nós somos

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