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Tempos Verbais
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E-book96 páginas54 minutos

Tempos Verbais

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Sobre este e-book

Tempos Verbais é um drama satírico em um ato que trata conflitos internos do nosso herói, um eu-presente derrotado e sem chão, com a personificação do seu passado e com a de seu futuro travando uma profunda e complexa discussão sobre as ações, consequências e responsabilidades de cada um deles para com a própria vida. Um roteiro integrante e angustiante, salpicado de bom humor, que levará o leitor, porque não expectador, a uma divertida, mas séria reflexão.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento11 de mai. de 2014
Tempos Verbais
Autor

Rafael Castellar das Neves

Nascido em Santa Gertrudes, interior de São Paulo - Brasil, formado em Engenharia de Computação e um entusiasta pela literatura, buscando nela formas de expressão, por meio de crônicas, poesias, contos, ensaios e romances.

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    Tempos Verbais - Rafael Castellar das Neves

    TEMPOS VERBAIS

    Todos os direitos autorais sobre este conteúdo estão

    registrados na Fundação Biblioteca Nacional do Brasil:

    Nº: 567.854 Livro: 1.083 Folha: 419

    RAFAEL CASTELLAR DAS NEVES

    TEMPOS VERBAIS

    EDIÇÃO PRÓPRIA DO AUTOR - 2014

    Literatura Brasileira - Teatro

    Saiba mais sobre esta e outras obras em: Desce Mais Uma!

    CreativeCommon

    Esta obra foi licenciada sob uma Licença Creative Commons: Atribuição - Não Comercial - Sem Derivados 2.5 Brasil.

    Você pode copiar, distribuir e exibir, desde que seja dado crédito ao autor original.

    Aos meus pais, esteios incondicionais que desde meu sempre asseguram minha caminhada.

    PREFÁCIO

    Há alguns anos, pensando em como lidamos com os acontecimentos e a mudanças nas nossas vidas – uns se conformando, outros atribuindo as responsabilidades a terceiros ou à própria Providência, e outros assumindo lucidamente as consequências das próprias ações e decisões –, escrevi dois textos: uma carta endereçada ao próprio passado e outra ao próprio futuro (a seguir estão ambas na íntegra). Estas cartas propõem um eu-presente consciente e lúcido dos acontecimentos da sua vida e, seguro de si, resolve comunicar-se com seus outros eus de outros tempos. Esta reflexão, ou a situação, tomou uma outra forma em minha mente na qual passado e futuro se personificam ao presente cobrando responsabilidades e ações sobre a vida deles. Pude ver, na minha mente, esta nova situação em movimento, acontecendo, de uma forma diferente das visões que antecedem e acompanham o desenvolvimento dos meus romances. Foi então que resolvei me aventurar por um roteiro teatral, pois era como eu visualizava esta nova ideia: dinâmica.

    Tempos Verbais é o resultado de tudo isso. Uma peça teatral que trata destes conflitos internos, dando a chance ao nosso herói, desta vez um eu-presente derrotado e sem chão, de interagir, em uma noite dessas, com a person ificação do seu passado e com a de seu futuro travando uma profunda e complexa discussão sobre as ações, consequências e responsabilidades de cada um deles para com a própria vida. Um roteiro integrante e angustiante, salpicado de bom-humor, que levará o leitor, porque não expectador, a uma divertida, mas séria reflexão.

    Esta obra foi concluída em 2012 e está agora disponível gratuitamente em formato de livro eletrônico, mantendo a estrutura de um roteiro teatral. E como tem sido, continua disponível àqueles que, por boa ventura, se interessarem em utilizá-la para a produção de uma peça teatral, é só entrar em contato comigo.

    Carta ao meu Eu-Passado

    Caro Eu-Passado,

    Não é por falta de interesse e nem por descaso que não pergunto como lhe vão as coisas, mas por muito bem já as saber. Sei também que, por se encontrar em profunda perdição de si, incrédulo de tudo e todos que passam a lhe rondar, inclusive de si mesmo, muito lhe custa a esta carta ler, mas é por ela que lhe trago boas-novas!

    Digo-lhe que por aqui as coisas muito têm melhorado, que muitas das nossas dúvidas e dificuldades têm, desde então, se resolvido e novos rumos tomado, diferentes dos que aí está a pensar. Por incrível que possa lhe parecer, e sei que muito lhe parecerá, nossa vida tornou-se novamente iluminada e, de uma forma nova e curiosa, saborosa. Os amanheceres não são mais torturantes e temidos, mas confortáveis e amenos, alguns até muito prazerosos. Os dias têm passado com fluidez e tranquilidade – desprezemos, contudo, aqueles inevitáveis aborrecimentos da vivência coletiva. As noites continuam a serem impacientemente aguardadas, mas não mais pelo refúgio concedido e sim pelo divertimento ou pelo simples relaxamento do lar, nelas sempre contidos. E são as madrugadas que mais me prazem, pois agora, ou nelas chegamos ou por elas passamos descuidados num profundo desmaio regenerador, que sei que há muito não tem.

    Confesso que os fantasmas ainda assombram, mas não com a tempestuosidade e vivacidade que você tão bem conhece, mas cá estão e isso não posso e nem devo lhe negar. Mas também confesso que não é de todo mal que, vez ou outra, ainda apareçam. É preciso que algo nos lembre do que fomos e pelo que passamos – e isso eles fazem muito bem, bem até demais, lhe confidencio –, pois o esquecimento é fácil e a ansiedade e a espontaneidade de reviver cegam e ensurdecem. Devemos nos lembrar, eu e você, ao menos assim podemos nos postar matreiros diante do que está por vir, mas sem perder a doçura de viver. E estas são as lembranças que me fizeram perceber que eu, justamente eu, também havia me

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