Poemas
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Sobre este e-book
Já fazem alguns anos que aprendi a amar a poesia. Comecei com a simples curiosidade de ler alguns versos e logo me apaixonei. Comecei a ler todos os tipos de poesia que encontrava e lentamente comecei a entender o meu gosto para alguns estilos e poetas. Mais tarde comecei a escrever meus próprios poemas e o primeiro deles foi "A Paixão", um belo poema.
Não vejo-me como um verdadeiro poeta e não consigo encontrar palavras adequadas para definir o meu estilo poético. Deixo a poesia encher-me com a sua própria beleza para então colocá-la no papel. Tento seguir as regras, mas algumas vezes não funciona, mesmo assim tenho a sensação de que devo escrever e aqui está mais uma de minhas antologias.
Apresento este livro com todo o meu amor e respeito aos meus ilustres leitores. Espero que possam apreciá-los.
Luis A R Branco
Lisboa, Outono de 2014
Luis A R Branco
Married for thirteen years and a father of two beautiful girls, I was born in the city of Petrópolis, RJ, Brazil, in January 1974. I hold an undergraduate degree in Biblical Studies and Theology (BA), a Master Degree in Church Administration and Leadership (MA), a Doctor Degree in Ministry (D.Min.) and actually pursuing a Doctorate in Philosophy. My work includes serving as a local clergyman and a seminary professor. I'm member of the Society of Christian Philosophers, member of the Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas, member of the Movimiento Poetas Del Mundo, member of the União Brasileira de Escritores and member of the Academia de Letras e Artes Lusófonas and affiliated with the Mission Board of the National Baptist Convention. By working in several countries, it gave me of a major cross-cultural experience. My theology is reformed and as a poet, I've a melancholic style following the pattern of the ultra-romantics of the XIX Century, as a humanist I'm characterized by the idea that man gets his true essence in the knowledge of God. I live in Lisbon with my family and have published books on spirituality, theology, philosophy and anthologies.
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Poemas - Luis A R Branco
INTRODUÇÃO
Já fazem alguns anos que aprendi a amar a poesia. Comecei com a simples curiosidade de ler alguns versos e logo me apaixonei. Comecei a ler todos os tipos de poesia que encontrava e lentamente comecei a entender o meu gosto para alguns estilos e poetas. Mais tarde comecei a escrever meus próprios poemas e o primeiro deles foi A Paixão
, um belo poema.
Não vejo-me como um verdadeiro poeta e não consigo encontrar palavras adequadas para definir o meu estilo poético. Deixo a poesia encher-me com a sua própria beleza para então colocá-la no papel. Tento seguir as
regras, mas algumas vezes não funciona, mesmo assim tenho a sensação de que devo escrever e aqui está mais uma de minhas antologias.
Apresento este livro com todo o meu amor e respeito aos meus ilustres leitores. Espero que possam apreciá-los.
Luis A R Branco
Lisboa, Outono de 2014
O MOMENTO
Num mundo vazio de significados,
De que me adianta viver rodeados por pessoas com pressa?
O ano, o mês, a semana, o dia, a hora, o minuto e o segundo para mim nada servem,
O que de fato importa-me é momento.
Os momentos mais importantes da vida acontecem sem hora marcada,
O nascimento e a morte formando os dois polos mais importante da existência,
Eles não têm hora marcada para acontecerem,
Apenas nascemos e morremos, no momento.
Minha vida é uma colcha de retalhos formada por momentos,
Momento de nascer, de ser criança, de ser adulto, de envelhecer e então virá a morte, tal como disse o poeta, como o último acorde
.
Sou momentos espalhado pelas horas, dias, semanas, meses e anos.
Meu momento escapou ao cronos e estabeleceu-se no kairós.
Kairós não é contado,
Kairós é sempre o mesmo momento.
Um momento que se divide em quatro estações: nascimento, vida, morte e vida após a morte.
O que para mim divide-se em cronos e estações, para o Criador é presente contínuo.
Não quero viver com pressa e nem com os que têm pressa.
Quero valorizar o momento, olhar a beleza da flor até sua imagem se perpetuar em minha mente.
Nos passos entre a vida é a morte não quero adiantá-los e nem atrasá-los.
Quero apenas ser aqui, e quando o momento vier, quero ser lá.
BUGANVÍLIA
A buganvília de cor roxa plantada junto a parede branca que logo avistei,
Por seus ramos desformes e suas folhas em abundância por ela me apaixonei.
Que beleza de planta que só de olhar nos encanta,
Não há quem por ti passe, minha buganvília roxa, sem desejar registrar tal formosura colossal.
Teus ramos espalham-se pela parede branca,
Contornando a janela azul,
Quem de fora olha para dentro inveja viver rodeado por ti.
Quem de dentro olha para fora nem sempre lembra-se de que tu estas ali.
Uma tábua sobre duas toras de madeira transformaram-se num lindo banco de jardim,
Mas sem tua majestade, minha buganvília, esta imagem não seria assim.
Tua sombra cobre o pátio onde um homem sentado parece aguardar seu fim.
Se meu fim for sob a tua sombra dispenso toda piedade de mim.
Sentado neste banco sob a sombras de tuas folhas roxas
Escrevo meus versos de poeta encantado por tua beleza sem fim.
Que sejam versos de esperança,
A mesma esperança que tu minha buganvília fizeste brotar em mim.
PALAVRAS SÓ POR PALAVRAS
Anseio pelos versos poéticos,
Mas estes hoje esconderam-se de mim.
Nada restou senão, um amontoado de palavras.
Palavras sem lógica, sem rimas, sem sentimentos,
Apenas palavras.
O que pode o poeta fazer apenas com palavras?
É preciso a lógica para dar coerência, é preciso rima para dar musicalidade, é preciso sentimento para dar vida.
Apenas portando palavras sou poeta de
alma vazia,
Se palavras apenas fossem o suficiente,