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Ébola 2014
Ébola 2014
Ébola 2014
E-book117 páginas1 hora

Ébola 2014

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Sobre este e-book

O surto do ébola que teve início em Dezembro de 2013 captou a preocupação da comunidade global. Muitas questões têm surgido sobre esta doença à medida que o número de casos e de mortes continua a aumentar. Muitos rumores vieram à superfície e existem aqueles que têm lucrado com a venda de equipamento de proteção ao amplificar os aspetos relativos à doença e as sequências de eventos que transmitem medo. Há muito tempo que existia a necessidade de uma obra de referência sucinta mas completa sobre o ébola e este constituiu o motivo para esta publicação. A informação contida neste livro cita fontes adicionais que fornecem conhecimento mais aprofundado para os leitores interessados. Os tópicos abordados são atuais, abrangentes, factuais, e não tentam culpar alguém ou vender produtos. O conhecimento acerca do vírus, a doença que provoca, e a improvisação usada em África deveria proporcionar uma base forte para gerir e conter o surto em África e noutros países, onde as viagens introduzem a doença. Conhecimento é poder e esta obra sucinta fornece aos seus leitores a lista completa de todas as referências e seus links, onde necessário.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento8 de dez. de 2014
ISBN9781633398214
Ébola 2014
Autor

Leah Roberts

Leah E. Roberts graduated with a Master's degree in Biosecurity and Disaster Preparedness (3.95 GPA) from Saint Louis University. Her undergraduate concentration is Public Health and she earned a Graduate Certificate in Infection Control from the University of South Florida. After graduation, Leah volunteered as a teaching assistant at SLU teaching classes including Medical Intelligence and Case Studies of Epidemics and Disasters. She has self published articles about chemical warfare and created a presentation for The International Healing House about chemical and biological warfare. Her interest and research of Ebola and filoviruses is ongoing and spans more than 10 years. She currently works for Jacobs ASG where her work involves writing geopolitical threat assessments and research studies of disasters among other works.

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    Ébola 2014 - Leah Roberts

    Ébola 2014

    Leah E. Roberts

    Publicado por Leah E. Roberts, MS at Smashwords

    © Copyright 2014

    Esta obra está sujeita aos direitos de autor.

    Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada num sistema de recuperação ou dispositivo ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrónico, mecânico, fotográfico, ou de outra forma, sem a prévia autorização por escrito do autor.

    E.

    Este eLivro é licenciado apenas para o seu entretenimento pessoal. Este eLivro não pode voltar a ser vendido ou dado a outras pessoas. Se gostaria de compartilhar este livro com outra pessoa, por favor compre uma cópia adicional para cada destinatário. Se você está a ler este livro e não o comprou, ou se não foi adquirido para seu uso apenas, então, por favor, volte ao seu revendedor favorito eLivro para comprar a sua própria cópia. Obrigado por respeitar o trabalho árduo deste autor.

    Imagem da capa de Leah E. Roberts usando os seguintes componentes:

    Flight patterns de Jpatokal (Trabalho próprio) [CC-BY-SA-3.0-2.5-2.0-1.0 (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0) or GFDL (http://www.gnu.org/copyleft/fdl.html)], via Wikimedia Commons

    Precipitation map por USDA de http://www.pecad.fas.usda.gov/

    e

    Ebola virus particles de Thomas W. Geisbert, Boston University School of Medicine - PLoS Pathogens, November 2008 link direto para a página descritiva da imagem   página descritiva do i:10.1371/journal.ppat.1000225. Licença de Creative Commons Attribution 2.5 via Wikimedia Commons - http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ebola_virus_particles.jpg#mediaviewer/File:Ebola_virus_particles.jpg

    Introdução

    Estirpes do Ébola

    Estabilidade do Vírus

    Transmissão

    Importância Cultural

    Sintomas

    Diagnóstico

    Tratamento

    Recuperação

    Surtos Anteriores

    Reservatórios

    Alguns Dados e Informação de 2014

    Primeiro Caso e Contactos

    Progressão do Surto

    Falta de Infraestruturas de Saúde Pública

    Rumores e Outros Aspectos Que Impedem o Controlo do Surto

    Epidemiologia Assinalável / Casos

    Disseminação / Portadores do Vírus Assintomáticos

    Recombinação em Vírus de Ébola

    Ecologia do Ébola, Morcegos, Suínos e Artrópodes

    Uso como Arma Biológica

    Equipamento de Proteção Individual

    Desinfeção e Descontaminação

    Toalhetes

    Exposição UV

    Calor

    Nebulização com Peróxido

    Roupa de Proteção da Cama do Paciente e Vestuário

    Excreções do Paciente

    Instrumentos (Adaptado das Diretrizes da OMS)

    Derramamento de Fluidos (Adaptado das Diretrizes da OMS)

    Introdução

    O ébola captou recentemente a atenção da comunidade internacional devido à magnitude e propagação da doença nos países da África Ocidental, onde nunca fora detetado. À medida que o surto continua a disseminar-se, os médicos voluntários e o pessoal de saúde de outros países foram infetados e levados de volta para os seus países de origem apesar do protesto das populações nos respetivos países. Devido à falta de conhecimento disponível e fidedigno para as pessoas em geral, fora do âmbito médico, dominam o medo, a desconfiança e os rumores, que alimentam a propagação do pânico. Este efeito não é diferente do que se viu em África quando a doença surgiu na Guiné-Conacri e depois na Libéria. A presente publicação espera fornecer quer ao pessoal médico, que necessita de atualização sobre o ébola, quer ao público em geral, que deseja estar a par dos factos, uma informação fidedigna e isenta de material desnecessário.

    O ébola pertence à família viral conhecida como Filoviridae ou filovírus. Sob esta designação existem 5 vírus ébola, só um vírus Marburg e um descoberto mais recentemente, o vírus LLoviu. Muitos trabalhos descrevem profusamente todos os outros filovírus; por conseguinte, eles não serão discutidos aqui, de forma a evitar a redundância (Kuhn & Calisher, 2008; Olival & Hayman, 2014; WHO, 2014; CDC, 2014).

    O significado do ébola versus outras doenças centra-se na severidade da doença, no grau de profundo sofrimento humano relacionado com o processo clínico, na capacidade de contágio e na ausência de tratamentos comprovados ou prevenção disponível bem como na elevada taxa de mortalidade em número de vítimas. No momento da redação do presente trabalho, não existem disponíveis fármacos ou vacinas em larga escala. Este surto contínuo que teve início na Guiné-Conacri no final de Dezembro de 2013 captou a atenção internacional. A cobertura dos meios de comunicação social levou o potencial de medo a cada país do planeta através da TV, dos jornais e, é claro, da internet. Muitos países e mesmo estados individualmente começaram a desenvolver protocolos para lidar com o ébola na hipótese que este chegasse à sua região através de viajantes infetados. Com a abertura das fronteiras e muitas vezes com uma vigilância insuficiente, é fácil percepcionar como o ébola poderia entrar num país através de imigrantes ilegais e viagens de avião. Não existem muitos lugares na Terra aos quais não se possa ter acesso por avião numa fração de um período de incubação. As implicações de um surto pandémico global do vírus levaram muitas pessoas, que nunca se tinham preocupado com o vírus, à procura de informação, à medida que a estatística prossegue em ritmo crescente (Atherstone, Roesel & Grace, 2014; Kuhn & Calisher, 2008).

    Estirpes do Ébola

    À data deste livro são conhecidas cinco espécies do vírus ébola, sabendo-se que quatro são causadoras da doença nos humanos. Estas são o Zaire (ZEBOV), Sudão (SEBOV, SUDV), Reston (REBOV), Bundibugyo (BEBOV, BDBV) e Parque Nacional de Taï (TAEBOV). O vírus do Parque Nacional de Taï foi primeiramente designado Côte d’Ivoire/Ivory Coast, isto é, Costa do Marfim (CIEBOV, ICEBOV). Tem sido sugerido que a variante que circula na Guiné, Libéria, Serra Leoa, Nigéria e Senegal e, possivelmente noutros países, seja uma nova variante relacionada com o ZEBOV, mas no momento da redação deste livro, é designado ZEBOV (ScienceDaily, 2014). Os vírus ébola são de sentido negativo, envolvendo vírus ARN. Estas características são importantes por um número de razões científicas, mas também por causa dos métodos de desativação do vírus e desinfeção ou descontaminação. Centenas de linhagens das estirpes têm sido descobertas agora, revelando a capacidade de mutação do vírus e mesmo de recombinação, embora não se compreenda totalmente o significado das diversas linhagens em termos de virulência, infecciosidade e outros aspetos importantes para a sua sobrevivência e capacidade de prosseguir em ciclos (Kuhn & Calisher, 2008; Public Health Agency of Canada, 2014; Gire et al., 2014).

    Estabilidade do Vírus

    Os vírus do ébola conseguem sobreviver durante vários dias em forma líquida ou seca, especialmente em substâncias orgânicas como sangue, vómito ou fezes (Leroy et al., 2004). São estáveis à temperatura ambiente e podem ser conservados à temperatura de 4ºC durante vários dias ou mesmo por tempo indeterminado a -70ºC. Os vírus conseguem tolerar múltiplas ações de congelamento-descongelamento e mesmo assim serem cultivados com sucesso em células Vero (Kuhn & Calisher, 2008).

    Eles são inativados por aquecimento a 60ºC durante 30 a 60 minutos (margem de erro no período maior, por precaução), fervendo em ebulição rápida durante 5 minutos, irradiação gama (1,2 x 106 rads até 1,27 x 106 rads) ou radiação ultravioleta tipo C (Public Health Agency of Canada, 2014). As orientações para cozinhar e ferver estão abertas a interpretação e poderiam ser mal interpretadas; imaginando que isto se refere apenas ao vírus submetido a estes tratamentos, eventualmente em utensílios, equipamento ou outros materiais não comestíveis, e não necessariamente o vírus protegido no tecido muscular (carne) a ser preparado para consumo. O aquecimento é abordado de novo no capítulo referente à desinfeção e descontaminação. Nos primeiros surtos foi utilizado com sucesso o cozinhar sob pressão com panelas de pressão domésticas a fim de esterilizar instrumentos (AABB, 2009; Federation of American Scientists, 1998; Pattyn, 1978).

    Adicionalmente, os vírus do ébola podem ser estabilizados intencionalmente através do uso da solução de estaquiose, sucrose e polieteleneimina (PEI) nas quantidades prescritas. A adição dos vírus a esta solução pode permitir o congelamento e a liofilização

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